FACULDADE 7 DE SETEMBRO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA ESTUDO DE CASO COELCE - PROGRAMA ECOELCE Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida FRANCISCO ALDO PIO Fortaleza – Ceará – 2009 2 ESTUDO DE CASO COELCE - PROGRAMA ECOELCE Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida . FRANCISCO ALDO PIO Monografia apresentada à banca examinadora, trabalho de conclusão de curso de graduação da Faculdade 7 de Setembro, como requisito parcial para aquisição do título de Bacharel em Comunicação Social na área especifica de Publicidade e Propaganda. Orientador: Erick Picanço Dias. . Fortaleza – Ceará – 2009 3 FRANCISCO ALDO PIO ESTUDO DE CASO COELCE - PROGRAMA ECOELCE Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida Esta monografia foi submetida à Coordenação do Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, como parte dos requisitos necessários para adquirir o título de Bacharel em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, outorgado pela Faculdade 7 de Setembro – FA7 e encontra-se a disposição dos interessados na Biblioteca da referida Faculdade. A citação de qualquer trecho desta monografia é permitida, desde que feita de acordo com as normas de ética científica. Data da aprovação ___/___/___ _______________________________________________ Profº Erick Picanço Dias - Profº Orientador ________________________________________________ ________________________________________________ 4 AGRADECIMENTOS Deus, pela a sua graça e grandeza. Aos meus pais, que me incentivam e me apóiam na pratica de boas obras. Ao meu orientador, Erick Picanço Dias, pela forma sutil e despretensiosa de levar o conhecimento ao aluno. Aos meus colegas de sala os quais gostei muito de compartilhar da amizade, e da troca de conhecimento. A Coordenação do curso, a direção da FA7 e a todos os professores que colaboraram com o conhecimento, amizade e dedicação bem como contribuindo grandemente em minha trajetória durante o curso de publicidade. E aos demais, que de alguma forma, contribuíram na elaboração deste trabalho. 5 RESUMO O alvo do presente trabalho é um estudo de caso cujo propósito é fazer uma análise por meio do ECOELCE, um programa ambientalista, da empresa Coelce de Fortaleza. Observando as estratégias promocionais, ambientalistas e sociais do projeto, se fixando na idéia de como esse reflete no mercado sob forma de benefícios a instituição e ao individuo. O objetivo é traçar um paralelo entre a instituição benfeitora e o individuo beneficiado pela a ação de marketing institucional, onde se justifica e encontra apóio em alguns autores consagrados sobre o assunto, como é o caso de Philip Kotler, Marcos Cobra, Al Ries, entre outros. Procurou-se através de uma pesquisa bibliográfica e de campo, elucidar a realidade dos fatos e dos princípios socialmente aceitáveis da empresa verificando na pratica o que a ela está fazendo em temos de ação social e como isso está repercutindo socialmente em benefícios ao meio ambiente, a comunidade que é o público alvo do projeto bem como saber em que sentido a organização e o público alvo se beneficiam com o projeto. Palavras-Chave: Responsabilidade social; Conduta institucional; Ação social. 6 RESUMEN El objetivo de este trabajo es un estudio de caso, cuyo propósito es analizar a través de Ecoelce, un programa de medio ambiente, la empresa Coelce de la ciudad de Fortaleza. En cuanto a las estrategias de promoción, proyecto ambiental y social, la solución en la idea de cómo se refleja en el mercado en forma de prestaciones de la institución y el individuo. El objetivo es trazar un paralelo entre la institución y el benefactor individual beneficiado por la acción de marketing institucional, en casos justificados y con el apoyo de algunos autores establecido en la materia, como Philip Kotler, marca Cobra, Al Ries y otros. Era a través de una búsqueda bibliográfica y de campo, aclarar la realidad de los hechos y principios de las prácticas empresariales socialmente aceptable en el control de lo que están haciendo en términos de acción social y cómo esto está afectando a las prestaciones sociales para el medio ambiente, la comunidad es el público objetivo del proyecto y saber en qué dirección de la organización y el beneficio público objetivo del proyecto. Palabras clave: Responsabilidad social; Conducta de la acción Social; Institucional. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 09 1- HISTÓRICO DO MARKETING ........................................................................ 10 1.1 – Definições de marketing .............................................................................. 12 1.2 – Composto de marketing .............................................................................. 13 1.3 – Produto de marketing .................................................................................. 14 1.4 – Conceito de ciclo de vida do produto .......................................................... 16 1.5 – Mix de produtos ........................................................................................... 16 1.6 – Promoção de marketing .............................................................................. 17 1.7 – Preço ........................................................................................................... 19 1.8 – Pesquisa de marketing ................................................................................ 20 1.9 – Definições de distribuição............................................................................ 22 1.10 – Canais de distribuição ............................................................................... 22 1.11 – Marketing social ........................................................................................ 23 1.12 – Marketing ambiental .................................................................................. 26 1.13 – Análise do ciclo de vida (ACV) .................................................................. 26 1.14 – Normas ISO 14000 .................................................................................... 27 1.15 – Marketing cultural ...................................................................................... 28 1.16 – Imagem institucional .................................................................................. 28 1.17 – Poder de marca ......................................................................................... 29 2 – HISTÓRICO DA COELCE ............................................................................. 31 2.1 – Ações da Coelce ......................................................................................... 32 2.2 – Produto Coelce ............................................................................................ 33 2.3 – Praça da Coelce .......................................................................................... 34 2.4 – Promoção da Coelce ................................................................................... 35 2.5 – Campanhas ................................................................................................. 35 2.6 – Resultados da campanha ............................................................................ 36 2.7 – Definição de preço Coelce .......................................................................... 36 2.8 – Dados de crescimento Coelce ..................................................................... 37 2.9 – Marketing social Coelce .............................................................................. 38 2.10 – Programa energia social............................................................................ 39 2.11 – Ações Coelce ............................................................................................ 39 2.12 – Projetos ambientais Coelce ....................................................................... 40 8 2.13 – Marketing cultural Coelce .......................................................................... 41 2.14 – Projetos culturais Coelce....................................................................... 41 2.15 – Campanhas institucionais Coelce ............................................................. 43 2.16 – Idéia de globalização ................................................................................. 43 3 – O ECOELCE .................................................................................................. 45 3.1 – O que é o projeto ECOELCE....................................................................... 45 3.2 – ECOELCE e o cliente .................................................................................. 46 3.3 – Aspectos do projeto ..................................................................................... 47 3.4 – Benefícios do projeto ................................................................................... 48 3.5 – Razão para o projeto ................................................................................... 49 3.6 – Investimentos .............................................................................................. 50 3.7 – Investimentos em publicidade ..................................................................... 51 3.8 – O ECOELCE em detalhes ........................................................................... 52 3.9 – O ECOELCE na visão da Coelce ................................................................ 53 3.10 – A implantação do programa e logística ..................................................... 54 3.11 – Triagem dos resíduos ................................................................................ 54 3.12 – Arquitetura do projeto ................................................................................ 55 3.13 – Escolha do ECOELCE............................................................................... 56 3.14 – Origem do ECOELCE................................................................................ 57 3.15 – Idéia do projeto .......................................................................................... 58 3.16 – Objetivo social do projeto .......................................................................... 58 3.17 – Objetivo sócio-ambiental ........................................................................... 58 3.18 – Características do projeto .......................................................................... 59 3.19 – Dados do projeto ....................................................................................... 60 3.20 – Visão das pessoas em relação ao projeto ................................................. 61 3.21 – Propósito social do projeto ........................................................................ 62 3.22 – Vantagens econômicas para Coelce ......................................................... 63 3.23 – Vantagens econômicas para o consumidor............................................... 64 3.24 – Vantagens institucionais ........................................................................... 65 3.25 – Números do projeto6 ................................................................................. 6 CONCL USÃO ..................................................................................................... 68 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 70 9 INTRODUÇÃO Hoje em dia para que uma empresa seja competitiva e tenha destaque entre seus concorrentes convém está esta inserida no contexto moderno de mercado que é o social. O marketing social atualmente surge como tendência. As empresas investem no aperfeiçoamento das relações juntamente com o público e todo o elenco que os compõe no contexto organizacional. Isto é hoje sinônimo de empresa competitiva. A fórmula para atrair novos consumidores, está nas contribuições e no respeito em que as empresas devem ter perante a sociedade como um todo. Isto significa gerar produtos ou serviços que sejam sociamente aceitáveis. Assim, para a viabilidade deste estudo, o conteúdo foi dividido em três capítulos. O primeiro apresenta o que é o marketing, histórico e conceitos. No segundo destaca-se o marketing da Coelce tendo como base os conceitos do primeiro capitulo. E o terceiro trata da conduta da Coelce frente a seu projeto ambientalista e institucional tendo em foco o projeto ECOELCE, cujo titulo é: Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida um projeto ambientalista da empresa em que visa à troca de resíduos recicláveis em troca de bônus que abatem o valor na tarifa de energia do cliente. Serão analisados os aspectos ambientalistas e econômicos do programa, bem como identificado quem são os seus legítimos beneficiados. O estudo deve esclarecer através de evidências descritas nesse trabalho a questão na qual deve responder a ênfase do caso estudado. Visto que o ECOELCE como sendo um projeto grandioso e até reconhecido internacionalmente deve gerar lucros relativamente satisfatórios. Portanto, o caso deve responder a questão ligada à proposta enfatizada pelo programa que seria o retorno financeiro e a construção da imagem da instituição. Deve ficar esclarecido a idéia do retorno financeiro e de imagem tanto para a empresa quanto para a sociedade. Quem lucra mais com o projeto, a instituição ou o individuo. 