Introdu__o

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Teorias de Aprendizagem
Programa de Mestrado Profissional em Ciências,
Matemática e Tecnologias
Profa. Tatiana Comiotto – [email protected]
O que é uma teoria?
É
uma
interpretação
sistemática
de
conhecimento de uma área de conhecimento,
uma maneira particular de ver as coisas, de
explicar observações, de resolver problemas.
• Teoria é discurso.
• É muito mais que uma explicação ou
representação da realidade de um determinado
objeto no contexto das relações entre homem
natureza e sociedade.
• Extrapola uma mera descrição da realidade, é a
construção do conhecimento e da realidade em
um determinado espaço/tempo/histórico.
• Cada teoria apresenta os conceitos e questões
relacionadas aos interesses do discurso ao qual
está implicada.
Teorias não são eternas
 Construídas para prever e explicar fenômenos;
 São constituídas de conceitos e princípios;
 Conceitos são signos que apontam regularidades em
objetos e eventos;
 São usados para pensar e dar respostas rotineiras e
estáveis;
 Princípios são relações significativas entre conceitos;
 As teorias são mais amplas que os princípios;
 Subjacentes às teorias, estão sistemas de valores ou
visões de mundo, que mudam com o tempo e com a
cultura.
Objetivos das teorias
• Fundamentar a prática pedagógica na
elaboração de propostas – condições
necessárias e definição do papel do aluno e do
professor;
• Auxiliar na compreensão das causas de
dificuldades dos alunos para uma atuação
mais apropriada;
• Propiciar a formação mais adequada aos que
participam da proposta educacional.
O que é aprendizagem?
• “É uma capacidade que pomos em
ação quotidianamente para dar
respostas adaptadas às solicitações
e desafios que nos colocam devido
às nossas interações com o meio”
(PINTO e SANTOS, 2006, p. 33).
• “Conjunto
de
processos
psicológicos
(cognitivos,
emocionais,
motivacionais
e
comportamentais) que permitem
que as pessoas adquiram (ou
aprendam) algo de novo” (GUEDES
e SOUZA, 2004, p. 5).
• Toda aprendizagem resulta da
procura do reestabelecimento
de um
equilíbrio
vital
(equilíbrio homeostático).
• A quebra deste equilíbrio
geralmente ocorre frente a
uma situação nova, podendo
causar desajustamento.
• O único meio de ajustar-se é
agir ou reagir até que a
resposta convincente à nova
situação venha fazer parte de
seu
comportamento
adquirido, o que constitui a
aprendizagem.
O que é aprendizagem?
• “Qualquer processo que,
em organismos vivos, leve
a
uma
mudança
permanente
em
capacidades e que não se
deva
unicamente
ao
amadurecimento biológico
ou
envelhecimento”
(ILLERIS, 2006, p. 26)
É o processo através do qual vencemos cada passo do caminho desde
que respiramos pela primeira vez; a transformação que ocorre no
cérebro sempre que uma nova informação é integrada, que uma nova
habilidade é dominada.
"Sábio
é aquele que conhece
os
limites
da
própria
ignorância".
- Sócrates
"Educai as crianças, para que não
seja necessário punir os adultos".
- Pitágoras
"Você não pode ensinar nada a um homem; você pode
apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele
mesmo".
- Galileu Galilei
...uma aprendizagem crítico-reflexiva, que
capacite os aprendentes e os ensinantes a
assumirem os riscos para uma necessária
melhoria das nossas capacidades de aprender e
utilizar essa aprendizagem em diferentes
situações.
Aprendiz+ agem
Aprender
–
Apreender
apprehendere)
(do
lat.
Assimilar mentalmente
Entender
Compreender
1- “Reter na memória, mediante o estudo, a observação
ou a experiência” (aprendizagem mecânica).
2- “Tornar-se apto ou capaz de alguma coisa, em
consequência de estudo, observação ou experiência”.
(aprendizagem significativa)
O que são teorias de aprendizagem?
