AS PRÁTICAS DE CONTROLE: EDUCAÇÃO E FILOSOFIA Simone Freitas da Silva Gallina1 As sociedades contemporâneas são tributárias da demanda imposta pelos traçados do Capitalismo, traçados nos quais os dispositivos estão orientados para a agregação de novos padrões de “miséria e riqueza” e, conseqüentemente, de submissão e controle. Esta lógica da dinâmica social faz surgir uma máquina cuja eficiência está ancorada no fluxo contínuo e ilimitado de controle: a Educação. Tendo em conta a contribuição filosófica de Deleuze, pretendemos pensar o papel da Educação e da Filosofia circunscritas na sociedade voltada para as práticas de controle dos processos de subjetivação. Palavras chaves: educação, filosofia, controle. O controle Gilles Deleuze aborda, nas Conversações, uma questão importante para pensarmos a relação entre educação e sociedade. Neste texto apresenta os elementos que caracterizam a passagem das sociedades disciplinares, que têm seu apogeu, segundo Foucault, no início do século XX, para as sociedades de controle. As sociedades disciplinares caracterizam-se enquanto formas de organização pautadas pelos grandes meios de vigilância e confinamento dos indivíduos, nas variáveis independentes da massa ou coletivo de uma escola, hospital, fábrica, etc. Neste sentido, podemos compreender, segundo Foucault, que “a vigilância torna-se um operador econômico decisivo, na medida em que é ao mesmo tempo uma peça interna no aparelho de produção e uma engrenagem especifica do poder disciplinar” (1991, p.157). Nestes tipos de sociedades o espaço é o fator determinante, pois elas são antes de tudo espaços de confinamento: “O indivíduo não cessa de passar de um espaço fechado a outro, cada um com suas leis: primeiro a família, depois a escola [...], depois a fábrica, de vez em quando o hospital, eventualmente a prisão, que é o meio de confinamento por excelência” (Deleuze, 1992, p.219). A disciplina pelo confinamento também caracteriza o mundo do trabalho dos indivíduos, nela a fábrica se apresenta como um espaço de concentração, distribuição, ordenação e composição das forças elementares da produção. 2 Mas, ao contrário do que sustentam muitos analistas sociais, “o que se entende por crise das instituições” nada mais é do que “a implantação progressiva e dispersa de um novo regime de dominação” (Deleuze, 1992, p.225). Com o advento da Segunda Guerra mundial, as sociedades disciplinares dão lugar às sociedades de controle: Encontramo-nos numa crise generalizada de todos os meios de confinamento, prisão, hospital, fábrica, escola, família [...]. Reformar a escola, reformar a indústria, o hospital, o exército, a prisão; mas todos sabem que essas instituições estão condenadas, num prazo mais ou menos longo. Trata-se apenas de gerir sua agonia e ocupar as pessoas, até a instalação de novas forças que se anunciam. São as sociedades de controle que estão substituindo as sociedades disciplinares (Deleuze, 1992, p.220). Para Deleuze, nas sociedades de controle os indivíduos são variáveis inseparáveis e não mais independentes, os indivíduos são cifras e, “a linguagem numérica do controle é feita de cifras, que marcam o acesso à informação, ou à rejeição” (Deleuze, 1992, p.222). O controle é modular, suas formas mudam continuamente, a cada instante. Neste sentido a fábrica, enquanto “constituía os indivíduos em um só corpo, para a dupla vantagem do patronato que vigiava cada elemento na massa”, dá lugar à empresa, que “introduz o tempo todo uma rivalidade inexpiável como emulação, excelente motivação que contrapõe os indivíduos entre si e atravessa cada um, dividindo-o em si mesmo” (Deleuze, 1992, p.221). A forma de controle individual torna-se o meio por excelência da eficácia na economia, contrapondo-se ao modelo disciplinar da produção. Contudo, numa sociedade de controle como a empresa, não é mais a produção que determina o acúmulo e o crescimento econômico, mas a capacidade de vender, mesmo que aquele que vende não seja necessariamente aquele que produz: “Não é uma evolução tecnológica sem ser, mais profundamente, uma mutação do capitalismo [...]. Já não é um capitalismo dirigido para a produção, mas para o produto, isto é, para a venda ou para o mercado” (Deleuze, 1992, p.223). Não se trata mais de produzir, mas de vender cursos que ensinam a produzir, esse modelo também vale para o mercado financeiro, que obtém lucro vendendo ações e cotas da produção. A economia da produção dá lugar à economia de papel, onde o controle é um elemento fundamental. A forma de organização dos indivíduos nas sociedades disciplinares se dava mediante a assinatura e o número de matrícula. Enquanto a assinatura indicava o indivíduo, o número de 1 Doutoranda Faculdade de Educação da UNICAMP e Profª. da FAPAS. E-mail: [email protected] 3 matrícula indicava sua posição em relação à massa: “o poder é massificante e individuante, isto é, constitui num corpo único aqueles sobre os quais exerce, e molda a individualidade