Cliente: Anefac Data: 04/07/2014 Mídia/Veiculo: Web/Diário da Industria e Comércio Inserção/Editoria: Matéria/ Economia Entrevistado: Finanças Administração Contabilidade Eventos Anefac Campinas Anefac Rio de Janeiro Troféu Transparência Congresso Anefac Profissional do Ano Colaboração Institucional Empreendedorismo numa economia fraca Há alguns anos seria difícil que o sonho de ter um negócio próprio superaria a estabilidade de uma carreira dentro de uma organização. No entanto este cenário está se alterando de forma acelerada, parte em função da independência que o jovem de hoje necessita e ou requer, ou ainda em função do mundo cibernético no qual estão inseridas as nossas vidas e negócios. O relatório GEM (Global Entrepreneurship Monitor) – Empreendedores Brasileiros 2013, detectou que 43,5% dos dez mil brasileiros entrevistados, entre 18 e 64 anos, preferem empreender, enquanto 24,7% preferem fazer carreira em uma empresa. Importante salientar que a atividade empreendedora mudou muito no Brasil nos últimos anos, comprovado pelo aumento de número de empreendedores por oportunidade, isto é: aqueles que optam por iniciar um novo negócio mesmo quando possuem outras alternativas de empregos e renda, ou ainda para aumentar a sua renda. No ano 2000 os empreendedores por oportunidade no país era de 42%. Hoje em dia este número subiu para 69,2%, um percentual expressivo. Um dos fatores que também colaborou para esta mudança foi a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, com um tratamento mais simples da parte tributária desta categoria de empresas. Apesar da atividade empreendedora apresentar sinais positivos e de crescimento, a economia brasileira não segue o mesmo ritmo. Basta olhar o fraco desempenho do PIB e as baixas perspectivas de crescimento econômico para os próximos anos. Sabemos que o desenvolvimento baixo no Brasil vai continuar em função das estruturas econômicas que precisam ser mudadas, modernizadas e atualizadas. Enfatizamos também a absurda e complexa carga tributária, a burocracia, a corrupção e o sofrível nível do ensino em nosso país. Sabemos das dificuldades, mas acreditamos que o verdadeiro empreendedor encontra sempre um campo enorme para empreender e inovar. As grandes invenções do mundo moderno ocorreram exatamente em momentos de guerra ou de dificuldades. Estamos com problemas sérios na economia do Brasil, mas também é verdade que existe um mundo de oportunidades, de processos a serem alterados e melhorados. O empreendedor nato é aquele que vence apesar das dificuldades, podendo até converter as dificuldades em vantagens competitivas. Também é importante que o empreendedor nunca perca a persistência, além X de uma boa dose de ânimo para encarar eventuais insucessos. Importante salientar que a maioria dos empreendedores de sucesso no mundo atual, faliram duas ou três vezes antes de alcançarem o sucesso. Além da persistência e ânimo para encarar insucessos, o empreendedor deve, antes de abrir o novo negócio, planejar de forma aprofundada o seu projeto, pesquisando o mercado, entrevistando pessoas, procurando saber o que o seu público alvo realmente necessita. Outro ponto importante para o futuro empreendedor é preparar-se antecipadamente para a gestão, definindo indicadores fundamentais para a gerência do futuro negócio; bons indicadores e devidamente acompanhados significam, quase sempre, a real possibilidade do sucesso no empreendimento. Também não deve esquecer da importante contabilidade para registro das transações, mesmo que no início este serviço seja terceirizado. Roberto Vertamatti, Diretor de economia e membro do conselho da Anefac. Ph D em Administração de Empresas http://www.icnews.com.br/2014.07.04/colunistas/opiniao-do-leitor/empreendedorismo-numa-economiafraca/