• Tentativas de interpretar
reorganizar,
de
prever,
aprendizagem.
sistematicamente, de
conhecimentos
sobre
• São construções humanas para interpretar sistematicamente
a área de conhecimento que chamamos aprendizagem.
• Implicações para a
Prática Pedagógica –
Currículo;
• Bases: econômica;
sócio-histórico-cultural;
filosófica.
• Buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos
atos de ensinar e aprender partindo do
reconhecimento da evolução cognitiva do
homem.
• Tentam
explicar
a
relação
entre
conhecimento pré-existente e o novo
conhecimento.
Múltiplas visões sobre o processo de
aprendizagem:
• As circunstâncias em que a aprendizagem
ocorre;
• Os resultados da aprendizagem;
• O papel do professor e da escola.
Aspectos básicos de uma teoria de
aprendizagem
• Representa o ponto de vista de um
autor/pesquisador sobre como interpretar a
aprendizagem, quais as variáveis independentes,
dependentes e intervenientes, quais os
fenômenos e perguntas mais relevantes;
• Procura resumir uma grande quantidade de
conhecimentos sobre aprendizagem em uma
formulação bastante compacta;
• Tenta, de maneira criativa, explicar o que é a
aprendizagem e porque e como funciona.
Uma compreensão abrangente sobre a
aprendizagem humana – KNUD ILLERIS
• As ideias a seguir são uma versão elaborada
da apresentação que ILLERIS fez em uma
conferência em Copenhague, em 2006 – sobre
como aprendemos.
ILLERIS, Knud. Teorias contemporâneas da aprendizagem. Porto Alegre: Penso, 2013.
ILLERIS, Knud. Teorias contemporâneas da aprendizagem. Porto Alegre: Penso, 2013.
APRENDER...
A APRENDER
A SER
A CONHECER
A CONVIVER
Cognições
Emoções
Ações
APRENDER...
A INOVAR
o inusitado
Enfrentar
o inexplorado
• Ensinantes e aprendentes capazes de
transcender a si mesmos, desenvolvendo novos
paradigmas educacionais.
• Ser capaz de empreender a reflexão sozinho é
necessário, porém não é suficiente.
• A tendência a enganar-se, ser demasiado
complacente consigo mesmo e de passar por
alto nas coisas, está sempre presente.
• Dado a natureza socialmente construída do
saber, é que se cria o significado na relação com
os demais.
• A reflexão e a criação do significado é,
inevitavelmente, um processo social.
Aprendizagem como processo
GLOBAL
PESSOAL
DINÂMICO
GRADATIVO
CONTÍNUO
CUMULATIVO
Global
• Inclui sempre aspectos motores, emocionais e
mentais;
• A aprendizagem envolvendo uma mudança de
comportamento, terá que exigir a participação
total e global do indivíduo, para que todos os
aspectos constitutivos de sua personalidade
entrem em atividade no ato de aprender, a fim de
que:
- seja restabelecido o equilíbrio vital, rompido
pelo aparecimento de uma situação
problemática.
Pessoal
• Ninguém pode aprender por outro, pois a
aprendizagem é intransferível;
• A maneira de aprender e o próprio ritmo da
aprendizagem variam de indivíduo para indivíduo,
em razão do caráter pessoal da aprendizagem;
Gradativo
• Ocorre através de operações
crescentemente complexas;
• A cada nova situação envolve maior número de
elementos;
• Cada nova aprendizagem acresce novos elementos à
experiência anterior, numa série gradativa e
ascendente;
• Este caráter gradativo repercuti na organização dos
programas escolares, na organização dos cursos e na
seriação.