de cada membro do corpo” (Deleuze, 1992, p.222). Contudo, nas sociedades de controle, o que caracteriza o indivíduo é a cifra e a senha, o indivíduo é uma cifra, uma senha, à medida que ela é a forma pela qual se dão as relações de poder, como no caso do acesso às informações. O sucesso da informação persegue o sucesso do fluxo, da velocidade, razão pela qual é o tempo, e não mais o espaço, o fator fundamental nestas formas de organizações sociais. Uma das características da sociedade disciplinar é que a subjetividade não é mais entendida como algo preestabelecido, mas como um produto social, isto é, a subjetividade é engendrada a partir de um conjunto de práticas no interior das instituições, cujas lógicas distintas protegem parcialmente o indivíduo de outras práticas externas à instituição à qual ele pertence. A lógica e as regras que balizam a vida no interior de uma instituição, própria das instituições modernas, tornam lineares os processos de subjetivação. Com a emergência da sociedade de controle, com a indistinção entre o dentro e o fora, ocorre uma intensificação das práticas de engendramento da subjetividade nos processos de formação social. O desaparecimento dos muros, que serviam para separar e demarcar as lógicas e as regras próprias de cada instituição, intensificam a produção da subjetividade e a disseminam para todo o espaço social, como práticas de controle para dar conta à crise generalizada das instituições. É claro que essa crise generalizada acaba sendo o próprio combustível da produção de subjetivação, imposto pelo (des)controle e pelo esfacelamento das próprias instituições. Neste sentido, a sociedade de controle não se opõe à sociedade disciplinar, mas potencializa os traçados do capitalismo contemporâneo. Controle e educação A escola, enquanto instituição social, expressa o modo de funcionamento da sociedade como um todo, não só do ponto de vista das contradições sociais, mas também do padrão social vigente. Vista como uma instituição social, a escola é sobretudo um reflexo da sociedade e do Estado, mesmo que supostamente conserve uma autonomia frente a estas outras instituições. Com o passar dos anos a educação assumiu um novo papel social, deixou de ser algo exclusivo do Estado, pública e gratuita, passando a ser considerada como um bem que pode ser vendido, um serviço que a escola presta à sociedade e que cobra por isso uma certa remuneração. Neste 4 sentido, estas novas formas organizacionais da escola estão estritamente pautadas por critérios econômicos. Deleuze fala dessa transformação ocorrida na escola como sendo própria de uma sociedade de controle: “No regime das escolas: as formas de controle contínuo, avaliação contínua, e a ação da formação permanente sobre a escola, o abandono correspondente de qualquer pesquisa na Universidade, a introdução da ‘empresa’ em todos os níveis de escolaridade” (Deleuze, 1992, p.225). Ou seja, a mesma lógica da empresa que substitui a fábrica atua na organização e formação escolar. A escola também se torna uma instituição de controle, pois é pelo controle que ela baliza o êxito das suas atividades. Esse modelo empresarial da escola, apontado por Deleuze, mostra a realidade deste tipo de instituição como uma organização prestadora de serviços. Para Marilena Chauí (2003), a gestão, a programação e o planejamento estratégico são elementos complementares numa instituição cujos discursos primam pelo poder econômico, onde o ensino passa a ser sinônimo de investimento e de retorno imediato. Na escola a eficácia organizacional cria uma dinâmica escolar cujo preço a pagar é duplo: por um lado o ensino nela ministrado muitas vezes segue valores e normas distantes da formação e, por outro, acaba criando exigências de avaliação que desembocam numa frenética corrida para a manutenção de padrões externos, alheios a formação educacional que a caracteriza como tal. Quando a intervenção e o controle tornam-se os meios para a consecução dos objetivos, a escola assume a perspectiva de uma entidade operacional: A docência é entendida como transmissão rápida de conhecimentos, consignados em manuais de fácil leitura para os estudantes, de preferência, ricos em ilustrações e com duplicata em CDs. O recrutamento de professores é feito sem levar em consideração se dominam ou não o campo de conhecimentos de sua disciplina e as relações entre elas e outras afins – o professor é contratado ou por ser um pesquisador promissor que se dedica a algo muito especializado, ou porque, não tendo vocação para pesquisa, aceita ser escorchado e arrochado por contratos de trabalho temporários e precários, ou melhor, ‘flexíveis’. A docência é pensada como habilitação rápida para graduados, que precisam entrar rapidamente num mercado de trabalho do qual serão expulsos em poucos anos, pois se tornam, em pouco tempo, jovens obsoletos e descartáveis; ou como correia de transmissão entre pesquisadores e treino para novos pesquisadores. Transmissão e adestramento. Desapareceu, portanto, a marca essencial da docência: a formação (Chauí, 2001, p.191). 