Cliente: Anefac

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Cliente: Anefac
Data: 06/04/2014
Mídia/Veiculo: Web/Estado de Minas
Inserção/Editoria: Matéria/ Notícia
Entrevistado: Andrew Storfer
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Colaboração
Institucional
Companhias de capital aberto freiam
investimentos
Agência Estado
Publicação: 06/04/2014 09:49 Atualização: 06/04/2014 16:36
As companhias de capital aberto puxaram firme o freio dos investimentos. Dados inéditos dos
balanços anuais de 193 sociedades anônimas listadas na Bolsa de Valores, excluídas as
empresas financeiras, revelam estagnação nos investimentos e despesas de capital (capex, na
sigla em inglês) em 2013.
Os números, informados pelas próprias empresas à Comissão de Valores Mobiliários (CMV),
também registraram, ao longo dos últimos três anos, trajetória de recuo nos aportes para
cobrir a perda progressiva do valor de ativos das companhias, a chamada depreciação. Essa
conta afeta máquinas, equipamentos, veículos, móveis, imóveis e instalações. O
levantamento da consultoria Economática, feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo,
mostra que o entusiasmo para investir foi mais abalado nas empresas médias do que nos
grandes grupos.
Em 2013, o volume de investimentos das empresas estacionou, somando R$ 217,11 bilhões. Há
dois anos, havia fechado em R$ 216,98 bilhões - o adicional somou apenas R$ 123,1 milhões
neste intervalo. A variação de 0,57% ficou bem abaixo do índice oficial de inflação de 5,91%
no ano passado.
A relação entre o investimento e a depreciação - que mede a fatia da perda de valor dos
ativos coberta pelos investimentos -, registrou um recuo significativo. Passou de 139% no
X
primeiro ano da gestão Dilma Rousseff para 59% no ano passado, levando-se em conta a
mediana das 193 companhias.
"Significa que essas empresas, consideradas com peso igual para todas na amostra, investiram
59% além do necessário para suprir a demanda por reposição de bens", diz o presidente da
Economática, Fernando Exel. "Ou seja, investiram um pouco mais do que 'pro gasto'." Em três
anos de governo Dilma, as despesas de capital cresceram 13,2%, gerando um adicional de R$
25,3 bilhões nessa conta. Na outra mão, os gastos para cobrir a depreciação avançaram em
ritmo mais forte (34,4%), mas em volume menor: R$ 23,75 bilhões.
Responsáveis por mais de 80% da taxa de investimento no Brasil, as empresas refletem o clima
político instável e a intervenção do governo na economia, segundo especialista. No mercado,
apontam-se alta dos juros, questão fiscal e custos financeiros como influências negativas ao
PIB e ao ambiente econômico. "Essa relação mostra uma aposta de freio no futuro. Pouco
'capex' afeta o PIB no médio prazo", diz Rodrigo Zeidan, consultor e professor da Fundação
Dom Cabral.
O diretor da associação dos executivos financeiros (Anefac), Andrew Storfer, diz que a
intervenção de Dilma "abalou" a economia. "A margem de lucro estreitou e o investimento
minguou por que não há bons sinais", diz. Mais otimista, o coordenador do observatório PPP
Brasil, Bruno Pereira, diz que os 80 projetos de parceria público-privada em carteira nos
Estados "mostram o apetite privado por novos investimentos" desde 2011. As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/04/06/internas_economia,515992/companhia
s-de-capital-aberto-freiam-investimentos.shtml
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