DISTRIBUIÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS ATRAVÉS DO SUS OLIVEIRA, Eni Maria Alves (Unitri) [email protected] MAYWALD, Paula Guardenho (Unitri) [email protected] ROSA, Gisele Araújo Alvarenga (Unitri) [email protected] Resumo Caracteriza-se Fitoterapia uma “terapêutica utilizando plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas”, a utilização destas e de fitoterápicos. Estudos multidisciplinares são importantes para a consolidação da fitoterapia como prática e segura, vinculando o conhecimento tradicional ao conhecimento científico. O Brasil, detentor da maior biodiversidade mundial, possui potencial para o desenvolvimento dessa terapêutica. Nas últimas décadas, o interesse da população mundial por práticas não convencionais em saúde estimulou os órgãos gestores da saúde mundial e diversos países à implementação e o desenvolvimento de medidas que visem a corresponder aos anseios da sociedade. A necessidade de normatizar as ações, serviços ofertados na rede pública de saúde de Estados e Municípios (Minas Gerais, Ceará, Distrito Federal, etc.) as orientações da OMS e a demanda da população promoveram o desenvolvimento de políticas, programas, regulamentos e recomendações em diferentes fóruns nas três instâncias de governo. Sobre as terapias alternativas, atualmente, existem programas estaduais e municipais de fitoterapia, desde aqueles com regulamentação específica para o serviço, implantados há mais de 15 anos, até aqueles com início recente ou com pretensão de implantação. Recentemente 08 fitoterápicos foram incluídos na lista dos medicamentos essenciais distribuídos pelo SUS, devendo essa tarefa ser realizada por profissionais autorizados e capacitados. O objetivo deste trabalho consiste em demonstrar o crescimento, o interesse dos prescritores e da população, em relação aos fitoterápicos implantados pelo SUS. Palavras-chave: Controle de qualidade; Terapias alternativas; fitoterapia. 3 INTRODUÇÃO Fitoterapia é o método de tratamento de enfermidades que emprega vegetais frescos, droga vegetal ou extrato vegetal preparados com esses dois tipos de matérias-primas. As plantas medicinais correspondem as mais antigas armas empregadas no tratamento de enfermidades humanas e de animais. Trabalhos com plantas medicinais são desenvolvidos devido às informações terapêuticas obtidas a partir da medicina popular. Houve época em que a fitoterapia quase se extinguiu, a indústria químico-farmacêutica produzia diversos fármacos, que se mostravam eficazes no tratamento de diversas enfermidades. O custo desses medicamentos era cada vez mais alto. Grande parte da população do mundo permanecia marginalizada e sem acesso a esses benefícios. (OLIVEIRA, 2000, p. 157). Segundo MARQUES et al. (2007) nas últimas décadas, o interesse da população mundial por Práticas Não Convencionais em Saúde (PNCS) aumentaram, estimulando os órgãos gestores da saúde mundial como a Organização Mundial da Saúde (OMS) de diversos países à implementação e ao desenvolvimento de medidas que visem a corresponder aos anseios da sociedade nessa área. O uso das plantas e fitoterápicos tem sido estimulado por iniciativas do Ministério da Saúde. Em 2006, através da Portaria nº 971, publicada em Diário Oficial da União, é proposta a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), incluindo plantas medicinais e fitoterapia, entre outras, como opção terapêutica no Sistema Único de Saúde. Fitoterapia recurso terapêutico caracterizado pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas e o Brasil com a maior biodiversidade do planeta, diversidade cultural, o uso de plantas medicinais vinculando ao saber popular e a validação de seu uso é fundamental para garantir a segurança e a eficácia de sua utilização como terapia complementar, resgatando e potencializando o conhecimento tradicional. (ESPINDOLA, 2007). O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988, para que todos brasileiros tenham acesso ao atendimento público de saúde. Estando em funcionamento há mais de vinte anos no Brasil, foi implantado gradativamente através da Lei Orgânica de Saúde (Lei n° 8080 de 19 de setembro de 1990). Conforme o art. 196 da Constituição a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação da saúde. Considerando a qualidade dos medicamentos fitoterápicos, é importante salientar que a preocupação inclui rigoroso acompanhamento das diferentes 4 etapas do