COLÉGIO PIRACICABANO INICIAÇÃO AO TRABALHO CIENTÍFICO

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COLÉGIO PIRACICABANO
INICIAÇÃO AO TRABALHO CIENTÍFICO
Bianca Pachane
Brunna Gimenes
Luíza Corazza Moretti
Raphael Gimenes
USO DE MEDICAMENTOS FEITOS A PARTIR DE PLANTAS
MEDICINAIS
Orientadora: Profa. Dra. Rita de Cássia Vitti Brusantin
Piracicaba/SP
2009
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RESUMO
Neste trabalho, desenvolvido a partir do tema de plantas medicinais, tivemos como
metas a aquisição de informações sobre a forma como são usados esses medicamentos pela
população, desde os que menos o usam até os que o usam com frequência, que pode ser
classificado como medicamentos que possuem princípio ativo que ajudam no combate de
doenças, assim denominados de medicamentos fitoterápicos. Além de observar a forma de
uso das pessoas, este trabalho também teve como objetivo analisar o conhecimento dos
usuários de fitoterápicos, sendo possível assim chegar ao resultado de que muitas pessoas
usam-nos sem conhecimento adequado. Esses dados foram constatados através de pesquisa de
campo, realizada através da aplicação de questionário, no qual havia perguntas relacionadas
ao conhecimento, hábito, forma e motivos do uso dos medicamentos. Através deste, pode-se
concluir então que apesar desses medicamentos produzidos a partir de plantas medicinais
serem tidos como medicamentos mais naturais que os medicamentos desenvolvidos em
laboratório, não é indicado o uso sem prescrição médica, afinal a forma que esses
medicamentos são usados, como o uso desenfreado, pode acabar agravando ainda mais o
problema ao invés de solucioná-lo.
Palavras-chave: fitoterápicos, fármacos, medicamentos naturais
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................3
2. MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................... 5
3. RESULTADOS ............................................................................................................6
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 7
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................8
6. ANEXOS ...................................................................................................................... 9
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1.
INTRODUÇÃO
Plantas medicinais são espécies específicas de plantas que possuem princípio ativo que
ajudam no combate de doenças (ACCORSI, W. Exposição sobre plantas medicinais e
aromáticas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/ESALQ, Piracicaba, abril
2009). Medicamentos produzidos com plantas medicinais são tidos como medicamentos mais
naturais que aqueles desenvolvidos em laboratórios. Atualmente seu uso vem crescendo
significativamente. Isso se deve graças à mudança de hábitos das pessoas que, em busca de
uma vida mais saudável e um tipo de remédio mais barato, preferem o uso de fitoterápicos ao
de medicamentos convencionais. (Revista Galileu. Saúde pública: Um mercado incipiente,
acesso em 10/03/2009).
Ao contrário do pensamento popular que ainda existe em muitos lugares do mundo, o
uso desenfreado dos medicamentos fitoterápicos pode ser considerado um risco, já que a
maior parte das plantas medicinais tem ambos os poderes benéficos e maléficos. Além disso,
há também da confusão de espécies, que pode agravar o problema ao invés de solucioná-lo.
No Brasil, o uso de fármacos aprovados pelo Ministério da Saúde ainda é restrito a um
público de classe mais bem-remunerada, pois boa parte dos medicamentos é exportada dos
países mais industrializados. Com isso, os medicamentos que são feitos completamente fora
do país têm um preço mais alto e poucas pessoas tem o poder de comprá-los. Para o público
de renda mais baixa, restam os conhecimentos populares, que nem sempre são comprovados
pela ciência ou tem sua eficácia aprovada.
Apesar do pouco incentivo do governo brasileiro no ramo de pesquisas sobre plantas
medicinais, que argumenta como sendo uma área de investimento extremamente caro e com
resultados lentos e graduais, há projetos de universidades como a Universidade de Santa
Catarina, a Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) e a ESALQ (Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz) em parceria com o Grupo de Estudos Walter Accorsi, no desenvolvimento
de medicamentos com princípio ativo natural.
Juntar em um único documento, informações sobre fitoterápicos que podem produzir
remédios, além de se fazer conhecido o trabalho nesse ramo é a intenção dessa pesquisa.
Com isso pretende-se conscientizar a população sobre a diferença entre a fitoterapia
como ciência e o uso de plantas sem o conhecimento necessário.
Através do estudo da teoria é possível conhecer os métodos de identificação de plantas
medicinais, bem como adquirir conhecimento sobre o assunto podendo assim, auxiliar pessoas
que se interessam em utilizar a fitoterapia.
