Slides Cap 1 - Novos Olhos

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Gestão do Conhecimento em
Organizações
Rivadávia Correa Drummond
de Alvarenga Neto
1a edição |2008|
Gestão do Conhecimento em
Organizações
Sobre o
Autor
• Rivadávia Correa Drummond de Alvarenga Neto
é doutor e Mestre em Ciência da Informação pela
UFMG, especialista em Negócios Internacionais
pela PUC Minas e bacharel em Administração pela
UFMG. É professor Titular do curso de Mestrado
Profissionalizante em Administração pela FEAD
Minas, Professor e Pesquisador convidado da
Fundação Dom Cabral e do Programa de PósGraduação em Ciência da Informação da UFMG.
Autor de vários artigos, ministra regularmente
palestras nas área de Gestão do Conhecimento,
Gestão Estratégica da Informação, Aprendizagem
Organizacional, Comunidades de Prática e Gestão
Educacional.
Gestão do Conhecimento em
Organizações
Resenha da Obra
• Gestão do Conhecimento em Organizações: uma proposta de mapeamento
iterativo – Este livro investiga a temática denominada Gestão do
Conhecimento (GC) no contexto organizacional brasileiro, procurando
discutir seu conceito, elementos constituintes, áreas fronteiriças e interfaces,
bem como origens, cenários e perspectivas, práticas, abordagens gerenciais
e ferramentas, dinâmica e demais aspectos, paralelamente ao
distanciamento da discussão puramente terminológica, de viés ingênuo,
ensimesmado e inócuo.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
O Continuum dado-informaçãoconhecimento-sabedoria-ação-resultado
• A gestão da informação e do conhecimento é um
elemento-chave para a competitividade organizacional dos
tempos atuais.
• As definições de dado, informação e conhecimento são
os marcos teóricos iniciais e primordiais para tal gestão.
Não há, porém, consenso na literatura a esses conceitos.
• Os recortes teóricos existentes seguem duas vertentes:
discutem cada um dos termos isoladamente;
analisam pelo delineamento de processos conjugados
e/ou seqüências entre dado-informação-conhecimento.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
O Continuum dado-informaçãoconhecimento-sabedoria-ação-resultado
• Davenport (1998) reconhece a dificuldade de definir,
por exemplo, o termo “informação” isoladamente, e
analisa o tripé dado-informação-conhecimento como um
processo.
Dados
Informação
Conhecimento
Simples observações
sobre o estado do
mundo:
Dados dotados de
alguma relevância e
propósito:
Informação valiosa da
mente humana. Inclui
reflexão, síntese,
contexto:
facilmente estruturados
requer unidade de
análise
de difícil estruturação
facilmente obtidos por
máquinas
exige consenso em
relação ao significado
de difícil captura em
máquinas
freqüentemente
quantificados
exige necessariamente a
mediação humana
freqüentemente tácito
facilmente transferíveis
Fonte: Davenport (1998a, p.18)
de difícil transferência
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
O Continuum dado-informaçãoconhecimento-sabedoria-ação-resultado
• Há dificuldades em se traçar linhas divisórias nítidas,
distintas e precisas entre dado, informação e
conhecimento.
• Choo (2002) entende que esses três elementos devem
ser analisados da perspectiva de um continuum de
valores fundamentalmente marcados pela contribuição
humana crescente.
• O continuum é retroalimentado, uma vez que as ações
e os resultados geram novos sinais e mensagens,
repetidos ciclos de processamento de informações, e a
criação de conhecimento que propicia aprendizagem e
adaptação organizacional ao longo do tempo.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
O Continuum dado-informaçãoconhecimento-sabedoria-ação-resultado
Processamento
de Dados
Gestão da
Informação
Gestão do
Conhecimento
Ações/
Resultados
necessidade
aquisição
organização
distribuição
• criação
• compartilhamento
• uso
• estratégias,
alianças e
iniciativas
• produtos e
serviços
• processos,
sistemas,
estruturas
Atividades
• captura
• definição
• armazenamento
•
•
•
•
Valores
• precisão
• eficiência
• acesso
• relevância
• possibilita a
ação
• geração de
valores
• inovação
• aprendizagem
“uma vez que
temos os dados,
podemos analisálos”
“levando a
informação
certa para a
pessoa certa”
“se somente
soubéssemos
aquilo que
sabemos”
“a capacidade
de aprender é a
única vantagem
sustentável”
Fonte: Adapatdo de Choo (2002, p.258)
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
A nova dinâmica tecnoeconômica: breve
análise da transição da Era Industrial – Era
da Informação
• O pós-industrialismo é marcado com a emergência de
um novo paradigma tecnoeconômico (PTE), baseado em
inovação, informação e conhecimento.
• De acordo com Stewart (1998), o ano 1 da Era da
Informação é 1991, quando os dispêndios de capital na
Era Industrial se igualam ao da Era da Informação.
