NEPOM NÚCLEO DE ESTUDOS POLÍTICAS MONETÁRIAS NÚCLEO DE ESTUDOS DE DE POLÍTICA MONETÁRIA Economia Internacional: O país que obteve maior destaque neste setor foi os Estados Unidos, que atingiu uma taxa de crescimento do PIB de 4 % no segundo trimestre de 2014. Mesmo em um cenário de recuperação da economia devido à crise de 2008 o país vem gerando mais de 200 mil empregos por mês, o que têm dado um pouco de otimismo para os economistas. O Japão foi o destaque negativo, pelo fato de seu PIB ter contraído em 1,7%, tendo como principal causa o aumento de impostos sobre vendas no país. É importante ressaltar que os Estados Unidos, o Japão, a China e a Inglaterra tiveram suas taxas de juros inalteradas, enquanto a Zona do Euro reduziu os juros na região visando principalmente estimular a economia a fim de reduzir a altíssima taxa de desemprego de 11,4% nesta área. Setor Externo: O dólar iniciou a semana passada em alta frente o real, porém nesta segunda-feira (01/09/2014), chegou a registrar mínima, permanecendo em 2,24. A balança comercial contou com exportações recordes mesmo com o agravamento da crise econômica da Argentina, sendo o principal fator o aumento das vendas de petróleo; e houve recuo de 5,5% das importações por conta da fraca atividade econômica. Em relação ao balanço de pagamentos, os investimentos estrangeiros diretos cobriram maior parte do déficit em conta corrente, este resultante principalmente dos gastos que os estrangeiros tiveram na Copa do Mundo e a desaceleração da atividade econômica. ECONOMIC OUTLOOK FEBRUARY 25, 2014 Modelo Econométrico De acordo com os dados, o Nepom utiliza um cenário em que as taxas de juros não serão alteradas. Síntese das Projeções CENÁRIO TX. SELIC PROB. Pessimista 10.25% ou inferior 0,01% 10.5% 0,68% 10.75% 1,93% 11% 39,09% 11.25% 19,12% 11.5% 32,67% 11.75% ou superior 6,51% 10.25% ou inferior 0,00% 10.5% 0,54% 10.75% 1,62% 11% 36,45% 11.25% 19,10% 11.5% 34,69% 11.75% ou superior 7,58% 10.25% ou inferior 0,00% 10.5% 0,43% 10.75% 1,35% 11% 33,82% 11.25% 18,97% 11.5% 36,63% 11.75% ou superior 8,79% Neutro Mercado de trabalho: O mercado de trabalho se encontra aquecido. As taxas de desemprego divulgadas nos últimos meses foram recordes desde o início da série do IBGE, em 2002. Isso revela uma necessidade de investimento em aumento de produtividade para melhorar o crescimento econômico. Atividade econômica: O resultado do IBC-BR de junho fechou 1,31% menor que maio do ano passado. Isso mostrou uma desaceleração na economia em relação ao ano passado, abaixo das expectativas do mercado. A justificativa para isso foi uma queda da produção industrial e comercial durante esse período Setor Público: No primeiro semestre o superávit primário foi de R$29,3 bilhões, sendo R$17,24 bilhões do Governo Central. Considerando a meta de R$80,8 bilhões estabelecida para o ano de 2014, o Governo precisará economizar R$63,5 bilhões nos próximos 6 meses. Verifica-se um aumento da Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP), o que contribui para o crescimento da Dívida Pública (no semestre aumento de 2,37%). É importante ressaltar, também, o não cumprimento da estratégia de financiamento da Dívida, com um aumento da emissão de títulos de curto prazo e redução de títulos prefixados. Crédito: Houve uma diminuição nas concessões de crédito nesse último mês. O resultado de certa forma era esperado devido ao baixo crescimento, queda de confiança de importantes agentes da economia, desaceleração de consumo e aumento nas taxas de juros. A taxa de juros cobrada de PF no seguimento de recursos livres, por exemplo, bateu recorde ao chegar em 43%. Inflação: A inflação ficou praticamente estável entre junho e julho, o índice de preços IPCA variou de 6,52% para 6,50% no acumulado em 12 meses, ficando exatamente no teto da inflação definida pelo Banco Central. Otimista Para mais informações, visite a página do Nepom: http://nepom.wordpress.com Conclusão Geral: A economia no segundo trimestre do ano de 2014 ficou abaixo das expectativas, influenciada principalmente pelo mau desempenho da indústria e do comércio. Para o restante desse ano as previsões não são as mais otimistas. A inflação, embora tenha desacelerado no mês de julho, continua no acumulado de 12 meses quase ultrapassando o teto da meta do Banco Central de 6,5%.