Setor 24 - Imunorregulação 24.001 TRATAMENTO COM FTY720 AUMENTA A SOBREVIDA DO ALOENXERTO DE PELE. Fantini, M. *; Lima, R. S. M. *; Silva Junior, H. T.; Pestana, J. O. M.; Bueno, V.; Comitê de Ética, UNIFESP; Medicina, UNIFESP. Objetivo: Tem sido proposto que decréscimo no número de linfócitos do sangue periférico durante a administração de FTY720 seria o responsável por seu efeito imunossupressor. Assim, nossos objetivos foram: a)estudar o efeito do tratamento com FTY720 no transplante de pele em linhagens de camundongos incompatíveis; b)avaliar o número de linfócitos em diferentes sítios no 5 o dia póstransplante. Métodos e Resultados: Camundongos C57BL/6 e BALB/c foram utilizados como doador e receptor respectivamente. Os receptores receberam por gavagem a administração de 1mg/kg/dia de FTY720. A droga foi administrada por 4 dias consecutivos com início um dia antes do transplante. º transplante foi realizado com um segmento da cauda do doador implantado no dorso do receptor. Os animais do grupo sobrevida foram acompanhados diariamente para verificação do dia da rejeição, enquanto nos outros grupos, os animais foram sacrificados no dia 5 para a obtenção do número de linfócitos nos seguintes sítios: baço(1), linfonodo mesentérico (2), inguinal(3) e axilar(4). Resultados: FTY720 aumentou a sobrevida do enxerto de pele de 12,6+2,2 para 16,6+4,2 dias. Número de linfócitos (x106) 1 2 3 4 Sem Tx 49,7+2,1 26,3+3 4,2+0,7 3,7+0,3 Isogênico 57,1+1,5 33,7+2,2 4,4+1,1 4,8+1,2 Alogênico 67,2+6 36,8+2,1 6,4+1,4 6,3+0,7 TX+FTY 56+7,2 39,6+4,6 6,5+0,2 6,8+0,2 Conclusões: FTY720 aumentou a sobrevida do aloenxerto de pele numa combinação totalmente incompatível quando administrado por 4 dias na dose de 1mg/kg/dia. A diminuição no número de linfócitos no baço pode ter sido a causa desse aumento de sobrevida do aloenxerto. Apoio Financeiro: UNIFESP 24.002 AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE NO LINFONODO DRENANTE APÓS TRANSPLANTE DE PELE. Fantini, M. *; Lima, R. S. M. *; Pestana, J. O. M.; Bueno, V.; Comitê de Ética, UNIFESP; Medicina, UNIFESP. Objetivo: Os órgãos linfóides secundários são essenciais para a iniciação da resposta imune a transplante de pele. A expressão de ICAM-1 interfere com o tráfego de linfócitos para os linfonodos drenantes mas não interfere com o recrutamento para a região do enxerto. A avaliação do status imune no linfonodo poderia antecipar o diagnóstico de rejeição. Nossos objetivos foram avaliar a cinética do aumento do número de linfócitos no linfonodo axilar drenante após o transplante de pele além de investigar a expressão de ICAM-1 nos linfócitos provenientes desse linfonodo. Métodos e Resultados: Camundongos BALB/c foram transplantados com pele da cauda de camundongos C57BL/6 para avaliação da sobrevida do enxerto. Os linfonodos axilares foram removidos do dia 1 ao 12 pós-transplante para contagem do número de linfócitos e avaliação da expressão da molécula ICAM-1 por citometria de fluxo. A sobrevida do aloenxerto de pele foi de 12+0,63 dias. O número de linfócitos aumentou nos linfonodos axilares nos dias 4, 5, e 10 póstransplante (5,0+0,9x106; 5,4+1,7x106; e 7,4+1,4x106 respectivamente). A expressão de ICAM-1 nos animais controle ocorreu em 78,2+5,2% dos linfócitos provenientes do linfonodo axilar. A expressão de ICAM-1 aumentou nos animais transplantados a partir do dia 5 (97,8+1,5%) e assim se manteve até a data de rejeição (dia +12 = 95,3+1,5%). As alterações histológicas do enxerto foram evidentes a partir do dia 10. Conclusões: Nossos resultados sugerem que a avaliação dos linfonodos drenantes com base no número de linfócitos e expressão de ICAM-1 pode auxiliar no diagnóstico precoce do processo de rejeição. Apoio Financeiro: UNIFESP 24.003 IMUNOGENICIDADE DE PROTEÍNAS DO CAPSÍDEO DO CPSMV. Beserra Júnior, J. E. A. *; Florindo, M. I.; Lima, M. S.; Bioquímica e Biologia Molecular, UFC. Objetivo: Estudar a capacidade imunogênica de proteínas do capsídeo do CPSMV ministradas a camundongos Swiss através das vias oral, nasal e subcutânea. Métodos e Resultados: Após purificação e análise do perfil eletroforético em sistema SDS-PAGE das proteínas do capsídeo viral, foram reveladas três frações protéicas com massas moleculares estimadas em 43, 23 e 21 kDa. As proteínas do capsídeo, na sua forma nativa (10 mg), foram ministradas pelas vias oral ou nasal a grupos de 8 camundongos Swiss fêmeas com 8 semanas de idade durante 10 dias consecutivos. As frações protéicas de 43 e 23 kDa, eluídas do gel, foram utilizadas para imunização subcutânea juntamente com imunoadjuvante Marcol. Reforços foram dados 21 e 35 dias após o início da imunização. Resultados: O CPSMV induziu resposta imunológica, evidenciada por testes de imunodifusão dupla e quantificada pela síntese de anticorpos séricos específicos através de ELISA indireto: Conclusões: Não foi necessário o uso de adjuvantes nas imunizações oral e nasal. O CPSMV induziu síntese de anticorpos séricos específicos quando ministrado pelas vias oral e nasal na sua forma nativa. Ambas as frações protéicas de 43 e 23 kDa do capsídeo viral induziram a síntese de anticorpos específicos quando ministradas isoladamente pela via subcutânea. Não foi detectada síntese de anticorpos específicos contra as proteínas da planta. Apoio Financeiro: CNPq 24.004 EFEITO DO CHOQUE TÉRMICO NA VIABILIDADE DE MACRÓFAGOS EXPOSTOS POR PERÍODO PROLONGADO AO LPS E IFN- Prestes-Carneiro, L. E. **; Oliveira, S. I. de **; Jancar, S.; Imunologia, UNOESTE; Imunologia - ICB IV, USP. Objetivo: O óxido nítrico (NO) é produzido por macrófagos expostos ao LPS e/ou IFN- podendo causar apoptose e morte celular. Por outro lado, as proteínas de choque térmico (HSPs), especialmente a HSP70 têm função citoprotetora contra diferentes tipos de estresse celular inclusive o causado por NO. Objetivo: Neste