Cliente: Anefac Data: 14/12/13 Mídia/ Veículo: Web/ Diário do comércio Inserção/ Editoria: Matéria/ Notícia Entrevistado: Finanças Administração Contabilidade Eventos Anefac Campinas Anefac Rio de Janeiro Troféu Transparência Congresso Anefac Profissional do Ano Colaboração Institucional Brasil terá inúmeros desafios a enfrentar Inflação e juros altos e baixo crescimento devem persistir em 2014 Baixo crescimento, inflação em alta e juros crescentes. Esse cenário, desenhado ao longo de 2013, deverá ser potencializado no exercício que está prestes a se iniciar. Em pleno ano de eleição e Copa do Mundo, o setor produtivo agora torce para, pelo menos, manter o mesmo desempenho alcançado no ano em que o país andou de lado. Inicialmente, esperava-se um 2014 positivo, muito em função de um possível aquecimento da economia proporcionado pela Copa do Mundo. Porém, depois de uma Copa das Confederações catastrófica, com manifestações e prejuízos milionários para o comércio e indústria, o evento deixou de ser visto com bons olhos. "O fato é que já iniciaremos o ano sabendo que a economia vai parar completamente por cerca de um mês. E isso já é algo certo porque, mesmo que não ocorram manifestações, o Brasil não tem infraestrutura para receber um volume maior de pessoas de forma organizada", afirma o diretor de Economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Andrew Storfer. Um exemplo prático disso é o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, Região Metropolitana de Belo Horizonte, que só terá 80% das obras terminadas no período. Outra grande pedra no sapato do governo no próximo ano será a inflação, na visão de vários especialistas. O índice já está pressionado para cima e algumas questões podem levá-lo a um descontrole, caso não seja montada uma boa estratégia. Segundo Storfer, o próprio consumo das famílias já seria capaz de levar a uma X alta dos preços. Mas, como se não bastasse, ainda tem a necessidade do governo de manter os gastos elevados. Isso porque, em ano eleitoral, a tendência é que as contas governamentais aumentem, o que impacta na inflação. Impactos - Isso sem contar que há uma possibilidade de os combustíveis passarem por outro reajuste no próximo ano. Essa é a expectativa dos analistas de mercado que levam em conta a defasagem de preços e a pressão feita pela Petrobras para que ocorra a elevação. E o impacto desse item na inflação é muito elevado, uma vez que deixa o transporte e a produção de mercadorias mais caros no país. E a má notícia para o setor produtivo é que a única forma para tentar equilibrar um pouco o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que restará ao governo é a tão temida elevação de juros que, dentre outras coisas, barra investimentos e reduz consumo interno. Antes mesmo do ano iniciar, por exemplo, já foi anunciado que as taxas do Programa de Sustentação de Investimentos (PSI) serão revistas para cima. "Podemos esperar uma inflação em torno de 6% em 2014 e um crescimento de 2% no máximo na economia. Ou seja, vamos andar de lado novamente", avalia. O presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais, Cláudio Gontijo, concorda que o ano será de baixo crescimento. Para ele, o maior desafio será reverter o saldo negativo da balança de transações correntes que inclui a balança comercial e outros gastos, como por exemplo, viagens para o exterior. "Com a deterioração das contas externas vivemos em função da atração de capital internacional. E o que complica mais é que o país perdeu a confiança do mercado externo", afirma. http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?id=127554