desenvolvimento e produção destes produtos, desde a coleta até a disponibilidade do produto final. Contudo a qualidade das matérias primas vegetais não garante por si só a eficácia, a segurança e a qualidade do produto final. A Farmacopeia Brasileira é o código oficial farmacêutico do país, onde estão estabelecidos os critérios de qualidade dos medicamentos em uso, tanto manipulados como industrializados, compondo o conjunto de normas e monografias de farmacoquímicos, estabelecidos no país. (FOR. FITOTERAPICOS, 2011). O objetivo deste trabalho consiste em demonstrar o crescimento, o interesse dos prescritores e da população, em relação aos fitoterápicos implantados pelo SUS. 1. QUALIDADE DOS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS A qualidade de um medicamento é determinada pelas características do próprio produto e pelo cumprimento das boas práticas de fabricação. Os medicamentos fitoterápicos devem seguir como qualquer outro medicamento todas as normas sanitárias e os cuidados para o seu uso, e devem possuir registro na ANVISA. O Brasil nos últimos anos o setor magistral apresentou um crescimento contribuindo para com a saúde pública brasileira, assumindo uma importância cada vez maior dentro do mercado de medicamentos. A qualidade do produto manipulado é conduzida através das Boas Práticas de Manipulação Farmacêutica (BPMF) segundo RDC n°67 de 2007, onde o controle de qualidade é ferramenta indispensável para sua verificação, para atingir um produto com qualidade farmacopéica e que possa ser manipulado quantas vezes for necessário, com os mesmos parâmetros de qualidade. (OLIVEIRA, 2006). Para melhor compreensão segue algumas definições relacionadas à qualidade de medicamentos de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): • Controle de qualidade- É o conjunto de medidas destinadas a garantir, a qualquer momento, a produção de lotes de medicamentos e demais produtos, que satisfaçam às normas de identidade, atividade, teor, pureza, eficácia e inocuidade. • Droga vegetal- Planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. • Planta medicinal- Espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. Segundo a ANVISA, medicamento fitoterápico é o medicamento obtido empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, etc.) cuja eficácia e segurança são validadas por levantamentos 5 etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas ou evidências clínicas. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que incluem na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais. (RDC nº14, 2010). A legislação de fitoterápicos brasileira é considerada altamente exigente em todo o mundo, o que justifica os esforços para garantir a sua qualidade. No entanto restam arestas a serem reparadas e dificuldades a serem vencidas. (OLIVEIRA, 2007). 2. LEGISLAÇÕES FITOTERÁPICOS RELACIONADAS AOS MEDICAMENTOS • Portaria nº 2.311 de 29 de setembro de 2006, republicada em 22 de fevereiro de 2007 (Ministério da Saúde) Que nomeia Grupo de Trabalho Interministerial para elaborar o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápico. • Resolução RDC nº 67 de 08 de outubro de 2007 (ANVISA) Dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Farmácias e seus Anexos. • Resolução nº 242 p. 56. Diretoria Colegiada Instrução Normativa nº 5 de 11 de dezembro de 2008 (ANVISA) Determina a publicação da Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro Simplificado. • Resolução RDC nº 14, de 31 de março de 2010 (ANVISA) Dispõe sobre o Registro de Medicamentos Fitoterápicos. • Portaria GM nº 886 de 20 de abril de 2010 (ANVISA) Institui a “Farmácia viva” no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). • Portaria nº 1.102, de 12 de maio de 2010 (Ministério da Saúde) Constitui Comissão Técnica e Multidisciplinar de Elaboração e Atualização da Relação Nacional de Plantas Medicinal e Fitoterápico- COMAFITO. Recentemente em 2011 foi publicado o primeiro Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira, que dará suporte às práticas de manipulação e dispensação de fitoterápicos nos Programas de Fitoterapia no SUS. “Formulário Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápico” é o código onde estão inscritas formulações contendo drogas vegetais e fitoterápicas de uso consagrado, por meio do qual é assegurada a padronização dos produtos, com o intuito de assegurar a sua qualidade. 