trabalho, investigamos o efeito do choque térmico na viabilidade de macrófagos expostos ao NO gerado por estimulação com LPS/IFN-ou ao NO exógeno fornecido por doador. Métodos e Resultados: Macrófagos (MO) J774 foram submetidos ou não a 43 oC por 30 min e depois de 8 h de recuperação foram estimulados com LPS e IFN-. A concentração de NO e a viabilidade celular foram medidos depois de 48 h pelo método de Griess e pelo ensaio de redução do MTT. Resultados: O estímulo pelo LPS (0,01 a 20 g/ml) não afetou a viabilidade celular. Entretanto, a estimulação com LPS de MO ativados com IFN- diminuiu significativamente a viabilidade (98,63±2,43 x 82,13±2,77 na dose de 0,01g de LPS), e induziu a síntese de NO (31,18±1,35). A inibição da síntese de NO pelo L-NAME restaurou a viabilidade dos macrófagos. A adição de um doador de NO (SNP) aos macrófagos diminuiu a viabilidade. O choque térmico não afetou a viabilidade dos macrófagos ativados com IFN-/LPS mas aumentou a viabilidade dos macrófagos submetidos ao SNP (aumento de 2,2 vezes com 100 M de SNP). Conclusões: O choque térmico não protege os macrófagos dos efeitos citotóxicos do NO gerado endogenamente pela ativação com IFN-/LPS mas protege as células dos efeitos citotóxicos induzido pela liberação aguda de altas concentrações do NO gerado pelo SNP. Apoio Financeiro: FAPESP, CNPq 24.005 THE PROTECTIVE EFFECT OF Kalanchoe Pinnata AGAINST MURINE ANAPHYLAXIS IS ASSOCIATED WITH DOWN-MODULATION OF TNF-AND IL-5. Cruz, E. dos A. da *; Falcão, C. A. B. *; Frazão Muzitano, M. *; Costa, S. S.; Bergmann, B. R.; Biofísica CCS, UFRJ; Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ; Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ. Objetivo: We have previously demonstrated that the immunosuppressive and the antileishmanial activity of the aqueous extract of Kalanchoe pinnata (Kp) in mice was associated with decreased TH2 responses. Here, we investigate the effect of Kp on an extreme allergic reaction (anaphylactic shock) in mice with emphasis on the production of proinflammatory and proallergic cytokines by mononuclear leucocytes. Métodos e Resultados: BALB/c mice(n=5) were sensitized by two subcutaneous (s.c) injections with 100g ovalbumin (OVA) plus Complete Freund Adjuvant with a 7-day interval on the base of the tail. Seven days after the second dose, the animals were challenged with a s.c. injection with 50g OVA in the footpad. Drug treatment started on the same day as immunization: A) 8mg of Kp by oral route, daily; B) 2 mg of Kp by intraperitoneal(i.p.) injection on the days 0,1,3,7,8,10 and 14; C) 0.25mg of CyclosporinA by i.p. injection on days 0,1,3,7,8,10 and 14. Controls were left untreated or were naive mice. On challenge, various physiological parameters for anaphylaxis were recorded and the animals were sacrificed for removal of lymph node cells which were restimulated in vitro for 48h for assessment of cytokine production in the cell supernatants.The results showed that oral treatment with Kp effectively inhibited the paw edema and cyanosis in OVAchallenged mice. A significant decrease on IL-5 and TNF- and to a lesser extent IL-10 and IL-4 production upon in vitro antigen restimulation was observed. The same findings were seen on Cyclosporin A-treated animals. Conclusões: We conclude that Kp is a potent suppressor of anaphylactic shock, and that this effect may be associated with its capacity to decrease the production of both proinflammatory (TNF-) and proallergic (IL-5) cytokines. Apoio Financeiro: CNPq, PIBIC 24.006 CHARACTERIZATION OF MANNAN-VANADIUM (IV) COMPLEXES AND THEIR MODULATORY EFFECT ON PERITONEAL MACROPHAGES. Noleto, G. R.; Mercê, A. L. R. M.; Lacomini, M.; Gorin, P. A. J.; Oliveira, M. B. M.; Biochemistry and Molecular Biology, UFPR; Bioquímica, UFPR; Química Orgânica e Inorgânica, UFPR. Objetivo: The complexation of a galactomannan isolated from the lichen Ramalina celastri with vanadyl (VO), was demonstrated to drastically modify the effect of the polymer on peritoneal macrophages and Leishmania parasite (Mol. Cel. Biochem. 233: 73-83, 2002). Our objective was to evaluate the ability of baker’s yeast mannan (MPOLY) to form complex with vanadyl ion. Methyl -Dmannopyranoside (MM) was also used as a model molecule. Métodos e Resultados: The interaction of the carbohydrates with vanadyl ion was examined using potentiometric titration and infrared spectroscopy. The potentiometric studies provided the binding constant for the complex and the resulting complexed species were a function of pH. FTIR spectra contained a sharp and strong band at 1381 cm-1 and 1382 cm-1 for MM-VO and MPOLY-VO respectively, absent in non-complexed spectra. Macrophages isolated from swiss mice were used to evaluation the biological activity. Toxicity assay was performed using a MTT reagent and superoxide anion production was measured by cythochrome c reduction. For measurements of nitric oxide production, macrophages were incubated with MPOLY, MPOLY-VO or MM-VO. After 48 h, NO production was assessed by measuring nitrite in the culture medium using the Griess reaction. In contrast to free carbohydrates, MPOLY-VO and MM-VO were highly toxic to macrophages. The mannan and its complexes with vanadyl ion lowered superoxide anion production in macrophages triggered with PMA. MPOLY enhanced nitric oxide production (55%), this effect not being observed for MPOLY-VO as well as MM and MM-VO. Conclusões: The chemical modification of MPOLY by the complexing vanadyl ion gives rise to a polymer (MPOLY-VO), which was effective at 100 fold lower concentration than with MPOLY. Considering the interference of the mannan on NO and superoxide anion production, it can be suggested that this polymer exhibited properties as a modulator of macrophage functions. 