A Importância da Matemática na Educação Infantil Entendendo que a educação é a sustentabilidade de uma nação e que os avanços matemáticos influenciam na vida organizacional do planeta é que esta pesquisa vem buscar o entendimento dos conceitos matemáticos que os pequenos produzem na educação infantil, analisando os avanços que a Matemática pode desenvolver nas crianças nessa etapa educacional. Entendendo Analisando as propostas pedagógicas dos livros didáticos para essa fase da educação básica e examinando com detalhes as produções realizadas por alunos de 6 anos de idade, em uma escola particular de Imperatriz-MA, em 2005, verificou-se três linhas de pensamento abordados pelas editoras, o papel transformador e aprofundador que a matemática exerce nos alunos na educação infantil. O aumento do número de informações e a velocidade com que elas chegam a nós, nos é exigido uma habilidade no processamento e na obtenção de resultados eficientes. Devido a essa exigência, que fez e ainda está fazendo com que nos preocupemos antecipadamente com a educação e o ingresso mais cedo no ensino sistemático, a educação infantil assume um papel importantíssimo na educação das crianças. Paulo Freire que trouxe à tona a problemática da importância de ler o mundo vem endossar o papel da Matemática na compreensão e na intervenção desta leitura. Nada melhor que iniciar a leitura do mundo desde cedo, já nos primeiros dias de vida; sistematicamente nos primeiros anos da educação infantil para uma caminhada mais segura e benéfica no desenvolvimento das crianças. Onde podemos encontrar o uso da matemática? Desde uma simples compra de guloseima ao grandioso projeto espacial internacional; nas diversas áreas do conhecimento, no idioma falado por um povo, na religião, na ética, na gastronomia são encontrados conceitos matemáticos. Vivemos no mundo rodeado de números, a invenção deles nos trouxe benefícios e malefícios, como já afirmou Platão (428-347 a.C.) no século V a. C que "os números governam o mundo". A capacidade de ir além é uma proeza da humanidade que se apega com os conceitos matemáticos para progredir cada vez mais e assim construir mais um pilar na história da humanidade, assim, podemos reforçar a fala de Roger Bacon (1220-1292): "O abandono da Matemática traz dano a todo o conhecimento, pois aquele que a ignora não pode conhecer as outras ciências ou as coisas do mundo." Não queremos dizer que a Matemática é uma ciência superior a todas as outras. Tampouco, estamos menosprezando as contribuições das outras áreas do conhecimento para o progresso da humanidade. Enfatiza-se aqui, a colaboração que a Matemática presta às demais Ciências, seja no ramo da lógica, da estatística, da aritmética, da geometria, da álgebra, seja onde for, ela fornece meios para o passo seguinte que será tomado. Em matemática a criança deve partir do fazer para o textualizar. Sobretudo na educação infantil o fazer é instrumento necessário no progresso da criança, pois quando ela constrói, se sente realizada, enriquecida, sai de um estado desafiador para um engrandecedor. Ela passa a olhar sua criação com cuidado e atenção, estando pronta para falar sobre ela e dizer como chegou ao fim. Ela se supera. Fortalece sua autonomia. Pensamento esse embasado nos estudos de Confúcio (551-479 a.C.), pois afirma: "Se ouço, esqueço; se olho, recordo; se faço, compreendo". A pesquisadora argentina, Emília Ferreiro, que formulou sua teoria sobre a aprendizagem da escrita, é clara quando fala da aquisição social da língua, da escrita e de noções matemáticas. Nas suas pesquisas está explícita a abordagem sóciointeracionista de Vygotsky. Como nos diz Ferreiro: As crianças iniciam o seu aprendizado de noções matemáticas antes da escola (...) Iniciam o aprendizado do uso social dos números e das atividades sociais relacionadas aos atos de comprar e vender. (2001, p. 98). No momento em que a criança possui um brinquedo e com ele interage, as relações sociais e o uso dos números estão presentes. Quando falta um brinquedo a criança procura, vai atrás porque sabe que sua coleção está incompleta, algo estar faltando, houve perda. E a mesma estando no estágio do egocentrismo, não suporta o sentimento da perda. É um ponto que na educação infantil deve ser trabalhado incessantemente - a perda está para todos nós, assim como o espaço está para a Física. As pessoas sempre terão de perder algo, e trabalhar com os pequenos esse sentimento pode amenizar problemas futuros fortalecendo sua auto-estima e sua capacidade de resistência. Quando o educador desenvolver atividades com os pequenos, nas quais haja subtração, o mesmo deve