6 3. FORMAS DE EXTRAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ATIVOS DE PLANTAS MEDICINAIS Para melhor compreensão segue algumas definições relacionadas à extração de princípios ativos e preparação de plantas medicinais descritos no Formulário de Fitoterápicos: • Extrato - É a preparação de consistência líquida, sólida ou intermediária, obtida a partir de material animal ou vegetal. O material utilizado na preparação de extratos pode sofrer tratamento preliminar, tais como, inativação de enzimas, moagem ou desengorduramento. O extrato é preparado por percolação, maceração ou outro método adequado e validado, utilizando como solvente álcool etílico, água ou outro solvente adequado. • Infusão - É a preparação que consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o recipiente por tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais de consistência menos rígida tais como folhas, flores, inflorescências e frutos, ou que contenham substâncias ativas. • Decocção - É a preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas. • Maceração - É o processo que consiste em manter a droga, convenientemente pulverizada, nas proporções indicadas na fórmula, em contato com o líquido extrator, com agitação diária, no mínimo sete dias, consecutivos. Utiliza-se recipiente âmbar ou qualquer outro que não permita contato com a luz, bem fechado, em lugar pouco iluminado, à temperatura ambiente. 4. POLITICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Alguns Estados e Municípios brasileiros vêm realizando nas duas últimas décadas a implantação de programas de fitoterapia na atenção primária à saúde, com o intuito de suprir as carências medicamentosas de suas comunidades. (SILVA, 2006). O governo federal aprovou a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, por meio do Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006, a qual se constitui em parte essencial das políticas públicas de saúde, meio ambiente, desenvolvimento econômico e social como um dos elementos fundamentais de transversalidade na implementação de ações capazes de promover melhorias na qualidade de vida da população brasileira. O processo de formulação do Programa de Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos teve seus fundamentos 7 na Política Nacional, que definiu princípios orientadores como: • Ampliação das opções terapêuticas e melhoria da atenção à saúde aos usuários do SUS; • Uso sustentável da biodiversidade brasileira; • Valorização e preservação do conhecimento tradicional das comunidades; • Inclusão social e redução das desigualdades sociais. (MS. Brasília, 2007). A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápico – PNPMF configura decisões em geral que apontam rumos e linhas estratégicas de atuação governamental, reduzindo os efeitos da descontinuidade administrativa e potencializando os recursos disponíveis ao tornarem públicas, expressas e acessíveis à população e aos formadores de opinião. (MS. Brasília, 2009). Sobre a oferta de medicamentos fitoterápicos o Ministério da Saúde após pactuação com os Estados e Municípios, incluiu no Elenco de Referência da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica (Portaria nº 4.217 de 29 de dezembro de 2010), que aprova as normas de financiamento e execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, 08 medicamentos fitoterápicos passíveis de financiamento com recursos tripartite com dispensação no SUS. Estes medicamentos estão incluídos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) FITO descritos na tabela 1. Tabela 1: Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico da assistência Farmacêutica (FITOTERÁPICOS) com suas indicações, ação e apresentação. Nome popular e Indicação e ação Apresentação Nome científico Alcachofra Tratamento dos sintomas de Cápsula, (Cynara scolymus L.) dispepsia funcional (síndrome drágea, do desconforto pós-prandial) e comprimido, de hipercolesterolemia leve a tintura e solução moderada. Apresenta ação oral colagoga e colerética. Aroeira Apresenta ação cicatrizante, Gel e óvulo (Schinus terebinthifolius antiinflamatória e anti-séptica Raddi) tópica, para uso ginecológico. Cáscara sagrada Coadjuvante nos casos de Cápsula e (Rhamnus purshiana obstipação intestinal eventual. tintura DC.) Espinheira santa Coadjuvante no tratamento de Cápsula, tintura, (Maytenus officinalis gastrite e úlcera emulsão e Mabb.) gastroduodenal e sintomas solução