UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO VER SUS PINHEIRO/MA 2016 VIVENTE: CAMILA RÊGO MUNIZ PORTIFÓLIO PINHEIRO - MA 2016 1- Primeiro Dia 1.1 Manhã – Acolhimento Realizado acolhimento com os facilitadores com realização de dinâmica para integração do grupo. Logo após, realizou-se trabalho de divisão de grupos em Núcleos de Base (NB) e de Vivência (NV) para organização do trabalho em grupo. Figura 1: Dinâmica entre facilitadores e viventes para acolhimento Figura 2: Bandeira de cada Núcleo de Base (NB) 1.2 Tarde – Unidade Básica de Saúde Enfermeira Maria do Carmo Chagas Castro/ Campinho Enfermeiro com 10 anos de experiência na atenção primária, demonstrou as atividades desenvolvidas na Unidade Básica de Saúde Campinho, que faz cobertura da população ribeirinha, especificamente a Comunidade da Malhada, presente na zona rural do município de Pinheiro, a qual é composta por 7 famílias, já cadastradas no E-SUS. Quanto a realidade de suporte básico, população não tem acesso ao saneamento básico, o que eleva a epidemiologia de verminoses. Além disso, hipertensão arterial sistêmica, doenças sexualmente transmissíveis (sífilis, por exemplo), gravidez precoce e anemias, constituem as doenças de maior prevalência desta comunidade. A presença de curandeiros e benzendeiras ainda é marcante como busca de assistência à saúde. Sendo reconhecidos como marco forte cultural da população pela equipe da UBS, a mesma utiliza de estratégias de intervenção em saúde aliando a esta crença popular. Quanto ao aspecto socioeconômico, a população possui ensino fundamental incompleto e todos são cadastrados no programa bolsa família. Meio de transporte tanto da população como da equipe para visitas domiciliares é realizado por cavalos e canoas de acordo com a estação do ano. A apresentação realizada pelo enfermeiro foi essencial para demonstrar a importância do reconhecimento da população local tanto em seu aspecto de saúde quanto socioeconômico para otimizar os processos de intervenção. Assim como possibilitou um conhecimento de base para nortear a visita realizada por viventes e facilitadores posteriormente. Figura 3: Grupo de viventes e facilitadores juntamente com enfermeiro responsável pela UBS de Campinho 2- Segundo Dia 2.1 Manhã – Visita a Unidade Básica de Saúde Purão Grande (UBS/Purão Grande) Realizou-se visita à UBS do povoado Purão Grande, presente em uma zona quilombola do município de Pinheiro/MA. Estruturamente, a unidade dispõe de dois consultórios médicos, uma sala de odontologia (desativada), uma sala de vacinação, sala de triagem e curativos. As principais demandas constituem realização de preventivos (exame colpocitológico), consultas médicas, vacinação, pré-natal e curativos, principalmente por acidente de trabalho. A unidade foi apresentada por duas funcionárias administraivas, no momento da visita não havia profissionais de saúde. Figura 4: Unidade Básica de Saúde Purão Grande Figura 5: Cronograma da UBS Purão Grande Figura 6: Equipe de saúde da UBS Purão Grande Em seguida realizou-se visita a um moradora da comunidade, em uma conversa informal, demonstrou insatisfação quanto aos serviços oferecidos pela unidade, visto que sempre quando havia necessidade de um procedimento, exame ou medicamento tinha que deslocar-se a cidade de Pinheiro, o que por muitas vezes era impossibilitado pelo gasto financeiro com transporte. Quando questionada sobre quais serviços utilizava da unidade, respondeu que realizava exame colpocitológico anualmente, consultas médicas quando necessitava, aferição de pressão e recebimento de medicamento para tratamento da hipertensão. Tal vivência foi essencial para conhecer a realidade de uma UBS inserida em uma zona quilombola, distante da cidade, fazendo reconhecer as limitações e restrinções desta condição. Figura 7: Visita a comunidade de Purão Grande 2.2 Tarde – Visita ao Centro de Saúde Nicolau Amante (PACAS II), Criação da Bandeira VER-SUS Pinheiro e Discussão da Lei 8080 e Lei 8142 O grupo realizou visita ao Centro de Saúde Nicolau Amante (PACAS II) como o objetivo de observar distições entre uma unidade de saúde de uma zona rual e situada em uma comunidade quilombola, com uma unidade de saúde presente no centro da cidade de Pinheiro. Verificou-se que limitações tanto físicas quanto profissionais ambas possuem, porém foi notória a pior assistência oferecida a população fora do centro urbano. O grupo reuniu-se para realizar a criação da bandeira do VER-SUS Pinheiro. Em seguida, cada grupo reuniu-se com seu facilitador para discutir a Lei 8080 ou Lei 8142 do regimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de concretizar o conhecimento a respeito do funcionamento do mesmo. Figura 8: Centro de Saúde Nicolau Amante (PACAS II) Figura 9: Mapa de territorialização desenvolvido pelos agentes comunitários de PACAS II Figura 10: Idealização e criação da bandeira do VER-SUS Pinheiro 3- Terceiro Dia 3.1 Manhã - Visita ao Hospital Regional Dr. Antenor Abreu Realizou-se visita no Hospital Regional Dr. Antenor Abreu em que houve dificuldade no acolhimento do grupo, possivelmente