24.007 CONCENTRAÇÃO ANTIGÊNICA, SOROLOGIA E MORFOLOGIA da mucosa intestinal NO MODELO MURINO DE INFLAMAção INTESTINAL CRÔNICA ANTÍGENO ESPECÍFICA. Pedruzzi, M. de M. B.; Campos, S. M. N. **; Teixeira, G. A. P. B. **; Andrade, L.; Imunobiologia, UFF. Objetivo: Avaliar as repercussões do tratamento com dieta enteral suplementada com diferentes concentrações antigênicas, nos níveis de anticorpos e na morfologia intestinal de camundongos portadores de inflamação intestinal crônica antígeno específica (Arachis hypogea) - IICAE. Métodos e Resultados: Camundongos machos, C57Bl/6J imunizados e expostos a uma dieta exclusiva de amendoim in natura, por 30 dias, apresentam títulos de anticorpos específicos elevados (2.12±0.14) e uma morfologia da mucosa tipicamente inflamada (atrofia vilositária e relação de enterócito: monócito 2:1) caracterizando a IICAE. O tratamento destes foi com dieta enteral polimérica normo - (16%) ou hiper (21%) protéica pura ou acrescida de amendoim nas concentrações de 0,5%, 1%, 5% e 10%. A sorologia foi avaliada por ELISA e os parâmetros histológicos utilizados foram: a relação enterócitos:monócitos e altura:largura das vilosidades. Analisados por ANOVA e o teste de Tukey. Resultados: Os animais imunes cujo tratamento dietético foi a manutenção do amendoim (controle +) mantiveram títulos de Ac séricos elevados (2.12±0.14), já os grupos tratados com ração (1.58±0.09) dieta enteral hiperproteica pura ou suplementada com 0.5% (1.14±0.37), 1% (1.34±0.14) e 5% (1.46±0.24) de amendoim mostraram uma diminuição significativa (p<0.05) em relação ao grupo com suplementação de 10% de amendoim (1.94±0.35) e ao controle +. No tratamento com a dieta normoproteica, observamos que somente as concentrações de 0.5% (1.63±0.33) e 1% (1.67±0.51) apresentaram diminuição significativa dos anticorpos séricos p<0.05. As demais concentrações, 5% (2.14±0.20) e 10% (2.28±0.37) mantiveram sorologia semelhante ao controle +. Diferente da sorologia, apenas os grupos tratados com ração e com as dietas enterais puras apresentaram tendência à recuperação nos aspectos morfológicos, tanto na atrofia vilositária como da relação enterócito:monócito. Os demais grupos, independente do tipo de dieta enteral e quantidade de amendoim mantiveram a morfologia da mucosa semelhante ao controle +. Conclusões: Embora, o uso de dieta enteral seja descrito como tratamento para as inflamações intestinais, na pratica clínica, e tenhamos observado uma diminuição dos títulos de anticorpos séricos específicos com seu uso, não observamos uma melhora dos aspectos morfológicos correspondentes. Apoio Financeiro: CNPq 24.008 ANÁLISE DO EFEITO DE DESENVOLVIMENTO DE TOLERÂNCIA A LIPOPOLISACARIDE (LPS) SOBRE A MORTALIDADE PRODUZIDA POR LIGADURA E PUNÇÃO CECAL. Goloubkova, T. **; Velasco, I. T.; Vieira Barbeiro, H. **; Soriano, F. G.; Clínica, FMUSP; Clínica Médica, FMUSP; Clínica Médica - FMUSP, USP; Emergências Clinicas - FMUSP, USP. Objetivo: A tolerância a LPS induz a uma redução na produção de TNF e óxido nítrico e um aumento na produção de IL-1. A mortalidade a uma dose letal subsequente de LPS é intensamente reduzida. Contudo, a literatura não tem estudado o efeito da indução de tolerância a LPS sobre a evolução de sepse produzida por bactérias vivas. Neste estudo analisamos se conseguimos desenvolver o modelo de tolerância de forma adequada, e posteriormente verificamos qual o impacto da tolerância sobre a sepse por ligadura e punção cecal (CLP). Métodos e Resultados: Animais – 60 camundongos balb/c machos, 6 a 8 semanas Desenvolvimento de tolerância a LPS – foram injetados em subcutâneo 0,5 mg/Kg de LPS por 5 dias, deixados dois dias sem desafio com LPS e depois realizados os experimentos. Para confirmar que esta forma desenvolve tolerância, comparamos a mortalidade perante duas diferentes doses letais de LPS. Usamos em um grupo 20 mg/Kg intraperitoneal, onde observou-se 80% de mortalidade no grupo controle enquanto que o grupo tolerante apresentou mortalidade de 30% (Teste de Fisher p< 0,05). Também testamos uma dose de 40 mg/Kg, onde a mortalidade do grupo controle foi de 100% e o grupo tolerante foi de 50%. Isto confirmou a efetividade do modelo empregado. A seguir foi realizado CLP, os animais foram anestesiados com Quetamina (100mg/Kg) e Xylasina i.p., foi realiazada incisão abdominal mediana de 1 cm e exposto o ceco, este foi ligado com fio 2-0 de algodão e perfurado com agulha 30x7 ou 18x3,8. Os animais foram observados até despertarem e posteriormente mantidos no biotério, onde foram acompanhados a cada 8 horas. Observamos que a mortalidade foi reduzida nos animais tolerantes (40% a 80%) em comparação com grupo controle (sempre de 100%) (Teste de Fisher p< 0,05). Contudo, os animais onde se realizou dois furos com agulha 30x7, houve 100% de mortalidade em ambos os grupos, sendo que os tolerantes morrem primeiro que os controle. Conclusões: O modelo empregado foi eficiente em desenvolver tolerância. Os animais tolerantes a LPS tem reduzida mortalidade perante sepse por bactérias vivas (CLP). Porém perante um modelo muito severo de sepse os tolerantes evoluem para óbito mais rapidamente. Apoio Financeiro: FAPESP 24.009 DIFERENCIAÇÃO DE LINFÓCITOS B EM ANIMAIS “KNOCK-OUT” PARA GALECTINA-3 Oliveira, F. L. de **; Balduino, A. **; Chammas, R.; Cury El-Cheikh, M.; Borojevic, R.; Histologia, UFRJ; Histologia e Embriologia, UFRJ; Histologia e Embriologia - BL F, UFRJ; Disciplina de Oncologia, USP. Objetivo: A galectina-3 (gal-3) é uma lectina que se localiza principalmente na matriz extracelular (MEC), regulando processos fisiológicos que dependem de interações célula-célula e célula-MEC. Estudos anteriores demonstraram que a gal-3 atua na diferenciação de células mielóides. Entretanto, poucos trabalhos relatam o papel desta lectina na diferenciação linfóide. Assim, passamos a estudar os possíveis mecanismos celulares