oral dispepsia. Guaco Apresenta ação expectorante e Cápsula, (Mikania glomerata broncodilatadora. solução oral, Spreng.) tintura e xarope 8 Tratamento da dor lombar baixa aguda e como coadjuvante nos casos de osteoartrite. Apresenta ação antiinflamatória. Isoflavona de soja Coadjuvante no alívio dos (Glycine max (L.) Merr.) sintomas do climatério. Unha de gato Coadjuvante nos casos de (Uncaria tormentosa artrites e osteoartrite. (Willd. ex Roem. & Apresenta ação Schult.)) antiinflamatória e imunomoduladora. Garra do diabo (Harpagophytum procumbens) Cápsula, comprimido Cápsula comprimido Cápsula, comprimido gel e e Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: RENAME, 1ª Ed. 2012. 5. A FARMÁCIA VIVA COMO ALTERNATIVA DE SAÚDE A expressão “Farmácias vivas” foi criada com intuito de padronizar os hortos de plantas medicinais. Sob a coordenação do professor Francisco José de Abreu Matos, instaladas em comunidades do estado de Ceará, de acordo com as normas estabelecidas no projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará em 1983. O projeto que é um dos pioneiros pode ser considerado um programa de medicina social com a finalidade de oferecer, sem fins lucrativos, assistência farmacêutica fitoterápica de base científica às comunidades onde haja carência dos meios de atendimento médico-sanitário. Isso ocorre pelo aproveitamento de plantas nativas, de nível local ou regional, com poder terapêutico comprovado cientificamente. A partir desse projeto outros projetos surgiram como o Projeto Farmácia viva no Distrito Federal (DF) implantada em 1989, pelo próprio Francisco José Abreu Matos, esta dispõe de oito formulações: xarope de guaco; tinturas de boldo; tintura de espinheira santa e camomila; géis de alecrim pimenta e de babosa; pomada de erva baleeira usada como acompanhamento no tratamento fisioterápico, dor muscular; pomada de confrei usada na pele por certo período, é cicatrizante. Em 2010, 23 mil medicamentos foram distribuídos nos centros de saúde do DF, todos receitados por médicos da rede. (BRANDÃO, 2011). Com relação a plantas medicinais e fitoterapia, existem várias iniciativas locais de capacitação de profissionais de saúde como: Brasília-DF, FortalezaCE, Vitória-ES, São Paulo-SP, dentre outros. O Ministério da Saúde (MS) participa como responsável por módulos do tema “Fitoterapia na Saúde Pública”, nesses cursos de capacitação, e tem incentivado, por meio de políticas públicas, a inclusão de disciplinas de interesse do SUS nos currículos dos cursos de graduação na área da saúde. Nos cursos de especialização promovidos pelo MS tem-se inserido módulos sobre fitoterapia e outras práticas integrativas e complementares e existe proposta de conteúdo de curso multidisciplinar de capacitação para profissionais da Saúde da Família, onde os profissionais de saúde buscam 9 principalmente a promoção do uso racional de plantas medicinais e de fitoterápicos no SUS. (MS. Brasília, 2011). 6. PROGRAMAS DE INTEGRAÇÃO INCORPORADAS AO SUS E COMPLEMENTAÇÃO 6.1. O Projeto “Farmácia viva” em Fortaleza produz remédios naturais O projeto se destaca pelas pesquisas etnobotânicas e etnofarmacológicas, e a produção de fitoterápicos, e do oferecimento da atenção farmacêutica fitoterápica de base cientifica as comunidades carentes de Fortaleza aproveitando as plantas de ocorrência local ou regional, dotada de atividade terapêutica comprovada. Este projeto funciona assim: seu laboratório de pesquisas recolhe entre a população a indicação das plantas usadas popularmente para gripes, inflamações, problemas de digestão, circulação ou de pele, além outros desequilíbrios da saúde, e as estudam durante dez anos, para comprovação científica de seus efeitos. Depois orientam as comunidades interessadas em plantá-las e, num estágio posterior, um pequeno laboratório as transforma em cápsulas, xaropes, pomadas e tinturas. 