CAPACIDADE TAMPONANTE DE FEZES DE CÃES Pires, J.M.1, Brandi, R.A.2, Fernandez, L.F.3, Oliveira, A.P.S.1, Cunha, T.S.1, Durante, M.1 1 Discente Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos. e-mail: [email protected] 2 Docente do Departamento de Zootecnia – FZEA/USP 3 Discente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; O objetivo do presente trabalho foi estudar a técnica de mensuração de capacidade tamponante em fezes de cães, estudo este pioneiro para a espécie. A capacidade tamponante (CT) das fezes de cães apresenta-se como parâmetro importante já utilizado na avaliação de distúrbios digestivos de outras espécies. Zeyner et al. (2004) descreve que para realização da CT separa-se alíquota de 50g de amostra fecal para fazer a análise, adiciona-se água destilada na relação 1:1 peso/volume. A CT é mensurada através da titulação com ácido acético 0,25M em 80 mL de fezes misturada à água, até atingir pH 6,0 e pH 5,0. Para as condições experimentais, foram realizadas adaptações em tal na metodologia. Em alíquotas de 15g de amostra fecal foram adicionados 15 mL de água destilada e, posteriormente, homogeneizadas e filtradas. O líquido resultante da filtração foi homogeneizado com água destilada até atingir 24g para a titulação com ácido acético 0,25M. A CT no pH 6 (CT6) refere-se ao volume gasto de ácido acético necessário para alterar o pH observado na amostra para o pH 6,0 , e CT5 refere-se ao volume gasto de ácido de acético necessário alterar do pH 6,0 para o pH 5,0. A CT é expressa em mmol/L, portanto o volume de ácido acético utilizado foi submetido a seguinte equação: CT (mmol/L) = Volume gasto de ácido acético 0,25M(mL)*12,5. O pH médio das fezes dos cães foi de 6,4, valor levemente ácido que impossibilitou a mensuração da CT6 de todas as amostras fecais. A CT das amostras viáveis foi de 6,25 mmol/l para CT6 e, de 45 mmol/l para CT5, na qual todas as amostras foram analisadas. A adaptação da técnica da CT possibilitou a utilização desta variável em estudos de características físico-químicas das fezes de cães. Esta técnica contribuirá em ensaios de digestibilidade, uma vez que pode indicar distúrbios digestivos dos animais, entretanto são necessários maiores estudos para determinação da capacidade tampão das fezes de cães.