10 1 - HISTÓRICO DO MARKETING Desde a antiguidade pessoas ou grupos de pessoas procuram meios que os possibilitem a realizarem seus desejos de consumo e satisfaçam as suas necessidades cotidianas tanto de produtos ou serviços, isto, de forma rápida e eficiente. A oferta, a livre negociação de commodities, o surgimento de uma atividade muito conhecida por comércio, e como consequencia a promoção de uma outra a que podemos denominar de marketin. Estes fatores, supostamente geraram um relativo processo social entre as classes sociais. O marketing caracteriza-se pelo o aperfeiçoamento nos modos de transações comerciais, a geração de novas idéias com o intuito de satisfazer aos intereces dos individuos e a desenvolverem novos ninchos de produção. Historicamente o marketing se contextualiza em fases de evolução: A era da produção, do produto, da venda e do marketing. A era da produção se caracterizou pela a fase de subsistência, ano de 1600, época onde as pessoas de cada família responsabilizavam-se pela produção de seu próprio sustento, e com isso poder garantir o bem estar de toda família. A fase de fazer surge no ano de 1700 com a criação de pequenas cidades. Foi nessa fase que se iniciou a separação entre produção e consumo. Os consumidores passaram a encomendar as mercadorias diretamente dos produtores. Os produtos eram previamente elaborados com o intuito de atender as exigências. Com isso, os produtos eram vendidos antes da sua produção que era considerada mais importante que a venda. Contudo os produtores se depararam com um problema: um tempo ocioso de produção desperdiçado causado pela espera de pedidos de encomenda. É na fase da produção que surge nos EUA, anos de 1800 a 1849 a fase de produção especulativa. Nessa época, os fabricantes, por habitarem próximo uns aos outros consumidores, ariscavam produzir mercadorias que poderiam ser adquiridas por ocasionais compradores residentes nas proximidades dos meios de produção. A Revolução Industrial na segunda metade do século XIX atingiu a produção de mercadorias produzidas por máquina e equipamentos. A idéia primária de produção em massa objetivava a redução de custos partindo da intensificação de demanda de bens e consumo. A tentativa de 11 atender a demanda de mercado fez surgir à fase de produção em massa que tem início no ano 1850 até o século XX. Surge depois, a era do produto e da venda. A era do produto é a fase em que as organizações procuram ofertar produtos de melhor qualidade, desempenho e concepção. A produção deixa de ser preocupação básica. Aparecem os gerenciamentos de produção em escala administrativa, esforços para produzir bons produtos em contínuo desenvolvimento. Segundo Philip Kotler, bons produtos eram pagos pelos compradores quando estes satisfaziam a seus desejos de consumo. Campanhas publicitárias sob slogans diferenciados. “nós fazemos o melhor produto”, “esse produto é o melhor...” são elaboradas por causa da supervalorização do produto. Porém as organizações agem equivocadamente em uma miopia de marketing quando concentram os seus esforços nos produtos e não atentando para as necessidades de mercado. O conceito de myopia de marketing teve origem com a publicação em 1960 da obra O Marketing Myopia de Theodore Levitt. Para ele, o produtor quer impor a todo custo a sua racionalidade, não considerando as necessidades e desejos dos clientes. Era da venda, teve como foco o desenvolvimento de técnicas com propósito de gerarem grandes volumes de vendas. A partir de 1930, o processo de vendas começou a ser visto como uma fraqueza das atividades de mercado. Assim passou a ser valorizada e vista com mais seriedade. A área se caracteriza pelo lema de “é preciso vender qualquer coisa” não atentando também para as necessidades de compradores e consumidores. Na área comercial, organizações preocupavam-se com as vendas, pois o mercado não absorvia produtos gerados pela economia de escala de produção e também, os esforços de vendas por si só, tornavam-se difícil ao colocar esses mesmos produtos no mercado. As empresas vêem o marketing como apenas uma função suplementar de vendas. Ao contrário, fica provado depois que vendas é uma função do marketing. Era do marketing, a preocupação com o consumidor surge quando o mercado não absorve a quantidade excessiva de produtos gerados pela economia de escala de produção e também quando os esforços de vendas por si só não conseguem colocar esses mesmos produto no mercado. Responder as necessidades dos consumidores significa haver uma interação de todos os setores 12 de uma organização que seria produção, capital, venda e recursos humanos. As empresas orientadas pelo marketing devem prover aos consumidores, sempre bons produtos e serviços havendo sempre excelência na qualidade. 1.1 – DEFINIÇÕES DE MARKETING Marketing é o conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde a planificação, produção até o momento em que é adquirido pelo consumidor. Há inúmeras definições para marketing referidas por outros teóricos, como é caso de Richard Bagozzi, afirma que o “marketing é o processo de criar e resolver relações de troca”, Sidney Levy e Gerald Zaitman afirmam que marketing e o “processo em que as trocas ocorrem entre pessoas e grupos sociais”. Também podemos levar em consideração as importantes sugestões de Stan Rapp e Tom Collins. Para eles o marketing deve satisfazer às necessidades e interesses de compradores em potencial, seja consciente ou inconsciente, convertendo esses interesses em realização de vendas e transformando isso em intenção de compra e compra real. O marketing deve também desenvolver relações contínua com o cliente depois da primeira venda, isto é; sugerindo compras adicionais e fidelizações. Segundo Kotler, marketing “é um processo social por meio do qual pessoas e grupo de pessoas obtêm aquilo de que elas necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com os outros”. (Phillip p.30)1 Marcos Cobra tem outra definição: “Marketing é o mais do que uma forma de sentir o mercado e adaptar produtos ou serviços- é um compromisso com a busca da melhoria da qualidade de vida das pessoas” (Cobra, p.29) 2 Para Cobra, o marketing, não é apenas uma atividade de percepção do mercado junto à adaptação de produtos e serviços. Destina-se também de forma 1 2 KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Novo Milênio, 2000, 10ed. COBRA, Marcos. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas S.A. 1992, 2ed. 13 funcional em importante auxiliar em busca da melhoria da qualidade de vida e bem estar dos indivíduos. Há uma variedade de definições para marketing, mas todas estão focadas na mesma direção, nos termos de relações de troca. A definição oficial de marketing é adotada pela American Marketing Associaton. “Marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, apreçamento, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais.” (Marcos Cobra, p. 34) Para Philip Kotler, o novo conceito de marketing deve ser revisto e adequado a uma nova colocação atendendo as expectativas em diferentes aspectos e propósitos que são: o conceito humano, conceito do consumo inteligente e o conceito do imperativo ecológico, Todos sugerem e diferem em seus aspectos, mas convergem a um mesmo problema, isto insere o marketing no conceito social. Diante dos conceitos já observados, podemos entender que o marketing tem sua função principal no contexto mercadológico. Deve identificar necessidades não satisfeitas, por essa razão ele introduz produtos ou serviços no mercado que possa satisfazer aos consumidores a gerarem receita aos investidores trazendo melhoria a sociedade como um todo. 1.2 – COMPOSTO DE MARKETING O Marketing mix ou Composto de marketing é conjunto de variáveis controláveis que exercem influencia na forma com que os consumidores reagem ao mercado. O composto mercadológico refere-se ao conjunto de interesse para quais as organizações devem estar alertas quanto aos seus objetivos de marketing. Segundo Cobra, a interação de uma organização com seus meios internos e externos se realizam através do composto de marketing. Na visão McCarthy, essa interação é dividida em quatro secções, se processa através dos conhecidos 4 Ps 14 (produto, preço, promoção e distribuição/praça). Produto: Preocupa-se com o cliente. Refere-se ao produto ou serviço em si, como características física, produção, qualidade, marca, embalagem, design, enter outros. Preço: processo de definição de um valor para o produto. Refere-se a preços, descontos, e formas e prazos de pagamento; Praça: Preocupa-se com a distribuição e refere-se aos canais através dos quais o produto chega aos clientes e ao trabalho necessário para expor o produto ou serviço ao consumidor, para que ele possa comprá-lo e consumi-lo, também aos canais de distribuição, cobertura, locais, estoque, e transporte. Promoção: Preocupa-se com o aspecto de comunicação. Refere-se aos diferente métodos de promoção do produto e a todas as atividades de comunicação que objetive promover o consumo do produto ou serviço, são as promoções de vendas, publicidade, força de vendas, relações públicas, marketing direto, enter outros. Estas variáveis são utilizadas para estabelecer um plano de marketing, que deve estratégicamente, ser bem elaborado pelos os profissionais de marketing, bem sucedido e refletir a melhor proposta para consumidores de um mercado-alvo bem definido. 1.3 – PRODUTO DE MARKETING Em marketing, produto é aquilo que é oferecido em um mercado afim de satisfazer a um desejo ou necessidade. Entretanto, o produto deve ser visto de forma mais abrangente, pois é muito mais do que apenas um objeto físico. Caracteriza-se sobretudo, em um mix completo de benefícios ou satisfação em uma junção de atributos físicos, psicológicos, simbólicos e de serviços. Há alguns aspectos e funções de marketing que caracterizam um produto ou serviço de acordo com as definições de Kotler. Os bens tangíveis ou produtos são todos aqueles que podem ser tocados, que existem fisicamente, tais como casas, máquinas, lojas e etc. Os bens tangíveis representam grande parte dos esforços de produção de marketing na maioria das nações. Atualmente, “A economia dos Estados Unidos sozinha produz e comercializa a cada ano 80 bilhões de ovos, 3 bilhões de frangos, 5 bilhões 15 de secadores de cabelo e 200 milhões de toneladas de aço e 4 bilhões de toneladas de algodão.” (Mundo dos negócios)3 Os bens de alimentos, commodities, vestuários e habitação representam em grande parte o sustentáculo da economia de países em desenvolvimento. Convém também atentarmos a respeito dos bens intangíveis que são aqueles representados por direito, tais como marcas e patentes. Quando a economia de um país evolui, proporcionalmente há um aumento de suas atividades na concentração de serviços. Há exemplo podemos verificar atualmente a economia americana. Nos Estados Unidos, há uma concentração de serviços muito maior do que a de produtos, isto consiste em um mix de 70 por cento de serviços e apenas 30 por cento de produtos. De acordo com Kotler, existem três estratégias de adaptação do produto em um mercado: a extensão direta, a adaptação do produto e a invenção do produto. Extensão direta. O produto é lançado no mercado sem alterações. Neste caso, há uma padronização de comunicação e de produto, assim a empresa comercializa o mesmo produto em todos os mercados, utilizando a mesma estratégia promocional. Adaptação do produto. Consiste em alterar o produto com o propósito de atender às condições ou preferências locais. Nesse caso pode, ser produzido uma versão regional dependendo da localidade e do público alvo, uma versão país, versão cidade e até versões de loja. Invenção do produto. Consiste em desenvolver um novo produto, para atender as necessidades em outro país. Um exemplo são os países subdesenvolvidos que necessitam de produtos de baixo preço e alto teor protéico. A invenção de um produto. É uma estratégia de custo relativamente alto, entretanto os resultados podem compensar principalmente se houver oportunidade de transformar uma inovação do produto no exterior em um sucesso no mercado interno. 3 Mundo dos Negócios. Disponível em: http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_1mod/mundo_dos_negocios/pdf/mn_impresso_aula09.pdf 16 1.4 – CONCEITO DE CICLO DE VIDA DO PRODUTO São as diferentes fases em que o produto atravessa desde a sua concepção, introdução ao mercado passando pelo crescimento e expansão e maturidade. Ao afirmarmos que o produto tem um ciclo de vida, quatro pontos devem ser considerados. Os produtos têm um período limitado. As vendas dos produtos passam por estágios distintos: desafios, oportunidades e problemas. Os lucros crescem ou diminuem em diferentes estágios do ciclo de vida do produto. Os produtos necessitam de estratégias de marketing. 1.5 – O MIX DE PRODUTOS O produto é o primeiro e mais importante elemento do mix de marketing, é um elemento-chave na oferta ao mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo. Os produtos comercializados somam bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e idéias. O mix de produtos que também e denominado de sortimento de produtos, é a totalidade de todos os produtos e itens que um vendedor tem a venda. Um exemplo, é a Kodak, oferece no mercado duas linhas distintas a de produtos de informação e produtos de imagem. O mix de produtos de uma empresa possui abrangência. São os diferentes tipos de linha de produtos que uma empresa possui. Extensão. É número total de itens do mix. Profundidade. É quantas opções são oferecidas em cada produto da linha. Consistência. Define-se pela à profundidade com que várias linhas de produtos estão ligadas quanto ao uso final, às exigências de produção, aos canais de distribuição ou a algum outro critério. Os quatro mix de produto proporcionam as organizações expandir seus negócios de quatro maneiras: adicionando novas linhas de produtos, ampliando assim sua abrangência de seu mix, aumento da extensão de cada linha de produto, adicionando mais opções para o produto e dando maior consistência na linha de produto. A distribuição compreende: Os canais, cobertura, localização, inventário e transporte. De acordo com o livro (Administração de Marketing de Philip Kotler), podemos entender que o conceito de praça se define como sendo os locais e os 17 meios pelos quais uma organização escoa a sua produção, que podem ser produtos ou serviços, até o consumidor final. Praça significa a forma de como seu empreendimento será dirigido, ou seja, a maneira como o produto será posto a disposição do cliente. Alguns elementos farão chegar aos clientes, o que eles necessitam. São os canais de distribuição do produto ou serviço, a localização, estrutura adequadas e a otimização da relação com o cliente. É evidente que todos esses elementos serão relevantes, dependendo do tipo de negócio em que está sendo priorizado. Como por exemplo, uma fábrica de bombons e pirulitos, pode vender seus produtos para distribuidores e varejistas, os canais de distribuição podem atender diretamente ao usuário final, através de representantes, varejistas ou distribuidores. Muitos fabricantes pensam ter terminado seu trabalho depois que o seu produto sai de seus estabelecimentos. É aconselhável o cuidado com a forma de como o produto e levado para o mercado externo, devendo ainda ser observado atentamente à distribuição do produto ao usuário final. 1.6 – PROMOÇÃO DE MARKETING A promoção é uma ferramenta tática do marketing. Define-se como a oferta de brindes e descontos estimulada por um patrocinador com ou sem ajuda da propaganda. Tem como propósito, induzir a experimentação e aquisição de compras dos produtos ou serviços. A promoção deve ter um tempo curto e ser utilizada com critério. Seu alvo deve ser: vendedores, consumidores e canais de vendas. As vantagens são: os estímulos à compra do produto e o seu uso como ferramenta competitiva junto à concorrência. Alguns tipos de promoção são descrito a seguir. A Promoção ao consumidor: Seu alvo principal é o consumidor, onde de maneira imediata, procura influenciar o seu comportamento em favor do consumo de bens ou serviços. As promoções de vendas costumam ocorrer paralelamente à propaganda e a venda. Alguns tipos mais comuns são: Amostra grátis: Consiste na oferta de amostras do produto para a experimentação do consumidor. Cupons de descontos: É um modelo comum de promoção, que oferece uma redução no preço, 18 e é muito eficaz para gerar vendas entre compradores. Brindes: É a oferta de outro produto grátis ou a um preço reduzido, de algo que foi ou será comprado pelo consumidor. Ofertas especiais: São incentivos que farão com que os consumidores adquiram determinado produto ou serviços ou tenha a preferência por um local especifico de compra. Concursos: É o estimulo a concorrência entre os participantes de uma competição que se utiliza de frases, histórias, desenhos, textos, poesias e outros. Podem servir para premiar performances de vendas, exposições ou compra de produtos. Promoção para o canal de vendas: São direcionadas aos intermediários com a finalidade de aumentar a demanda dos canais de vendas e melhorar a imagem de produtos ou fabricantes. Os principais canais são: Bonificação em produtos: Nesse caso são ofertados produtos gratuitos em troca de metas de vendas, alcançada por esse produto. O desconto no preço de compra: Ao canal é estabelecida uma redução no preço de venda do produto, e com isso há um aumento da margem sobre a venda. Desconto de preço de venda ao consumidor: Esta ação aumenta o giro e as vendas do produto, proporcionando uma redução no preço final ao consumidor. Marketing direto segundo Philip Kotler é qualquer meio de comunicação ou propaganda, interativos e que possibilitem a geração de uma resposta mensurável. Antigamente neste tipo de ação eram utilizados listas de clientes e catálogos enviados pelo correio esperando uma resposta direta dos clientes. A venda em geral, era feita por telefone. Atualmente os meios de execução do marketing direto são: O telemarketing, o vendedor, as televendas, o call-center e a internet. Merchandising é uma ferramenta de marketing, constituída pelo conjunto dos elementos e técnicas de comunicação, responsáveis pela a informação, apresentação, promoção, demonstração de determinado produto no ponto de venda, de forma que este venha movimentar sua rotatividade, visando estimular a compra pelo consumidor. Merchandising é uma palavra inglesa oriunda do termo francês marchand cujo significado é “negociante”. Outros significados de merchandising seria mercadização ou operação com mercadorias. 