Para Palocci, PIB mostra que BC acertou na política monetária O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, saiu em defesa da política monetária do Banco Central nesta quarta-feira, um dia após dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística terem apontado uma desaceleração da economia no primeiro trimestre. Em entrevista coletiva, Palocci afirmou que o desaquecimento da economia era esperado e mostra que o BC fez o diagnóstico e agiu no momento correto. Ele também reiterou que o câmbio é flutuante e descartou alterações das metas de inflação e fiscal para o ano. Os dados mostram correção da política monetária. Quando o BC fez o diagnóstico de pressão inflacionária isso não era totalmente percebido... O esforço respondeu a uma necessidade de colocar a inflação em trajetória de queda, disse Palocci. A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre desacelerou para 0,3 por cento em relação ao trimestre imediatamente anterior. Palocci disse preferir um país que realiza esforço para controlar a inflação do que um que comemora números com inflação desfavorável. Ele acrescentou que continua acreditando em um bom resultado do PIB este ano, mas não arriscou projetar uma taxa de crescimento. As últimas estimativas do Banco Central e do Ministério do Planejamento apontam para uma alta de quatro por cento do PIB. O ministro destacou que a política monetária restritiva atua sobre o canal do crédito, da demanda e também do câmbio. Se o esforço encontra resultados acertados na inflação, sendo possível reduzir os juros, os demais indicadores chegarão a valores adequados, afirmou. No caso do câmbio, é fato que setores exportadores têm se queixado, mas nosso principal compromisso é com o câmbio flutuante. Não perdemos a convicção de que o câmbio flutuante é a melhor política, e a balança comercial mostra isso. – Maio – Foi o segundo melhor resultado do ano. CPI Palocci destacou que o governo está concentrado em discutir com o Congresso uma agenda de iniciativas que inclui a reforma tributária e a regulamentação da lei de falências. Negou, ainda, que esse processo possa ser prejudicado pela possível criação da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios. Eu confio que as lideranças do governo e da oposição têm responsabilidades com o país e vão saber dar o lugar adequado a esse debate mais conflituoso e encontrar o espaço adequado para tocar a agenda que está sendo discutida no Congresso Nacional, afirmou. Se o país deixar de lado a sua agenda, isso não é bom para o país. Questionado, ainda, se o governo cogita ceder às pressões para a alteração da meta de inflação ele negou que a meta – de 5,1 por cento – deste ano será abandonada e afirmou que a princípio a meta de – 4,5 por cento – 2006 será mantida pelo Conselho Monetário Nacional. O ministro também descartou a possibilidade de elevar a meta fiscal deste ano - de 4,25 por cento do PIB - para garantir uma redução da relação dívida/PIB. 1 O superávit primário tem se mostrado nesses dois anos e meio suficiente para responder a esse objetivo de colocar a dívida pública em trajetória declinante, concluiu. Fonte VERSIANI, Isabel. Para Palocci, PIB mostra que BC acertou na política monetária. Disponível em: <http://br.news.yahoo.com/050601/5/ujga.html>. Acesso em: 17 ago. 2005. 2