Filosofia – Texto para Recuperação

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DIFERENÇA ENTRE MORAL E ÉTICA
MORAL:
- do latim, significa costumes
- conjunto de regras aceitas
- pressupõe controle dos desejos
ÉTICA:(filosofia moral ou consciência moral)
- do grego, significa modo de ser
- considera-se iniciada pelos gregos
- princípios gerais e abstratos
- crítica dos valores morais
- individual, contudo voltado ao coletivo
- pressupõe:
- coragem, risco de rejeição social
- reflexão
- liberdade
Sujeito moral
- consciente de si e dos outros
- controle sobre impulsos, desejos, sentimentos, capaz de deliberar
- responsável, avaliar as consequências e reconhecer-se como autor
- ser livre
FILOSOFANDO, introdução a filosofia. Maria lucia de A Aranha e Maria Helena P Martins
...o "jeitinho"brasileiro surge como forma autoritária e individualista de desconsiderar as normas da vivência em coletividade.
Moral é o conjunto de regras de conduta consideradas válidas para um grupo ou
para uma pessoa.
Na Idade Média era proibido dissecar cadáveres, e no entanto as instituições
de justiça tinham o direito de torturar seres vivos. Nosso costume de comer bife
escandaliza o hindu, para quem a vaca é animal sagrado.
Isso significa que os valores são em parte herdados da cultura.
Em tese, tais valores existem para que a sociedade subsista, mantenha a integridade
e possa se desenvolver. Ou seja, a moral existe para se viver melhor. Talvez essa
afirmação cause espanto, se considerarmos que as regras morais são concebidas como
condição de repressão humana, sendo, assim, geradoras de infelicidade.
nem sempre as regras morais visam ao bem da comunidade enquanto um
todo. certas regras valem em determinadas circunstâncias e deixam de valer quando
ocorrem alterações nas relações humanas.
Geralmente as morais conservadoras se petrificam quando a sociedade se divide em grupos antagônicos nos quais certos setores desejam manter privilégios.
Para manter o status quo, isto é, a situação vigente de forma inalterada, predominam
a intolerância e a negação do pensamento divergente. Por exemplo, o fanatismo religioso
considera herético todo pensamento que se distancia da ortodoxia. Nas sociedades
escravistas, muito tempo após a abolição da escravatura, persistem os preconceitos relativos à raça escravizada.
A experiência efetiva da vida moral supõe, portanto, o confronto contínuo entre a
moral constituída {isto é, os valores herdados) e a moral constituinte, representada pela crítica
aos valores ultrapassados.
Seriam então os valores, além de relativos ao lugar e ao tempo, também subjetivos,
isto é, dependentes das avaliações de cada indivíduo?
Se cada um pudesse fazer o que bem entendesse, não haveria moral propriamente dita. O sujeito moral tem a intuição dos valores como resultado da
intersubjetividade, ou seja, da relação com os outros. Não é o sujeito solitário que se
toma moral, pois a moral se funda na solidariedade: é pela descoberta e pelo
reconhecimento do outro que cada homem se descobre a si mesmo. Intuir o valor é
descobrir aquele que convém à sobrevivência e felicidade do sujeito enquanto pertencente a
um grupo.
O que acontece com freqüência é que, em certas épocas, não há condições de se
perceber alguns valores: na cidade grande, o individualismo exacerbado torna as pessoas
menos generosas e mais desconfiadas.
O sujeito moral surge quando, ao responder à pergunta "como devo viver?",
o faz com pretensão de validade universal. Ou seja, o sujeito moral não é o eu
empírico, individual, egoísta, mas é o eu enquanto capaz de reconhecer o Outro
como sendo um Outro-Eu: o Outro é tão importante quanto eu sou.
Ninguém nasce moral, mas torna-se moral. Há uma longa caminhada a ser
percorrida para a aprendizagem de descentralização do eu subjetivo, a fim de superar o
egocentrismo infantil e tornar-se capaz de "conviver".