19 O merchandising abrange as seguintes atividades: A exposição do produto onde são utilizados stands, pilhas de produtos, displays e outros. A comunicação fazendo uso de folhetos, cartazes, revistas e outros. A promoção caracteriza-se na ação de distribuição de brindes, sorteios, demonstradores e outros. Grande parte das vezes, a compra por impulso surge a partir de estímulos recebidos no ponto de vendas onde a comunicação é muito usada nas mais diversas categorias de produtos. 1.7 – PREÇO O preço se constitui no principal fator a ser considerado por um cliente na escolha do ponto de venda onde efetuará as suas compras. Este fato é constatado e verificado por inúmeras pesquisas feitas com consumidores. Até mesmos clientes de classes mais altas, em pontos de vendas adequados as suas expectativas de compra, o preço é algo relevante e assim, um importante fator de decisão de compra. O preço é uma variável mercadológica cheia de resoluções estratégicas. O seu real valor supera as expectativas de preço da mercadoria comprada, pois o ele leva outros atributos que devem ser considerados estrategicamente pelas as organizações. Para Philip Kotler, determinadas organizações exercem a concepção de preço de acordo com aquilo que seria a percepção dos clientes. Isto é, as expectativas de preço seriam medidas pelo valor máximo em que as pessoas individualmente poderiam estar apitas a pagar de forma a alcançar o maior lucro possível. Diante disso, estaria eliminada a resistência do comprador, ficando assim o cliente com uma percepção de vantagem diante da compra do produto. Dessa forma, valor e o preço ditam as decisões a respeito da formação do produto e seus possíveis custos. Algumas estratégias de preço se caracterizam como necessárias para se entrar em um mercado. São à flexibilidade de preço, itens relacionados dentro da linha de determinado produto, termos de vendas e a possibilidade de descontos. Há três estratégias de precificação: a baseada em custo; em valor; e na concorrência. A precificação em custos: Consistem na diversidade de métodos em 20 que uma organização estipula o preço de seus produtos levando especialmente em consideração seus aspectos de custo de produção e distribuição e também as probabilidades de um suposto retorno financeiro. Precificação baseada em valor é a abordagem que determina o valor que o consumidor está disposto a pagar por um tipo de produto ou serviço. Isto exige pesquisas mercadológicas bem elaboradas e eficientes nesse sentido para que haja um equilíbrio entre oferta e produto. Precificação baseada na concorrência. Nesse tipo de precificação a organização, presume que o consumidor fundamenta seu julgamento de preço comparando os concorrentes entre si. Se por acaso os clientes notarem que entre os produtos oferecidos no mercado há uma diferença mínima ou nenhuma diferença terão mais probabilidade a escolher o que custa menos. ”O preço é também um dos elementos mais sensíveis do composto de marketing porque pode ser rapidamente modificado, o que não ocorre com as características de um produto ou com os compromissos assumidos com o canal de distribuição. ”(Kotler, 1998:435).” 1.8 – PESQUISA DE MARKETING A pesquisa de marketing tem como objetivo coletar informações a respeito de determinado mercado que de alguma maneira, poderá servir de auxilio nas tomadas de decisão, bem como prever melhores formas de administrar a organização, auxiliar a compreensão de comportamentos, hábitos de compra, estilo de vida e atitude de consumidores. Seu papel é fundamental no desenvolvimento do plano de marketing que em geral origina-se dos resultados adquiridos através da pesquisa. Segundo Kotler, o processo de pesquisa de marketing abrange seis etapas: Definição do problema e do objetivo da pesquisa, desenvolvimento do plano de pesquisa, coleta de informações, análise das informações, apresentação dos resultados e tomada de decisão. 21 Problema e objetivo da pesquisa. Entende-se como a clara visão de um possível problema atrelado a oportunidade de buscar soluções que possibilitem definir o objetivo da pesquisa com base nas questões anteriores. Conhecer o problema é de suma importância para que o pesquisador venha recomhecer as verdadeiras necessidades que devam ser observadas. Desenvolvimento do plano de pesquisa. Consiste em um meio que seja eficiente na coleta de dados; é a metodologia da pesquisa, a forma de como se vai adquirir as informações. Dessa forma dispor de dados verdadeiros que possam atender aos objetivos do estudo. Em um projeto de pesquisa, os especialisatas dispõem de uma grande variedade de abordagens, metodologias e instrumentos de esquisa. As fontes de informações podem ser alcançadas por estudos que reúnam dados primáriosou secundários. Coleta de informações. São respostas fornecidas por pessoas que são entrevistadas através de questionários. É uma etapa sujeita a erros pois nem sempre as respostas são sinceras. Análise das informações: O pesquisador nesse caso mapeia os dados com o propósito de interpretar as informações coletadas e tirar conclusões. Exemplo: diagnósticos, pesquisas, perfis de clientes e fornecedores. Apresentação das conclusões. Representam os dados sobre a pesquisa através de relatórios, contendo a metodologia empregada, e a conclusão. A expossição servirá como fundamento para as tomadas de decisões, que depois que a pesquisa de marketing for avaliada e suas evidências analisadas, deve-se decidir o destino do projeto. Se deve ou não ter continuidade. 22 1.9 – DEFINIÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO Segundo Dias, a distribuição “é o fluxo de bens e/ou serviços de um produtor a um consumidor ou usuário final.” O objetivo da distribuição é levar o produto ao ciclo de venda. Essa ação vai desde a saída do vendedor para a abordagem do cliente até um, possível pós-venda. O processo de distribuição pode ser direto. Este dispensa a participação de uma segunda pessoa jurídica, no processo de comercialização e pode ser realizada através da venda pessoal. A distribuição indireta se utiliza do atacado ou do varejo, no fluxo de produtos. Exemplos de fluxo indireto: “Fabricante, atacado, varejo e cliente. Fabricante, varejo e cliente final.” A distribuição indireta é intensiva, se dispõe todos os seus produtos em todos os pontos de vendas. É seletiva se, a escolha dos pontos de venda são mais adequados aos produtos. Isso representa uns poucos pontos de varejo selecionados. (Roberto Dias) 4 1.10 – CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO De acordo com Marcos Cobra, a distribuição tem o objetivo de levar o produto certo ao lugar certo através dos canais de distribuição apropriados, tendo o cuidado para não deixar faltar produtos nos mercados mais importantes. O principal objetivo dos canais de distribuição é levar o produto fazendo com que este, chegue até onde o consumidor deseja encontrá-lo e assim satisfazer suas necessidades. Bons canais de distribuição devem tornar o ato de comprar em algo cômodo sem perca de tempo para o comprador. A distribuição representa uma etapa importante da comercialização, se for ineficiente pode, mesmo com excelentes produtos, enfrentar dificuldades chegando até atingir fatias inferiores de mercado a seu potencial. 4 Dias, Roberto. Gestão de marketing: São Paulo: Ed. Saraiva 2003. 126p. 23 Os canais de distribuição variam de acordo com a organização e também de acordo com a qualidade do produto e potencial financeiro. Podemos exemplificar alguns dos importantes e mais conhecidos canais de distribuição. Venda direta. Neste caso o produto é vendido sem intermediário. Há neste modelo algumas vantagens competitivas. O preço tende a ser reduzido, pois não há intermediário na transação e também há uma melhor qualidade no atendimento visto que o controle esta com a empresa. Integradores. Consiste na compra de partes e peças do fabricante para a montagem, de um produto final com a marca própria do comprador. Distribuidores. Nesse caso as organizações compram e armazenam produtos do mercado interno ou importados de diferentes empresas do mesmo segmento. O distribuidor faz toda a distribuição dos produtos em cidades, revendedoras locais, supermercados e outros. Revendedores. São empresas que revendem seus produtos comprados no distribuidor. A revenda é feita para consumidores ou empresas no local onde estão estabelecidos. Varejo. Segundo Kotler todas as atividades de venda de bens ou serviços directamente aos consumidores finais são definidas como varejo. Comércio eletrônico. Constitui-se em um canal de vendas de grande potencial. Pelo baixo custo operacional, visto que não há vendedores junto ao processo de venda e também pela a facilidade de compra pela internet, onde o produto pode ser adquerido em uma diversidade de lugares. 1.11 – MARKETING SOCIAL Atualmente as marcas que são mais representativas e de maior destaque, são aquelas que se associam às mudanças sociais que ocorrem a nível mundial. 24 Aquilo que antes distinguia uma marca como: benefícios, preço, qualidade e estilo, tendem a se inserir a vários outros fatores, entre eles a origem e as condições de fabricação e o efeito do produto no meio ambiente. Assim, dependendo do que possa ocorrer no processo de estágio do produto ou serviço, a imagem da marca pode ser afetada negativa ou positivamente. Conforme o Instituto Ethos, responsabilidade social é hoje, em termos de competitividade, um requisito importante e indispensável. Em outros tempos, a empresa competitiva era identificada pelo preço dos seus produtos, depois o foco mudou para qualidade mais não deixando de ter atenção aos produtos e serviços. Atualmente a tendência é o marketing social adotado por empresas em todo o globo. Investir no aperfeiçoamento nas boas relações com o público e juntamente com todo o elenco que compõe o contexto organizacional é hoje sinônimo de empresa competitiva. A fórmula para atrair novos consumidores ou cliente está nas contribuições e no respeito que as empresas devem ter perante a sociedade como um todo. Isso significa cultivar produtos ou serviços que não degradem o meio ambiente, ser conivente com entidades ambientalistas, praticar a inclusão social, contribuir para o desenvolvimento e a melhoria de comunidades carentes entre outras iniciativas. Para uma melhor compreensão de marketing social é conveniente citar mais algumas definições, de marketing. Nesse caso, dois enunciados esclarecem de vez essa questão. O primeiro dele trata-se de uma citação realizada por Kotler e Keller, “marketing é um processo social por meio do qual, pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. (Kotler e Keller, 2006) 5 O segundo provém de um aspecto mais amplo, Las Casas “afirma que o marketing é uma área do conhecimento que engloba atividades direcionadas às relações de trocas, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos 5 KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12a Edição. São Paulo: Prentice Hall, 2006. 25 clientes, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto destas relações com a sociedade.” (Las Casas) 6 No segundo conceito há uma clara idéia direcionada para a sociedade, ou seja, a idéia de marketing social. Na concepção de Cobra (1986), o marketing social e taxado como uma troca de valores não precisamente físicos nem econômicos, mas que podem ser sociais, morais ou políticos, podendo ser empregado para a venda de idéias ou ações que possibilitem bem-estar à comunidade. Assim, o marketing social pode ser sintetizado pela transposição das concepções da área comercial para a social. A expressão marketing social foi utilizado por Thompson e Pringle (2000) pela primeira vez como “marketing para causas sociais”. Assim, o marketing social poderá ser compreendido como táticas de transformações, comportamentos e atitudes, que podem ser adotadas por qualquer tipo de organização que tenha como alvo a produção e a transformação do impacto social. É possível afirmar que, há uma predominância nas organizações, para a responsabilidade social focada na postura e no comportamento empresarial ético responsável. Atua na causa da responsabilidade ética. Fundamenta-se no compromisso em que as empresas assumem uma atitude transparente, responsável e ética em suas ligações com a sua diversidade de públicos-alvo. As empresas tendem ser socialmente responsável como forma de adquirir benefícios e reforço da auto-imagem, se tornam conhecidas e como conseqüências aumentam o volume das vendas. Hoje em dia o marketing social é usado pelas organizações como estratégia empresarial, são modos de divulgação das ações sociais organizacionais, levam com isso à comunicação a rede de interessados da empresa de forma direta ou indireta. Assim, empresas que exercem as práticas de responsabilidades sociais por meio do marketing social, devem com isso ganhar sustentabilidade para sobrevivência, permanência e destaque no mercado onde exercem suas funções. 6 LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993. 26 1.12 – MARKETING AMBIENTAL Foi durante a primeira crise do petróleo, que surgiram os primeiros estudos ainda de forma embrionária, a respeito do que, hoje é conhecido como ciclo de vida do produto. A crise petrolífera teve como causa aparente o boicote internacional realizado pelos países da OPEP, e ocorreu no final dos anos 60 ao início dos anos 80. Nessa época o barril do petróleo saltou de US$ 2,23 para US$ 34,00 ocasionando para a economia global uma crise sem precedentes. Foi justamente nessa época que surgiram os estudos que buscavam avaliar os processos produtivos e relacionar o consumo de fontes energéticas esgotáveis. Nesses estudos, onde o enfoque era a questão energética, surgiram de forma tímida, muitos aspectos que abordavam a questão ambiental, incluindo cálculos de emissões sólidas, gasosas ou liquidas. Surgiram nessa época as discussões sobre política de reciclagem das empresas. A Coca-Cola em 1965 teve sua participação investindo em um estudo feito pelo MRI (Midwest Research Intitute). O propósito era confrontar tipos de embalagens de refrigerantes e verificar quais teriam os índices mais apropriados, ao meio ambiente e também o melhor desempenho com relação à preservação de recursos naturais. 1.13 – ANÁLISE DO CICLO DE VIDA (ACV) O aumento com a preocupação com impactos ambientais causado pela abundância de bens e serviços à sociedade tem forçado o desenvolvimento de novas ferramentas e métodos que se propõem a ajudar a solucionar ou reduzir tais impactos. Todo produto de algum modo produz um tipo de impacto sobre o meio ambiente. Tal impacto pode acontecer no decorrer da extração do produto bruto destinado ao sistema de fabricação, através do processo produtivo, na distribuição, na sua utilização, ou em seu aspecto final. As circunstâncias ambientais e os impactos associados a determinado produto são hoje em dia submetidos a estudos e técnicas como é o caso da Avaliação do Ciclo de Vida, avaliam o produto, desde a sua extração da natureza, em sua forma elementar destinado aos sistemas produtivos até a concepção do produto final. A Análise do ciclo de vida é uma ferramenta técnica com características gerencial. Trata-se na verdade de uma 27 ferramenta que pode ser empregada em uma extensa variedade de casos. Informações colhidas na ACV juntamente com os resultados de suas análises e explicações certamente serão de grande utilidade nas tomadas decisões, na escolha de orientadores ambientais indispensável para a avaliação de projetos em relação ao produto e seus processos e também na elaboração de planos estratégico. A utilização da ACV em verdade, de certa forma, torna-se indispensável em sua função que é a de comparar o impacto ambiental de diferentes produtos com similar função bem como ao ser usada na área de gestão ambiental. Uma das aptidões da Análise do Ciclo de Vida seria permitir uma análise geral a um em devido sistema. Isso deve evitar equívocos no que muitas vezes os indivíduos tendem acreditar que determinadas práticas ambientalistas estejam corretas quando na verdade não estão. 1.14 – AS NORMAS ISO 14000 ISO 14000 define-se como uma série de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) e que determinam diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de organizaçoes empresariais. Os seus beneficios atestam a responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades de uma empresa. Se uma organização pretende adquirir e conservar o certificado ISO 14000 terá de se submeter a auditórias regulares, feita através de uma empresa certificadora, credenciada e reconhecida pelos orgãos nacionais e internacionais. As auditorias ocorrem com o propósito de verificação se as exigências estão sendo atendidas. Como por exemplo, saber se a legislação ambiental está sendo devidamente cumprida, apresentar diagnósticos ou resultados dos aspectos ambientais de cada atividade, estratégia de ação para acabar ou reduzir os impactos ao meio ambiente. 28 1.15 – MARKETING CULTURAL Conforme Fischer marketing cultural trata-se de um meio utilizado com o propósito de fixar a marca de uma empresa ou qualquer outro tipo de entidade por intermédio de diversas ações culturais, “tais como a música, a arte, o esporte, a literatura, o cinema, o teatro, etc.” Nesse sentido, pode-se perceber que o marketing cultural caracteriza-se como marketing institucional. Muylaert, diz que “cultura” se define como sendo o modo de vida de um povo, estando este manifestado através de suas crenças, costumes, idéias, artes, linguagem, sentimentos e entre outros. Pode-se entender que o marketing cultural intensifica as relações institucionais com os poderes públicos, expondo a organização como agente sociocultural. Isso se manifesta por intermédio de patrocínios, atribuindo valores aos bens das empresas, assumindo posturas de responsabilidade social, política e econômica. O marketing cultural é uma excelente alternativa para empresas que desejem se utilizar desse instrumento para a edificação de sua imagem corporativa. É também um tipo de comunicação diferenciada, uma opção na busca de retorno financeiro institucional, e certamente uma contribuição para a elevação do nível sociocultural de uma comunidade onde a empresa cede sua marca e imagem para atividades de natureza cultural. A Shell Lubrificantes é conhecida como sendo a primeira empresa a investir em marketing cultural no Brasil. Há cinqüenta anos aproximadamente a fundação Videoteca Shell produzia películas relacionadas ao seu ramo de atividade, a exploração petrolífera e filmes que tratavam de assuntos como educação e cultura. Assim, a Shell conseguiu ser reconhecida como uma importante entidade participativa em causas sociais, culturais e comunitárias. 1.16 – IMAGEM INSTITUCIONAL Atualmente a imagem da empresa está tão importante, quanto sua marca, ambos agregam valores intangíveis igualmente, criam vínculos mais extensos com seus clientes sem se sujeitarem a determinados produtos ou serviços. Ao tornar consistente a imagem institucional, a empresa deve comunicar seus objetivos, 29 crenças e valores de forma incessante. É necessário que todos os indivíduos compreendam a empresa de uma forma racional e uniforme. Isto se faz através dos diversos canais ligados aos públicos. A Imagem Institucional através do produto. Fixar a liderança de um produto é essencial em uma operação bem sucedida de marketing. Para que isso aconteça é importante a disponibilidade do melhor produto para o cliente, entre muitos outros similares no mercado, também utilizar-se de argumento que mostre a excelência desse produto, dizendo que ele é o melhor em sua categoria em todos os aspectos. A imagem de uma marca depende diretamente da imagem institucional. A consistência de ambas junto ao seu reconhecimento está ligada a forma de como a organização adquire bons relacionamentos e entendimentos, fazendo uso para isso, de um discurso coerente. A imagem é a impressão inconsciente que alguém tem de uma instituição, organização ou pessoa e que isso se dar de forma absolutamente emocional. É através do conhecimento intelectual, utilizando-se das mesmas idéias conjunta de forma racional que o individuo forma a imagem institucional. 1.17 – PODER DE MARCA A origem das marcas conforme JB. Pinho vem das mais remotas antiguidades com formas de promover as mercadorias. Sinetes, selos, siglas e símbolos eram mais comuns, utilizados como um sinal distintivo e de identificação para assinalar animais, armas e utensílios. Naquela época, antes das marcas terem adquirido seu sentido moderno, já era possível se indicar a origem do produto agrícola ou os produzidos em grandes volumes. A marca servia para valorizar o produto, atestando sua excelência e seu prestígio. Os símbolos e sobre tudo as marcas, desempenham originalmente a atividade de identificar os produtos e serviços por eles assinalados e poder estabelecer uma diferença entre os produzidos pela concorrência. 30 A construção da imagem da marca é feita através de diversas origens. Propaganda, publicidade, informações veiculadas através dos meios de comunicação, conhecimento acerca do produto, embalagens, identidade da empresa entre outros. A publicidade é uma importante atividade de comunicação, indispensável no processo de construção da imagem da marca. Destaca-se pelo o seu grau de controle sobre a mensagem e pelo seu poder de penetração e convencimento junto aos consumidores e grande público. 31 2 – HISTÓRICO DA COELCE A COELCE, Companhia Energética do Ceará é uma empresa geradora e distribuidora de energia elétrica que se concentra em toda região do Estado do Ceará cuja sede está situada na cidade Fortaleza. Surgiu em 30 de agosto de 1971 por meio da Lei Estadual nº. 9.477 de 05/07/1971 mediante a fusão de quatro Empresas distribuidoras de energia elétrica, que funcionavam antigamente no território cearense: Companhias de Eletricidade do Cariri - CELCA, Eletrificação Centro - Norte do Ceará- CENORT, Companhia Nordeste de Eletrificação de Fortaleza – CONEFOR e Companhia de Eletrificação do Nordeste – CERNE. A companhia foi privatizada em 2 de abril de 1998 através de um leilão público realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Hoje é controlada pela Endesa Espanha. O Consórcio Distriluz Energia Elétrica S.A., formado por Endesa España S.A., Enersis S.A., Chilectra S.A. e Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro – CERJ. As atividades da empresa são fiscalizadas e regulamentadas pelas agências reguladoras ARCE e ANEEL. Atualmente a Coelce é responsável pela distribuição de energia elétrica no Estado do Ceará, cobrindo uma extensa área de 148.825 km² e 184 municípios, tendo em seu poder cerca de 2.500.000 unidades de consumo. “A terceira maior distribuidora do Nordeste brasileiro em volume comercializado de energia, a Coelce é responsável pelo fornecimento de energia elétrica a mais de 2,5 milhões de clientes, dos quais 2,0 milhões são consumidores residenciais. A Companhia opera mais de 95 mil quilômetros de linhas de distribuição e transmissão de energia e conta com uma equipe de aproximadamente 8 mil colaboradores”. (Coelce) 7 A Coelce em 2006 ganhou o prêmio ABRADEE de Melhor Distribuidora da Região Nordeste. Isso foi de grande importância, pois Além da conquista do prêmio ter sido um fato inédito na trajetória da empresa, significou ainda, reconhecimento por ter apresentado os melhores resultados financeiros e 7 COELCE. Disponível em: http://www.coelcesites.com.br/sustentabilidade/noticias/naintegra.php?id=104. Acesso em: 20 abr. 2009. 32 operacionais de sua carreira bem como ter se posicionado pela primeira vez, entre as 150 Melhores Empresas para Trabalhar segundo o Guia Você S/A - Exame. Em 2007 conquistou novamente o prêmio ABRADEE e é classificada no ranking do Guia Você S/A - Exame como uma das 150 Melhores Empresas para Trabalhar. Marcos Cobra em ao fazer referência a respeito da missão corporativa de uma empresa afirma que cada instituição precisa definir de forma clara a sua missão corporativa assim o esforço simultâneo de diversas unidades estratégicas do seu empreendimento possam ser aproveitados afim de, maximizar os seus resultados. “O sucesso de um negócio depende em larga escala de como são alocados os recursos disponíveis, para viabilizar os resultados almejados”. (Cobra, 1992.) 8 O histórico da Coelce é um claro exemplo que confirma as declarações feitas por Marcos Cobra quanto ao sucesso da instituição. No caso da empresa, desde a sua criação, definiu sua missão corporativa, bem como disponibilizou seus recursos, para viabilizar os resultados almejados. 2.1 – AÇÕES DA COELCE Inclui atividades comerciais tipo prestar serviços personalizados, Coelce nos Bairros, que vai até as comunidades propor os serviços da instituição e elucidar possíveis dúvidas sobre a conta de energia, tarifa baixa renda entre outros. As ações integram os serviços prestados a sociedade como é o caso do Projeto Educar para Crescer que atua na capacitação de recursos, na geração de renda sustentável e no desenvolvimento de competências. O Projeto Conhecer. De acordo com as vivências individuais do cidadão são propagados orçamento familiar, culinária visando o melhor aproveitar de alimentos, responsabilidade ambiental bem como a orientação para o mercado atual. Coelce nos Bairros. Age em comunidades de periferia, capital e interior do Ceará. Visa alargar a atuação da empresa junto aos 8 COBRA, Marcos. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas S.A. 1992, 2ed. 33 clientes dessas regiões. Trabalha através de reuniões, palestras e outras ações. São debatidos assuntos relevantes aos serviços prestados aos clientes como conta de energia, parcerias entre outros assuntos. Apoio ao Pacto Global. A Coelce aderiu ao pacto Global em março de 2005 liderado pela a ONU. A finalidade da iniciativa é fazer com que empresas adotem práticas de responsabilidade corporativa, com o intuito de promover uma economia mundial mais sustentável e inclusiva. Todas as atividades da Coelce são desenvolvidas levando-se em consideração e tendo como base dez princípios de direitos do cidadão, direito trabalhista, proteção ambiental e a anticorrupção. (Relatório de Sustentabilidade 2007 da Coelce) 9 2.2 – PRODUTO COELCE O produto é algo que vem suprir e satisfazer as necessidades dos indivíduos que se atem de um desejo. É também qualquer coisa colocada em oferta, para o consumo ou aquisição. Caracteriza-se como objeto físico, serviços e idéias. Como destaca Philip Kotler (2000 p.416). Os Produtos comercializados incluem bens, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e idéias. Algumas definições de atividades relativas ao produto são: Características, marcas, embalagem, especificações, diferenciais em relação aos concorrentes e política de garantia. O produto Coelce. A Coelce conforme já citado anteriormente, foi duas vezes, ganhadora do prêmio ABRADEE de melhor distribuidora da região Nordeste. Contudo, segundo o Relatório de Sustentabilidade 2007, a empresa busca muito mais do que ser apenas uma distribuidora de energia elétrica. Vem a cada ano investindo em produtos e serviços para clientes residenciais, institucionais e clientes 9 Disponível<>http://www.mzweb.com.br/coelce/web/arquivos/RA_Coelce_2007.pdf... Acesso em: 16 mai. 2009. 34 de grande porte. A empresa tem profissionais qualificados, aptos para dar suporte a seus clientes em caso de possíveis problemas em suas instalações elétricas, reformas e instalações. A Coelce depois de sua privatização se transformou em uma das mais eficientes distribuidoras de energia do Nordeste. Desafios foram atingidos e os objetivos foram alcançados. Atualmente a empresa é uma das mais admiradas do país. Graças às iniciativas que transformaram a marca em algo de personalidade envolvente e que estar mais perto dos clientes. Cobra define em relação ao posicionamento de produtos, a identificação do produto no mercado é de grande importância para que a percepção do consumidor seja analisada com relação ao lugar ocupado pelo produto em um determinado mercado, bem como poder fazer uma comparação com produtos concorrentes e também avaliar o desempenho relativo entre eles. (Cobra, 1992 p321) 10 Nesse sentido, a Coelce conserva-se bem posicionada, com o intuito de atuar no ambiente mercadológico seguindo estratégias de aperfeiçoar sua forma de trabalhar, visando assim melhoria contínua da qualidade dos serviços, conservando a eficiência operacional com custos baixos, controle disciplinado da inadimplência e redução de perdas de energia. 2.3 – PRAÇA DA COELCE Praça faz parte do 4P do mix de marketing como sendo o ponto de distribuição e vendas associado com os canais de marketing. As atividades que as caracterizam são: lojas, canais de distribuição, logística, armazenamento, e distribuição. A citação a seguir traz uma melhor definição de praça. No caso Coelce, a praça está focada na distribuição. A Companhia Energética do Ceará (Coelce) distribui energia a todos os 184 municípios do Estado do Ceará, na Região Nordeste do Brasil, Seu mix marketing está focado na distribuição. Oito milhões de habitantes, em um território de 149 mil quilômetros 10 COBRA, Marcos. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas S.A. 1992, 2ed. 35 quadrados são atendidos pela empresa distribuidora de energia. A licença para a distribuição de energia elétrica na região do estado do Ceará foi alcançada pelo um tempo de 30 anos, valendo a partir de 1998, época em que a empresa foi privatizada. A sede da Coelce está situada na capital Fortaleza onde esta somada a mais 200 pontos de atendimento espalhados em todo o território nordestino. Distribuição de energia. A Coelce fornece para aproximadamente 2,7 milhões de clientes, dos quais 2,04 milhões são clientes residenciais. Atinge a média de mais de 8 mil pessoas empregadas, assim a empresa está taxada como a terceira maior distribuidora do Nordeste em conteúdo comercializado de energia. (Coelce) 11 2.4 – PROMOÇÃO DA COELCE A promoção consiste em um agrupamento de ferramentas que são usadas para incentivar a compra de determinado produto ou serviço. São atividades relativas à promoção: propaganda, publicidade e relações públicas. Tais atividades serão trabalhadas em conjunto através de uma empresa credenciada afim de, proporciona aos interessados, resultados desejados. 2.5 – CAMPANHAS Uma campanha promocional lançada pela Coelce foi: “Sou do Time que Ganha. Todos Contra o Furto de Energia”. A atenção da ação centralizou-se na disseminação de uma cultura sobre a disciplina de mercado. Energia de qualidade, segurança para clientes e empregados que trabalham diretamente com a rede elétrica, foram algumas ofertas dessa iniciativa promocional. O público-alvo da ação veiculada na capital Fortaleza entre 30 de agosto e 15 de setembro de 2007, envolveu os colaboradores e parceiros da Coelce, que poderiam utilizar coletores de 11 Relatório de Sustentabilidade 2007 da Coelce Disponível<>http://www.mzweb.com.br/coelce/web/arquivos/RA_Coelce_2007.pdf... Acesso em: 16 mai. 2009. 36 leitura e a Intranet, com o intuito de efetuarem as denúncias e com isso concorrem a prêmios de participação. Os resultados adquiridos nessa campanha foram satisfatório visto, que houve o aumento das denúncias efetivas confirmadas de furto de energia. ”A média mensal, que era de 150, passou para 2.900 denúncias efetivas nos três meses seguintes. (Coelce p.40) 2.6 – RESULTADOS DA CAMPANHA Ao se utilizar de promoção a empresa precisa definir quais são seus objetivos, selecionar as ferramentas necessárias para essa ou aquela ação, desenvolver o programa, passando pelos testes, fase de implementação, controle e avaliação dos resultados. De acordo com que foi exposto e conforme o que fora definido por Kotler, a Coelce se utiliza todos os requisitos que caracterizam a atividade promocional. Assim a empresa consegue atingir seus objetivos de forma satisfatória bem como se destacar entre todas as outras elevando a sua marca, tornando-a poderosa e competitiva. “A estratégia de negócios da companhia pressupõe um relacionamento de maior proximidade com os clientes e com a comunidade. Ampliar a oferta de novos produtos e serviços. Além de aprimorar o atendimento, por meio de treinamento dos colaboradores e empresas parceiras, lançar campanhas para reforçar, entre os consumidores, a imagem da Coelce como uma empresa comprometida com a qualidade e a sustentabilidade dos negócios”. (Coelce Online) 12 2.7 – DEFINIÇÃO DE PREÇO COELCE Em relação às condições de pagamento, a Coelce permite a opção de parcelamento de dívidas dos clientes. Para isso oferece taxas e tempo determinado 12 http://www.coelcesites.com.br/sustentabilidade/noticias/naintegra.php?id=104. Acesso em: 20 abr. 2009. 37 para quitações de dívidas mais convenientes que os existentes no mercado financeiro. Quanto à negociação de dívida o cliente tem a opção de se utilizar de canais de atendimento da empresa. As contas de energia da Coelce são normalmente reajustadas pela tarifa. A proposta de aumento é enviada para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que tem como tarefa analisar e autorizar o índice que será aplicado. Atualmente no ano de 2009 à Coelce almeja reajustar em 19,16% as contas de energia dos clientes do Estado. Esse valor se for aceito representará um aumento que corresponderá a quase um quinto mais cara do que é hoje, antes do aumento. Esse é o preço pago pela conta de energia por mais de 2,6 milhões de usuários do Ceará. O aumento de preço da energia em 2008 solicitado pela Coelce era de 25,12%, mas só foi autorizado o percentual de 8,43%. Segundo relatório publicado na página da Aneel na Internet, o percentual de aumento proposto pela Coelce é formado por variáveis como o Índice de Reajuste Tarifário (IRT), de 12,40%, a Subvenção Baixa Renda, de 1,5%, e recomposição dos custos com os tributos PIS/Cofins, de 1,01%. 2.8 – DADOS DE CRESCIMENTO COELCE Resultados econômicos. EBITDA registrou expressiva evolução de 83% em relação ao 2T07/Lucro Líquido atingiu R$ 79,7 milhões no 2T08, uma evolução de 51%./ ANEEL homologou o reajuste tarifário da Coelce no percentual de 8,43%. Conquistas. Coelce foi eleita, pelo 3º ano consecutivo, a melhor distribuidora do Nordeste pelo prêmio ABRADEE. O estágio de crescimento é marcado por uma expansão nas vendas. Os adotantes imediatos gostam do produto e outros consumidores começam comprá-lo. Outros consumidores surgem atraídos pelas oportunidades e novas características são inseridas ao produto e sua distribuição alongada. De acordo com Kotler, é na fase de crescimento que uma empresa precisa usar de muitas estratégias para segurar e o rápido crescimento de mercado por um tempo mais longo. 38 Algumas estratégias que devem ser adotadas pelas empresas. Melhoria na qualidade do produto, agregar a ele novas características e estilo. Adotar novos modelos ao produto: quanto a diferentes tamanhos, cores, sabores e outros. Aderir a novos segmentos de mercado. Aumento da cobertura de distribuição bem como inserir-se em novos canais de distribuição. Redução de preços e com isso atrair clientes sensíveis a esses preços. 2.9 – MARKETING SOCIAL COELCE A Coelce acredita que o caminho sustentável de transformação social é através de um largo investimento em educação. Essa consiste à base do marketing social da companhia. Para isso a empresa alinhar suas ações de responsabilidade social corporativa em programas educacionais, inclusive priorizando crianças e jovens. Quanto ao compromisso com a cultura cearense a Coelce, também tem seus investimentos. É uma das empresas que mais investe em cultura no Estado, é tanto que há mais de dez anos realiza investimentos significativos nessa área. “No ano de 2007, a Coelce destinou R$ 11,7 milhões para financiar projetos sociais e culturais, com recursos próprios e outros viabilizados por meio de incentivos fiscais oriundos do Sistema Estadual da Cultura, da Lei Federal de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, do Fundo Municipal e Estadual para a Criança e o Adolescente e da Lei de Incentivo ao Esporte.” (Coelce. 2008)13 13 Disponível em: http://www.mzweb.com.br/coelce/web/conteudo_pt.asp?tipo=14395&id=&idioma=0&conta=28... Acesso em: 15 mai. 2009. Coelce 2008. 39 2.10 – PROGRAMA ENERGIA SOCIAL Dentre os projetos sociais a companhia criou em 2007, o Programa de Energia Social. O projeto originou-se da iniciativa de contribuir com uma abordagem social para a redução de perdas em comunidades de baixo desenvolvimento socioeconômico. O projeto se destaca pela negociação de dívidas em condições adequadas de pagamento. Para os clientes e ações de geração de renda, cidadania e responsabilidade socioambiental. Três linhas de ação caracterizam a iniciativa na qual abrangem ainda outras já existentes com o intuito de reforçar os efeitos das ações adotadas. São: Ações Coelce, Educar para Crescer, Conhecer. 2.11 – AÇÕES COELCE Abrange as atividades comerciais do tipo atendimento individualizado onde a Coelce vai até aos bairros visitar comunidades e oferecer os seus serviços, tirar e esclarecer dúvida a respeito de conta de energia, tarifa baixa renda, entre outros serviços. A Ação Coelce ainda integra os projetos socioambientais Escola Coelce Caminhos Eficientes que tem como objetivo ensinar sobre u uso racional da energia elétrica. O ECOELCE Oferece bônus na conta de energia em troca dos resíduos recicláveis. Trata-se de um desconto na conta de energia elétrica do cliente. Quanto mais produtos recicláveis, for enviado ao posto de coleta mais aumentam os bônus são subtraídos no valor da tarifa. Essa iniciativa social visa à educação do indivíduo em relação ao meio ambiente. Educar para crescer. A iniciativa forma grupos de trabalho. São pessoas que gostam de artesanato e passam a promover a arte local fazendo fluir diversas fontes de renda. O foco do projeto destina-se na capacitação, geração de renda sustentável e no desenvolvimento de competências. Valorizando o trabalho em equipe a criatividade e o empreendedorismo. Conhecer. A iniciativa aborda temas como orçamento familiar, culinária para melhor aproveitamento dos alimentos, responsabilidade socioambiental e orientação para o mercado. 40 2.12 – PROJETOS AMBIENTAIS COELCE O Projeto ECOELCE oferece oportunidades de negócios à população. Em 2007 a Ultralimpo empresa parceira da Coelce na limpeza de suas sedes, idealizou a abertura de negócio para gerenciar o lixo reciclável oriundo das comunidades. A iniciativa ao desenvolver esse projeto de coleta seletiva, acredita está contribuindo com a melhoria do aspecto ambiental e incentivando outras empresas a fazerem o mesmo. Iniciativa Óleo Ecológico. O Programa visa à troca de óleo de cozinha usado em bônus que ajudarão a reduzir a conta de energia. A iniciativa faz parte do programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida (ECOELCE). Através da coleta seletiva de produtos reciclável se espera resultados satisfatórios que tragam benefícios sociais, ambientais e econômicos de forma global. O projeto promete resultados e benefícios sociais, ambientais e econômicos. Sociais: Comunidades de baixa renda podem utilizar o valor para comprar alimentos, vestes ou ajudar como auxilio habitacional. Ambientais. Quando recolhida uma grande quantidade de resíduos, o ECOELCE contribui de forma significativa para a preservação ambiental. Isso significa menos lixo sendo jogado na natureza e economia de energia na extração de substância bruta como: (minérios, petróleo e madeira) na transformação em produtos como: papel, alumínio, plástico. Econômicos. Proporciona uma economia no custo dos municípios no tratamento de resíduos, e benefícios para a Coelce, quando consumidores inadimplentes conseguem quitar suas tarifas através da reciclagem já que houve uma geração de renda. 41 2.13 – MARKETING CULTURAL COELCE Os seus investimentos, culturais em relação à educação constitui-se a premissa fundamental da empresa. A companhia acredita ser esse o caminho sustentável de transformação social bem como vem procurando alinhar suas ações de responsabilidade social corporativa em eventos educacionais, sobretudo envolvendo jovens e crianças. É justamente nessa área que a empresa promove a mais de uma década, investimentos que ajudam a promover a cultura no Estado do Ceará. Fischer cita a respeito do mecanismo que incita a iniciativa privada a utilizar o marketing cultural bem com o apóio a certos projetos, afirmando que esse é de grande importância já que o seu retorno é grandioso, independentemente de haver benefícios fiscais. A figura do estado no caso do fomento de projetos culturais é de suma importância, pois ajudam no convencimento de outras pessoas ou organizações a apoiarem os projetos que estão precisando de patrocínios. “O incentivo às artes e á cultura está diretamente ligado a outros benefícios, estes agora sociais, pois gera renda e novos empregos. O Estado cede por um lado com o investimento, mas é recompensado com a geração de novos impostos, trazendo retornos positivos para toda a comunidade, para a classe artística, para os patrocinadores e para as organizações”. (Fischer 2002.p.37)14 2.14 – PROJETOS CULTURAIS COELCE A Coelce destinou no ano de 2007, a cifra de R$ 11,7 milhões destinada ao financiamento de projetos sociais e culturais, isso com seus próprios recursos juntamente a outros viabilizados através de incentivos fiscais de origem do Sistema 14 FISCHER, Micky. Marketing Cultural. São Paulo: Global. 2002 42 Estadual da Cultura, da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), do Fundo Municipal e Estadual para a Criança e o Adolescente e da Lei de Incentivo ao Esporte. A Coelce patrocinou 53 projetos onde pode beneficiar mais de 900 mil pessoas, isso somando aos investimentos de R$ 9.087 milhões, adicionado aos recursos do Sistema Estadual de Cultura (2% do ICMS a recolher) e da Lei Rouanet até 4% do Imposto de Renda a recolhe. Projeto Baú da Leitura. Trata-se de um investimento cultural da Coelce desenvolvido desde 2005. O foco são comunidades com baixo desenvolvimento socioeconômico cuja iniciativa visa através do incentivo à leitura, disseminar o conhecimento nessas comunidades. Durante o processo de trabalho é distribuído a cada comunidade um acervo com 300 livros infantis e infanto-juvenis junto à presença do Lampinha, um mascote que aproveita a oportunidade para reforçar o valor do hábito da leitura. A colaboração nas atividades esportivas é para a Coelce, representam um passo fundamental para a formação física, intelectual e psíquica dos indivíduos. Assim em 2007, através da Lei de Incentivo ao Esporte, patrocinou o projeto esportes PA a Comunidade, que beneficia alunos de escolas públicas municipais e estaduais de Fortaleza, com idade entre 7 e 18 anos. A iniciativa ajuda a jovens atletas em começo de carreira é a revelação de novos talentos no contexto esportiva. Projeto de Comunicação Educativa. Outro projeto Coelce a ser destacado é o (PCE) Projeto de Comunicação Educativa, que tem a participação com a ONG Encine, consiste em centros de comunicação que funcionam em escolas da rede pública municipal de ensino, abrangendo regiões como Fortaleza, Maranguape e Maracanaú. O projeto tem como finalidade essencial realizar atividades que utilize de tecnologias de informação e comunicação, vídeo, programa de TV e de rádio, entre outros. Os resultados esperados são: melhoria do ensino, combate à evasão e defasagem e o falta de estudo. 43 “O marketing Cultural oferece um retorno maior que o obtido por meio da publicidade convencional e os valores monetários aplicados devem ser encarados como investimentos e não, como gastos. É, praticamente, o único instrumento que torna viável o projeto do produtor cultural”. (Fischer p.43) 2.15 – CAMPANHAS INSTITUCIONAIS COELCE A Coelce tornou-se assinante do Pacto Global em março de 2005. Com isso a empresa desenvolve suas atividades institucionais tendo como base os dez princípios nas áreas de direitos do cidadão, trabalhador, proteção ambiental e anticorrupção. 2.16 – IDÉIA DE GLOBALIZAÇÃO Pacto Global trata-se de uma atividade idealizada pela Organização das Nações Unidas com o intuito de encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade. A idéia do pacto é promover: Conversações entre empresas, organizações das Nações Unidas, sindicatos, organizações não-governamentais e demais parceiros. O objetivo é a criação de um mercado global inclusivo e sustentável, bem com dar uma dimensão social à globalização. Certificação ISO 14001 da Coelce. Segundo dados da Coelce, a empresa continua com o certificado ISO 14001, que comprova o seu sistema de gestão ambiental bem como seu investimento de forma eficaz na preservação do meio ambiente. Outra iniciativa institucional da Coelce consiste no investimento na educação de seus trabalhadores, “colaboradores, parceiro e sociedade cearense e busca contribuir para a sustentabilidade do planeta, com incentivo ao uso eficiente dos recursos naturais e ao consumo consciente por parte da população”. 