aula 21 - Instituto de Economia

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Disciplina: Economia Internacional
Professor: Francisco Eduardo Pires de Souza
1º Semestre de 2017
Email: [email protected]
Um modelo geral de taxas de
câmbio de longo prazo

A taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo iguala a
demanda relativa mundial ao nível da oferta relativa, em pleno
emprego.
Ex Krugman: queda
dos preços
internacionais da
gasolina faz
aumentar demanda
mundial por
automóveis do tipo
produzido nos EUA
(gastadores). RD
desloca-se para a
direita e k 
slide 2
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Determinação das taxas de câmbio
nominais no LP
• k = EP*/P => E = k (P/P*)
• A equação acima difere da PPC ao sugerir que a
taxa de câmbio nominal pode mudar tanto por
fatores monetários (que alteram a relação P/P*,
os preços domésticos em moeda nacional) como
por mudanças nas taxas de câmbio real, k.
• Ou seja, a equação combina a abordagem
monetária (que determina P/P*) com fatores
reais (que determinam k).
Determinação das taxas de câmbio
nominais no LP
•
•
•
•
•
k = EP*/P => E = k (P/P*)
DMs =>  E = k (P/P*) (TQM, PPC)
DM*s =>  E = k (P/P*) (TQM, PPC)
D(DprodA/DprodB) =>  E = k  (P/P*)
D(YA/YB) => Efeito 1 =>  E = k  (P/P*) (os preços
domésticos do país A baixam vs B; para isso a taxa de
câmbio tem que depreciar).
Mas há também um Efeito 2 (monetário) => o aumento
de YA => L(r,y) => P
Então o efeito final é ambíguo=> ?E = k  (P/P*). O
efeito que vai predominar é incerto.
monetário
(o salto no nível de P associado a L(y,r), antes de p+Dp)
de bens e serviços
apreciação
apreciação
slide 5
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Diferenças internacionais das taxas de
juros e a taxa de câmbio real
• De acordo com a PPC relativa: Ê = p – p*
• Mas conforme vimos, na teoria de LP aqui apresentada,
mudanças nas taxas de câmbio real representam desvios da
taxa de câmbio nominal em relação à PPC relativa.
• Ou seja: Dk/k = Ê – (p – p*) (vide demonstração no último
slide – Anexo I)
• E a mudança esperada na taxa de câmbio real seria:
• Dke/k = Êe – (pe – p*e)
(1)
• E, relembrando a condição de paridade de juros: i= i*+Êe ou
i - i*= Êe
(2)
• Substituindo (2) em (1): Dke/k = (i - i*) – (pe – p*e), ou:
• (i - i*) = Dke/k + (pe – p*e)
(3)
Diferenças internacionais das taxas de juros e a taxa de
câmbio real
•
A equação anterior, (i - i*) = Dke/k + (pe – p*e), nos diz que o diferencial de juros
não vai refletir apenas a diferença esperada entre as taxas de inflação interna e
externa, mas também reflete os fatores (tipo oferta e demanda) que afetam a
variação esperada da taxa de câmbio real.
•
Ex 1: suponha que a inflação de um país A seja 7% a.a. e a inflação americana seja
zero. Depois de 10 anos, uma cesta de bens desse país terá praticamente dobrado
de preço. Se a taxa de câmbio em relação ao dólar tiver ficado constante, os
preços em dólar desta cesta de bens do país terão dobrado também (o que não é
razoável, já que o país provavelmente não seria mais competitivo em nada). A
previsão da PPC relativa é de que a taxa de câmbio dobraria nos 10 anos, deixando
os preços em dólar estáveis (a taxa de câmbio real constante). Mas e se a taxa de
câmbio real devesse subir por determinante reais? Então a taxa de câmbio
nominal deveria mais do que duplicar.
•
Ex 2: se a expectativa do mercado é que a inflação brasileira será de 4,5% e a
americana de 1,5%, e que além disso os fatores reais levarão a uma depreciação
real de 2%, a diferença entre juros internos e externos será 3% + 2% = 5%
•
Se entretanto o mercado esperar a prevalência da PPC relativa (k constante),
teremos um caso especial em que vale a equação mais simples, deduzida
anteriormente:
•
(i - i*) = (pe – p*e)
Paridade de Juros Reais
• Formulamos a teoria da paridade de juros em termos
nominais. Vejamos agora uma versão dela em termos
reais.
• taxas de juros reais são em geral incertas => taxas de
juros reais esperadas:
r = i - pe
• Logo, a diferença entre as taxas de juros reais
esperadas no país e no exterior será:
r – r* = (i - pe) – (i*- p*e) = (i – i*) – (pe - p*e) (4)
• Substituindo (3) [i.e. (i - i*) = Dke/k + (pe – p*e)] em (4) :
r – r* = Dke/k
(5)
(vide anexo II)
Paridade de Juros Reais
r – r* = Dke/k
(5)
• A equação (5) nos diz que as taxas de juros reais
serão iguais em todos os países se os agentes
econômicos esperarem que a PPC relativa vai ser
mantida.
Anexo I
Dedução das fórmulas precisa e
simplificada da taxa de câmbio
nominal em função da taxa real e das
taxas de inflação interna e externa
Anexo II
Relação entre a condição de paridade
descoberta de juros nominal e real
• Nossa explicação para a paridade real de juros foi:
r – r* = (i - pe) – (i*- p*e) = (i – i*) – (pe - p*e)
(4)
Substituindo (4) em (3) [(i - i*) = Dke/k + (pe – p*e)]:
r – r* = Dke/k
(5)
• Afirmar que a diferença entre as taxas de juros reais é igual a
variação esperada da taxa de câmbio real é o mesmo que dizer
(vide equação 4) que a diferença entre as taxas nominais de juros é:
i – i*= (pe - p*e) + Dke/k. Portanto, é o mesmo que afirmar que o
diferencial de juros é igual à taxa de câmbio nominal esperada (que
será igual ao diferencial de inflações esperadas caso se espere a
PPC relativa, ou a soma dele com a variação cambial real esperada).
Ou seja as duas condições são equivalentes.
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