Quando nos referimos ao homem virtuoso, a imagem que nos vem é de
alguém amável, dócil, cordato, capaz de renúncia e pronto para servir aos outros.
Trata-se de uma representação inadequada e muitas vezes perigosa. Nietzsche
referia-se à "moral de escravos" como sendo aquela em que as falsas virtudes se
fundam na fraqueza, no servilismo, na renúncia do amor de si e, portanto, na
negação dos valores vitais.
A palavra virtude vem do latim vir, que designa "o homem", "o varão" (daí o adjetivo
viril). Virtus é "poder", "força", "capacidade". O termo grego areté significa "qualidade
da excelência", "mérito". Portanto, o homem virtuoso nada tem de frágil; ao contrário,
virtude é capacidade de ação, é potência. Para Kant, a "virtude é a força de
resolução que o homem revela na realização do seu dever".
A virtude, enquanto disposição para querer o bem, supõe a coragem de assumir os
valores escolhidos e enfrentar os obstáculos que dificultam a ação.
Por isso a noção de virtude não se restringe a apenas um ato moral, mas
consiste na repetição e continuidade do agir moral. Aristóteles já afirmava que "uma
andorinha, só, não faz verão", para dizer que a virtude não se resume no ato ocasional e
fortuito, mas precisa se tornar um hábito.
No breve percurso que fizemos até aqui, percebemos que o ato moral é complexo e
supõe contradições insolúveis entre social e pessoal, tradição e inovação e assim por diante.
Não há como optar por apenas um lado da questão, mas é preciso admitir que tais contradições constituem o próprio "tecido" da moral.
Continuando na mesma linha, não deixa de nos causar perplexidade o fato de que o
ato moral exige obrigação e liberdade. Vejamos do que se trata.
Se a construção da consciência moral se realiza a partir da aprendizagem da
convivência entre os homens, é preciso admitir que o ato moral é um ato de
vontade. Como tal, distingue-se do desejo, já que este é involuntário, surge com
maior ou menor força e traz a exigência de realização. No entanto, é impossível
atender a todos os desejos por serem inúmeros e antagônicos, e também porque a vida em
comum seria inviável. A moral surge pois do controle do desejo. Evidentemente, não
se trata da repressão do desejo, pois o que se busca não é a sua anulação, mas a
consciência clara do indivíduo que escolhe e decide o que deve ser feito em
determinada situação.
O ato voluntário resulta da consciência da obrigação moral. Só que o dever moral
não pode ser entendido como constrangimento externo, como coação de uns sobre outros,
pois a submissão ao dever precisa ser livremente assumida. Ou seja, só há autêntica moral
quando o indivíduo age por sua própria iniciativa, enquanto ser de liberdade. Autonomia (de auto, "próprio") significa autodeterminação, capacidade de decidir por si
próprio a partir dos condicionamentos e determinismos.
Por isso, todo ato moral está sujeito a sanção, ou seja, merece aprovação ou
desaprovação, elogio ou censura. O senso moral reage porque nossa afetividade foi
atingida: certos atos considerados imorais, como por exemplo o assassinato de uma criança,
provocam-nos indignação.
enquanto nas tribos primitivas o coletivo predomina sobre o pessoal, nas
sociedades contemporâneas o individualismo exacerbado tende a desconsiderar os
interesses da coletividade. É importante que o desenvolvimento de cada um não
seja feito à revelia do desenvolvimento dos demais.
política e moral estão estreitamente relacionadas.
A política diz respeito às ações relativas ao poder e à administração dos assuntos
públicos. Quando há desequilíbrio de poder na sociedade, e a maior parte das pessoas não
atinge a cidadania plena, isto é, não tem formas de atuação política, isso repercute na moral
individual de inúmeras maneiras: as exigências de competição para manter ou alcançar
privilégios e a luta pela sobrevivência na sociedade desigual elevam a níveis intoleráveis o
egoísmo e o individualismo, geradores de violência dos mais diversos tipos. É assim que se
pode falar em falta de ética tanto diante da malversação de verbas públicas, provocando,
por exemplo, o colapso da rede de hospitais (quem há de negar que se trata de violência?),
como também é imoral seqüestrar ou assaltar a mão armada.