e moleculares envolvidos na maturação de linfócitos B, regulados pela gal-3 mediante uma situação inflamatória. Métodos e Resultados: Animais selvagens (WT) e “knock-out” (KO) para gal-3 foram infectados pelo Schistosoma mansoni e sacrificados após 50 dias (fase aguda) e 90 dias (fase crônica). As células foram dissociadas mecanicamente a partir da medula óssea (MO), baço (Ba), gânglios mesentéricos (GM) e cavidade peritoneal (CP). Após quantificadas, as células foram anlisadas morfologicamente por microscopia óptica. Por citometria de fluxo, avaliamos fenotipicamente as subpopulações celulares, utilizando os marcadores B220, gal-3, CD5 e Mac-1. As imunoglobulinas séricas foram dosadas por ELISA. As culturas de longa duração (Whitlock-Witte [WW] e Dexter) foram estabelecidas a partir da população total de MO, Ba e GM. Detectamos por citometria de fluxo que 85% das células B220high são gal-3 positivas, em todos os órgãos WT avaliados. Na CP, 90% dos linfócitos B-1 (B220low e CD5+) expressam gal-3 na sua superfície. Nos animais KO encontramos uma redução no número de linfócitos B220 + em todos os órgãos analisados, quando comparados com os animais WT. Por microscopia óptica, observamos um aumento significativo de plasmócitos no Ba e nos GM dos animais KO normais e infectados, acompanhados de um aumento na concentração de diferentes isotipos de imunoglobulinas (IgG e IgE). Em culturas de WW, não detectamos diferenças morfológicas entre as células estromais WT e KO. Entretanto, no sistema de cultura de Dexter, não observamos células acumuladoras de lipídios nos cultivos de células estromais da medula óssea KO, ao contrário dos animais WT. Conclusões: Nossos resultados sugerem que a gal-3 pode regular a geração de plasmócitos. Sua ausência acelera o processo de diferenciação de linfócitos B. Nas culturas de longa duração, o fenótipo das células estromais medulares KO, mantidas em meio de Dexter, sugerem que a ausência de células acumuladoras de lipídios, fundamentais para a diferenciação mielóide, podem favorecer a linfopoese B. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FAPERJ, Inst. Milênio Bioeng. Tecidual 24.010 TOXOPLASMA GONDII PODE IMPEDIR NEURODEGENERAÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) INIBINDO A PRODUÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO Rozenfeld, C. **; Martinez, R. **; Figueiredo, R. T. *; Bozza, M. T.; Souza Lima, F.; Pires, A. L. de A.; Silva Martins, P.; Vieira, J. L.; De Souza, W.; Moura-Neto, V.; Farmacodinâmica, FIOCRUZ; Farmacologia Aplicada, FIOCRUZ; Fisiologia e Farmacodinâmica, FIOCRUZ; Imunologia, FIOCRUZ; Anatomia - CCS, UFRJ; Anatomia ICB - CCS, UFRJ; Instituto Biofísica Carlos Chagas Filho - BL. C, UFRJ; Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ. Objetivo: A manutenção de uma infecção benigna, crônica, causada por T. gondii depende principalmente da presença persistente de IFN-g no sistema nervoso central (SNC). Entretanto, células microgliais ativadas por IFN-g, envolvidas no controle da infecção, estão paradoxalmente relacionadas a injúria tecidual em extenso número de patologias envolvendo o SNC. Apesar da intensa produção de óxido nítrico (NO) pela microglia ativada por IFN-g oferecer um alto potencial neurotóxico, neurodegeneração não é uma característica comum à infecção crônica em pacientes imunocompetentes. A investigação de mecanismos neuroprotetores presentes no SNC durante a infecção, é o principal alvo desse estudo. Métodos e Resultados: Nesse trabalho descrevemos uma significante inibição da produção de NO pela microglia ativada, na presença de meio condicionado de astrócitos infectados. Tal inibição de NO ocorreu paralelamente à recuperação do crescimento neurítico em coculturas de neurônios sobre células microgliais ativadas por IFN-g. A modulação da produção de NO e o efeito neuroprotetor mostrou ser dependente da produção de prostaglandina E2 pelos astrócitos infectados e de uma produção autócrina de IL-10 pela microglia. Tais efeitos foram parcialmente eliminados quando astrócitos infectados foram simultaneamente tratados com aspirina ou quando as coculturas neurôniomicrogliais foram tratadas com anticorpos neutralizantes anti IL-10, ou RP8BrAMPc, um inibidor de proteína cinase A. Adicionalmente, o efeito do meio condicionado de astrócitos infectados foi mimetizado pela adição exógena de PGE2 ou forskolina, um ativador de adenilato ciclase. Conclusões: Tais dados sugerem a presença de um mecanismo imunoregulatório induzido por T. gondii no SNC durante o estabelecimento de resposta imune Th1 protetora, o qual pode reduzir um processo inflamatório exacerbado evitando injúria neuronal e podendo ser um potencial alvo no tratamento de doenças neurodegenerativas Apoio Financeiro: CNPq, FAPERJ, PRONEX 24.011 AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO AGUDO NA RESPOSTA IMUNE IMEDIATA EM CAMUNDONGOS Campos, S. M. N. **; Teixeira, G. A. P. B. **; Altenburg, S. P.; Fisiologia, UFF; Imunobiologia, UFF; Imunologia, UFF. Objetivo: As células do sistema imune, assim como as Imunoglobulinas (Ig) e citocinas, sofrem alterações em estados não fisiológicos. O exercício físico, p. ex., causa mudanças no número, distribuição, proliferação e circulação de leucócitos. O exercício moderado pode causar elevação nos níveis de Ig e da atividade de células NK e neutrófilos, contribuindo para a prevenção de doenças. Já o exercício exaustivo promove imunossupressão, tornando o indivíduo susceptível a infecções. Assim nosso objetivo foi avaliar a interferência do exercício agudo nos títulos de IgG total, e na contagem total e diferencial de leucócitos (neutrófilos e mononucleares). Métodos e Resultados: Dividimos 90 camundongos Balb/c machos, jovens, em 5 grupos condicionados (C), 5 sedentários (S) e 5 submetidos ao exercício agudo (EX) em esteira