6.2. Programas fitoterápicos farmácia viva in SUS-Betim O Programa Fitoterápico Farmácia viva no SUS Betim foi incorporado ao sistema de saúde pública, visando à promoção do uso racional das plantas medicinais na atenção primária à saúde, resgatando o conhecimento popular, embasado nos conhecimentos científicos. A implantação da fitoterapia como nova opção terapêutica no SUS/Betim teve como objetivo resgatar e valorizar a cultura popular quanto à utilização de plantas medicinais, orientação a comunidade ao uso correto das plantas medicinais, fornecerem os medicamentos fitoterápicos para as Unidades Básicas de Saúde do SUSBetim. (GUIMARAES, 2006). O projeto foi realizado em sete etapas: 1º etapa: Projeto “Farmácia viva” na comunidade; 2º etapa: Consolidação dos resultados; 3ª etapa: Orientação da comunidade em relação ao uso racional das plantas medicinais; 4ª etapa: Implantação dos hortos medicinais; 5º etapa: Capacitação em fitoterapia para os profissionais de saúde do SUSBetim; 6ª etapa: Educação em fitoterapia na comunidade; 7ª etapa: Manipulação fitoterápica. A segunda etapa foi o estudo e seleção das espécies medicinais levando-se em conta a cultura popular, validação científica e adaptação de cultivo à região. As espécies foram organizadas conforme tabela 2, destacando sete das várias plantas medicinais distribuídas em Betim-MG, com sua indicação terapêutica, local de atuação e forma farmacêutica. 10 Tabela 2: Lista com sete plantas das plantas medicinais utilizadas em BetimMG. Nome popular e Indicações Terapêuticas Local de Nome Científico Atuação e forma farmacêutica Tanchagem Diurética, antidiarreica, expectorante, Antiinflamatório (Plantago major L) hemostática, cicatrizante, contra s infecções das vias respiratórias Pomada, superiores, bronquite. creme, tintura Calêndula Antiespasmódica, antiinflamatória, Uso tópico (Calendula anti- séptica, cicatrizante, depurativa, Creme, gel, officinalis L) emenagoga, emoliente e sudorífica. loção, solução, Empregada contra conjuntivite, pomada eczema, herpes e gengivite. orabase Cavalinha Enfermidades renais e das vias Sistema (Equisetum urinárias; diurético, remineralizante; geniturinário arvense) incontinência noturna de crianças, Tintura, creme adstringente, geniturinário. Melissa Calmante, para dispepsia, gripes, Sistema (Melissa officinalis bronquite crônica, cefaleias, Nervoso L) enxaqueca, dores de origem Central reumática e gastrointestinal. Tintura, creme, gel Capim limão Flatulência, distúrbios digestivos, Sistema (Cymbopogon cólicas uterinas e intestinais, Digestivo citratus) nervosismo, insônia, dores de cabeça, Xarope, tintura, estimulante lácteo. creme Alecrim Hipertensor (estimulante geral da Sistema (Rosmarinus circulação sanguínea aumenta a Cardiovascular officinalis) pressão sanguínea) Creme Alho (Allium sativum) Hipercolesterolemia, hiperlipemia, aterosclerose. Diminui os níveis plasmáticos do colesterol através do óxido dialildisulfeto, prevenindo a formação de placas nas artérias. Sistema Endócrino Cápsula óleo de Fonte: GUIMARES, et al. 2006. 7. O PROJETO “FARMÁCIA VERDE” DA PREFEITURA DE IPATINGA- MG O projeto tem mais de 15 anos de fundação, a Farmácia verde, centro de medicina alternativa da prefeitura de Ipatinga é mantido com recursos da administração municipal, por meio da Secretaria de Saúde, com 128 espécies cadastradas procurou aliar a cultura popular com o conhecimento científico em benefício da saúde pública. Projeto que resgata o uso de plantas medicinais no tratamento de doenças, com acompanhamento técnico e científico. O Projeto Farmácia verde busca fornecer à população medicamentos naturais a baixo 11 custo, além de diminuir as despesas do município com a aquisição de medicamentos alopáticos. Fazendo parte do Programa “Verde que te quero verde”, a farmácia funciona em uma área de 10 mil metros quadrados e possui um laboratório de fitoterapia que produz medicamentos naturais como xaropes, tinturas, pomadas, cápsulas, anti-séptico bucal, sabão vegetal e cremes. Como o plantio de todas as ervas utilizadas na produção dos medicamentos é feito no horto municipal, a matéria-prima utilizada é garantida pela qualidade. Da semeadura à colheita, as normas de controle são cumpridas rigorosamente e essas possibilidades são mostradas à população através de palestras, cursos e oficinas abertas ao público, ministradas semanalmente. Nestas oportunidades são discutidos com a comunidade assuntos diversos referentes à fitoterapia. Todo o trabalho tem acompanhamento técnico e cientifico sendo desenvolvido na farmácia verde e envolve uma equipe multidisciplinar de saúde com farmacêuticos, médicos, enfermeiros, além de técnicos de laboratório, auxiliares técnicos, engenheiro agrônomo, educadores e agentes de saúde. 