44 “Hoje, as empresas procuram dar mais força a seus programas internos, nas áreas de saúde, higiene e segurança, treinamento e desenvolvimento de pessoal, comunicação, esportes, lazer, cultura e seguridade social, entre outros, oferecendo, por intermédio, um salário indireto e, assim, disputando uma diferenciação no mercado.”. (Rego, 1986) 15 Para a Coelce, a educação consiste em valorizar as descobertas, incentivar captação de e a troca de informação. E a marca em essência está inserida nesse sentido visto que, em sua concepção exerce a curiosidade de conhecer clientes, atender necessidades, criar novos serviços, compreender, fazer parte do lugar onde atua. O posicionamento. A Coelce atualmente possui seu posicionamento de mercado baseado nas seguintes bases: Energia empreendedora, aprender sempre mais e saber ouvir. 15 REGO, Gaudêncio. Comunicação empresarial / comunicação institucional. São Paulo: Summus Editorial, 1996. 45 3 – O ECOELCE O objetivo é fazer um analise da estratégia de campanha com característica publicitária institucional do projeto conforme sob a ótica do marketing sócio ambiental sobre o qual, envolve a ação institucional com fins de assegurar uma situação e um posicionamento sólido e preciso do produto e da empresa Coelce no mercado. O estudo evidencia a nova estratégia de marketing surgido com a globalização, pelas as quais as organizações precisam se adaptar, bem como analisar as conseqüência, lucros e resultados e os indivíduos envolvidos pelas atividades comunicacional da empresa. Esse, trata-se de um estudo de caso de natureza qualitativa cujo o conteúdo textual lida com as descrições, comparações e interpretações. O ECOELCE. Programa Coelce de desenvolvimento social, está à frente da coleta seletiva de lixo reciclável com valor de mercado, cuja ação estimula o povo de baixa renda a cooperar com a preservação do meio ambiente na cidade de Fortaleza e Estado do Ceará. A estratégia consiste em evidenciar o fator econômico aliado ao conceito de conservação do meio ambiente junto ao publico alvo que são as comunidades carentes, baixa renda elucidando a relevância do projeto em relação a esse publico. O estudo tem como base os princípios científicos de Philip Kotler, Marcos Cobra entre outros. 3.1 – O QUE É O PROJETO ECOELCE Trata-se de um programa da concessionária de energia elétrica do Ceará cujo titulo é: Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida. É parte de uma mobilização da sociedade, que além de ajudar é um projeto que agrega valores a imagem institucional da Coelce. Estes valores são citados por Kotler que define a imagem da instituição como “o conjunto de crenças, idéias e 46 impressões que uma pessoa tem em relação a um objeto”. Afirma ainda, que não consumimos produtos, e sim a imagem que temos deles.16 De acordo com dados da Coelce, Fortaleza é a quinta maior cidade do país, sendo assim reflete os problemas típicos de cidades grandes que necessitam de atenção por parte dos governos. Nesse aspecto, na falta de iniciativas governamentais referente a tais problemas, como é o caso do lixo e muitos outros, surge o ECOELCE, com isso nesse contexto, uma mobilização da sociedade com o intuito de melhorar os aspectos sociais que deveriam ser sanados pelos políticos responsáveis por esta ou aquela região. A mobilização social acontece sempre com o apoio de uma empresa que em nome de uma causa prometida, como melhoria, satisfação e solução dos problemas sociais sustentam suas ações. O projeto ECOELCE é fruto de uma mobilização social, que além de ajudar é um projeto de imagem institucional da empresa Coelce. 3.2 – ECOELCE E O CLIENTE O projeto ECOELCE surgiu como oportunidade de melhorar a situação no aspecto financeiro do cliente, visto que o programa tem como incentivo o bônus que abate o valor da conta de energia elétrica. Dessa forma, na visão dos indivíduos mais carentes há uma oportunidade de com esse dinheiro possa equilibrar suas contas caseiras. Segundo dados do Diário do Nordeste, a grande cidade de Fortaleza possui um impacto ambiental súbito, “com o aumento do número de indústrias e o crescimento da população de Fortaleza, a quantidade de resíduos sólidos produzidos também aumentou. A maioria das pessoas não se preocupa em fazer a seleção do lixo em suas casas.” (Diário do Nordeste) 17 16 Kotler & Fox (1994, p. 59) 17 bhttp://diariodonordeste.globo.com/asp?codigo=164423 47 Assim o projeto justifica-se por sua ação ecoeficiente munindo-se de argumentos viaveis de que com o tempo não haverá local para colocar tanto lixo. Do ponto de vista do cliente ele percebe em tudo isso no que se refere a instituição benfeitora que no caso é a Coelce como sendo essa uma entidade que se preocupa com eles e está fazendo algo que os beneficiam. Esse tipo de ação tende a fluir um sentimento de gratidão e reconhecimento por parte do cliente. É certo que eles não conhecem em muitos casos as verdadeiras intenções da instituição que por traz de tantos beneficios. Quanto a Coelce, é uma empresas bem resolvida que procura com o projeto ECOELCE atender aos interesses do cliente trazendo beneficios aos individuos dentro da sociedade e agregando valor a marca. Nesse sentido as empresas devem deixar claro as evidencias do projeto perante ao grande público. É acondellhavel que exista por parte das empresas ações que venham trazer beneficios aos individuos dentro da sociedade. Deve haver por parte das organizações aquilo que se chama de ética. A instituição deve deixar evidente de forma clara, suas verdadeiras intenções com esse ou aquele projeto beneficiente, para que não haja alienação dos beneficiados. É preciso que a empresa tenha consciencia e possa de forma correta saber lidar com seu público. 3.3 – ASPECTOS DO PROJETO O ECOELCE é um projeto de desenvolvimento sustentável, cujas bases foram bem constituídas afim atingir seus propósitos pelo os quais ele foi idealizado. O bônus configura-se em parte essêncial da iniciativa, ele é o incentivo para que as pessoas junte seu lixo e leve ao postos de coleta do Ecoelce os quais encontran-se espalhados por varias localidades da cidade. Entretanto o bônus vai muito além do incentivo, ele repercute seus efeitos na sociedade integrando-se em grande parte aspectos econômico, social e ambiental. A atividade de reciclagem integra o aspecto econômico. O social e o ambiental entende-se que integra educação e saúde preventiva, visto que o que ao recolher o 48 lixo das ruas e não joga-lo no meio ambiente evitará que os individuos estejam expostos ao perigo da exposição de embalagens descartáveis no lixo doméstico que é considerado pelos especialistas em saúde pública, mais perigoso do que lixo hospitalar quando exposto a um longo tempo no ambiente. O ECOELCE, assim parece representar muito para a construção da imagem institucional da empresa Coelce, ajuda a melhorar o meio ambiente e eleva o padrão economico do individuo. Em sua ação bem elaborada consegue demostrar aos olhos da sociedade que está contribuido para a melhoria social nos aspectos econômico, social e ambiental. Para Kotler, as organizações devem observar as considerações sociais e éticas em suas práticas de marketing, equilibrando o lucro com a satisfação dos consumidores e o interesse público. 3.4 – BENEFÍCIOS DO PROJETO O projeto ECOELCE está dentro de uma tendência de mercado ligado ao social e a ecologia. Isto se justifica pelos os rumos em que a economia mundial chegou. Para Philip Kotler, tendência é uma seqüência de eventos que ocorre em algum tempo e promete durabilidade. A globalização dividiu o mundo econômico em blocos de mercado cada vez mais competitivo, que forçaram as empresas a criarem alternativas modernas e mais eficazes de comunicação visando melhorarem a imagens e performances no mercado em que estão inseridas. Ser socialmente responsável é uma tendência de mercado em que as empresas da atualidade se adaptam cada vez mais. Seus produtos e serviços tendem está dentro de uma nova ordem econômica. A Coelce, tendo em vista que é providencial e necessário não apenas para a empresa Coelce, e sim também para todas as outras que desejem estar em evidencia no mercado através de uma nova forma e comunicação, em que se baseiam na preocupação com o ambiente e as causas sociais podem observar um caminho dentro do marketing institucional. 49 O ECOELCE é um desses casos típicos de comunicação moderna que existe pela necessidade que a empresa tem de se ater aos novos rumos mercadológicos que precisam gerar práticas socialmente corretas através do marketing institucional que em alguns casos podem vir beneficiar ou não aos indivíduos de uma população. A verdade é certamente, sempre trazer em primeiro lugar, benefícios a instituição. O ECOELCE incentiva as pessoas a não jogar dejetos no meio ambiente e sim trocar o lixo por bônus na conta de energia. Dessa forma a empresa consegue viabilizar o projeto. Tais ações são voltadas a trazerem benefícios às comunidades em especial direcionadas às pessoas mais carentes que não contam com ajuda de governos. Em geral são indivíduos que caíram no esquecimento e estão à margem da sociedade. Tais programas são elaborados pelas corporações com a pretensão providencial de se beneficiam da imagem de filantropia que passa a agregar valores aos seus produtos ou serviços. Em uma abordagem critica, não convém achar que a empresa em questão, deva apenas está preocupada com as causas sociais e ambientais. A Coelce é um bom exemplo, de empresa bem resolvida. Encontrou o caminho através dos projetos sociais e ambientais. Assim sendo o ECOELCE está dentro dessa tendência de mercado. Ao trocar lixo reciclável por bônus na conta de energia de seus clientes, a empresa está prestando um serviço que beneficia pessoas de baixa renda reduzindo com isso o valor da conta de energia elétrica e também cooperando para que o lixo seja reaproveitado e com isso, não fique no meio ambiente sem utilidade. Dessa forma a empresa está contribuindo, desempenhando uma ação de característica institucional cujo papel é fazer surgir seus efeitos desejados. 3.5 – A RAZÃO PARA O PROJETO A razão do programa justifica-se pela possibilidade de sensibilizar os indivíduos de Fortaleza e estado do Ceará a praticarem a coleta seletiva de lixo e juntamente a isso, poder oferecer a essas pessoas uma renda extra que segundo o projeto, possibilitará uma forma de benfeitoria a essa população em seu aspecto 50 econômico além de proporcionar uma real ajuda ao meio ambiente. Outra razão da viabilização do projeto é que ele se revelou consistente como estratégia de economia de energia elétrica. Assim sendo, o projeto foi considerado relevante, e implantado a partir do mês de setembro de 2007 dentro do Programa de Eficiência Energética (PEE), regulamentado e aprovado pela ANEEL. (Agência Nacional de Energia Elétrica). Algumas questões podem justificar a base da idéia, para o que viria a ser, a idealização do projeto. Há exemplo, o fato de que, a partir dos anos 70 houve um grande aumento de preocupação com o mundo e às questões ambientas. Justo na época em que se intensificou a crise petroleira no mundo. Nesse contexto, tais questões ambientalistas se intensificaram, e foram mais observadas e levadas a sério com elevada participação nos diversos setores sócio-econômicos. Preservar o ambiente, economizar os recursos naturais sobre tudo a utilização de forma racional da energia disponível, passou a ser de vital importância e assunto de discussões. Percebeu-se que a reciclagem do lixo teria importante papel na economia de energia e recursos naturais. É nisso que o ECOELCE foca sua proposta de trabalho institucional. Trocar lixo reciclável por abatimento na tarifa de energia elétrica consumida pode ter a participação de qualquer cidadão. Mesmo que a intenção deste seja apenas contribuir para o desenvolvimento sustentável do Estado nos diversos aspectos que possam ser descritos. Dentro destes aspectos a empresa percebeu que poderiam se utilizar desses fatos como oportunidade de gerarem novas formas de elevar o nome da instituição. Por essa razão esse aspecto deve ser considerado relevante nesse caso se levando em consideração aos reais motivos do projeto ECOELCE. 3.6 – INVESTIMENTOS A Coelce lançou o projeto piloto do ECOELCE em fase experimental, a partir de outubro de 2006. O investimento gerou a cifra de R$ 749 mil em bônus na tarifa de energia dos clientes como pagamento de seis mil toneladas de lixo reciclável que foram levados aos postos de coleta da empresa no período de fevereiro de 2007, 51 época em que a organização recebeu 2.427 toneladas de papel, 1.044 toneladas de plástico e 940 toneladas de vidro. Para a implantação do ECOELCE, a Companhia de Energia Elétrica do Ceará, Coelce realizou pesquisas em comunidades de baixa renda na cidade de Fortaleza e estados do Ceará. Após constatar a viabilidade do programa, a empresa pode definir as ferramentas e os pontos estratégicos que dariam rumos ao investimento de natureza institucional. A empresa dispôs de recursos próprios para atender aos processos operacionais junto à administração dos resíduos comercializados bem como os créditos adquiridos. 3.7 – INVESTIMENTOS EM PUBLICIDADE A empresa optou pela a comunicação agregada ao marketing fazendo uso dos meios: outdoor, panfletos, site, entre outros com a finalidade de promover a coleta seletiva do lixo reciclável do ECOELCE. A Coleta seletiva é um meio de recolhimento do lixo que antes é feita sua separação na própria fonte produtora: casas, comércios, fábricas, entre outros visando poder reutilizá-lo posteriormente. Constitui-se um meio vantajoso de economia de substância essencial à fabricação de um produto, economia de energia e água além poder gerar lucros bem como proporciona redução da poluição ambiental. O conceito propagado pelo o ECOELCE conduz a informação de forma objetiva, são os códigos que seduzem, propositalmente, o receptor, porque são ajustados às suas necessidades, ou aquilo que eles desejam. São palavras tipo: bônus e troca atraem o receptor, consistindo em linguagem chave que é de certa forma, um tipo de comunicação subliminar visto que essa passa despercebida no processo de comunicação. Constituindo-se uma forma de massificação social. Os valores em dinheiro já gastos referente ao Investimento em publicidade para o projeto ECOELCE, não foram liberados pela empresa, ficando as assim as considerações acima. 