ter em mente que o deixar para o outro está nas entrelinhas da atividade realizada. Estimular a verbalização do aluno, deixar que ele exponha sua opinião sobre esse sentimento é importante para prosseguir na práxis pedagógica. Dante (1996) nos lembra que a Matemática é, em especial, um modo de pensar. Por isso, faz-se necessário trabalhar o quanto antes esse pensar com as crianças, para um fortalecimento mais eficaz nos alicerces da aprendizagem dessa disciplina. É na primeira etapa da educação básica o momento para alicerçar a construção dos conceitos matemáticos. São através de conceitos simples que as crianças irão buscar o complexo. Seja na elaboração da idéia de número; da classificação; nas noções de grandeza, tempo, direção e sentido, posição, capacidade e massa; no trabalho com a simbolização, seqüências e correspondências; explorando a idéia das operações matemáticas, a manipulação geométrica e a construção e interpretação estatística de fatos e situações. Iniciando a compreensão, partindo sempre de uma situação problema, para maiores progressos futuros no desenvolvimento pleno do ser humano. O desafio da descoberta leva a criança a refletir, a manipular, a agir, para solucionar uma situação-problema. O jogo lhe dá prazer, ela aprende brincando e satisfeita, ao contrário do aborrecimento causado por atividades rotineiras. Como no jogo a criança é livre pra criar, arriscar-se e errar sem censuras, sua autoconfiança se desenvolve mais facilmente. (DANTE, 1996, p. 37 ). Quando os pequenos estão brincando ou jogando o erro é encarado de forma desculpabilizada. Se errarem durante uma rodada ou numa partida eles podem recuperar na outra. Para eles não é importante saber de imediato os procedimentos: o como jogar ou brincar, o essencial é estar interagindo com os demais. E é durante a interação que eles irão aprender as regras, as maneiras de como jogar ou brincar; um ajuda o outro, ora com exemplos ora com a fala. Essa ajuda pode lhe ser muito útil na aprendizagem, pois ele poderá realizar tarefas que sozinha não seria capaz de conseguir. Segundo os estudos de Vygotsky, o que a criança hoje realiza com ajuda (nível de desenvolvimento real), amanhã será capaz de realizar de modo independente (nível de desenvolvimento potencial). Entre esses níveis está a zona de desenvolvimento proximal, caracterizada pelas informações que a criança recebe, porém, ainda não estão amadurecidas ou totalmente assimiladas. O processo da aprendizagem se dar através da interação com o meio e com os outros. A criança, portanto, irá desenvolver a maturação, o que sozinha ela não conseguiria. Propostas Pedagógicas de Livros Didáticos para o Ensino da Matemática na Primeira Etapa da Educação Básica São várias as propostas de editoras para o ensino na educação infantil. Elas oferecem uma variedade de elementos que podem ajudar o profissional no seu trabalho e, também, encantar as crianças com as cores que o material traz. Entretanto ao avaliar estes livros o professor deve observar a formação do autor, suas experiências na área educacional, o tipo de corrente filosófica em que ele se baseia para fundamentar a formulação do material didático. É raro encontrar no ramo editorial autores de livros didáticos para a educação infantil em matemática, com formação específica na área. A grande maioria dos autores é graduada em Pedagogia ou em Letras. Entretanto, podemos encontrar matemáticos que formulam livros de Matemática para essa fase da educação básica. Não desqualificando o trabalho de outros profissionais sobre o tema, porém quando há uma formulação por parte dos mesmos são muitas as lacunas matemáticas existentes. O estudioso da Matemática pode escolher com propriedade o significado mais adequado a ser trabalhado e sobre tudo, conhece intimamente as implicações matemáticas sobre o desenvolvimento da criança. Contudo, a maioria dos licenciados em Matemática, não se interessa no estudo da criança, não gostam do trabalho miúdo e nem tão pouco de estar observando como as crianças formulam seus conceitos sobre temas matemáticos. Claro que há exceções. Para tentar resolver ou amenizar esse problema, há editoras que reúnem especialistas das diversas áreas e que possuem competências didáticas sobre a educação como um todo para elaborarem coleções de livros na educação infantil. São pedagogos, licenciados e/ou bacharéis em Matemática, Ciências, História, Geografia, Letras e Comunicação Social. Eles possuem especializações, sejam na área em que realizaram seus estudos acadêmicos ou na própria educação infantil, e experiência na educação básica. Matéria tirada do site www.pedagogia.com.br