Caso clínico 4: Hipertensão e insuficiência renal crônica F.T.D, 23 anos, mulher, 98 Kg, índice de massa corporal (IMC) de 37,1 kg/m2, com 33 semanas de idade gestacional foi internada em clínica de obstetrícia em trabalho de parto com uma pressão arterial de 160/100 mmHg. A paciente apresentava um histórico de hipertensão arterial crônica e pré-eclâmpsia e por este motivo era tratada com doses diárias de labetalol 100 mg e metildopa 500 mg. Na admissão, além de hipertensão, a paciente apresentava os seguintes parâmetros clínicos: creatinina de 3,2 mg/dL (VR: 0,8-1,4 mg/dL), proteinúria de 24 h de 8 g (VR: 20-150mg/24h), sódio de 129 mmol/L (VR: 135-148 mmol/L), potássio de 6,7 mmol/L (VR: 3,5-5,3 mmol/L), cloreto de 104 mmol/L (VR: 96109 mmol/L), bicarbonato de 17 mmol/L (VR: 20-33 mmol/L), magnésio de 3,5 mg/dL (VR: 1,8-2,4 mg/dL), ácido úrico de 7,2 mg/dL (VR: 2,6-6,0 mg/dL), hemoglobina de 10,3 g/dL (VR: 12,5-17,5 g/dL) e hematócrito de 29,6% (VR: 36%-46%). Os exames laboratoriais permitiram concluir que a paciente além de hipertensiva apresentava também insuficiência renal crônica provocada por esclerose glomerular segmentar focal, conforme foi observado em biópsia. No pós-parto, a paciente continuou a ser tratada com metildopa, entretanto, foi adicionado furosemida, bicarbonato de sódio, insulina e glicose. A hipercalemia melhorou e a paciente recebeu alta com creatinina sérica de 4,0 mg/dL, parâmetro este que levou a paciente a realizar diálise, a fim de normalizar sua creatinina. Questões: 4a) Com base nos achados laboratoriais da paciente, discorra sobre a associação da fisiopatologia das doenças. 4b) Considerando as terapias utilizadas pela paciente, discorra sobre o mecanismo de ação das mesmas, bem como o tratamento clínico utilizado para o restabelecimento do equilíbrio de potássio.