Cumulativo
• Relaciona-se a adaptação e ao ajustamento social;
• Além da maturação, a aprendizagem resulta da
experiência individual;
• A experiência atual aproveita-se das experiências
anteriores;
• Estas modificações de comportamento, resultantes da
experiência, podem levar a frustrações e perturbações
emocionais, quando a aprendizagem não ocorre;
• A acumulação de experiências leva a organização de
novos padrões de comportamento, que são
incorporados pelo sujeito;
• Portanto,
quem
aprende
modifica
o
seu
comportamento;
Dinâmico
 Atividade daquele que aprende;
 Atividades externas físicas, assim como, atividades metais
e emocionais;
 A aprendizagem é um processo que envolve a participação
total do indivíduo, em seus aspectos físicos, intelectuais,
emocional e social;
 A aprendizagem escolar depende não só do conteúdo dos
livros, nem só do que os professores ensinam, mas muito
mais da interação entre esses fatores e o ambiente social
da escola;
Contínuo
Presente desde o início da
vida;
Na
idade
escolar,
na
adolescência, na idade adulta
e até em idade mais avançada
estará sempre presente;
A família, a escola e todos os
agentes
educacionais
precisam
selecionar
os
conteúdos e comportamentos
a serem exercitados;
Diferenças nas aprendizagens
• Dois indivíduos submetidos ao mesmo
“processo” de formação podem desenvolver
competências diferentes, do mesmo modo
que dois espectadores de um acidente
rodoviário têm diferentes opiniões sobre o
hipotético culpado.
Como se pode perceber, então, estas diferenças
pessoais perante um mesmo acontecimento ou
processo?
• Todo este processo de interpretação e
compreensão está dependente de vários
fatores (pessoais), dos quais destacam-se:
• Qual o envolvimento na situação (valor
afetivo)?
• Como é percebida “a situação”? Como é vista,
como é relacionada com a experiência
anterior?
• Não
somos
receptores
passivos
do
conhecimento, somos processadores ativos da
informação que descodificamos, processamos
e recodificamos em termos pessoais.
Tipos de aprendizagens
• Aprendizagem cognitiva: resulta no armazenamento
organizado de informações na mente do ser que
aprende.
• Aprendizagem afetiva: resulta de sinais internos ao
indivíduo e pode ser identificada como experiências
de: prazer e dor, satisfação ou descontentamento,
alegria ou ansiedade.
• Aprendizagem psicomotora: envolve respostas
musculares adquiridas mediante treino e prática.
• Ex. aprender a tocar piano; jogar golfe ou dançar balé.
Determinantes da aprendizagem
1- Percepção:
 A forma que um indivíduo interpreta os estímulos do meio;
 Utiliza sua experiência, sua vivências anteriores e sua
necessidades presentes;
 O funcionamento dos órgãos dos sentidos e a atividade mental
são necessários para a percepção;
 A interpretação por quem percebe é determinada por:
 Sua experiência anterior;
 Seu interesse nos estímulos no momento
(motivação);
 Sensibilidade dos órgãos dos sentidos;
Atenção
• Faz com que, entre muitos estímulos do meio, o
indivíduo selecione e perceba somente alguns
aspectos ambientais;
 Vários fatores, tanto no estímulo, quanto no indivíduo,
contribuem para essa focalização:
 Intensidade do estímulo;
 Novidade;
 Relevância para as necessidades
individuais
Formação de Conceitos: Generalização
• Atividade mental que leva à aquisição de conhecimentos
organizados, os conceitos;
• O conceito é geral, ou universal; aplicado a todos os
indivíduos da mesma espécie, embora apresentem
diferenças individuais;
• Etapas na formação de um conceito:
 Percepção de um objeto;
 Mais tarde, na ausência do objeto, sua imagem é
evocada.
 A perfeição dessa imagem mental depende de uma
completa e segura percepção original;
• As imagens mentais levam à formação de um
significado geral ou conceito;
• Os conceitos são expressos através de símbolos
(números) ou palavras, mas a simples memorização
de uma palavra, não resultará na formação de um
conceito;
• A linguagem é o meio pelo qual o indivíduo expressa
seus conceitos, sendo essencial aprender os
significados para cada palavra usada na comunicação
social.