7.1. Etapas do processo, do plantio à produção: Preparo das sacolas de terra e das mudas, plantio, colheita, lavagem, desidratação, sala de manipulação, armazenamento (sala de estocagem), trituração, na hora da manipulação, preparação de extratos e tinturas (eliminação de bagaço), farmácia (armazenamento dos fitoterápicos). Os medicamentos são enviados a todas as unidades públicas de saúde do município, que fazem a distribuição mediante prescrição médica. É necessária a apresentação do receituário médico. Pode-se optar também por receber as ervas medicinal através da planta fresca, colhidas na hora, sendo a distribuição é feita diariamente. Uma funcionária treinada orienta cada usuário sobre a forma de preparo de chás e cuidados necessários. 7.2. Os medicamentos fitoterápicos mais receitados são: Tinturas: Própolis, maracujá, guaco, camomila, mulungu; Pomadas: Calêndula, camomila e própolis; Cremes: Calêndula, camomila e calêndula com confrey. 8. PROJETOS EM ANDAMENTO 8.1. Medicamentos fitoterápicos serão distribuídos na rede de saúde pública de Santa Rosa- MG O Município de Santa Rosa, através da Fundação Municipal da SaúdeFUMSSAR, garantindo a inclusão de medicamentos fitoterápicos na rede de saúde pública. Serão cinco medicamentos autorizados pela ANVISA e pelo Ministério da Saúde, que passarão a fazer parte dos medicamentos oferecidos nas Unidades de Saúde do município. Essa é uma ampliação do serviço de saúde que contempla uma prática cultural da população, cumprimento de um compromisso “Plano de Governo”. A inclusão significa mais um avanço da Fundação, que resgata a cultura popular construída em parceria com os 12 funcionários da FUMSSAR, garantindo acesso de fitoterápicos em toda a rede de saúde. (Rede de Saúde Publica de Santa Rosa, 2012). 8.1.1. Medicamentos que serão disponibilizados: • Espinheira santa (Maytenus ilicifolia), cápsula; • Guaco (extrato hidroalcoólico das folhas de Mikania glomerata), xarope; • Cascará sagrada (Rhamnus purshiana), cápsula; • Isoflavona de soja (Glycina max), cápsula ou comprimido; • Unha de Gato (Uncaria tomentosa), cápsula ou comprimido. 8.2. Joinville ganha programa municipal de plantas medicinais e fitoterápicos O programa foi instituto depois da aprovação da Política Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Essa é uma proposta que está em fase de estruturação. Está na lista a espinheira santa, que tem ações no sistema digestivo; guaco utilizado no tratamento de doenças respiratórias; unha de gato para o sistema imunológico; garra do diabo, que atua contra inflamações nas articulações; alcachofra que complementa o tratamento do colesterol; aroeira que é um excelente cicatrizante; cascará sagrada ajuda no intestino preso e; a isoflavona de soja que é um hormônio natural. O uso de ervas medicinal e fitoterápico pela rede pública é um assunto que agora começa a ser debatido pela classe médica. 9. LEGISLAÇÕES E PRESCRITORES DE FITOTERÁPICOS 9.1. Profissionais que podem prescrever fitoterápicos: • Médico (especializado na área de fitoterapia). • Farmacêutico (pode prescrever medicamentos feitos na farmácia de manipulação ou isentos de prescrição médica, pode prescrever ou indicar em doenças de baixa gravidade e em atenção básica à saúde). (Resolução nº 546 de 21 de julho de 2011). • Nutricionista (pode prescrever planta fresca ou droga vegetal, somente para uso oral, não de uso tópico, com indicação terapêutica relacionada ao seu campo de conhecimento específico) não pode prescrever os fitoterápicos de exclusiva prescrição médica. (Resolução n°402, 2007). • Fisioterapeuta (pode prescrever e executar as práticas integrativas e complementares em saúde desde que seja especialista em acupuntura). (Resolução n° 393, 2011) 9.2. Plantas que podem ser manipuladas com recomendação terapêutica (ANVISA, FAQ 1364): • Plantas constantes em edições da Farmacopéia Brasileira; • Plantas constantes no Formulário Nacional; • Plantas constantes em obras equivalentes, como farmacopéias: alemã, americana, européia, francesa, internacional (da OMS), portuguesa, britânica, etc. 13 9.3. Como prescrever, indicar ou recomendar plantas medicinais e fitoterápicos: 9.3.1. Ervas secas Chá: por infusão (abafado ou maceração) ou decocção (fervido) ou extração em água fria. 9.3.1.1. Tintura Tintura (alcoólica ou hidroalcoólica): preparação alcoólica ou hidroalcoólica resultante da extração de drogas vegetais ou da diluição dos respectivos extratos. (FORM. FITOTERÁPICO, 2011). 9.3.1.2. Extrato seco Extrai os princípios ativos da planta com solvente apropriado e depois evapora o solvente. Podendo ser cápsula simples ou composta. 