• O potencial científico-tecnológico da Era da Informação
baseia-se, segundo Lemos (1999), em três aspectos:
microeletrônica, telecomunicações e na convergência
entre ambas, possibilitando o desenvolvimento dos
sistemas e redes de comunicação eletrônica mundiais.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
A nova dinâmica tecnoeconômica: breve
análise da transição da Era Industrial – Era
da Informação
• A ascensão de um novo PTE, segundo Lastres e Albagli
(1999), resulta de avanços da ciência e de pressões
competitivas e sociais persistentes, objetivando,
respectivamente:
superar os limites ao crescimento dados pelo padrão
estabelecido;
inaugurar nova frentes de expansão e sustentar a
lucratividade e a produtividade.
1770/1780 a
1830/1840
1830/1840 a
1880/1890
1880/1890 a
1920/1930
1920/1930 a
1970/1980
1970/1980 a
?
Mecanização
Força a vapor
e ferrovia
Energia
elétrica e
engenharia
pesada
Produção em
massa,
“fordismo”
Tecnologias
da informação
Fonte: Lastres e Albagli (1999, p.34)
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
A nova dinâmica tecnoeconômica: breve
análise da transição da Era Industrial – Era
da Informação
• Lastres e Albagli (1999) enumeram as características mais
importantes da tecnologia da informação e os efeitos da
difusão das tecnologias de informação e comunicação por
meio da economia. Destacam-se:
a crescente complexidade dos novos conhecimentos e
tecnologias utilizadas pela sociedade;
a aceleração
conhecimentos;
do
processo
de
geração
dos
novos
a crescente capacidade de codificação dos conhecimentos;
as mudanças fundamentais nas formas de gestão e
organização empresarial;
as mudanças no perfil dos diferentes agentes econômicos.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
A nova dinâmica tecnoeconômica: breve
análise da transição da Era Industrial – Era
da Informação
• A informação e o conhecimento são elementos centrais,
cruciais e fundamentais da nova ordem mundial.
• De acordo com Davenport e Beck (2001), o New York
Times de domingo contém mais informações numa única
edição que todo o material escrito de que dispunham os
leitores do século XV.
• Castells (2000) caracteriza a mudança contemporânea de
paradigma como uma mudança de uma tecnologia baseada
em insumos baratos de energia para outra de insumos
baratos de informação, derivada do avanço da tecnologia em
microeletrônica e telecomunicações.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Os princípios da organização do
conhecimento
• As organizações do conhecimento são, de acordo com
Choo (2003), organizações que possuem informações e
conhecimentos que as tornam capazes de ter percepção e
discernimento.
• Os benefícios da administração dos recursos e processos
de informação para as organizações do conhecimento são
enumerados por Choo (2003):
tornam-se capazes de uma adaptação oportuna e
eficaz;
empenham-se na aprendizagem constante;
geram inovação e criatividade.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Os princípios da organização do
conhecimento
A organização do
conhecimento
Criação de
significado
Construção do
conhecimento
Tomada de
decisões
Ação
organizacional
Processamento
da informação
Conversão da
informação
Interpretação da
informação
Fonte: Choo (2003, p.31)
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Os princípios da organização do
conhecimento
• As
organizações
do
conhecimento
possuem
profissionais altamente qualificados e têm, como seu mais
representativo valor, os ativos intangíveis (e não seu
patrimônio visível).
• Os produtos da organização do conhecimento são
intensivos
em
conhecimento
e,
via
de
regra,
experimentam custos de desenvolvimento muito altos,
porém, com custos de produção relativamente baixos,
com custos marginais decrescentes.
• As mais recentes drogas da indústria farmacêutica
possuem pouca matéria-prima e muito conhecimento
implícito.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
• A gestão do conhecimento não se limita à gestão de
informações.
• A gestão do conhecimento vai além, por se preocupar
com uma miríade de outros temas, tais como:
a criação e o uso do conhecimento;
a gestão da inovação e da criatividade;
o compartilhamento das informações;
a mensuração e consolidação do capital intelectual
encontrado nos capitais humano, estrutural e do cliente;
a criação de condições favoráveis que devem ser
propiciadas pela organização.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A gênese – Gestão de Recursos Informacionais (GRI)
• Parte-se da premissa de que a Gestão do Conhecimento
(GC) tem suas origens na Gestão de Recursos
Informacionais (GRI).
• A GRI surge como uma estratégia aperfeiçoada para o
gerenciamento eficaz da informação.
• Barbosa e Paim (2003) sugerem que a GRI é um campo
interdisciplinar de conhecimento e que, em seus
primórdios, eram três os seus campos constituintes:
administração, ciência da computação e ciência da
informação.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A gênese – Gestão de Recursos Informacionais (GRI)
• As definições de GRI são dadas pela sobreposição de
dois pontos de vista: a perspectiva da tecnologia da
informação e a perspectiva integrativa.
• A perspectiva da tecnologia da informação enfatiza o
aspecto técnico da GRI, e seu foco reside em informações
baseadas em computadores e produzidas internamente
como o único provedor de informação organizacional.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A gênese – Gestão de Recursos Informacionais (GRI)
• As atividades previstas da GRI sob a perspectiva da
tecnologia da informação são:
planejamento de dados, de capacidade e de aplicação;
planejamento
informação;
e
desenvolvimento
de
sistemas
de
gerenciamento de projetos;
aquisição de hardware e software;
integração
dados.
sistema-tecnologia
e
administração
dos
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A gênese – Gestão de Recursos Informacionais (GRI)
• À medida que a economia industrial se expandia, a
problemática do registro e da transmissão de quantidades
cada vez maiores de informação ganha vulto e
pertinência.