Memória
• Constitui um dos fatores que colabora para o
exercício das funções do raciocínio e da
generalização;
• Funções da memória: fixação, retenção,
evocação e reconhecimento;
• A memorização dos conceitos faz com que
aquilo que está sendo aprendido seja
assinalado, retido e depois lembrado pelo
indivíduo, isto é, evocado ou reconhecido
quando aparece em seu campo de
consciência;
• A aprendizagem, contudo, não pode se basear
apenas na memória.
• É importante ressaltar que
a evocação está, também,
sujeita
a
condições
emocionais do indivíduo.
• A falta de evocação pode
resultar de uma atitude de
defesa contra a lembrança
da imagem ou de uma
percepção desagradável ao
sujeito.
Teorias
• Inatismo - aborda os fatores interiores do indivíduo;
diz que o ser humano já possui qualidades definidas
e pouco diferenciadas em quantidade;
• Ambientalismo - analisa a ação do meio; não valoriza
os fatores hereditários.
• Construtivismo – o conhecimento é construído a
partir das características maturacionais (biológicas).
• Socio interacionismo – a ênfase está nas questões de
interação social, sem deixar de considerar os fatores
hereditários.
Inatismo
• Bagagem hereditária.
• O meio só tem função de abastecer a
estrutura já pronta.
• “Foco em transmissão
de conteúdos.”
Posturas inatistas
•“Filho de peixe, peixinho é”.
•“Pau que nasce torto, morre torto”.
•“Ih, já dei aula para o irmão dele, esse é igualzinho”.
• “Não adianta fazer nada, mais do que isso ele não
consegue.”
Inatismo
Aluno
Professor
Ser dotado Expectador
de
capacid.
inatas
Conteúdo
Escola
Linguagem
Estático
Interfere o
mínimo
possível no
processo
de
desenvol.
humano
Dom de Deus O
desenvolviment
Expressão do o é pré-condição
pensamento para
a
aprendizagem
As
pessoas
que não se
expressam
não pensam
Não desafia
o
aluno
porque
o
conhecimen
to é um
dom
hereditário
Desenvolv. e Avaliação
Aprendizagem
Reprovação
Decoreba
Memoriz.
Testes de
QI
Ambientalismo
• O conhecimento se dá porque vemos, ouvimos,
tateamos, sentimos.
• Na psicologia: S - R
• O aluno precisa ser estimulado para
aprendendo o que o professor transmite.
• Homem é fruto do meio.
ir
Posturas ambientalistas
• “Não tem o que fazer, ele mora numa favela!”
• “Ele não tem estímulo!”
• “Bem, é só ver o grupo com quem ele anda!”
• “Ele vem de uma família muito pobre, sem
condições”
Ambientalismo
Aluno
Professor
Receptáculo Autoritário
vazio
Passivo
Tábula rasa
Folha em
branco
Conteúdo
Dogma
Detentor
É
absoluto do fragmentado
saber
Facilitador e É produto
às vezes
estimulador
Escola
Desenvolvime
nto e
Aprendizagem
Conservad. Instrumento Aprendizagem
de
e desenvolv.
Impotente comunicação ocorrem
frente ao
simultaneamenos
Conjunto de mente
favorecido
Linguagem
signos que
combinam
entre si
através de
regras
que não
estabelecem
vínculos
entre os
usuários
Avaliação
Estímulos
ou castigos
Repetições
Decoreba
Cópia
Exposição
verbal
Memorização
Construtivismo
Aluno
Professor
Conteúdo
Escola
Linguagem
Sujeito
ativo no
processo
de
aprendiza
gem
Proponente
de situações
desafiadoras
(problemas)
Construído Espontaneís É vista como
pelo sujeito ta
produto da
a partir das
inteligência.
interações
E a escrita
(jogos,
como sistema
desafios…)
de
representação
Desenvolvime
nto e
Aprendizagem
Desenvolv.
precede a
aprendizagem
Avaliação
Superação
dos níveis
de leitura e
escrita
Erros
construtivos
Sondagens
Posturas construtivistas
Socio interacionismo
• O sujeito aprende na interação com o meio e
com o objeto.
