CORPO DOCENTE

Propaganda
Nº
CAPA
1.
SINOPSE
O que é pensar?", eis a questão orientadora deste livro, que, pelas linhas de força
da filosofia de Gilles Deleuze, responde-a: pensar é uma violência sobre as
faculdades. Resposta inspirada, sobretudo, na obra Diferença e repetição, cujo tema
kantiano do conflito entre as faculdades é o lugar de explicação desse leitmotiv que
atravessa a filosofia de Deleuze e que pode violentar o pensamento sobre o ensino
de filosofia em seus diferentes níveis. Tratar da violência sobre as faculdades
implica estabelecer uma doutrina das faculdades, o que, conforme Deleuze, só pode
ser feito por meio de um empirismo transcendental. O livro defende que Deleuze
produziu sua própria doutrina nas obras anteriores à Diferença e repetição, em seus
escritos monográficos, obras nas quais desenvolveu as bases do seu programa
filosófico quando procurou engendrar a gênese do pensar, isto é, fazer a descrição
genética das condições de efetividade da experiência, edificando uma teoria
diferencial das faculdades. Desenvolvimento levado a termo na conjunção: com
Nietzsche, Kant, Proust, Sacher-Masoch e na intersecção entre Filosofia e Arte e
Ciência, formas do pensamento ou da criação que só existem mediante
experiências-limites, quando o pensamento e as demais faculdades são abaladas
por forças heterogêneas a elas, tornando-as sensíveis ao impensado. Conceber o
ensino de filosofia a partir do sentido produzido por Deleuze para esse problema "O que é pensar?" - requer, portanto, privilegiar as relações agonísticas presentes
nas três formas de pensamento e embaralhá-las de modo que delas se possa extrair
novos movimentos de pensamento, de escrita e de possibilidades de existência.
HEUSER, Ester Maria Dreher.
Pensar em Deleuze: Violência e
Empirismo no Ensino de Filosofia.
Ijuí (RS) : Edunijuí, 2010, 192p
Download