com velocidade de 20m/min. As 5 sangrias foram o tempo 0, imediato, 1, 2 e 7 dias ao exercício. Apenas 3 grupos (1 EX, 1 C, 1 S) tiveram todas as sangrias realizadas em dias consecutivos. Os demais grupos sofreram a sangria 0 e imediata ou 24h ou 48h ou 7 dias. As médias da sangria 0, por grupo, foram comparados com as médias das sangrias em todos os pontos pós exercício e nos mesmos tempos dos grupos C e S. Obtivemos um aumento significativo de neutrófilos no pós-exercício nos grupos EX (29,17 9,52) e C (20,67 6,06) (p<0.01) em relação a t0 que foi (4,5 2,35) e (10,17 4,17) respectivamente. O número de mononucleares diminuiu significativamente no pós-exercício nos grupos EX (78,33 5,75) (p<0.001) e C (81,00 6,92) (p<0.01) em relação a t0 que foi (87,83 1,12) e (89,83 4,16) respectivamente. Em nenhum grupo houve variação do número de leucócitos totais ao longo do tempo. Não houve alteração significativa nos títulos de IgG total entre os grupos no pós-exercício. Conclusões: O exercício e o condicionamento alteram significativamente o número de neutrófilos e mononucleares apenas na sangria imediata ao exercício agudo moderado, sem alterar os títulos de IgG total no curso do experimento Apoio Financeiro: PIBIC | iniciação científica 24.012 ONTOGENY OF THE INDUCTION OF ORAL TOLERANCE TO FOOD PROTEINS IN OLD MICE Campos, S. M. N. **; Paschoal, P. O. *; Soares, L. *; Antunes, D. M. F. *; Teixeira, G. A. P. B. **; Imunobiologia, UFF; Biomedicina, UNIPLI. Objetivo: Oral tolerance is the systemic hyporesponsiveness to antigens that gain the immune system through the gut. On the other hand food allergy is an adverse reaction that occurs in susceptible individuals when they ingest sensitizing foods. In the celiac disease and milk allergy, examples of Intestinal Bowel Disease (IBD), the malabsorption is the result of antigen ingestion which may induce significant changes in the gastrointestinal gut. Our aim was to determine whether oral tolerance is induced in old mice as in young ones to an antigen considered very allergenic - peanuts and to evaluate if the structure of intestinal mucosa is affected in these animals. Métodos e Resultados: The seed was offered in natura in the diet of male and female C57Bl/6J old mice (40 weeks) and in young mice (10 weeks) for 10 days ad libitum for oral tolerance induction. The experimental protocol also included 2 sc immunizations (10 g of peanut protein, the primary immunization with 1mg of AL(OH)3) and an oral reexposure period to peanut in the diet. At the end of experiment animals were bled and sacrificed, intestinal segments were removed for histology. Antibody titers were analyzed by ELISA. Our results showed that in physiologic conditions oral tolerance induction even to a very allergenic protein does not differ significantly between young and old mice, leading to the induction of lower antibody titles (2093±314) that in those mice that did not eat the seed before immunization (4894±270) (p<0,01). Although all animals became tolerant male old mice presented a significant rise (p<0,01) in antibodies during the reexposure period. In the intestinal mucosa of immune mice we saw an increased number of intraepithelial lymphocytes (IE) when compared with tolerant and normal animals. Conclusões: Although the peanut is considered one of the most allergenic food to humans, its introduction in physiologic conditions results in oral tolerance in mice. 24.013 EFEITOS DA INGESTÃO DE ETANOL SOBRE FENÔMENOS FISIOLÓGICOS E IMUNOLÓGICOS DESENCADEADOS POR VIA ORAL Gusmao, L. J. *; Oliveira, F. M. **; Lage Barreto, P. *; Ferreira Araujo, T. *; Pereira Costa, N. *; Silva Costa, S. *; Gontijo, C. M.; Biologia, 0; Ciências Biológicas e da saúde, 0; Bioquímica e Imunologia, UFMG. Objetivo: A ingestão de etanol pode provocar diversas alterações morfológicas na parede intestinal interferindo, inclusive, na absorção de macromoléculas presentes no lúmen. A absorção e o trânsito de antígenos exerce um papel fundamental no estabelecimento de respostas imunes por via oral. Portanto, neste trabalho procuramos avaliar a interferência do uso do etanol sobre a indução de tolerância ou imunização por via oral. Métodos e Resultados: Camundongos jovens e idosos foram tratados com etanol: tratamento crônico(5 g/Kg durante 12 dias consecutivos) ou agudo (10 g/Kg três dias consecutivos durante duas semanas). Os antígenos – Ova e palmitoyl-Ova (20 mg/ml) – foram administrados um dia depois da última dose de etanol. Posteriormente, os animais foram imunizados com Ova em CFA sc e desafiados com Ova ip. Foi coletado o sangue e o lavado intestinal para avaliar a produção de anticorpos específicos por ELISA. Além disso, foram realizadas análises histológicas da parede intestinal. O consumo de etanol - agudo ou crônico – provocou mudanças na parede intestinal e a redução dos níveis de IgA secretória anti-Ova em animais jovens. Entretanto, os animais idosos apresentaram um aumento dessa imunoglobulina. O mesmo fenômeno não pode ser observado com relação às respostas sistêmicas, uma vez que o consumo de etanol não modificou o padrão de resposta. Em outras palavras: animais tolerantes permaneceram tolerantes e, imunes permaneceram imunes, mesmo com o tratamento prévio com o etanol. Conclusões: O consumo de etanol de forma aguda ou crônica modificou as respostas imunes locais, entretanto não alterou o perfil das respostas sistêmicas, indicando que outros órgãos linfóides também estão envolvidos na regulação de fenômenos imunológicos desencadeados por via oral. *Instituição e apoio financeiro: Centro Universitário de Leste de Minas Gerais - UnilesteMG 24.014 EFFECT OF AN ACIDIC HETEROPOLYSACCHARIDE FROM THE GUM OF ANADENANTHERA COLUBRINA (ANGICO BRANCO) ON PERITONEAL MACROPHAGES FUNCTIONS. Piemonte Moretão, M. **; Buchi, D.; Gorin, P.; Iacomini, M.; Oliveira, M. B. M.; Biologia