• O sujeito constrói o conhecimento sendo
mediado pelas interações sociais e históricas.
Sócio interacionista
Aluno
Professor
Conteúdo
Escola
Linguagem
Desenvolv. e
Aprendizagem
Sujeito
historicam.
situado
Mediador
que atua na
zona de
desenvolv.
Proximal
Historicamen.
produzido
pela
humanidade
e reelaborado
individual e
coletivamente
através das
interações
Dinâmica
Matéria-prima
para a
emergência da
consciência
A aprendizagem Auto
é o ponto de
avaliação
partida para o
desenvolv.
Avalia-se
para verificar
Quanto mais
os avanços e
aprendizagem, entraves
mais desenvolv.
Produções
Processos
elementares de Anotações
origem
biológica são
Registros
necessários
Éo
engenheiro
da ponte
Interativa
Torna
acessível o
conhecimen
-to
historica.
Elaborado
Intensifica
no seu
interior as
produções
gráficas
Forma de
interação
humana
Tem papel
essencial na
organização da
P. M. S.
Organiza o
pensamento
Avaliação
Outra classificação
• Comportamentalista ( Behaviorista)
• Cognitivista
• Humanista
Enfoques teóricos à
aprendizagem e ao
ensino
Humanismo
Cognitivismo
Pensamentos,
Sentimentos e
Ações estão
Integrados
O
o conhecimento
é construído.
O comportamento
é controlado
por suas
consequências
Autores:
Piaget,
Vygotsky,
Ausubel e
Bruner
Autores:
Skinner,
Thorndike,
Pavlov e
Watson
Autores:
Rogers e Novak
Comportamentalismo
Comportamentalista (Behaviorista)
• Considera o aprendiz, basicamente como um ser que
responde a estímulos que lhes são apresentados.
• O comportamento é compreendido para poder prevêlo e se possível modificá-lo.
• A resposta ocorre, mais ou menos por acaso e, então
ocorre a recompensa.
estímulo – resposta- recompensa
• Esse tipo de condicionamento enfatiza a associação da
resposta desejada a um reforço, que leve o indivíduo a
repetir a mesma reposta em situações futuras.
• A conduta dos indivíduos é observável e mensurável,
similarmente aos fatos e eventos nas ciências
naturais e nas exatas.
• O comportamento - respostas observadas e
relacionadas a eventos que as precedem (estímulos)
e as sucedem (consequências) – estímulo/resposta
• Observação e estudo de comportamentos:
- Manifestos
- Mensuráveis
- Controlados
• Desconsidera-se o
que ocorre na
mente do indivíduo
• Aprendiz - objeto
Ênfase: comportamentos observáveis.
Conceitos básicos: estímulo, resposta, condicionamento, reforço,
objetivos comportamentais.
Ideia chave: O comportamento é controlado por suas consequências.
Teóricos: Pavlov, Watson, Thorndike, Skinner.
Técnicas de Ensino: exercício de
repetição, memorização,
demonstração para imitação e
Instrução Programada.
Cognitivista
Enfatiza o processo de cognição, por significados tem
origem à medida que o aluno aprende;
Estabelece relações de significação; isto é , atribui
significados à realidade em que se encontra.
Para a Teoria Cognitiva , a aprendizagem coincide com o
raciocínio ou a solução de problemas, que se faz em seis
passos:
1.Noção de um problema
2.Esclarecimento do problema
3.Aparecimento das hipóteses;
4.Seleção da hipótese mais provável;
5.Verificação das hipóteses
6.Generalização
Escola
• A fim de estimular a solução de problemas , a escola
deve:
- Aproximar o ensino da vida real,
- Deixar margem para a independência,
- Apresentar a matéria em forma de problema,
- Utilizar uma linguagem acessível,
- Favorecer o trabalho em grupo,
- Estimular a participação dos alunos.