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Desta forma a pesquisa realizada teve a intenção de analisar o uso de medicamentos
fitoterápicos e informar a população da cidade de Piracicaba quanto ao seu uso que pode vir a
ser benéfico ou maléfico, dependendo da dosagem utilizada e seu método de aplicação.
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2. MATERIAS E MÉTODOS:
Utilizamos para o desenvolvimento desse trabalho o modelo de pesquisa analítica.
Para a coleta de dados foram utilizados os métodos de pesquisa de campo e pesquisas
bibliográfica. O estudo dos dados obtidos foi realizado através de análise, reflexão e
interpretação da literatura consultada além de análise estatística sobre os dados coletados na
pesquisa de campo através de questionários que foram aplicados em cerca de 70 pessoas com
mais de 12 anos, que são ou não usuários de medicamentos fitoterápicos, para que seja
possível a análise de popularidade desses medicamentos, e também a forma de uso que é
realizada.
A pesquisa bibliográfica foi realizada graças ao material adquirido durante a exposição
“Plantas Medicinais e Aromáticas: Conhecimento Botânico e Interativo”, que contou com o
conhecimento do Grupo de Estudos Walter Accorsi em parceria com a ESALQ. Além disso,
livros e revistas também foram consultados.
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3. RESULTADOS
O questionário foi aplicado no período de uma semana no mês de outubro, com a
grande maioria dos entrevistados (59%) com o Ensino Médio incompleto e metade deles
(50%) do sexo feminino. Mais da metade do público entrevistado possuía conhecimento do
que são plantas medicinais, conseguindo o percentual de 57% do total.
Do total de 74 entrevistados, apenas 36% são usuários de medicamentos fitoterápicos,
que são utilizados, na maior parte das vezes, de 1 a 2 vezes no dia ou na semana. A confiança
triunfa como grande motivo de uso da fitoterapia, contabilizando 33% das respostas.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise dos dados obtidos através dos questionários, que foram realizados com
pessoas letradas com idades a partir de 12 anos, pudemos concluir que boa parte dos
entrevistados (cerca de 57%) sabem o que são os medicamentos fitoterápicos, mesmo que
todos não o utilizem. Podemos saber, também, que os usuários de fitoterapia utilizam esse
tipo de medicamento por diversas causas, mas principalmente pela confiança na eficácia de
tal.
Um dos pontos que nos surpreendeu foi a descoberta de que muitos dos usuários utilizam
os medicamentos ao pensar que eles podem ser utilizados sem prescrição médica, ou nas
dosagens que eles julgarem corretas. Sabemos, ao concluir esse trabalho, que o uso de
qualquer medicamento nas dosagens erradas e sem a consulta ao médico tendem a causar
mais dano do que ajudarem. O fitoterápico não deixa de ser um tipo de medicamento, portanto
se enquadra nessa necessidade.
Por fim, concluimos que os resultados obtidos pelos questionários podem vir a mudar nos
próximos anos, devido a crescente tendência do uso de medicamentos mais saudáveis pelas
pessoas. O fitoterápico pode ser considerado um desses possíveis medicamentos, pois possui
em sua composição o princípio ativo das plantas medicinais, que por vezes apresenta
melhores resultados do que aqueles criados em laboratório.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EDWARD, J. Farmácia natural: Remédios de plantas são distribuídos pelo SUS. Editora
Abril. Disponível em http://veja.abril.com.br/290798/p_082b.html. Último acesso em 17 de
março de 2009.
YUNES, R. A.; PEDIOSA, R. C.; CHECHINEL FILHO, V. Fármacos e fitoterápicos: a
necessidade do desenvolvimento na indústria de fitoterápicos e fitofármacos no Brasil. São
Paulo: Ed. Química Nova, 2001. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010040422001000100025&script=sci_arttext. Último acesso em 17 de março de 2009.
CONDURO, C. H. G.; CHUNG, M. C.; SOCRAMENTO, L. U. S. do. Interação
medicamentosas de fitoterápicos e fármaco. João Pessoa, 2005. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-695X2005000300019&script=sci_arttext. Último
acesso em 17 de março de 2009.
REVISTA
GALILEU.
Saúde
pública:
um
mercado
incipiente.
Disponível
em
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ETC483495-1719,00.html.
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ANEXOS
ANEXO 1: Questionário entregue aos entrevistados.
ANEXO 2: GRÁFICOS
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