sulfonamidas

Propaganda
SULFONAMIDAS
Histórico das Sulfonamidas
•
Foerster - 1933 – foi responsável pelo primeiro sucesso clínico com o Prontosil, tratando uma infecção
estafilocócica.
•
Trefouel, et al. - 1935 – sintetizou uma série de corantes azóicos e realizou os primeiros estudos de
estrutura atividade.
•
Fuller - 1937 - isolou a sulfanilamida do sangue. Isto levou à descoberta de que o Prontosil era uma pródroga e a parte ativa era a sulfanilamida. Sulfanilamida havia sido sintetizada pela primeira vez em 1909 por Gelmo.
Sulfanilamida é a “Bala magica" descrita por Ehrlich.
Química das Sulfonamidas
•
As sulfas são ácidos fracos e formam sais (Na+) no nitrogênio amídico (N'). Os análogos apresentam
estrutura química e pKa variados. Por essa razão buscou-se através da síntese de novos análogos chegar-se a compostos
mais solúveis na urina (pKa igual ou abaixo de 6,0) porque as primeiras sulfas eram muito insolúveis (pka alto de 9 a 10) e se
precipitavam formando cristais no interior dos túbulos renais, lesando-os. Fato observado com a droga mãe e também com
seus metabólitos.
Mecanismo de Ação das Sulfonamidas.
A célula bacteriana sintetiza o seu próprio ácido fólico incorporando unidades de ácido para amino benzóico (PABA) que
substitui os resíduos de difosfato no difosfato de pteridina para formar o ácido dihidropteróico. A enzima que cataboliza
essa síntese é a dihidropteroato sintetase. A sulfa é um análogo estrutural do PABA e um inibidor competitivo pelo sítio
ativo da enzima.
Efeito BACTERIOSTÁTICO e reversível (remoção do fármaco ou excesso de PABA).
O produto resultante é o ácido tetrahidrofólico (THF) que é essencial para transferir unidades de um carbono no
metabolismo, tais como formil, metil, metileno, metenil e hidroximetil. Esses passos metabólicos são vitais para a
biossíntese de purinas e alguns amino ácidos e o bloqueio da síntese destes leva à morte da bactéria uma vez que o
metabolismo de DNA, RNA e proteínas é bloqueado.
Sulfonamidas e trimetoprima
•
Amplo espectro – interompe a síntese do ácido tetrahidrofólico – inibe a síntese do ácido fólico.
•
Não afeta as células animais porque estas não sintetizam ácido fólico, obtendo-o dos alimentos.
•
As bactérias sintetizam seu próprio ácido fólico, e este processo é interrompido pelas sulfas.
Resistência
•
Pressão seletiva: alteração estrutural da enzima; perda de permeabilidade. Controle pode ser mediado por
plasmídios (rápida disseminação entre bactérias).
•
Cocos (meningo, gono e estrepto) com cepas resistentes.
•
Bastonetes entéricos.
•
Riquétsias.
Características das Sulfonamidas
•
Resistência – prevalente (P. aeruginosa, Proteus, Serratia).
•
gondii).
Atua contra cocos gram +, bacilos gram –, clamídia, actinomicetos, Nocardia, e alguns protozoários (T.
•
Principais indicações – infecções do trato urinário, principalmente devidas a E. Coli.
Farmacocinética
•
A maioria é administrada via oral. Sofrem rápida absorção no TGI e distribuem-se amplamente pelos tecidos
e líquidos corporais (incluindo SNC e LCR), placenta e feto.
•
Ligação com ptns do soro (20 a 90%).
•
[ ] máx em 2-6h após ingestão oral.
•
Excreção urinária, principalmente por FG.
•
Fármaco ativo na urina (10-20x a [ ] sanguínea ).
•
Na insuficiência renal é necessário ajuste de dose.
Exemplos de Sulfonamidas

Meia-vida curta e absorção oral imediata (1-4h).
•
Sulfisoxasol (½ vida 6 horas).
•
Sulfametizol (½ vida 9 horas).

Meia-vida intermediária e absorção oral lenta (4-8h).
•
Sulfadiazina (½ vida 10-17h).
•
Sulfametoxazol (½ vida 10-12h).
•
Sulfapiridina.

Meia-vida longa e absorção intermediária (3-6h).
•
Sulfadoxina (½ vida 7-9 dias) – risco de grave toxicidade.
Usos clínicos

Tópico:
•
Alto risco de sensibilização alérgica e baixa atividade.
•
Exceções: sulfacetamida; sulfadiazina de prata (queimaduras).

Oral:
•
ITU (primoinfecção; não-complicada; sem tratamento anterior).
•
Clamídia (ocular, genital, vias respiratórias).
•
Nocardiose.
•
Dermatite herpertiforme (apesar de não ser distúrbio infeccioso, responde à sulfapiridina).
•
Preparação cirúrgica com sulfas insolúveis.

IV:
•
Em pacientes comatosos sem possibilidade de via oral
Efeitos colaterais
•
Hipersensibilidade.
•
Náusea e vômitos.
•
Síndrome de Stevens-Johnson (lesões cutâneas são máculas eritematosas, bolhas sero-hemorrágicas, e púrpura).
•
Anemia hemolítica ou aplásica.
•
Kernicterus (contra-indicada em gestantes, sobretudo em final de gestação).
•
Dano renal (nefrose e nefrites alérgicas).
TRIMEPTOPRIMA
•
DNA.
Juntamente com as sulfonamidas causa bloqueio seqüencial e sinérgico das vias bacterianas de síntese de
•
Bactérias como Haemophilus e coliformes possuem cepas com resistência (plasmídios)

Farmacocinética
•
Trimeptoprim (½ vida de 11h e absorção oral imediata)
•
Distribui-se amplamente (LCR)
•
Mais lipossolúvel que sulfametoxazol, então distribui-se com maior volume.
•
Grande concentração em próstata e vagina (líquidos prostático e vaginal).
Associação: SMZ+TMP (USOS CLÍNICOS )

Oral ou IV
•
Escolha pneumonia por P. carinii
•
Bronquite
•
Otite média
•
Enterite por Shigella
•
Salmonella
•
ITU complicada (E coli, Proteus, Klebsiela, Pseudomonas, Enterobacter)
•
Prostatite
•
Síndrome uretral aguda (clamídia, gonorréia, Gardnerella)
Efeitos colaterais
•
Lesão renal
•
Náuseas e vômitos
•
Vasculite
•
Lesão renal
•
AIDS (febre, erupções cutâneas, diarréia e leucopenia)
Download