Paciente evoluiu com melhora da função renal (ver evolução exames na tabela abaixo) após a hemodiálise e melhora do quadro infeccioso com antibioticoterapia. Anti-DNA foi negativo, Complemento era normal e US Rins e vias urinárias sem alterações. Exame Hemoglobina Hematócrito Leucócitos Bastões Neutrófilos Linfócitos Plaquetas VHS (1 Hora) PCR (normal até 1,0mg/L) Creatinina Uréia Potássio Gasometria pH HCO3Urina 1 pH Proteínas Leucócitos Hemácias Dismorfismo Proteinúria 24hs Diurese 24 hs 28/01/2011 8,5 g/dL 27% 6160 /µL 0 /µL (0%) 4940 /µL (80,2%) 622 /µL (10,1%) 247000 /µL 34 mm 35 mg/L 3,97 mg/dL 99 mg/dL 3,4 mmol/L 7,34 14 mmol/L 29/01/2011 15 mm 17 mg/L 1,7 mg/dL 36 mg/dL 2,4 mmol/L 7,41 19 mmol/L 8,0 0,3 g/L 39000/mm3 56000/mm3 Ausente 2100mL 1200mL T É R M I N O H E M O D I Á L I S E 01/02/2011 8,3 g/dL 26% 11400 /µL 684 /µL (6%) 9120 /µL (80%) 912 /µL (8%) 389000 /µL 80 mm 36 mg/L 1,4 mg/dL 41 mg/dL 3,7 mmol/L 2300mL Diante de hipóteses diagnósticas de nefrite lúpica em atividade, necrose tubular aguda ou nefrite intersticial secundária à droga, a paciente foi submetida à biópsia renal, que revelou: Treze glomérulos estruturalmente preservados. O interstício apresentava denso infiltrado linfomononuclear, com plasmócitos e eosinófilos. As células tubulares mostravam alterações degenerativas e necróticas. Os dois ramos arteriais amostrados não estavam inflamados. As arteríolas não chamavam atenção. CONCLUSÃO: NEFRITE TÚBULO-INTERSTICIAL LINFOMONONUCLEAR COM EOSINÓFILOS; ALTERAÇÕES DEGENERATIVO-NECRÓTICAS E REGENERATIVAS TUBULARES; PADRÃO ANÁTOMO-CLÍNICO DE NEFRITE TúBULO-INTERSTICIAL, COM EOSINÓFILOS, DROGA-INDUZIDA. IMUNOFLUORESCÊNCIA: AUSÊNCIA DE DEPÓSITOS FLUORESCENTES SIGNIFICATIVOS EM GLOMÉRULOS; PADRÃO DE LESÃO NÃO-IMUNE. Durante a internação paciente evoluiu com TEP tratado com anticoagulação plena e anticoagulante oral, recebendo alta para acompanhamento ambulatorial após término do antibiótico, com redução progressiva da dose de corticosteróides.