O neoliberalismo O neoliberalismo é uma doutrina que defende a não intervenção do Estado na economia. Para os neoliberais, o Estado deve permitir a livre concorrência; vender as empresas estatais a particulares (privatização); diminuir os gastos com segurodesemprego, aposentadoria, auxílio-doença e outros direitos trabalhistas; abrir o mercado nacional aos capitais e produtos estrangeiros, facilitando sua entrada no país. Segundo defensores do neoliberalismo, a abertura do mercado à concorrência internacional obrigaria os fabricantes nacionais a melhorar a qualidade e aumentar a variedade de seus produtos, assim como diminuir seus preços, para competir no mercado globalizado. E quem sairia ganhando com isso seria o consumidor, que teria mercadorias mais variadas, melhores e mais baratas. Há, porém, quem critique essa abertura do mercado nacional aos produtos estrangeiros e afirme que isso só favoreceu as grandes corporações multinacionais ou transnacionais e os países ricos. O Brasil aderiu efetivamente ao neoliberalismo a partir do governo Collor (1990-1992), quando ocorreu uma política de portas abertas às importações e iniciou-se um processo de privatização de empresas estatais. Entretanto, é grande o numero de críticos ao neoliberalismo no Brasil. Brasil e Mercosul O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), bloco econômico formado inicialmente por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, foi instituído em 1991, quando os presidentes desses países assinaram o Tratado de Assunção, no Paraguai. Em 1995, grande parte das mercadorias produzidas nos países-membros passou a circular livremente por esses países sem as cobranças de tarifas de importação. Posteriormente, outros países latino-americanos, como Chile e Bolívia, firmaram acordos como Mercosul, envolvendo facilidades de circulação apenas para alguns produtos. Em 2005 a Venezuela integrou-se ao bloco como país-membro. O objetivo é fortalecer os países que o constituem, a fim de aumentar seu poder nas negociações com outros blocos, sobretudo com o NAFTA (EUA, Canadá e México). Em 1994, os EUA, líder do NAFTA, propuseram a criação da Área de Livre Comércio das Américas – ALCA, que visa a completa eliminação das barreiras comerciais entre os países da América exceto Cuba. A partir de 2005, produtos e serviços transitariam pelo continente sem restrições nem impostos. Porém essa proposta encontra sérias resistências nos países latino-americanos. Alguns partidos políticos e movimentos sociais consideram que se aprovada a Alca traria vantagens apenas para os Estados Unidos e se tornaria uma ameaça a soberania dos países latino-americanos. Globalização prós e contras Um dos efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro. No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia com a entrada de produtos importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas. O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que, não só o Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm hoje pela frente: crescer o suficiente para absorver a mão de obra disponível no mercado, além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países periféricos em relação aos desenvolvidos. Cultura brasileira e globalização No aspecto cultural os pontos são mais positivos do que negativos. Com a globalização, os brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das artes, cinema, música, etc. Através da televisão, internet, rádio, cinema e intercâmbios culturais, podemos ficar conectados ao mundo cultural internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao Brasil e tornam nossa cultura mais dinâmica e completa. Por outro lado, a cultura brasileira sofre com essa influência musical e comportamental maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As músicas, os seriados e os filmes da indústria cultural norte-americana vão espalhando comportamentos e gostos que acabam diminuindo, principalmente entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira.