OFICINA_Conhecimento (61841)

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ANEXO ..........................
PIBID / PUC-CAMPINAS
CRONOGRAMA – SUBPROJETO FILOSOFIA
ATIVIDADES ESPECÍFICA
Nome da atividade: Tipos de conhecimento
Objetivos: Explicar para os alunos que existem vários tipos de conhecimento,
entre eles o filosófico, e realizar uma atividade que desperte a autonomia dos
alunos, fazendo com que os próprios construam as noções de conhecimento.
Descrição da atividade: Em um primeiro momento, seguindo o texto base,
haverá explicação geral sobre o sujeito e objeto do conhecimento, depois dos
seguintes
conceitos:
conhecimento
empírico,
conhecimento
científico,
conhecimento teológico e conhecimento filosófico.
Em um segundo momento haverá a divisão dos alunos em quatro grupos,
seguido por um sorteio dos quatro tipos de conhecimento: empírico, científico,
teológico
e
filosófico,
onde
cada
grupo
ficará
com
um
dos
tipos
correspondentes.
Após a divisão, cada grupo receberá o mesmo objeto (escolhido pelo bolsista)
e o grupo deverá construir o conceito daquele objeto de acordo com o tipo de
conhecimento a ele designado.
Por exemplo: O grupo 1 (conhecimento teológico) recebeu um pequeno globo
terrestre, ele deverá então construir o conceito daquilo de acordo com o tipo de
conhecimento a ele designado, neste caso teológico. Possíveis respostas: O
globo representa uma figura do nosso planeta que é constituído de água e
faixas terrestres (...), este existe graças à criação de Deus, que no início dos
tempos criou a Terra, depois Adão e Eva etc.
Feito
isso,
cada
grupo
apresentará
sua
versão
sobre
o
objeto.
Para finalizar, o bolsista fará uma breve explanação sobre o surgimento da
teoria do conhecimento dentro da filosofia e a importância dessa discussão,
muito presente até os dias de hoje.
Conteúdos trabalhados: Conceitos gerais sobre conhecimento e teoria do
conhecimento.
Materiais Necessários: Texto base, objeto, folha e caneta.
OBS: escolas/datas/observações nas quais a atividade foi desenvolvida
(pontos positivos/negativos; bolsistas presentes:
Referência:(bibliografias, materiais acessados da internet (com links, datas):
O Conhecimento
“Todos os homens têm, por natureza, o desejo de conhecer.”
Aristóteles, Metafísica
Sujeito e objeto do conhecimento
O conhecimento é uma compreensão inteligível da realidade, que o sujeito humano
adquire através de sua confrontação com essa realidade. O seja, a realidade exterior
adquire, no interior do Sr humano, uma forma abstrata pensada, que lhe permite saber e
dizer o que essa realidade é. A realidade exterior se faz presente no interior do sujeito
do pensamento. A realidade, através do conhecimento deixa ser uma incógnita, uma
coisa opaca, para se tornar algo compreendido, translúcido. (LUCKESI, 1990)
Todo conhecimento pressupõe a relação entre dois elementos: o sujeito que quer
conhecer e o objeto a ser conhecido. O conhecimento é o ato, o processo pelo qual o
sujeito se coloca no mundo e, com ele, estabelece uma ligação. O mundo é o que torna
possível o conhecimento ao se oferecer a um sujeito apto a conhecê-lo. Só há saber para
o sujeito cognoscente se houver se houver um mundo a conhecer, mundo este do qual
ele é parte, uma vez que o próprio sujeito pode ser objeto de conhecimento. Dá-se o
nome de conhecimento ao saber acumulado pelo homem através das gerações. Nessa
concepção o conhecimento é visto como produto da relação sujeito-objeto, produto que
pode ser transmitido. A relação de conhecimento implica uma transformação tanto do
sujeito quanto do objeto. O sujeito se transforma mediante o novo saber, e o objeto se
transforma, pois o conhecimento lhe dá sentido.
Tipos de Conhecimento Humano
No processo de apreensão da realidade do objeto, o sujeito cognoscente pode penetrar
em todas as esferas do conhecimento: ao estudar o homem, por exemplo, pode-se tirar
uma série de conclusões sobre a sua atuação na sociedade, baseada no senso comum ou
na experiência cotidiana; pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando através
de investigação experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas
funções; pode-se questioná-lo quanto à sua origem e destino, assim como quanto à sua
liberdade; finalmente, pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, à sua imagem
e semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados.
Conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto a ser
conhecido. No processo de conhecimento o sujeito cognoscente se apropria, de certo
modo, do objeto conhecido. Se a apropriação é física, sensível, como por exemplo, a
representação de uma onda luminosa, o que acarreta uma modificação de um órgão
corporal do sujeito cognoscente, tem-se um conhecimento sensível. Se a representação
não é sensível, o que ocorre com realidades, tais como conceitos, verdades, princípios e
leis, tem-se um conhecimento intelectual.
Conhecimento Empírico:
Também chamado de vulgar ou de senso comum, é o conhecimento do povo, obtido ao
acaso, após ensaios e tentativas que resultam em erros e em acertos. É ametódico e
assistemático. Cada qual se serve da experiência do outro ora ensinado, ora aprendendo,
em um intenso processo de interação humana e social. Pela vivência coletiva os
conhecimentos são transmitidos de uma pessoa à outra, de uma geração à outra. 2
Conhecimento Científico:
O conhecimento científico vai além do empírico, procurando conhecer, além do
fenômeno, suas causas e leis. A ciência, até a Renascença, era como um sistema de
proposições rigorosamente demonstradas, constantes e gerais que expressavam as
relações existentes entre seres, fatos e fenômenos da experiência. Nesta época o
conhecimento científico tinha como características ser: certo, geral, metódico e
sistemático, objetividade, interesse intelectual e espírito crítico.
A ciência era o resultado da demonstração e da experimentação, só aceitando o que
fosse provado. Hoje a concepção de ciência é outra. A ciência não é considerada como
algo pronto e acabado ou definitivo. Não é a posse de verdades imutáveis. É entendida
como uma busca constante de explicações e de soluções, de revisão e de reavaliação de
seus processos, apesar de sua falibilidade e de seus limites. Nessa busca sempre mais
rigorosa, a ciência pretende aproximar-se cada vez mais da verdade através de métodos
que propiciem controle, sistematização, revisão e segurança maior do que possuem
outras formas de saber não-científicas. A Ciência é um processo em constante
construção.
Conhecimento Filosófico:
O conhecimento filosófico distingue-se do conhecimento científico pelo objeto de
investigação e pelo método. O objeto das ciências são os dados próximos, imediatos,
perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois sendo de ordem material e física,
são por isso, suscetíveis de experimentação. O objeto da filosofia é constituído de
realidades mediatas, imperceptíveis aos sentidos e que, por serem de ordem
suprassensível, ultrapassam a experiência. O filosofar é um interrogar é um contínuo
questionar a si mesmo e à realidade. A filosofia não é algo feito, acabado, é uma busca
constante do sentido, de justificação, de possibilidades, de interpretações a respeito de
tudo aquilo que envolve o ser humano e sobre o próprio ser em sua existência concreta.
A tarefa fundamental da filosofia resume-se na REFLEXÃO.
Conhecimento Teológico:
Duas são as atitudes que se podem tomar diante do mistério.
Penetrar nele com o esforço pessoal da inteligência, mediante a reflexão e o auxílio
de instrumento, procura-ser obter um procedimento que seja científico ou filosófico.
Ou aceitar explicações de alguém que já tenha desvendado o mistério e implica
sempre uma atitude de fé diante de um conhecimento revelado.
Esse conhecimento revelado ocorre quando há algo oculto ou um mistério, alguém que
o manifesta e alguém que pretende conhecê-lo. Aquele que manifesta o oculto é o
revelador, pode ser o próprio homem ou Deus.
Principais Teorias do Conhecimento
“Cogito, ergo sum.” (Penso, logo existo.)
René Decartes
A necessidade de entendimento do processo de conhecimento humano não é recente. Os
filósofos gregos tinham como objeto de suas especulações o significado e as condições
necessárias para a efetivação do ato de conhecer. No entanto, essas reflexões
revestiram-se de um caráter puramente ontológico: buscava-se a essência do ser.
A teoria do conhecimento propriamente dita teve início na Idade Moderna, no século
XVII, com a revolução científica empreendida por Galileu e outros cientistas que, ao
criarem um novo modelo de investigação do mundo fenomenal e ao redefinirem o papel
das ciências particulares, despertaram nos filósofos uma preocupação com os
fundamentos, as possibilidades, os limites e 3 o alcance do conhecimento humano e
uma certa reserva contra os argumentos de autoridade, que prevaleceram durante a
Idade Medieval.
Filósofos como Decartes, Bacon, Leibniz, Espinoza, Locke, Berkeley e Hume são
autores da revolução epistemológica, que tem origem na Idade Moderna, e responsáveis
pelo surgimento de duas grandes correntes que traduzem o sentido dos novos tempos: o
racionalismo e o empirismo.
Para o racionalismo (do latim ratio, “razão”) a origem do conhecimento se encontra na
razão, instrumento único e exclusivo capaz de conhecer a verdade. Para o empirismo
(do grego empeiria, “experiência”) a mente humana é uma folha de papel em branco
preenchida exclusivamente com dados provindos da experiência sensível, externa ou
interna.
O racionalismo fundamenta a teoria do conhecimento na supervalorização da razão
como o único instrumento capaz de atingir a verdades universais, sobre as quais se
assentam as bases de uma ciência pretensamente infalível.
Já o empirismo fundamenta a teoria do conhecimento na experiência, supervalorizando
os sentidos e relativizando as operações subsequentes da razão, na busca da verdade,
cujo caráter universal e absoluto é questionado. Os empiristas tem na realidade concreta
e visível os subsídios para construção do verdadeiro conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, M. L. A e MARTINS, M.H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. São
Paulo: Ed. Moderna. 1993.
GAARDEN, Jostein. O Mundo de Sofia. São Paulo, Cia. das Letras, 4 ed., 1995.
CHAUI, M. Convite ao Filosofar. São Paulo: Ed. Ática, 1997.
GAARDER, Jostein. O que é Filosofia. In: O Mundo de Sofia. Companhia das Letras.
GILES, THOMAS. Introdução à filosofia. São Paulo: EPU/Edusp, 1979.
Anexos (materiais produzidos, links dos vídeos etc):
Imagens – fotos com legenda incluindo o nome da atividade
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