Dia 3 - Algodao segunda safra - O que muda no sistema de producao

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Mesa-Redonda
Algodão é uma opção rentável para a segunda safra
Prática chega a render uma economia de até 24% nos custos de produção, sem contar
os ganhos de produtividade
O algodão de segunda safra já figura como uma alternativa promissora para os
produtores brasileiros, principalmente pela alta margem de lucro e redução de custos.
Entretanto, especialistas alertam para os riscos diretos de tal opção, como a maior
incidência de pragas. Estes foram os assuntos tratados durante a mesa-redonda
“Algodão segunda safra – O que muda no sistema de produção”, realizada no terceiro
dia (3/09) do 10º Congresso Brasileiro do Algodão.
O primeiro desafio a ser vencido pelo setor, para viabilizar o algodão de segunda safra,
é justamente a redução dos custos de produção. Segundo Jonas Guerra, da consultoria
GBCA, na safra 2014/15 o custo geral para produzir algodão na primeira safra foi,
aproximadamente, 24% mais alto que produzir a fibra na segunda safra. A
produtividade também foi maior na safrinha em 4%. “A primeira coisa que notamos na
segunda safra foram quatro elementos que favoreceram esta redução de custos:
tínhamos mais luz, um solo adequado, água e o clima favorável”, conta Guerra.
No Mato Grosso do Sul, o algodão não possui muita representatividade frente a outras
culturas como soja e milho, entretanto, o engenheiro agrônomo André Luiz da Silva,
do Grupo Schullater, disse que a fibra tem surpreendido com uma margem de lucro
superior ante as plantações dominantes. Mesmo com uma produtividade média abaixo
dos níveis nacionais, algo em torno de 110 arrobas por hectare, ante as 300 arrobas
registradas em outras regiões. “O custo da soja no estado tem ficado cada vez mais
elevado, e a margem menor. Exatamente o contrário do registrado no algodão”,
garante.
Entretanto, o professor Renildo Mion, da Universidade Federal de Mato Grosso, alerta
para os possíveis riscos que a semeadura do algodão de segunda safra pode trazer.
Segundo ele, o período tende a ser um pouco mais úmido, fator que favorece o
aparecimento do bicudo. “Na segunda safra o manejo da fibra precisa receber ainda
mais atenção por parte dos produtores”, afirmou. “E não somente o manejo agrícola,
mas das máquinas também.”
Por fim o pesquisador Fernando Lamas, da Embrapa, destacou que a semeadura do
algodão de segunda safra deveria ser algo a ser discutido de forma mais contundente
entre estados e municípios. Ele explica que ao não existir uma regra de conduta, onde
dois produtores vizinhos resolvam adotar épocas diferentes de plantio, pode favorecer
a proliferação do bicudo. “Sou a favor de regionalizar esta medida, assim não teremos
o bicudo sobrevivendo na primeira safra de um agricultor, simplesmente migrando
para a segunda safra de seu vizinho”, afirmou.
Divulgação: Assessoria de Imprensa do 10º CBA
Tempo de Comunicação – 04/09/2015
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