TENDÊNCIAS Consultoria Integrada Cenário Econômico em 2006 Gustavo Loyola VII Seminário Econômico Fundação CEEE Porto Alegre (RS), 07/12/2005 Crise política: repercussões na economia Paralisia da agenda de reformas, sem crise institucional. Repercussões econômicas, no curto prazo, são amenizadas: – Pela elevada liquidez dos mercados financeiros internacionais; – Pelos bons fundamentos macroeconômicos: - Pela percepção de que a política econômica está relativamente imune; - Pelo de entendimento de que o possível beneficiário da crise, nas eleições de 2006, seria os já testados PSDB / PFL. Repercussões na economia As políticas monetária e fiscal devem ser mantidas em 2006, apesar da turbulência política. O espaço para uma agenda positiva de reformas se reduz. Incertezas adiam investimentos públicos e privados. Crescimento da economia fica comprometido pela deterioração das expectativas. Não se espera, no entanto, uma crise de confiança do tipo da enfrentada em 2002. CENÁRIOS PARA 2006 Otimista: Lula vence crise e reformas prosseguem. Economia internacional em crescimento. Pessimista: Lula perde o rumo e muda a política econômica Básico: Reformas limitadas. Alguma volatilidade na economia mundial. Rumo na macroeconomia se mantém. O ano de 2006 Inflação em trajetória de queda BC derruba gradualmente os juros. Atividade econômica em moderada recuperação. Taxa de câmbio relativamente estável. Fatores políticos podem afetar câmbio e prêmio de risco. PROJEÇÕES PARA 2005 PIB: 2,5% Inflação (IPCA): 5,4% Juros (dez): 18,0% Taxa de câmbio (dez): R$ 2,25/US$ 1,00 Balança comercial: US$ 42 bilhões Conta-corrente: US$ 15,3 bilhões (1,5%PIB) Investimento estrangeiro: 16 bilhões PROJEÇÕES PARA 2006 PIB: 3,4% Inflação (IPCA): 4,5% Juros (dez): 15,0% Taxa de câmbio (dez): R$ 2,30/US$ 1,00 Balança comercial: US$ 39 bilhões Conta-corrente: US$ 10,7 bilhões Investimento estrangeiro: 14 bilhões RISCOS DE CURTO PRAZO Desequilíbrios mundiais: – Economia norte-americana: elevado déficit em conta-corrente, juros reais baixos e “bolha especulativa” no mercado imobiliário; – Petróleo: capacidade limitada de crescimento da oferta, face ao acelerado crescimento da demanda. Dificuldades políticas domésticas: – Agravamento da crise política que afete a continuidade da política econômica; – Risco de eleição de um populista em 2006. Por que o Brasil cresce pouco ? PIB potencial afetado pela ausência de reformas microeconômicas: – É necessário aumentar a produtividade dos fatores de produção e criar um ambiente favorável aos investimentos. No curto prazo, a crise política afetou negativamente a demanda. BC pode ter errado a mão, mas as razões para o baixo crescimento são mais complexas. TENDÊNCIAS CONSULTORIA INTEGRADA www.tendencias.com.br tel.: (11) 3052-3311