Celular, UFPR; Bioquímica, UFPR; Bioquímica e Biologia Molecular, UFPR. Objetivo: Interesting polysaccharides, from Brazilian flora, have potential applications as biological response modifiers (BRM). A complex acidic heterophysaccharide, containing mainly galactose and arabinose (ARAGAL), isolated from the gum of the native leguminous tree Anadenanthera colubrina (Angico Branco), was studied for its immunological properties on peritoneal exudate cells (PEC), namely their O2- production, phagocytic activity (using yeasts), morphological alterations, and percentage of activated macrophages. Métodos e Resultados: PEC from mice were collected and adherent macrophages were incubated with ARAGAL (24 or 48 h). For O2- production the mice were treated with 100 or 200 mg/kg of ARAGAL i.p. Seven days later, PEC were collected and incubated with ferricytochrome-c (80 M) with or without PMA (1ng/ml). Activation of macrophages showing increased cytoplasm, bright and large nuclei, various cytoplasmic projections, and spreading ability, was detected following in vitro cell exposure to ARAGAL or in cells obtained from treated animals. In vitro exposure to ARAGAL increased the occurrence of activated macrophages in a time-, and a dose-dependent pattern, since ~ 82 % of the cells were activated in the presence of 300 g/ml of ARAGAL after 24 h of incubation and ~ 91 % after 48 h. The occurrence of activated macrophages was also evident in cell preparations from ARAGAL-treated mice, their percentage showing a dose-dependent pattern. There were ~60%, ~75% and ~75% following treatment with 100, 250 and 500 mg/kg of ARAGAL respectively. A phagocytic assay showed that 25 g/ml ARAGAL was sufficient to impose a maximum phagocytic ability, although this effect was dose-dependent. O2- production by macrophages from ARAGAL-treated mice was 70% higher than that of cells from untreated mice. Moreover, cells from treated mice responded to PMA, the effect being 25% higher than that of the control using cells from untreated mice. Conclusões: These results thus suggest a possible role of ARAGAL from A. colubrina as a BRM. Apoio Financeiro: CNPq 24.015 EFEITO DE PAS-1 (COMPONENTE DE Ascaris suum) SOBRE A RESPOSTA IMUNE Th2. Oshiro, T. M. **; Itami, D. M. **; Macedo-Soares, M. F. de; Imunopatologia, BUTANTAN; Imunopatologia, INSTITUTO BUTANTAN. Objetivo: A proteína imunossupressora PAS-1 foi isolada de vermes adultos de Ascaris suum por cromatografia de afinidade, utilizando-se o anticorpo monoclonal MAIP-1. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito de PAS-1 sobre a resposta imune humoral, pela indução da secreção de anticorpos e de citocinas (IL-4, IL-10 e IFN-). Métodos e Resultados: Camundongos BALB/c (n=5) foram imunizados com ovalbumina (OVA) e diferentes doses de PAS-1, em adjuvante hidróxido de aluminio. A absorbância obtida em teste de ELISA para dosagem de anticorpos anti-OVA em soros obtidos 21 dias após a imunização (diluição 1:160) mostrou uma acentuada supressão na produção de anticorpos anti-OVA em animais imunizados com 0,2 mg (1,2±0,2) ou 0,5 mg (0,3±0,2) de PAS-1, comparado ao grupo controle, imunizado somente com OVA (2,0±0,3). O perfil de citocinas induzido por PAS-1 foi determinado em sobrenadante de cultura de esplenócitos primados com OVA+PAS-1 e estimulados com um ou outro antígeno. Os resultados, em pg/mL, mostraram que o estímulo com OVA induziu a secreção de IL-4 (96,4+9,1) e IL-10 (51,3+2,3), mas não IFN- (0,49+0,15). Por outro lado, PAS-1 induziu um aumento da produção de IFN- (1,17+0,8), IL-4 (262,1+16,5) e principalmente IL-10 (462,6+133,5). Além disso, altos níveis de mRNA para IL-10 também foram detectados por RT-PCR em células primadas e estimuladas com PAS-1. Conclusões: PAS-1 suprime intensamente e de maneira dose-dependente a resposta imune humoral heteróloga. Os altos níveis de IL-10 induzidos por PAS-1 poderiam estar contribuindo para esta imunosupressão, dada a ação imunorregulatória desta citocina. Apoio Financeiro: FAPESP 24.016 EFEITO DO SOBRENADANTE DE WEHI-3B SOBRE A TAXA DE PERMEABILIZAÇÃO INDUZIDA PELO ATP EXTRACELULAR EM MACRÓFAGOS Sarmento Vieira, F. *; Persechini, P. M.; Coutinho-Silva, R.; IBCCF - Bl G, UFRJ; Imunobiofísica - IBCCF, UFRJ; Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ. Objetivo: Nos últimos anos, vários estudos mostraram que o ATP extracelular (ATPe) é capaz de induzir a modulação da resposta imune. Esta modulação é mediada pela presença de receptores P2 nas células imunes. Recentemente, nosso grupo observou que o tratamento de células dendríticas (linhagem imortalizada D2SC/1) com o sobrenadante de cultura da linhagem de monócitos Wehi-3B promove a inibição da resposta ao ATPe mediada pelo receptor P2X7. Este trabalho pretende: a) verificar se o sobrenadante das células Wehi-3B modulam também a resposta de macrófagos peritoneais e linhagem de macrófagos à ATP extracelular b) Estudar a origem do/os constituinte(s) do sobrenadante responsáveis pelo efeito detectado. Métodos e Resultados: Utilizou-se neste estudo macrófagos peritoneais residentes de camundongos (linhagem suíço; machos e fêmeas) e linhagem de macrófagos (J774/G8). As células foram tratadas por 24 e 48 horas com o sobrenadante e mantidas em estufa de CO2. Posterior ao tratamento, foi feito um ensaio de permeabilização, no qual as células foram incubadas ou não com ATP 5mM na presença de brometo de etídeo (BE) 10g/ml a 37ºC por 10 minutos. A taxa de permeabilização foi medida através de microscopia de fluorescência, os gráficos foram gerados e os dados analisados utilizando o programa GraphPad Prism 3.0. Observou-se uma inibição de 32 ± 3% (n= 7) na permeabilização da membrana plasmática induzida por ATPe nas células tratadas com sobrenadante, se comparadas com as não tratadas. Resultados