• As organizações partem de buscas frenéticas por
tecnologias para o processamento e a organização de
informações.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A gênese – Gestão de Recursos Informacionais (GRI)
• Disso resulta uma limitação da perspectiva tecnológica,
pois é restrita apenas às fontes de informação baseadas
em computadores, além de lidar somente com
informações internas.
• As informações internas são necessárias, mas não
suficientes. É necessário o escaneamento ambiental
sistemático para dar suporte ao processo decisório.
• Há
indícios
de
que,
pelo
menos
teórica
e
conceitualmente, a perspectiva tecnológica esteja
caminhando para a perspectiva integrativa.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A gênese – Gestão de Recursos Informacionais (GRI)
• A perspectiva integrativa vê a GRI como uma
aproximação gerencial que procura harmonizar as fontes,
os serviços e os sistemas de informações corporativos,
bem como criar uma sinergia entre fontes internas e
externas de informação organizacional.
• Essa perspectiva é ainda duplamente importante porque
coloca a GRI no contexto do processamento de
informações
organizacionais
e
no
contexto
das
necessidades de informação.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A gênese – Gestão de Recursos Informacionais (GRI)
• As crenças da perspectiva integrativa são:
reconhecimento da informação como recurso;
GRI é um caminho para a gestão integrativa;
é necessário gerenciar o ciclo de vida da informação;
a informação deve apoiar os objetivos organizacionais e
estar intimamente ligada ao planejamento estratégico;
é necessário um “agente vinculador”, que atuará como
intermediário de valor entre necessidades e fontes de
informação.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A evolução – da Gestão de Recursos Informacionais
(GRI) à Gestão do Conhecimento (GC)
• A gestão do conhecimento tem suas origens na GRI, e
esta, integrada a outras contribuições de diversas áreas e
campos de conhecimento, constitui os fundamentos ou
pilares nos quais se estrutura o que hoje se denomina
gestão do conhecimento.
Tecnologia da
Informação
Administração
Gestão do
Conhecimento
Aprendizagem
organizacional
Cultura organizacional
Gestão de pessoas
Desenvolvimento
organizacional
Computadores pessoais
Desenvolvimento de software
Ciência da Informação
Redes
Estudos de usuários
Organização e tratamento da
informação
Fonte: Barbosa e Paim (2003, p.16)
Base de dados
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A evolução – da Gestão de Recursos Informacionais
(GRI) à Gestão do Conhecimento (GC)
• A GC consolidou-se como uma grande área,
metaforicamente denominada “área guarda-chuva”, que
incorpora várias abordagens gerenciais, observadas as
interfaces, comunicações, relacionamentos e imbricações.
• A criação de um contexto favorável pela organização é
condição sine qua non para as atividades de gestão do
conhecimento.
• Há a necessidade de trabalhar não só a gestão da
informação, mas também, e principalmente, a gestão das
pessoas e dos talentos humanos.
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A evolução – da Gestão de Recursos Informacionais
(GRI) à Gestão do Conhecimento (GC)
• Davenport e Cronin (2000) sugerem que, embora muita
atenção acadêmica e profissional tenha sido devotada à
GC na última década, o conceito ainda não é estável.
• Os autores propuseram a exploração do conceito de GC
no contexto de três domínios interessados na área:
biblioteconomia e ciência da informação (GC-1);
engenharia de processos (GC-2);
teoria organizacional (GC-3).
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A evolução – da Gestão de Recursos Informacionais
(GRI) à Gestão do Conhecimento (GC)
• A novidade da proposta de Davenport e Cronin (2000) é a
compreensão da natureza mutável do complexo ambiente
no conhecimento no qual vivemos e trabalhamos.
• Outras contribuições fundamentais para o objetivo deste
livro são:
a necessidade de um marco teórico para a GC;
a gestão da informação e a tecnologia da informação são
elementos constituintes da gestão do conhecimento;
a mudança parte da gestão da informação (GC-1), passa
pela informatização (GC-2) e aporta nas “ecologias”
informacionais (GC-3).
Capítulo 1
Aspectos teóricos, conjunturais e
organizacionais
Da gestão da Informação à Gestão do
Conhecimento – da gênese à revelação
A revelação – práticas organizacionais, garantias
literárias e o fenômeno social
• A gestão do conhecimento não é um “modismo
gerencial” e tem se estabelecido como um consistente
paradigma gerencial do século.
• Souza e Alvarenga (2003) comprovaram a revelação, a
consolidação e a perenidade da GC por meio de três
estratégias distintas:
análise da prática empresarial ou análise das práticas
organizacionais;
análise de publicações no assunto ou das garantias
literárias;
análise de eventos relacionados ou do fenômeno social.
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