52 3.8 – O ECOELCE EM DETALHES Trata-se de um projeto da Coelce (Companhia Energética do Ceará) cuja proposta ambientalista visa favorecer a ecologia tendo como base uma ação que incentiva a troca de lixo reciclável por bônus na conta de energia, gerando economia e benefícios para o meio ambiente. O Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida ECOELCE, consiste em um modelo de desenvolvimento social e ecológico. É desenvolvido pela Coelce em parceria com a Universidade de Fortaleza Unifor, e a KNBS, Knowledge Networks and Business Solutions, uma empresa especializada em soluções e consultorias em segmentos tecnológicos e a empresas de coleta de resíduos. O programa se processa basicamente através de três elementos principais: Coelce. Entidade encarregada de gerenciar o processo de coleta de lixo e o crédito de bônus nas tarifas de energia dos clientes que fazem parte do programa. Postos de Coleta de resíduos. Entidades responsáveis por arrecadar o lixo coletado e se responsabiliza pelo o seu envio a indústria de reciclagem. Cliente. Individuo usuário do programa. Recebe os bônus que são descontos através da coleta e venda do lixo aos postos de coleta do projeto. O ECOELCE foi umas das dez iniciativas mundiais premiada na edição do World Business and Development Awards (WBDA) 2008, promovido pela (ONU) que reconhece a contribuição de empresas do setor privado para atingir os objetivos de desenvolvimento do milênio. Dentre outros aspectos cabe salientar que a iniciativa idealizada pela Coelce, tornou-se modelo para outras organizações do setor energético no país. O exemplo: Ampla, no Rio de Janeiro, Coelba, na Bahia e Celpe em Pernambuco. 53 3.9 – O ECOELCE NA VISÃO DA COELCE O Projeto ECOELCE revela-se adaptado ao estilo de ação. Certamente por estar inserido dentro de uma economia capitalista, em que forçam os indivíduos ou grupos sociais, a se adaptarem as mudanças de comportamentos e a ficarem sujeitos as estratégias das organizações. A evolução de uma sociedade requer regras, métodos, leis e, sobretudo normas. No aspecto socio-ambiental o ISO 14.000 como já foi comentado anteriomente, é uma série de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) e que estabelecem sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas. Quanto a Agenda 21 trata-se de um programa de ação cujo documento de 40 capítulos, que promove em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. O projeto ECOELCE age dentro dessas normas, assim a Coelce consegue ser reconhecida no mercado, não por apenas atender as exigências das leis, mas sobre tudo por reconhecer que esse é o caminho coerente para uma boa comunicação com o público, sobre tudo por se tratar da melhor forma de tornar a instituição reconhecida. Como por exemplo, no caso do vale bônus que é adquirido através da troca de resíduos recicláveis, já trouxe a empresa além de ajudar a comunidade, excelentes resultados. Hoje em dia o ECOELCE se destaca internacionalmente pelos resultados econômicos e sociais. A iniciativa já rendeu considerações até da Organização das Nações Unidas (ONU), que incluiu o programa como um dos projetos de Responsabilidade Social mais relevantes para o Pacto Global das Nações Unidas. Por essa razão a ação foi escolhida entre outras a fazer parte de uma série documentário a ser exibida em países como Estados Unidos. 54 3.10 – A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA E LOGÍSTICA O Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida ECOELCE e a iniciativa de implantação do projeto foi calculada em uma pesquisa de campo realizada em 184 comunidades baixa renda de Fortaleza. Observou-se que o lixo produzido por essas comunidades eram colocadas inadequadamente no meio ambiente. Observou-se ainda que um grande número de inadimplência e furto de energia elétrica fora atribuído a esta mesma população, tendo como conseqüências o aumento de perdas de energia e seu uso ineficiente. O Projeto ECOELCE foi implantado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), Coelce (Concessionária de energia elétrica do Ceará), a KNBS (Knowledge Networks & Business Solutions) e a UNIFOR. Com o conceito de desenvolvimento sustentável. A idéia consiste em uma proposta eficaz que visa proporcionar um crescimento racional e um progresso econômico a sociedade. A iniciativa seria reintroduzir componentes do lixo a linha de produção para a economia de substância essencial à fabricação de novos produtos que também poderiam virar detrito descartável jogados no meio ambiente. Assim a ação é valida, pois atenua de forma significante o sério problema do destino do lixo jogado no meio ambiente além de proporcionar benefícios econômicos aos indivíduos dessa sociedade. 3.11 – TRIAGEM DOS RESÍDUOS A triagem do lixo é feita por empresas que se responsabilizam pelo o destino dado a estes quando são levados aos postos de coleta, para serem trocados por bônus na tarifa de energia elétrica. Empresas como a Ultrambiental, Organizações Gonçalves, e Instituto Intervalo são incumbidas da triagem dos resíduos e a armazenagens para depois serem comercializados. 55 Após a triagem, que é a escolha e separação por classes dependo do tipo de resíduo (papel, plástico, vidro ou metal), tem-se a lavagem, a separação de tampas, rótulos, secagem, fundição, prensagem, empilhamento, ou seja, todo o tratamento necessário para o retorno à cadeia produtiva. Os postos de coleta desempenham um papel fundamental no processo. Neles estão as equipes da Coelce para atender as pessoas, que chegam de todas as localidades trazendo seu lixo afim, de serem trocados pelos bônus. Nesse caso esses indivíduos já necessitam estarem de posse do cartão eletrônico para inserir seus créditos na hora da entrega de mais um carregamento de lixo. 3.12 – ARQUITETURA DO PROJETO Para o êxito do programa foi necessário todo um planejamento para que pudesse ter condições de trabalho. Assim se desenvolveu a arquitetura do projeto. “De posse dos resíduos recicláveis, o cliente desloca-se até um Posto de Coleta credenciado que, através da Máquina Coletora desenvolvida para recepção e transmissão de dados, registra o valor referente ao bônus. Os créditos são, então, enviados via GPRS para a Central de Processamento que realiza o tratamento dos dados e remete ao Sistema de Faturamento da COELCE para processamento do crédito na conta de energia do cliente.” (Ecoelce Online) 18 Desenvolveu-se a funcionalidade de dois importantes pontos responsáveis pelos os controles da informação: segurança e visibilidade total das ações realizadas. As bases das informações foram produzidas em um data warehouse permitindo flexibilidade operacional. Um data warehouse é um sistema de computação utilizado para armazenar informações relativas às atividades de uma organização em bancos de dados, de forma consolidada. O desenho da base de 18 ECOELCE. Disponível em: http://www.ecoelce.com.br/participar.html. Acesso em: 20 março. 2009. 56 dados favorece os relatórios, a análise de grandes volumes de dados e a obtenção de informações estratégicas que podem facilitar a tomada de decisão. Desenvolveu-se assim, a plataforma de gerenciamento destinada ao programa ECOELCE com o intuito de atender a cada um de seus agentes. Para o cliente criou-se o cartão inteligente (smart card.), com chip, capaz de armazenar a titularidade com o nome e número da unidade consumidora e das transações efetuadas. Para a empresa responsável pela coleta e destinação dos resíduos coletados, foi criado um controle e registro da recepção dos resíduos, organizado através de uma máquina de registros de coleta. A máquina lê o chip do cartão, realiza as transações, as armazena e no chip do cartão e faz a conexão com o servidor central do projeto para a efetivação das transações. Quanto a Coelce, criou-se uma forma de processamento que responde a diversos pontos de coleta na recepção, compilação e organização de dados. O cartão ECOELCE é fornecido mediante ao preenchimento do termo de adesão ao programa. 3.13 – ESCOLHA DO ECOELCE A Coelce escolheu o ECOELCE pela visibilidade sócio-ambiental. O investimento dado ao projeto revela-se em uma grande repercussão para a imagem da Concessionária, no caso a Coelce A abrangência de fundamental importância social do projeto, justifica-se pela a iniciativa que colabora com práticas de cidadania, sustentabilidade onde o projeto não apenas foca promover transferência tecnológica, mas proporcionar e contribuir para uma mudança cultural no aspecto comum das pessoas e da empresa. Bem como poder favorecer a utilização racional dos recursos provenientes da natureza, melhora da higiene, exercício de cidadania e sustentabilidade. 57 No aspecto sustentabilidade, a Coelce define-se como sendo uma entidade que detém a compreensão acerca da sustentabilidade, incorporando seus conceitos e fixando profundamente em sua cultura organizacional, abraçando estratégia, missão, valores e visão em seus níveis hierárquicos. O ECOELCE revela-se está neste posicionamento empresarial visto que, trata-se de uma iniciativa que deu certo. Por essa razão demonstra-se ser um projeto bem resolvido, muito bem planejado e que já se tornou parte da empresa trazendo lucros para a entidade benfeitora. Quanto aos valores de investimentos institucionais, as empresas necessitam criarem ações que ajudem a um grande número de pessoas de forma direta e indiretamente as incentivando a aceitarem esses projetos ambientalistas que oportunamente consigam atender aos interesses comuns. Quando a empresa Coelce se mostra preocupada com os problemas do meio ambiente como é o caso do lixo que é depositado na natureza, lança projetos como é o caso do ECOELCE. Esse tipo de projeto agrega valores à marca e a empresa. 3.14 – ORIGEM DO ECOELCE De acordo com a Coelce o programa cujo nome é: Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – ECOELCE começou a surgir depois de uma pesquisa realizada pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento regido pela ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica, em 184 comunidades de baixa renda situadas na Grande Fortaleza. Essa iniciativa surgiu ainda pela possibilidade de reaproveitar o lixo produzido pelos habitantes e que de forma inadequada jogavam os resíduos nos espaços, poluindo com isso o meio ambiente. O surgimento do programa deve-se aos experimentos realizados pela Coelce a partir do ano 2006. A iniciativa revelou um conceito diferente no campo das ações ambientais, melhora do relacionamento com os consumidores, sobretudo os de 58 baixa renda. O programa surgiu como um paradigma sócio-ambiental. Os resultados foram preservação dos recursos naturais e economia de energia elétrica. 3.15 – IDÉIA DO PROJETO A idéia do Projeto ECOELCE veio da própria empresa que a principio trabalhou em fase de período experimental. A organização utilizou o programa junto aos seus colaborares como uma espécie de projeto piloto. A empresa pretendia na ocasião trazer melhoras à imagem institucional da organização, benefícios que trouxesse incentivos nos aspectos ambientais e comunitário. 3.16 – OBJETIVO SOCIAL DO PROJETO O objetivo social do projeto tem como base à sustentabilidade ambiental. Apóia-se em uma ação de reciclagem sustentável cujo produto é o lixo jogado no ambiente e depois recolhido para ser reaproveitado em troca de benefícios para a população e melhoria do meio ambiente. O objetivo principal do projeto no aspecto social concentra-se então em incentivar as comunidades a adotarem a coleta seletiva de lixo, tendo isso, como uma alternativa de ganho sob a forma de desconto das tarifas de energia. 3.17 – OBJETIVO SÓCIO-AMBIENTAL A Coelce tem como objetivo à aprovação de projetos nos campos: sociais, ambiental, educacional. A questão ambiental tem sido usada pela empresa como alicerce do marketing sócio-ambiental contribuindo para a construção da sua imagem de marca. Os projetos produzem benefícios às populações más também a empresa. Assim sendo, o ECOELCE junto a outras iniciativas beneficiam a imagem da organização e das comunidades tendo como foco o meio ambiente. 59 3.18 – CARACTERÍSTICAS DO PROJETO O ECOELCE é um projeto da Companhia Energética do Ceará (Coelce) distribuidora de energia para cidade Fortaleza e a todos os municípios do Estado do Ceará, na Região Nordeste do Brasil. Como já citado anteriormente a empresa desde o ano de 2006 realiza experimentos relacionados ao conceito que abrange ações ambientalistas que fez surgir o projeto. Trata-se em sua essência, de um instrumento que viabiliza a troca de lixo reciclável destinado à indústria de reciclagem, por bônus que são creditados na tarifa de energia dos consumidores. O empreendimento tem por objetivo principal organizar um programa de coleta seletiva de resíduos sólidos com valor de mercado. O projeto envolve dois elementos aparente consistindo na existência de fatores típicos das grandes cidades do país: o consumidor é o meio ambiente. A questão ambiental justificando-se pela necessidade de organizar a coleta de resíduos reciclável, que é uma atividade que, cada vez manifesta-se como parte de uma economia informal e vem chamando a atenção pelo seu crescimento. A questão dos consumidores, por se esforçarem em quitarem suas dividas de consumo de energia elétrica, com o lixo reciclável, sobretudo os de baixa. Estes consumidores em alguns casos se tornam inadimplentes. A iniciativa do empreendimento caracteriza-se pela a coleta de resíduos sólidos com preço de mercado. Produto que retorna novamente ao ciclo produtivo, tendo como resultado natural, provável a redução do consumo dos recursos ambientais, e liquidez às contas de energia da comunidade. O programa envolve varias conseqüências socioambientais na proporção em que se tornam legítimas e proporcionais a uma rede de relacionamentos entre seres, organizações e o ambiente que os circunda provendo assim todo o ciclo produtivo. 60 3.19 – DADOS DO PROJETO O Programa revelou-se viável em sua abrangência, aspecto e investimento. Atingiu resultados satisfatórios pelo fato de ter esse repercutido socialmente de forma positiva para a imagem da Coelce. Os números comprovam isto. O impacto do Programa ECOELCE provou ser bem significativo, pela a grande repercussão sócioambiental pelos resíduos coletados e extraídos do ambiente para reciclagem. Outros fatores devem ser observados como a quantidade de lixo coletado revelou que o Programa ECOELCE agrega à preservação ambiental e redução da contaminação urbana. “O ECOELCE gerou benefícios ao meio ambiente que podem ser percebidos pelos 1,3 mil toneladas de papel recolhidos, ao evitar o corte de 52 mil árvores, na economia 130 milhões de litros de água e de mais de 6,5 milhões de kWh de energia. Já com os 815 mil quilogramas de metal, pode-se evitar a extração de 929 mil quilogramas de minério de ferro e o gasto de mais de 14,3 milhões de kWh de energia para a produção do ferro. Com o plástico recolhido, nos seus 542 mil quilogramas, evitou-se o consumo de mais de 5,42 mil litros de petróleo, como também no vidro, que se recolheu 384 mil quilogramas, evitando a extração de 499 mil quilogramas de areia.” (KNBS, 2009) 19 Para que o projeto ECOELCE atingisse esses números se fez necessário a aceitação e a adesão do público alvo à iniciativa apresentada pela empresa. Para isso foi elaborado um planejamento de marketing e comunicação com o objetivo de apresentar e propagar à comunidade os aspectos benéficos do projeto. A proposta da Coelce foi elaborar um planejamento que pudesse influenciar e modificar os hábitos dos consumidores alvos. Uma comunicação visando massificar esse público tendo como objetivo a aceitação das idéias impostas pelo programa. 19 KNBS. Disponível em: http://www.knbs.com.br/ecoelce.htm. Acesso em: 20 abr. 2009. 