Mas os problemas decorrentes da decadência ética que presenciamos não podem
ser resolvidos a partir de tentativas isoladas de educação moral do indivíduo. Um projeto
moral desligado do projeto político está destinado ao fracasso. Os dois processos devem
caminhar juntos, pois formar o homem plenamente moral só é possível na sociedade que
também se esforça para ser justa.
“moral é o conjunto das regras de conduta admitidas em determinada época ou por um grupo de homens.
Nesse sentido, o homem moral é aquele que age bem ou mal na medida em que acata ou transgride as
regras do grupo.
A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e
princípios que fundamentam a vida moral.” (ARANHA; MARTINS, 1993)
Entender as questões e emitir juízos de valor, que percebam a moral dominante, e ir além desses
condicionantes culturais, a partir de um exame criterioso e crítico daquilo que está sendo colocado em
questão e das respostas que a sociedade normalmente daria, é ir além da moral e, aí sim, pensar
eticamente.
A Ética, pelo contrário, diz respeito a uma visão universal, geral e abstracta sobre o
comportamento humano. Nesse sentido, a ética diz respeito a um código de justiça que deve
ser seguido, independentemente das noções contextuais do que é certo ou do que é errado.»
A Diferença entre Ética e Moral.
A Ética consiste na reflexão a cerca dos valores. Ela faz a reflexão sobre os fundamentos da vida
moral.É também conhecida na filosofia como 'filosofia moral.'
Por Moral, entendemos a prática dos valores, ou seja, conjunto de regras ou normas de conduta
próprias de uma dada sociedade.Conhecer como uma pessoa comporta -se frente às coisas é conhecer
a sua formação moral. No entanto, nossa moral pode ser ética ou não.Como saber?
O pressuposto fundamental para sabermos se nossa moral é ética é considerarmos se esses
valores, que fazem parte do meu fundamento moral, promovem a vida.
ÉTICA são normas individuais, ou seja, um conjunto de condutas tomadas por uma pessoa
sem que necessitem de leis para isso, ela segue essas normas pelo simples fato de SABER
que elas são CORRETAS.
Por exemplo: Alguém deixa cair alguma coisa no chão sem perceber, vc vê, pega o que caiu no
chão e vai atrás da pessoa pra devolver. ESSA É UMA CONDUTA ÉTICA PRA VOCÊ, vc fez
isso porque achava ser uma atitude correta.
MORAL são normas sociais, ou seja, um conjunto de condutas pré-estabelecido por uma
sociedade, e que são consideradas corretas PELO GRUPO, e não por um único indivíduo.
Por exemplo: Ter um único companheiro(a) num casamento é um valor moral pré-estabelecido
pela nossa sociedade e que pode mudar em outras sociedades. Há países em q a poligamia é
algo normal.
tuesday, march 04, 2008
A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral
que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo
realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é,
surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido
com Sócrates, pois se exigi maior grau de cultura. Ela investiga e explica
as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição,
educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência.
Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é
eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um interrelacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são
indissociáveis.
a diferença prática entre Moral e Ética é que esta é o juiz das morais, assim
Ética é uma espécie de legislação do comportamento Moral das pessoas
A Moral, afinal, não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por
natureza, seres sociais, assim percebe-se que a Moral também é um
empreendimento social. E esses atos morais, quando realizados por livre
participação da pessoa, são aceitas, voluntariamente.
Pois assim determina Vasquez (1998) ao citar Moral como um “sistema de
normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações
mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que
estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e
conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica,
externa ou impessoal”.
Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos
significam "respeitar e venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio, vai
formando seu meio ambiente ou o destruindo, ou ele apóia a natureza e suas
criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar, e assim ele mesmo se torna
no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, Ética e a Moral se formam numa
mesma realidade.
Autoria: THIAGO FIRMINO SILVANO - Acadêmico do Curso de Direito da UNISUL
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