Dia Internacional do Trabalho

Propaganda
Dia Internacional do Trabalho
* Paulo Fernando dos Santos (Paulão)
No próximo dia 1º de maio – Dia Internacional do Trabalho – o Partido dos
Trabalhadores (PT), juntamente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) de
Alagoas, realizarão diversas atividades comemorativas à data, na Praça Santa Isabel (na
Chã da Jaqueira), Praça Padre Cícero (Vergel do Lago), Praça da Caixa D’Água
(Tabuleiro do Martins), com início marcado para as 19h e encerramento à meia noite e
shows com cantores da terra. Na praia da Pajuçara, a atividade também contará com a
presença de vários setores da sociedade civil organizada e acontecerá a partir das 9
horas.
As comemorações ao Dia Internacional do Trabalho tiveram início em Chicago,
nos EUA, no dia 1º de maio de 1886, quando milhares de trabalhadores foram às ruas
protestar contra a falta de condições de trabalho. As greves foram fundamentais para as
conquistas dos trabalhadores, pois além da atitude reacionária dos patrões, havia uma
forte repressão policial contra qualquer iniciativa orientada pelo objetivo de organizar e
mobilizar os trabalhadores em defesa dos seus direitos e interesses.
Em 1885, foi criada a Federação dos Grêmios e Sindicatos Operários, nos
Estados Unidos, obra de lideranças operárias inspiradas por idéias anarquistas e
socialistas. Sua primeira resolução foi convocar uma greve geral em todo o país para o
dia 1º de maio de 1886. A greve eclodiu com força no dia 1º de maio de 1886. Em
diversas cidades dos EUA a paralisação foi contemplada com comícios e mobilizações
dos trabalhadores industriais.
De acordo com a história, os edifícios das fábricas eram inadequados, com
ambientes fechados, insalubres, mal iluminados. Não havia segurança no trabalho,
causando constantes acidentes e muitos produtos utilizados faziam danos à saúde. Os
trabalhadores não gozavam de direitos ou amparo social (como assistência médica,
aposentadorias, pensões, entre outros direitos), estando sujeitos a multas e castigos.
As condições de trabalho no mundo eram indecentes, os salários eram
miseráveis, as jornadas exaustivas da lida diária desumanas, e a exploração do trabalho
infantil caracterizavam a vida nas fábricas norte-americanas em meados do século XIX,
repetindo o "modelo" de relações sociais vigente na fase inicial do capitalismo inglês. A
jornada de trabalho era superior a 12 horas diárias, imposta à margem da lei.
Os 350 mil operários das fábricas de Chicago cruzaram os braços, e
aparentemente surpreendidos, patrões e governo deixaram que o movimento
transcorresse pacificamente. No entanto, no dia seguinte, a polícia entrou em choque
com os grevistas numa pequena cidade vizinha de Chicago, deixando um saldo de nove
mortos, conforme conta a história.
Nos dias atuais, o trabalho escravo ainda faz parte da realidade, principalmente
com relação aos trabalhadores rurais do Brasil. Vez por outra, vemos notícias nos
jornais e na televisão a respeito do assunto, denunciando essa prática que deve ser
condenada sempre. Mas no geral os trabalhadores, principalmente os brasileiros, já
contam com direitos garantidos na Constituição, embora em muitos casos ainda tenham
de lutar por melhorias nos locais de trabalho, e para assegurar os seus direitos
garantidos na lei que ainda não são postos em prática por alguns patrões. Muito há que
ser melhorado, mas no Brasil estamos vivendo dias melhores e com condições
melhoradas de trabalho.
* Deputado estadual, presidente regional do Partido dos Trabalhadores e
presidente da Comissão dos Direitos Humanos na Assembléia Legislativa - ALE
Download