61 “As idéias: Pague sua conta de energia com lixo, Faça o seu cartão ECOELCE e troque lixo por bônus na conta de energia, caiu no domínio da população local em razão do bônus, que funciona como atrativo, para alguns, e um presente para aqueles impossibilitados pela baixa renda de consumir um produto básico como a energia elétrica.” (Intercom.org) 20 É importante que o consumidor tenha consciência de que o projeto elaborado pela empresa Coelce seja um projeto institucional que visa não apenas ajudar ao individuo e ao meio ambiente sobre tudo elevar no nome da marca associando o projeto a empresa benfeitora. Os benefícios do projeto são aceitáveis em seu aspecto funcional em relação ao publico. Más é preciso que esteja claro na visão da comunidade que esse é um projeto que ajuda más em decorrência de um retorno promocional a organização. 3.20 – VISÃO DAS PESSOAS EM RELAÇÃO AO PROJETO É significativo observar o impacto do programa ECOELCE quanto aos números relativo às suas atividades em relação à visão das pessoas. Sobretudo àqueles de comunidades de baixa renda. Na opinião de algumas pessoas favorecidas pela a ação institucional, afirmam que depois que aderiram à idéia da coleta do lixo reciclável houve melhoria no aspecto econômico familiar resultado da economia adquirida da utilização dos resíduos para o pagamento das tarifas de energia elétrica. As pessoas dizem juntarem o lixo em suas casas, quando estão de posse de um número significativo de resíduos os levam aos postos de coleta para viabilização do processo de troca. Quanto a isto, consta de que apenas na fase piloto de operação, o Programa registrou em alguns casos a redução de mais de 90% ou até total liquidez da conta de energia. Este fato revela a aceitação das comunidades em relação às ações do projeto. 20 http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2009/resumos/R4-2813-1.pdf 62 Para algumas pessoas baixa renda, o valor cobrado pela energia elétrica é ainda muito alto. Quanto mais depois dos reajustes aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Contudo, a oportunidade de economizar algum dinheiro faz com que essas pessoas tornem-se adeptas ao Programa Ecoelce. Muitos individuos adimitem que é importante reciclar, porém sem deixar a conta de energia aumentar. A economia de energia é tão importante quanto a reciclagem. Em pesquisa de campo através de entrevista a senhora Antonia respondeu a respeito do Projeto ECOELCE. A dona de casa, residente no bairro do Conjunto Ceará em Fortaleza, afirmou que para ela a reciclagem de lixo é uma atividade vantajosa, visto que os reais arrecadados ajudam na economia de casa. Afirmou tambem que consegue os residuos para reciclagem juntando latinhas de refrigerante ou cerveja quando caminha na rua. 3.21 – PROPÓSITO SOCIAL DO PROJETO Quanto à visão social o programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida ECOELCE visa desenvolver ações que possa incentivar a trazer benefícios à qualidade social dos indivíduos através de uma visão estratégica e um processo tecnológico. Pode-se afirmar que o propósito social do projeto consegue atingir os objetivos. Visto que o conceito de desenvolvimento sustentável surge como opção que garante um crescimento racional e um progresso tanto econômico como social. A ação institucional se propõe a resolver dois problemas, um social e outro econômico configurado com o problema do destino dado ao lixo e a carência econômica dos indivíduos. A reciclagem possibilita a oportunidade de utilizar o lixo como produto de mercado e evitar que cause a sociedade problemas de degradação ambiental. Ao reintegrar o lixo na linha de produção, economiza-se produtos básicos ao mesmo tempo em que se reduz de forma expressiva, o grave problema do designo do lixo. O programa consegue resolver a destinação dada ao lixo que é 63 conseqüência de um estilo social fundamentado na aparente necessidade desenfreada de consumo contínuo de produtos. A questão econômica fica a desejar, visto que o preço pago pelo produto do lixo é barato para compra, os valores creditados aos bônus se tornam insignificantes diante do preço da energia elétrica que é cara. Sem contar que a empresa Coelce utiliza as pessoas como recicladores. Dessa forma a empresa vende todo o produto reciclável para as indústrias de reciclagem. Atendendo assim aos interesses econômicos das entidades envolvidas. Segundo site do Instituto Aqualung a reciclagem é a forma mais racional de eliminação de resíduos, visto que o lixo uma vez foi descartado, retorna para o ciclo de produção. Os dados afirmam que “a reciclagem de uma única latinha de alumínio propicia economia de energia suficiente para funcionar uma geladeira por quase dez horas. E cada quilo de vidro reutilizado evita a extração de 6,6 quilos de areia, prática com alto impacto ambiental.” (Instituto Aqualung) 21 A abrangência do programa ECOELCE, consegue a economia de energia elétrica devido ao relevante processo de desenvolvimento da ação institucional do programa. 3.22 – VANTAGENS ECONÔMICAS PARA COELCE Os dados econômicos são positivos para Coelce. Os clientes inadimplentes conseguem pagar suas dívidas com a iniciativa do lixo. Assim O ECOELCE proporciona lucros à empresa já que casos de inadimplência tiveram menores índices desde a implantação do programa. Vale analisar alguns dados registrados pelo o site de o Povo Online referente aos números referente aos lucros da Coelce em 2008 em relação ao ano anterior. 21 http://www.institutoaqualung.com.br/info_lixo53.html 64 “A Coelce atende mais de 2,8 milhões de unidades consumidoras nos 184 municípios do Ceará, cujo consumo de energia elétrica representa uma receita anual de R$ 1,9 milhão. O lucro líquido da Coelce em 2008 superou o resultado de 2007 em 38,3%, atingindo R$ 339 milhões. No quarto trimestre de 2008, o lucro líquido foi de R$ 132 milhões, 229,9% superior ao quarto trimestre de 2007.” (O Povo) 22 O ECOELCE, tem se mostrado eficiente no aspecto econômico. Diante de tudo, pode-se afirmar que o projeto institucional da Coelce exibe características de marketing institucional, busca sobre tudo o interesse econômico da empresa. Fica evidente que os investimentos demonstram ajudarem as comunidades, sobretudo às de baixa renda de forma estratégica. 3.23 – VANTAGENS ECONÔMICAS PARA O CONSUMIDOR Reciclar é sinônimo de transformação, algo que já foi utilizado e descartado e depois transformado em um novo produto destinado ao consumo. O procedimento de reciclagem desperta nas pessoas, interesses nos aspectos ambientais porem em maior impacto no econômicos. Nas circunstâncias econômicas, o consumidor procura tirar proveito de uma oportunidade para gerar lucros em benefícios próprios. Fica aparente que o crescimento econômico encontra-se aliado à preservação do meio ambiente. Assim, as vantagens do consumidor referente ao projeto ECOELCE cuja atividade é a reciclagem do lixo já gerou satisfatórias e aparentes vantagens para seus adeptos. As vantagens econômicas para o consumidor além do bônus creditado na conta de energia elétrica que reduz o seu valor estão evidentes até em outros projetos da companhia de energia. Outras vantagens se revelam mesmo de forma não percebíveis pelos os consumidores. São as vantagens de economia dos recursos naturais, diminuição de 22 http://opovo.uol.com.br/opovo/economia/869329.html 65 gastos com limpeza urbana, controle da poluição, evitando assim doenças para a comunidade, geração de emprego informal da população. O programa ECOELCE cumpre seu papel, proporcionando transformação cultural e de atitude no meio social com relação à coleta de lixo, incentivando-os a partir da geração de renda para a população, dando a liquidez de suas contas de energia, e assim, utilizar os recursos economizados para outros fins. A seguir algumas vantagens econômicas para o consumidor descritas de uma forma mais especifica. - Oportunidade de uma alternativa de geração de renda. - Liquidez das contas de energia - Redução dos índices de inadimplência e ligações clandestinas. - Proporcionar ocupação e renda em áreas de risco. - Diminuir o impacto ambiental provocado pelos resíduos sólidos. - Contribuir com a minimização da inadimplência. - Diminuir as doenças causadas pelos resíduos sólidos expostos ao ambiente. - Reforçar as ações e imagem de responsabilidade da empresa concessionária. 3.24 – VANTAGENS INSTITUCIONAIS O empreendimento apresenta diversas vantagens institucionais e vem atender uma série de necessidades sociais e empresariais, tais como: - Fortalece a imagem da empresa - Oportuniza o desenvolvimento profissional - Gera motivação, promoção e satisfação a instituição - Gera benefícios para comunidades carentes Ao ser envolver em um investimento abrangente competente, adotando orientações, se munindo de decisões e seguindo linhas de ação compatíveis com os 66 valores e fins sociais como e o caso do ECOELCE, e tendo às comunidades carentes em foco, como público alvo e o lixo reciclável como instrumento do programa institucional a empresa abre precedentes para um retorno imediato, médio, ou longo prazo em torno de sua marca assim como em seu aspecto organizacional como um todo. O valor agregado a competitividade junto à empresa, gera uma referência ética no contexto de mercado. Diante disto cabe analisar as considerações de Philip Kotler. “Eu argumentaria que uma base honestamente sustentável para a diferenciação é o caráter cívico da empresa. […] a imagem de uma empresa costuma persistir durante longo tempo. Essas imagens em geral revelam forte carga emocional capaz de criar vínculos com o cliente ou, no extremo oposto, afastá-lo. E bem pode vir a acontecer que à medida que os produtos forem se tornando mais iguais, a imagem cívica de uma empresa venha a ser um dos mais fortes fatores de influência na preferência do cliente”. (KOTLER, 1997, p. 175). 3.25 – NÚMEROS DO PROJETO Essa proposta inovadora e de responsabilidade sócio-ambiental do ECOELCE vem ganhando cada vez mais espaço. Prova disso é que o programa superou desde a sua implantação a marca de dois milhões de quilos de resíduos arrecadados para reciclagem. “Dois milhões de quilos de resíduos arrecadados, o ECOELCE gerou benefícios ao meio ambiente que podem ser percebidos pelos 575 mil quilos de papel recolhidos, ao evitar o corte de 23 mil árvores, na economia de 57 milhões de litros de água e de mais de dois milhões de kWh de energia. Já com os 520 mil quilos de metal, pode-se evitar a extração de 590 mil quilos de minério de ferro e o gasto de mais de nove milhões de energia para a produção do ferro. Com o plástico recolhido, nos seus 217 mil quilos, evitou-se o consumo de mais de dois mil litros de 67 petróleo, como também no vidro, que se recolheu 234 mil quilos, impedindo a extração de 304 mil quilos de areia.” (Ecoelce Online. 2009) 23 O ECOELCE já atende em 61 comunidades, com mais de 104.510 clientes beneficiados. Já divulga mais de 4.889 toneladas de lixo coletados, gerando bônus de mais de R$ 656 mil aos clientes. A seguir alguns números referentes aos recursos naturais preservados pela a ação da coleta seletiva e reciclagem do Programa ECOELCE, pode-se citar os benefícios proveniente da reciclagem dos quatro principais tipos de resíduos sólidos: papel, plástico, vidro e metal. Os dados são do (ECOELCE) “Papel. A cada 28 toneladas de papel reciclado evita-se o corte de 1 hectare de floresta (1 tonelada evita-se o corte de 30 ou mais árvores) Vidro. É 100% reciclável, portanto não é lixo. 1 kg de vidro reciclado produz 1 kg de vidro novo. Plástico. É derivado do petróleo, recurso natural não renovável com previsão de esgotamento dentro de 40 anos; A sua reciclagem economiza até 90% de energia e gera mão-de-obra pela implantação de pequenas e médias indústrias; 100 toneladas de plástico reciclado evita a extração de 1 tonelada de petróleo. Metal. A reciclagem de 1 tonelada de aço economiza 1.140 kg de minério de ferro, 155 kg de carvão e 18 kg de cal; Na reciclagem de 1 tonelada de alumínio.” 24 23 ECOELCE. Disponível em: http://www.ecoelce.com.br/participar.html. Acesso em: 20 março. 2009. 24 http://www.knbs.com.br/artigos/Artigo_Ecoelce_CITENEL_2009.pdf 68 CONCLUSÃO É edificante a ação estratégica na qual a questão ambiental se torna alvo de cuidados, isso parece sanar em parte as conseqüências causadas pelo o uso indiscriminado dos recursos ambientais bem como a degradação ecológica causada pelos detritos jogados na natureza como é o caso do lixo gerado pelo o consumo desenfreado de produtos. Diante desta realidade as empresas criam programas com o intuito de desempenhar a responsabilidade social que é de atenuar as conseqüências lastimáveis ao meio ambiente e ao individuo que se encontra inserido nele. Mediante a isto a Coelce desenvolveu o Projeto ECOELCE como parte de uma estratégia de reaproveitar o lixo através da reciclagem remunerada. Para isso a Coelce com a pretensão de atrair mais adeptos ao programa visando atingir o publico alvo, se utiliza de inúmeras formas possíveis de atrair esse publico. Trata-se das estratégias de marketing e de comunicação. São utilizadas para a divulgação do programa mídias convencionai não detalhadas neste trabalho. Importando assim relatar que a empresa, consegue atingir os clientes alvo inserindo informações a respeito do programa e de suas regras. A estratégia se revela valida no sentido de que se configura como uma ação de comunicação relevante ao tornar o programa conhecido socialmente. Diante das questões até aqui abordadas a respeito do programa ECOELCE, podemos concluir que o estudo pode ser considerado valido pelo fato de se tratar de uma abordagem clara sem pretensão de favorecer a dogmas e sim elucidar o assunto de forma real e compreensível. A ação institucional da Coelce alinha-se a duas propostas, uma ecológica e outra econômica. Visto aos aspectos elucidados no estudo, podemos concluir que o ECOELCE é um programa estrategicamente bem elaborado. Contudo, seus benefícios tende a cair no esquecimento ao longo do tempo visto que fica evidente que o publico alvo é favorecido pela casualidade das circunstâncias do projeto. 69 Concluirmos que o programa gera uma reduzida vantagem para o cliente em relação às vantagens da empresa. Porém a ação é valida no sentido de que possa haver na sociedade uma conscientização ambiental independente de incentivos prometidos interesses particulares. Que a coleta seletiva do lixo seja feita pela educação do individuo, pelo fato de esse se tornar consciente de seus atos. Dessa forma os bons hábitos refletirão em benefícios verdadeiros. Sendo assim podemos concluir e afirmar mediante as considerações até aqui elucidadas que o ECOELCE como projeto ecológico é vantajoso tanto para empresa quanto para a sociedade. 70 BIBLIOGRAFIA COBRA, Marcos. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas S.A. 1992, 2ed. Dias, Roberto. Gestão de marketing: São Paulo: Ed. Saraiva 2003. FISCHER, Micky. Marketing Cultural. São Paulo. Global. 2002 LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993. PINHO, JB. O poder das marcas. 3ª Edição. São Paulo: Summus Editorial, 1996. RIES, Al. Jack Trout. As 22 Leis consagradas do Marketing. São Paulo. Makron Books, 1993. REGO, Gaudêncio. Comunicação empresarial / comunicação institucional. São Paulo: Summus. Editorial, 1996. ROCHA, Angela da, CHRISTENSEN, Carl. 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