semelhantes foram obtidos com as células J774. Experimentos realizados utilizando diferentes concentrações de sobrenadante permitiram traçar curvas dose-resposta evidenciando que a inibição é dose dependente. Os resultados obtidos dos experimentos nos quais o sobrenadante foi fervido previamente, sugerem que o fator responsável pelo efeito seja de origem proteica. Conclusões: Os resultados obtidos sugerem que constituintes presentes no sobrenadante de Wehi-3B, possivelmente citocinas, modulam a atividade dos receptores P2X7 também em macrófagos peritoneais de camundongo e em células J774. Uma vez que o sobrenadante de Wehi-3B é rico nas citocinas G-CSF e IL3, é possível que uma destas citocinas esteja envolvida no fenômeno observado. Apoio Financeiro: CNPq, FAPERJ 24.017 EFEITO DA PROTEÍNA SUPRESSORA DE Ascaris suum (PAS-1) SOBRE A LIBERAÇÃO DE CITOCINAS EM MODELO DE INFLAMAÇÃO ALÉRGICA PULMONAR.. Itami, D. M. **; Oshiro, T. M. **; Enobe, C. S. **; Macedo-Soares, M. F. de; Imunopatologia, BUTANTAN; Imunopatologia, INSTITUTO BUTANTAN. Objetivo: A inflamação na asma é caracterizada pela ativação de linfócitos Th2, resultando na secreção preferencial das citocinas IL-4, IL-5 e IL-13. Neste trabalho avaliamos o efeito de uma proteína supressora do sistema imune (PAS1), contida no extrato de vermes adultos de Ascaris suum, sobre a liberação de citocinas na asma alérgica murina. Para indução da inflamação pulmonar uma outra proteína de A.suum (APAS-3), com atividade alergênica, foi utilizada. Métodos e Resultados: Grupos de 6-7 camundongos BALB/c receberam 20 g de APAS-3 ou 20 g de APAS-3 + 300 g de PAS-1 em 7,5 mg de hidróxido de alumínio, por via intraperitonial (dia 0) e subcutânea (dia 7). Os animais foram desafiados por via intranasal, 14 e 21 dias após a imunização inicial, com as mesmas quantidades de antígeno(s). As concentrações de IL-4, IL-5, IL-10 e INF foram medidas, 48 h após, no lavado broncoalveolar (LBA) e nos homogenatos pulmonares (HP), através de ELISA. Nossos resultados (em pg/ml) mostraram que o alérgeno APAS-3 induziu a secreção de todas as citocinas tanto no LBA (IL10 = 343.9 ± 82.6; IL-4 = 63.2 ± 5.5; IL-5 = 34.1 ± 4.5; INF- = 38.0 ± 5.6) quanto no HP (IL-10 = 1609.0 ± 299.6; IL-4 = 392.0 ± 32.0; IL-5 = 338.9 ± 10.1; IFN- = 196.7 ± 24.9). Por outro lado, animais que receberam PAS-1 tiveram as seguintes concentrações de citocinas: no LBA (IL-10 = 592.3 ± 68.9; IL-4 = 42.0 ± 4.3; IL-5 = 12.9 ± 1.2; INF- = 119.8 ± 11.2) e no HP (IL-10 = 1273.0 ± 229.2; IL-4 = 272.0 ± 16.0; IL-5 = 239.3 ± 20.8; INF- = 296.6 ± 27.3). Conclusões: Nesse modelo experimental, a proteína supressora de A. suum (PAS-1) inibiu significativamente a liberação das principais citocinas envolvidas na asma (IL-4 e IL-5) e, contrariamente, induziu a secreção da principal citocina envolvida em respostas do tipo Th1 (INF-) nos dois tipos de amostras testados. Além disso, PAS-1 aumentou a secreção da citocina regulatória IL-10 no LBA, mas não no HP. Apoio Financeiro: FAPESP 24.018 EFEITO DO CONSUMO DE VINHO SOBRE O CRESCIMENTO TUMORAL, MIGRAÇÃO CELULAR E ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS. Sousa, P. R. A. de *; Silva, L. A. *; Maciel, M. C. G. *; Azevedo, A. P. S. **; Guerra, R. N. M.; Nascimento, F. R. F. do; Biologia, UFMA; Departamento de Ciências Fisiológicas, UFMA; Imunologia, UFMA; Patologia, UFMA. Objetivo: O moderado consumo de vinho está relacionado à diminuição de doenças vasculares, provavelmente pelo efeito anti-oxidante induzido. Porém, alguns estudos têm revelado que este consumo não tem efeitos imunoestimulantes. Com base nessas informações, investigamos o efeito do consumo de vinho sobre a ativação imunológica (especialmente sobre a ação tumoricida), bem como sobre a liberação radicais do oxigênio como o peróxido de hidrogênio (H2O2) pelos macrófagos (M). Métodos e Resultados: Camundongos da linhagem Swiss (2-3 meses) foram tratados por via oral com Vinho tinto oferecido ad libitum durante 30 dias. Os animais foram pesados antes e após o tratamento e foi acompanhado o consumo de líquidos durante esse tempo. Após os 30 dias, foi dosada a glicemia e os animais foram tratados por via i.p. com PBS ou Carragenina 1% (um indutor de inflamação aguda). Após 24 horas, foram sacrificados e tiveram as células peritoneais, medulares e esplênicas colhidas. Foi quantificada liberação de H 2O2 pelos M. Para avaliar a atividade tumoricida, alguns animais foram inoculados com Tumor de Ehrlich (TE) (i.p.) e após 11 dias foram pesados, sacrificados e foram quantificados o volume da ascite e o número de células tumorais. Os resultados demonstraram que o consumo de líquidos dos dois grupos foi equivalente (C: 78,1 vs V: 52,8 + 19,5 = 72,3/5 animais). O tratamento com Vinho aumentou o peso dos animais (1 vs 26,8%), porém não alterou os níveis glicêmicos. Não houve diferenças estatísticas em relação ao número de células peritoneais, esplênicas ou medulares, nem mesmo após o tratamento i.p. com carragenina, e na liberação de H2O2, mesmo após o estímulo in vitro com PMA (indutor de liberação de H2O2). Em relação ao TE, houve uma diminuição no peso dos animais tratados (30,4 vs 8,8%). Porém, não houve inibição do volume ascítico ou do número de células tumorais. Conclusões: O tratamento com vinho não afeta a liberação de radicais livres pelos macrófagos, não demonstrando portando uma ação anti-oxidante. Em relação ao TE, embora os animais tenham diminuído de peso, não houve um efeito tumoricida. Nossos dados sugerem portanto, que o uso moderado do vinho não interfere nas reações imunológicas testadas. Apoio Financeiro: CNPq, UFMA 24.019 EFEITOS RÁPIDOS NÃO GENÔMICOS DA CORTICOSTERONA SOBRE A FAGOCITOSE DESEMPENHADA POR MACRÓFAGOS PERITONEAIS MURINOS-PAPEL NAS RESPOSTAS AO ESTRESSE Baccan, G. **; Mantovani, B.; Bioquímica e Imunologia, FMRP-USP; Bioquímica - FMRP, USP. Objetivo: Verificar a ocorrência de respostas rápidas não genômicas da corticosterona sobre a fagocitose desempenhada por macrófagos peritoneais e avaliar a participação deste tipo de ação no efeito do estresse sobre a fagocitose Métodos e Resultados: A fagocitose foi avaliada através de ensaio de fagocitose de hemácias opsonizadas com IgG. As hemácias só aderidas foram diferenciadas das fagocitadas através de choque hipotônico. Para avaliar o efeito da corticosterona, RU 486, actinomicina D e cicloheximide, os macrófagos foram incubados coma as drogas em RPMI suplementado e mantidos em estufa com 5% de CO2 e a 370C. Os animais foram estressados pelo frio (-150C) durante 10 min e os macrófagos foram usados nos ensaios de fagocitose. Ápos o estresse, foram dosados os níveis de corticosterona plasmática através da técnica de radioimunoensaio. Nossos resultados mostraram que após um estresse de 10 min ocorreu uma diminuição na fagocitose (hem./mac.) e um aumento nos níveis de corticosterona. Visando avaliar se este efeito era desencadeado pela corticosterona, testamos a ação desta droga in vitro numa concentração semelhante à encontrada após o estresse (0,3mg/mL-10min) e observamos os mesmos efeitos, sendo que neste caso dois índices de fagocitose foram afetados (%fagocitose e hem./mac.). O pré-tratamento com o antagonista do receptor de glicocorticóide (RU486) não foi capaz de bloquear o efeito da corticosterona sobre os macrófagos. Inibidores de transcrição (actinomicina D) e de tradução (cicloheximide) também não afetaram o efeito. Conclusões: Os resultados mostram que a corticosterona é capaz afetar a fagocitose em apenas 10 min. Este efeito é provavelmente devido a um mecanismo não genômico, pois não necessita da síntese de novas proteínas e nem de receptores intracelulares de glucocorticóide que mediam as ações genômicas. É possível que in vivo, nas respostas desencadeadas após o estresse, haja a existência desse tipo de ação. Apoio Financeiro: FAPESP 24.020 O PAPEL DO IFN-G ENDÓGENO NA ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS PELA IL12. Barboza, R. **; Bastos, K. R. B. **; Mosig, J. M. A.; Lima, M. R. D.; Imunologia - ICB IV, USP; Imunologia - ICB lll, USP. Objetivo: Estudos recentes têm demonstrado que regulados diretamente por suas próprias citocinas. E a participação nesse processo. Tendo por base essas central do nosso trabalho foi verificar a importância resposta de macrófagos peritoneais à IL-12. macrófagos podem ser IL-12 parece ter grande informações, o objetivo do IFN-g endógeno na Métodos e Resultados: Para isso, a influência da IL-12 na ativação de macrófagos peritoneais de camundongos C57Bl/6 (IFN-g+/+) e deficientes em IFN-g (IFN-g-/-) foi avaliada sob diversos aspectos: A adição de rIL-12 às culturas de macrófagos de camundongos IFN-g+/+ exacerbou a produção de NO em resposta ao rIFN-g por essas células. Da mesma maneira, o pré-tratamento desses macrófagos com rIL-12 por 6 horas foi capaz de induzir um aumento de cerca de três vezes em sua produção de NO mediada pelo LPS. Além disso, houve um aumento na expressão de moléculas MHC classe II e moléculas coestimulatórias B7 presentes na superfície de macrófagos de camundongos IFNg+/+, além de uma inibição na expressão de receptores para IFN-g (IFN-gR) diante do tratamento com rIL-12 por 48 horas. Porém, nenhum desses efeitos da IL-12 foi observado em macrófagos de camundongos IFN-g-/-. Conclusões: Esses resultados mostram o efeito direto da IL-12 na ativação e regulação dos macrófagos, sendo esses efeitos dependentes de IFN-g endógeno. Apoio Financeiro: CNPq, FAPESP 24.021 EFEITO DE IMUNOFÁRMACOS NA ATIVIDADE REDUTORA MITOCONDRIAL DE ESPLENÓCITOS. Pinto, A. C. **; Chester Cardoso, C. *; Dalmau, S.; Coelho, M. G. P.; Sabino, K. C. de C.; Bioquímica, UERJ; Bioquímica - IB, UERJ. Objetivo: Apesar do alvo dos quimioterápicos serem as células tumorais, estes podem exercer efeitos em outros tipos celulares. O presente estudo teve como objetivo verificar o grau de citotoxicidade apresentado pelos fármacos ciclosporina e metrotexato, utilizados em processos imunoinflamatórios e terapias químicas, a células do sistema imune murino como esplenócitos. Métodos e Resultados: As células do baço de camundogos SW fêmeas foram isoladas e cultivadas a 2x106/ml, em meio RPMI 1640 suplementado de 5% de soro bovino fetal e 1% de glutamina, à 37ºC e 5% CO2, por diferentes tempos, na ausência e presença de diferentes concentrações das drogas. A citotoxicidade foi determinada através da avaliação da atividade redutora mitocondrial (ARM) dos esplenócitos pela redução do sal de tetrazol MTT (ensaio colorimétrico). Foram calculadas as concentrações das drogas capazes de inibir 50% da viabilidade celular (IC50). A dexametazona foi estudada como controle positivo de imunocitotoxicidade. A dexametazona apresentou inibição da ARM nas várias doses testadas, sendo a maior inibição (83±23%), apresentada com a dose de 10-4 µM. O IC50 da dexametazona foi de 0.004 µM, em 24 horas. Na ausência de dexametazona (controle) as células apresentaram a absorvância de 117 ± 59 (100% de viabilidade). A ciclosporina apresentou inibição da ARM dose dependente nos diferentes tempos, sendo a maior inibição de 92±42%, na dose de 8,33 µM (p<0,05), em 72 horas (na ausência da droga a ARM foi de 171±9). O IC50 da ciclosporina foi de 3,16 µM, em 72 horas. O metotrexato apresentou inibição máxima da viabilidade de 10±8%, na maior concentração testada (2µM), em 72 horas (absorvância do controle foi de 255±14), não sendo possível determinar sua IC50. Conclusões: Apesar de apresentarem efeitos imunosssupressores, os quimioterápicos mostraram menor toxicidade aos esplenócitos do que a dexametazona, droga utilizada apenas como imunossupressor. Apoio Financeiro: FAPERJ, SR2/UERJ