GOVERNOS FHC Estado normal O CERNE DA CRISE Não é verdade que as reformas neoliberais possam resolver o problema da crise brasileira. Elas não atacam a verdadeira causa da crise. Nossa economia não está em crise porque o governo gasta mais do que arrecada, porque a previdência social está desfinanciada, ou qualquer outra coisa do tipo, mas porque as classes altas ou médias têm um tipo de consumo incompatível com o equilíbrio de nossas contas externas. A CRISE A crise atual da economia brasileira consiste precisamente nisso: a revolução tecnológica tornou o parque industrial brasileiro atrasado. Para conseguir as condições de modernizá-lo o país teve que abrir totalmente sua economia ás firmas estrangeiras que detêm as novas tecnologias. Esse processo provocou um enorme déficit, o país endividou-se. A dívida passou do limite aceitável pelos centros do capitalismo financeiro internacional e eles decidiram não refinanciá-la mais. O Brasil teve que bater às portas do FMI para pedir dinheiro emprestado a fim de arrolar a dívida antiga e começar uma dívida nova. COMO? Para dar prova de submissão às regras do mercado globalizado, o Estado terá que gastar menos, o que quer dizer que terá que reduzir os serviços que presta às camadas mais pobres da população, serviços que são uma forma de suplementar a baixíssima renda que elas conseguem com o seu trabalho. LINHAS GERAIS Estabilidade monetária –Plano real Integração no mundo globalização Adequação às regras do FMI e BM – empréstimos versus instituições e regras favoráveis à expansão das empresas transnacionais na região Proximidade com EUA e Europa CONSOLIDAÇÃO DO NEOLIBERALISMO Privatizações = arrecadação de dólares para pagamento da dívida externa BNDES Telesp, Eletrobrás, Vale do Rio Doce Mudança modelo concessão da Petrobrás -1997 Empresas espanholas e portuguesas ESTADO NORMAL Adoção acrítica de uma ideologia imposta pelos centros hegemônicos de poder Eliminação das idéias de projeto e de interesse nacional Encaminhou a destruição do patrimônio e do poder nacional Privatizações =transferências de ativos nacionais para as empresas estrangeiras ESTADO NEOLIBERAL Subserviente= submete-se aos mandos dos centros hegemônicos de poder internacional Destrutivo =dissolve e aliena o núcleo da economia nacional e transfere renda ao exterior Regressivo = reserva para a nação as funções da infância social Diminuição do papel das forças armadas – visão kantiana – assinatura de tratados de desarmanento P.464 Houve, portanto, também no Brasil, adoção acrítica e ideológica do neoliberalismo, que erigiu o Estado normal latino-americano, reproduzindo [...]: aumento da transferência de renda ao exterior, repetidas corridas ao FMI, conversão do comércio exterior de instrumento estratégico de desenvolvimento em variável da estabilidade monetária, regressão do processo de desenvolvimento para dentro, aumento da desigualdade social, desemprego, desnacionalização e desindustrialização. PRINCIPAIS AÇÕES • Mercosul foi uma das prioridades –aumento do fluxo de comércio intra-regional (20% das exportações brasileiras) sem aumento da institucionalidade e sem correção das assimetrias Início das negociações da ALCA -1994 • Inicio do acordo entre UE-Mercosul –1996 Criação de Comissões interministeriais para OMC/ ALCA e UE-Mercosul Formação da OMC e início da Rodada Doha = busca pelo desenvolvimento permanece na agenda • POLÍTICA EXTERNA Ratificação TNP Missão humanitária no Timor Leste CS-ONU Quebra das patentes farmacêuticas quando exigem graves condições de saúde pública (AIDS) – OMS (Brasil versus EUA) Reconhecimento da Corte Interamericana de Direitos Humanos – 1997 Reconheceu o Acordo de serviços e propriedade intelectual - OMC DESAFIOS Contenciosos comerciais Aviões – Bombardier – Canadá e Embraer – Brasil Síndrome da vaca louca e a exportação de carne brasileira Protecionismos agrícolas da União Européia Regime de cambio fixo na Argentina e flexível no Brasil = contenciosos comerciais - Mercosul ITAMARATY Luis Felipe Lampreia (1995-2000) Celso Lafer (linha reforçou a linha de pensamento de FHC) Críticos Celso Amorim Samuel Pinheiro Guimarães Rubens Ricupero 1999 -2002 Crise cambial e 11/09 • • • • • • Repercussão e crise no Mercosul com a alta do real – Argentina principal parceiro econômico Eclosão Crise econômica na Argentina -2001 Formação da CASA, IIRSA 11 de setembro –caça ao terrorismo –invasão do Iraque Inflexão do regionalismo e de novas relações África e China ALCA passa a ser uma oportunidade e não mais um ameaça DADOS ECONÔMICOS Taxa de inflação anual 1983-1992 = 723 1999= 8,9 2000= 6,0 2001 = 7,7 Taxa de crescimento do PIB 1983-1992 = 2,1 1999= 0,8 2000= 4,5 2001 = 1,5 CONSEQUÊNCIAS Reprimarização da economia = agronegócio Desindustrialização Desemprego = aproximadamente 18% Desestatização Balança do comércio exterior – déficit 24,3 bilhões (19952000) Dívida externa – 213,9 bilhões (2002) Baixos índices de IDH NEOLIBERALISMO • • • Collor –alinhamento aos EUA –forte abertura comercial-adesão aos regimes –abandono do desenvolvimentismo - Itamar –contenção do alinhamento e da abertura –expressa pela posição na Rodada do Uruguai – avanço Mercosul FHC –alinhamento e parceria com Europa e EUA, inicia negociação ALCA e Mercosul-UE – privatizações