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O SR. LUIZ BITTENCOURT (PMDB-GO) Pronuncia o seguinte
discurso: Sr. Presidente, Sras e Srs Deputados. A Federação da
Agricultura do estado de Goiás vai apresentar ao presidente da
Republica um documento com reivindicações, inclusive tratando da
negociação de dívidas e seguro contra contingências. Dentre as
propostas estão o prazo da renegociação da dívida alongada entre
2004 e 2006, um modelo de seguro contra contingências externas que
afetam o setor agrícola, um prêmio para aqueles que possam pagar
em dia os financiamentos e taxas de juros compatíveis com a
realidade do mercado. Propõe ainda o documento uma mudança nos
dispositivos do Código de Processo Civil, que não beneficiariam o
produtor, além da falta de soja no mercado interno.
A primeira questão avaliada pela entidade diz respeito à safra do
Estado, que ficou prejudicada em decorrência das chuvas intensas,
principalmente no Sudoeste Goiano. Estima-se que houve prejuízo de
5% a 10% nas plantações mais susceptíveis as ferrugemas asiática .
Todavia, apesar dos transtornos, acredita-se que os preços serão
melhores que nos anos anteriores, eis que o rendimento da safra
deste período será suficiente apenas para cobrir os custos da
produção, não sendo possível quitar financiamentos antigos.
O documentos será entregue à Confederação da Agricultura,
Pecuária do Brasil neste mês de março e tem proposta relativa ao
calonamento do passivo gerado pelos descompassos ocorridos na
economia nos últimos anos que afetaram a agricultura. Outro projeto a
se levado à discussão é o de que a soja estaria em falta no Estado de
Goiás. Indicativos de incentivos fiscais para exportação para outros
países e a redução da área plantada mostram que seriam os principais
motivos da escassez, realmente, uma diminuição de 2.663 milhões de
hectares para 2.492 milhões em 2006 para a área plantada. A
estimativa da Federação da Agricultura de Goiás para 2007 é a de que
este ano seja de 2.447 milhões de hectares, uma redução, portanto,
de 17% em relação ao ano anterior. Por conta deste cenário grande
indústrias, como a Granel, trabalham com 50% da capacidade de
esmagamento de grão devido à falta de matéria-prima.
A propósito, tratando do assunto, o “Diário da Manhã’, jornal que
se edita em Goiânia, publica reportagem de Lívia Rocha na qual
informa que, de fato, registrou-se uma redução da área plantada, mas
contesta a notícia de que o produto esteja em falta no mercado
goiano. Argumenta ela que ainda não se pode falar em falta dos grãos
só foram colhidos, em média, de 30% a 35% de soja, precoce no
Estado. E no que diz respeito à cana-de-açúcar, o total das área
plantada, de acordo com a Federação da Agricultura, na safra
2006/2007 é de 3.669140 hectares e apenas 8% desse montante
representa o cultivo da cana. Apesar do baixo índice a produção
cresceu de 87,44% entre 2005/2006. Tudo isso significa que o meu
Estado avança na produção de grãos, não obstante as constantes
intempéries climáticas como a abundância de chuvas dos últimos
meses. É sem dúvida, um bom angúrio para a economia nacional e
todos festejamos o fato como de importante fundamental para o
desenvolvimento do país. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.
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