Analisar como o indivíduo:
• Conhece, processa, compreende e dá significado à
informação;
• Percebe, direciona a atenção, coordena as suas interações
com o ambiente;
• Como aprende, compreende e reutiliza informações
integradas em suas memórias a longo prazo;
• Efetua a transferência dos conhecimentos adquiridos de um
contexto para o outro;
• CONTEÚDO:
• integração do conteúdo
aprendido numa edificação
mental ordenada.
• representa
um
forte
influenciador do processo de
aprendizagem.
• Novos
dados
serão
assimilados e armazenados
na razão direta da qualidade
da
Estrutura
Cognitiva
prévia do aprendiz.
• Esse processo de associação
de
informações
interrelacionadas denomina-se
Aprendizagem Significativa.
Teoria cognitivista
 Enfatiza a cognição, o ato de conhecer, como o ser humano
conhece o mundo.
 Estuda os processos mentais, isto é, o como conhecemos.
 Ocupa-se da atribuição de significados, da compreensão,
transformação, armazenamento e uso da informação.
 Percepção, resolução de problemas, tomada de decisões,
compreensão, etc.
 O aluno deixa de ser visto como mero receptor de
conhecimento e passa ser considerado agente da
construção de sua estrutura cognitiva.
– Ênfase: cognição.
– Conceitos básicos: motivação,
insight, esquema, signo, modelo
mental, subsunçor, construto.
– Ideia chave: construtivismo – o
conhecimento é construído.
– Teóricos:
Piaget,
Bruner,
Vygotsky, Johnson-Laird, Ausubel,
Novak, Gowin, Freire.
– Técnicas de Ensino: ensino por
descoberta guiada, organizadores
avançados, projetos de trabalho,
sumários,
questionários
orientadores e de revisão,
esquemas, debates, discussões,
resolução de problemas, estudo
de casos, etc.
Humanista
• Considera primordialmente o
aluno como pessoa.
• É essencialmente livre para
fazer escolhas em cada
situação.
• O importante é a auto
realização.
• O ensino deve facilitar a auto
realização, o crescimento
pessoal.
• Suas contribuições foram
originais e opuseram-se às
concepções
e
práticas
empiristas.
• Princípio do ensino centrado no
aluno
• Aluno possui liberdade para
aprender;
• Crescimento
pessoal
é
valorizado;
• O ser aprende primordialmente
como pessoa;
• Indivíduo como fonte de seus
atos e livre para fazer escolhas;
• A aprendizagem não se limita a
um aumento de conhecimentos,
ela influi nas escolhas e atitudes
do aprendiz;
• O pensamento, sentimentos e
ações são integrados;
• O aprendiz é visto como sujeito.
• Deve criar condições que facilitem a aprendizagem do aluno;
• Objetivo: Liberar a capacidade de autoaprendizagem, de forma que
seja possível o desenvolvimento tanto intelectual quanto
emocional.
• Aprendizagem implica mudanças no indivíduo como um todo.
• O professor é um facilitador da aprendizagem, o que significa apoiar
os alunos para caminharem sozinhos (autonomia).
• Em relação a avaliação, despreza qualquer padronização de
produtos de aprendizagem (provas, recompensas, punições).
• Defende a auto-avaliação.
• A aprendizagem é mais duradoura e abrangente quando envolve a
pessoa como um todo (sentimentos e intelecto).
Os seres humanos tem uma potencialidade para aprender;
A aprendizagem ocorre quando a matéria de ensino é percebida como
relevante para seus próprios objetivos.
Atitudes que caracterizam o professor facilitador: autenticidade, estima,
aceitação e confiança no aluno e compreensão empática.
Enfatiza o aprendiz
Além do intelecto, considera sentimentos e ações domínio afetivo
Ensino “centrado no aluno” e “escolas abertas” .
Ênfase: pessoa.
Ideias básicas: aprender a aprender,
liberdade, diálogo, respeito, centrado no
aluno, crescimento pessoal, autoaprendizagem, auto-avaliação.
Ideia chave: pensamentos, sentimentos e
ações estão integrados.
Teóricos: Rogers, Freinet, Gusdorf, Freire.
Técnicas
de
Ensino:
ensino
individualizado, discussões, painéis,
simulações, jogos de papéis, resolução de
problemas, etc.
Sala de Aula Tradicional
Estudantes trabalham sozinhos.
O acompanhamento do currículo préestabelecido é altamente valorizado.
As atividades curriculares baseiam-se
em livros-texto e de exercícios.
Avaliação da aprendizagem é vista
como separada do ensino e ocorre,
quase sempre, através de testes.
Sala de Aula Construtivista
Estudantes trabalham em grupos
Busca pelas questões levantadas
pelos alunos é altamente valorizada.
Baseiam-se em fontes primárias de
dados e materiais manipuláveis.
Avaliação da aprendizagem está
interligada ao ensino e ocorre através
da observação do professor sobre o
trabalho dos estudantes.
Diferenças entre as principais teorias
em relação ao:
1. Que é aprendido e como;
2. Que
mantém
comportamento que
aprendido;
o
foi
3. A
maneira
como
solucionamos uma nova
situação-problema
(Transferência
da
Aprendizagem).
Do que é aprendido e como
• As teorias do condicionamento: Aprendemos hábitos,
isto é, aprendemos a associação entre um estímulo e
uma resposta e aprendemos praticando.
• As teorias cognitivista:
Aprendemos a relação
entre ideias
(conceitos) e
aprendemos
abstraindo de nossa
experiência.
Do que mantém o comportamento
que foi aprendido
• As teorias do condicionamento:
O
comportamento
é
mantido
pelo
sequenciamento de resposta.
Ex: Uma resposta é, na verdade um conjunto de
respostas.
• As teorias cognitivista: O que mantém um
comportamento são os processos cerebrais
centrais, tais como a atenção e a memória,
que são integradoras dos comportamentos.
A maneira como solucionamos uma nova
situação-problema
As teorias do condicionamento: Evocamos hábitos
passados apropriados para o novo problema e
respondemos, quer de acordo como os elementos que o
problema novo tem em comum com outros já
aprendidos, quer de acordo com aspectos da nova
situação, que são semelhantes à situação já encontrada.
EX: Quando a criança aprende a dar laço nos sapatos,
saberá dar laço em presentes, no vestido ou na fita do
cabelo.
As teorias cognitivista: Mesmo no
caso de haver toda a experiência
possível com as diversas partes do
problema, como saber todas as
etapas para dar um laço, isso
garante que a solução do problema
seja alcançada.
De acordo com os cognitivistas, o
método de apresentação do
problema permite uma estrutura
perceptual que leva ao insight , isto
é, à compreensão interna das
relações essenciais do caso em
questão.
EX: Quando montamos um quebracabeça e “sacamos” o lugar de uma
peça sem termos feito tentativas
anteriormente.
" É preciso criar pessoas que se atrevam a sair das
trilhas aprendidas, com coragem de explorar novos
caminhos, pois a ciência constitui-se pela ousadia
dos que sonham e o conhecimento é a aventura pelo
desconhecido em busca da terra sonhada".
Rubem Alves
Referências
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Ed.Cortez, 1996.
ELKIND, David. Crianças e adolescentes: ensaios interpretativos sobre Jean Piaget.
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GUEDES, Paulo Coimbra; SOUZA, Jane Mari de. Leitura e escrita são tarefas da
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LÜCK, Heloisa. Pedagogia interdisciplinar: Fundamentos teóricos- metodológicos.
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MOURA, A. M.; Mohlecke, A. M. P. Q. As teorias de aprendizagem e os recursos da
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PINTO, J. & SANTOS, L. Modelos da avaliação das aprendizagens. Lisboa:
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ZOBOLI, Graziela. Práticas de ensino. Ed Ática, 1991.
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