5 A formação escolar numa sociedade de controle é substituída pelo modelo da educação permanente ou continuada, pautada pelas “cifras sobre a quantidade e a velocidade dos conhecimentos, as cifras provenientes da publicação de artigos nos quais são apresentadas descobertas científicas” (Chauí, 2003). As cifras que ditam o ritmo da vida escolar, mediante a quantificação e o estabelecimento de uma disputa sobre a produção, expressam a migração dos valores e critérios empresariais para o interior da vida acadêmica. Afirma-se que diante de um mundo globalizado e em transformação constante, a educação permanente ou continuada é uma estratégia pedagógica indispensável, pois somente com ela é possível a adaptação às mudanças incessantes se se quiser manter-se ativo no mercado de trabalho. A educação permanente ou continuada significa que a educação não se confunde com os anos escolares, isto é, a educação deixa de ser preparação para a vida e se torna educação durante toda a vida (Chauí, 2003). Mas qual é o problema com a educação permanente e continuada? Por um lado, essa concepção da educação atrela a formação ao ritmo alucinante da empresa e a subsunção das atividades ao padrão do menor tempo possível. Esta perspectiva da atividade pedagógica já tem reflexos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão dos cursos de graduação e pós-graduação. Por outro, torna a formação educacional refém da lógica do treinamento técnico, com isso a educação passa a assumir um caráter fugaz e obsoleto, passando a ser vista como um meio rápido, porém contínuo, pelo qual são atendidas as expectativas do mercado de trabalho. Pois como afirma Gallo: a educação tem sempre se valido dos mecanismos de controle. Se existe uma função manifesta do ensino – a formação/informação do aluno, abrir-lhe acesso ao mundo da cultura sistematizada e formal-, há também funções latentes, como a ideológica – a inserção do aluno no mundo da produção, adaptando-se ao seu lugar na máquina. A educação assume, desta maneira, sua atividade de controle social. E tal controle acontece nas ações insuspeitas (Gallo, 2003, p.99). Essa efemeridade causa a perda de sentido da formação educacional, transformando a escola numa empresa orientada pelo controle e pela eficácia da produção. Sendo que, em muitas vezes, o modelo capitalista atual não atende ao ingresso de quadros qualificados (egressos de cursos pós-graduação, recém mestres, doutores e pós-doutores), no mercado de trabalho. 6 Atualmente encontramos uma verdadeira falácia acerca da empregabilidade. Pois, como afirma Costa, no artigo Desemprego doutorado: engana-se quem pensa que o desemprego está diretamente relacionado à falta de acesso à educação formal. Embora os órgãos oficiais se refiram à mão-de-obra ociosa como pessoas de ‘baixa empregabilidade’, dando a falsa impressão de que a falta de qualificação é a principal causa do desemprego, a realidade é outra. O número de profissionais formados com nível máximo de titulação (doutorado) sem espaço para atuar no mercado está aumentando no país (2004, p.38). É a partir, segundo Hardt, do que define a sociedade mundial de controle enquanto efetiva corrupção, esfacelamento das instituições, que fica evidente que as instituições no atual modelo capitalista desenvolvem os mecanismos de controle numa velocidade de tal magnitude que possibilita o constante desmoronamento dos muros das instituições. “A estrutura institucional do império é como um programa de computador que conteria um vírus, de forma que ele modularia e corromperia continuamente as formas institucionais que o cercam” (Hardt, 2000, p.370). A adoção de medidas institucionais que privilegiam uma atividade tipicamente empresarial, a saber, a venda de programas que ensinam como se deve ensinar e, conseqüentemente, o abandono daquelas atividades que caracterizam o fazer escolar, talvez sejam indícios do predomínio da lógica do capital na educação. Os dispositivos de controle e a filosofia O computador é a máquina de controle por excelência, ele é máquina de curto prazo e de rotação rápida, contudo, a duração do fluxo é contínua e ilimitada. Nesse sentido ele se diferencia das máquinas energéticas, cuja rotação longa era acompanhada por um fluxo descontínuo e limitado. É fácil corresponder a cada sociedade certos tipos de máquina, não porque as máquinas sejam determinantes, mas porque elas exprimem as formas sociais capazes de lhes darem nascimento e utilizá-las. As antigas sociedades de soberania manejavam máquinas simples, alavancas, roldanas, relógios; mas as sociedades disciplinares recentes tinham por equipamento máquinas energéticas, [...] as sociedades de controle operam máquinas de uma terceira espécie, máquinas de informática e computadores (Deleuze, 1992, p. 223). 