9.3.2. Extratos secos padronizados que precisam de prescrição médica (Resolução nº 89/2004): Uva-ursina, Cimicífuga, Equinácea, Ginkgo, Hipérico, Kava-kava, Saw palmetto, Tanaceto e Valeriana. 9.3.3. Recomendações terapêuticas: No bloco de recomendação terapêutica para plantas medicinais ou fitoterápicos deverá ter: nome do profissional, profissão e especialidade, número do registro de conselho de classe, nome popular seguida de nome científico, modo de preparo com quantidades específicas, posologia e tempo de uso, data, assinatura ou carimbo profissional, endereço e telefone do profissional. Em 21 de julho de 2011 foi publicada no diário oficial da união a resolução nº 546 do CRF que dispõe sobre a indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos de prescrição e o seu registro. De acordo com artigo 3 devemos ressaltar que a indicação deverá ser feita pelo farmacêutico de forma clara, simples, compreensiva, registrada em documento próprio, emitido em duas vias, sendo a primeira entregue ao usuário (paciente) e a segunda arquivada no estabelecimento farmacêutico. 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos já é uma realidade em vários municípios e estados brasileiros visando suprir as carências medicamentosas de suas comunidades. Estes oferecem assistência, ações em “Plantas Medicinais e Fitoterapia” e estas ações, serviços são ofertados na Atenção Básica, por meio da Estratégia Saúde da Família. O Brasil é um país rico em biodiversidade, como da diversidade cultural e com isso compõe a geração de informações sobre o uso da flora de que cada grupo dispõe para fins medicinais. A extensão do território brasileiro e as dificuldades de acesso impedem que a população que ocupam esse território seja contemplada pelo atendimento promovido pela rede pública de saúde. Esse isolamento geográfico contribui para o fortalecimento da medicina 14 tradicional local e a seleção improvisada de recursos naturais, podendo resultar na descoberta de um novo medicamento. Com o ressurgimento do interesse pela fitoterapia o controle de qualidade é parte indispensável para o monitoramento e a aplicação das boas práticas de fabricação, que, por sua vez, devem ser implantado na produção de fitoterápicos, seja nas empresas distribuidoras de drogas e extratos vegetais, nas farmácias vivas ou indústrias, devendo ser incluídas em programas mais abrangentes da garantia de qualidade. Diante da preocupação em impedir a comercialização e utilização de produtos que estão no mercado, sem o prévio conhecimento da ação do seu princípio ativo as políticas públicas oficializadas pelo governo, foi possível buscar um aprimoramento maior e o reconhecimento para o trabalho iniciado na década de 80. Mas falta muito para que o empenho de profissionais que acreditaram na inclusão das práticas integrativas no SUS possa, de fato, render frutos para toda a população. Os médicos aceitam a fitoterapia, mas não a prescrevem por falta de conhecimento técnico. Plantas, que a população tem usado para cuidar da saúde, têm sofrido com o desmatamento, com a expansão agropecuária e com a destruição dos ecossistemas. Contudo essas plantas, hoje, são objeto de preocupação dos pesquisadores que querem melhor conhecê-las, catalogá-las, para que esse conhecimento se perpetue para as demais gerações. No Brasil a implantação de políticas municipais de fitoterápicos na rede SUS é vista como sendo uma opção terapêutica de baixo custo para os cofres dos municípios que os adotam. 15 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ANVISA. Regulamento Técnico das Boas Práticas para Fabricação de Medicamentos, Resolução - RDC n° 210 de 04 de agosto de 2003. Diário Oficial [da] União, Brasília, 14 de agosto de 2003. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2003/rdc/210_03rdc.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2012. ANVISA. Sistema de Perguntas e Respostas (FAQ) - 12 registros Medicamentos FitoterápicosInformações Gerais. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario&usersecoes =36&userassunto=135>. Acesso em: 11 abr. 2012. ANVISA. Resolução nº 242 - p. 56. Diretoria Colegiada Instrução Normativa n° 5 de 11 de Dezembro de 2008. Determina a publicação da Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro Simplificado. Diário Oficial [da] União, Brasília, 12 de dezembro de 2008. 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