por não ter havido um preparo prévio dos profissionais para a visita. Em uma conversa informal com um enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) que estava na unidade realizando atendimento, foi possível coletar algumas informações sobre o serviço oferecido pelo hospital. O hospital está contido na atenção secundária, como porta-aberta para atendimento de urgência e emergência, apresenta 17 leitos ativos, um centro cirúrgico com 3 salas, uma unidade semi-intensiva, um laboratório e um setor de radiologia com radiografia. O corpo médico é formado por três médicos plantonistas sendo um cirurgião, um ortopedista e um clinico, responsáveis pela porta e centro cirúrgico, um médico de rotina responsável pela prescrição da enfermaria. Figura 11: Hospital Regional Dr. Antenor Abreu 3.2 Tarde – Problematização O grupo de viventes reuniu-se com os facilitadores e realizou a problematização dos serviços visitados, sendo cada grupo relatando os pontos positivos e negativos, logo em seguida todos contribuiram para a idealização de intervenções possíveis para otimizar o atendimento oferecido. 4- Quarto Dia 4.1 Manhã – Discussão sobre Movimento Estudantil Pinheirense Em uma mesa redonda, foi exposta a historicidade do movimento estudantil brasileira e sua importancia para as conquistas no crescimento e desenvolvimento da educação nacional. Em seguida, regionalizou-se a discussão, em que foi exposta as principais pautas de luta e reinvindicação para melhoria dos cursos oferecidos pela universidade, assim como as estratégia de atração dos universitários ao movimento. Figura 12: Grupo de viventes e facilitadores juntamente com os lideres do movimento estudantil local 4.2. Tarde – Visita Domiciliar na Unidade Básica de Saúde Enfermeira Maria do Carmo Chagas Castro/Campinho (UBS/Campinho) O grupo de viventes e facilitadores realizou visita domiciliar accompanhados pela agente comunitária a comunidade de Campinho, especificamente a colônia de pescadores Teso. Nesta visita, em uma conversa informal, realizou-se perguntas quanto ao grau de satisfação e cobertura adequada do serviço da UBS juntamente a comunidade. A moradora, relatou que o serviço de saúde oferece atenção integral e continuada, sendo as visitas dos agentes comunitários realizadas periodicamente. Tal vivencia foi importante para reconhecer que mesmo diante dificuldade de acesso e deslocamento, a equipe consegue manter a atenção devida à saúde dos locais. Figura 13: Visita domiciliar à comunidade de Campinho Figura 14: Unidade Básica de Saúde Enfermeira Maria do Carmo Chagas Castro/Campinho (UBS/Campinho) 5- Quinto Dia 5.1 Tarde – Redes de Atenção à Saúde Realizou-se abordagem dinâmica sobre as redes de atenção à saúde, como Rede Cegonha, Rede de Urgência e Emergência, Rede de Atenção Psicossocial e Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência, a partir de teatralização, desenvolvimento de fluxogramas e paródias. Meu grupo demonstrou a partir de um fluxograma a Rede de Atenção a Pessoa com Deficiência. 6- Sexto Dia 6.1 Manhã – Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Em uma roda de conversa com a psicóloga coordenadora do CAPS Pinheiro foi abordada o funcionamento da rede de atenção ao paciente psiquiátrico a nível local, assim como os trâmites necessários para o devido atendimento. Para otimizar a atenção integral e continuada ao paciente, realizou-se o matriamento do CAPS com as UBS, a fim de facilitar a prática do princípio da longitudinalidade ao paciente psiquiátrico, como exemplo a prática de renovação de receitas médicas. O CAPS tem 2007 pacientes cadastrados dentre esses, 1862 ativos, sendo que estes residentes em diversos municípios como Pedro do Rosário, Serrano, porém a maioria do município de Pinheiro. Dentre as principais doenças em número, depressão, esquizofrenia e uso de múltiplas drogas são as mais prevalentes. Dentre as abordagens terapêuticas, atendimento médico, psicológico, assistente social, terapeuta ocupacional e enfermeira. Cada um realizando atividades seguindo o projeto terapêutico singular determinado para cada paciente, seguindo a Política Nacional de Humanização do SUS. Figura 15: Grupo de viventes e facilitadores juntamente com a psicóloga coordenadora do CAPS 6.1 Tarde – Visita ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Problematização Realizou-se visita ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) guiada pela psicóloca e coordenadora responsável. Conheceu-se todos os espaços, compostos de consultórios, farmácia, recepção, cozinha, quarto de estar e sala de terapia ocupacional. Durante a problematização, discutiu-se a ausência de pacientes e profissionais no serviço em um dia em que se esperava atendimento e a aparencia pouco acolhedora do ambiente, assim como estrutura pouco adequada para um paciente permanecer durante todo o dia. Assim como, sem ambiente ideal e reservado para acolhimento de crianças e adolescentes. Figura 16: Centro de Atenção Psicossocial (CAPES II) Figura 17: Estrutura pouco acolhedora na recepção do CAPES II Figura 18: Sala de Terapia Ocupacional