7 É interessante observar que o aperfeiçoamento das máquinas da terceira espécie, os supercomputadores, serve para tornar real uma forma mais sofisticada de controle, ou seja, “as formas sociais do tempo e do saber que hoje nos parecem ser mais naturais e incontestáveis baseiam-se, na verdade, sobre o uso de técnicas historicamente datadas, e portanto transitórias” (Lévy, 1993, p.87). Contudo, tal tecnologia da inteligência e da comunicação, própria de uma civilização informatizada, ameaça os referenciais da história cultural. Essa tecnologia da inteligência, introduzida pelo uso do aparato da informática, conduz as novas gerações a formas mais sofisticadas de controle, nas quais os processos de subjetivação são mais eficientes. É a partir desse elemento, caracteristicamente contemporâneo da sociedade, que cabe ao filósofo tanto estabelecer a cartografia na qual está inserido o fazer filosófico, quanto estabelecer as linhas de fuga dos territórios em que o que está em jogo é o controle do tempo e sua relação com uma certa produtividade. A tarefa filosófica não pode prescindir da sociedade e daquilo que a constitui contemporaneamente. Contudo, há que se determinar o modo como ela pode obter êxito em tais circunstâncias sociais. Encontramos no texto deleuziano Nietzsche e a filosofia a indicação da necessidade de constituir uma ‘cultura’, para que o pensamento estabeleça a ‘seleção’, a ‘violência’ capaz de fazer o pensamento pensar as forças reativas. A partir da possibilidade do Acontecimento tornar o pensar uma atividade do próprio pensamento, é que para Nietzsche se torna necessário que o filósofo abandone os disfarces (‘funcionário da história’...), pois “se a tarefa crítica da filosofia não é ativamente retomada em cada época, a filosofia morre e com ela a imagem do filósofo e a imagem do homem livre” (Deleuze, 1976, p.88). Mas se a filosofia, como diz Deleuze, “não serve nem ao Estado nem à Igreja que têm outras preocupações. Não serve a nenhum poder estabelecido” (1976, p.87), então, para que serve a filosofia nas sociedades de controle? É interessante observar que a presença da filosofia nas sociedades de controle, pode potencializar a sua atividade tomando como ponto de partida aquilo mesmo que constitui tal sociedade, a saber, a realidade virtual, realidade própria da maquinaria de controle. Para isso é preciso reconhecer a primazia da virtualidade, a primazia daquele que utiliza a realidade virtual e se envolve num processo de exploração, sobre aquele que somente utiliza a obra impressa e se dedica à leitura (cf. Lévy, 1997, p.24). Na atividade filosófica há uma significativa distância entre os processos que envolvem o meio impresso e a realidade virtual, distância esta que faz da atividade filosófica uma atividade criadora e, conseqüentemente, desmistificadora dos valores 8 sociais vigentes na sociedade de controle. Pois, as condições de inserção do fazer propriamente filosófico requerem a realidade do material virtual e a sua exploração. Se há um sentido em se perguntar sobre a tarefa da filosofia, a resposta parece ser de que à filosofia, enquanto atividade de pensar o impensado, cabe a tarefa de desmistificação das ficções criadas pela sociedade de controle. Pois é a partir da instauração de um processo de formação cultural, que a filosofia se afirma contra a produção e reprodução da ‘tolice’. Mesmo que a modulação do tempo, enquanto dispositivo da sociedade de controle, erga pretensões de um controle absoluto, as fissuras neste pretenso bloco mostram que o controle ainda não se efetivou na sua totalidade. Ainda há espaço para a criação de linhas de fuga. Territórios de criação dentro dos próprios dispositivos de submissão, os quais permitem ir contra todas as forças que ao nos atravessarem, nos querem fracos, tristes, servos e tolos. Bibliografia CHAUI, Marilena. A universidade pública sob nova perspectiva. ANPEd, out. 2003. Disponível em: http://www.anped.org.br/26/marilenachauianped2003.doc ___. Escritos sobre a Universidade. São Paulo: Unesp, 2001. COSTA, Vera Rita da. Desemprego doutorado. Ciência hoje. Rio de Janeiro, v. 34, n.201, jan./fev. 2004. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs. Capitalismo e esquizofrenia. Tradução Peter Pál Pelbart e Janice Caiafa. São Paulo: Editora 34, 1997. v.5. DELEUZE, Gilles. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1992. ___. Nietzsche e a filosofia. Tradução Edmundo Fernandes Dias e Ruth Joffily Dias. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. História da violência nas prissões. 9.ed. Tradução de Lígia M. Ponde Vassallo. Petrópolis: Vozes, 1991. GALLO, Silvio. Deleuze & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. HARDT, Michael. A sociedade mundial de controle. In: ALLIEZ, Éric (Org.). Gilles Deleuze: uma vida filosófica. Tradução Maria Cristina Franco Ferraz. São Paulo: Editora 34, 2000. p. 357-372. LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. ___. Ideografia dinâmica. Para uma imaginação artificial? Lisboa: Instituto Piaget, 1997.