Margem de contribuição Margem de Contribuição é quantia em dinheiro que sobra do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria após retirar o valor do custo variável unitário. Esta quantia é que irá garantir a cobertura do custo fixo e do lucro, após a empresa ter atingido o Ponto de equilíbrio, ou ponto crítico de vendas. Exemplos: 1 -) Valores em R$(000) Vendas Líquidas.................. 1.000 (-) Custos e Despesas Variáveis Materiais................. Outros Gastos Fabric. Desp.Vendas e Distrib. 400 50 150 600 MARGEM I = 400 40% (-) Mão de Obra Direta MARGEM II 320 80 32% 2-) Faturamento líquido 30.000 (-) Custos e Despesas Variáveis Materiais Outros Gastos Fabricação Comissão sobre vendas Outras Despesas Variáveis Margem I 2500 : .: : : 18.000 3.000 1.500 5.000 27.500 8,3% (-)MOD–mão de obr, 3.000 MARGEM II ( 500 ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTO / M.CONTRIBUIÇÃO HORÁRIA Produto A Produto B Total Vendas líquidas................. 500 500 1.000 (-) Custos Variáveis.......... 275 275 550 225 45,0% 225 45,0% 450 45,0% Margem de Contribuição Assim, de acordo com a forma tradicional de analisar a margem de contribuição, tanto o produto A quanto o produto B apresentaram a mesma margem de contribuição. No entanto, ao analisar a carga horária exigida para produção dos mesmos, pudemos constatar que o produto A consumiu o dobro de horas. Assim temos: Horas gastas.................. Margem de Contribuição Horária........................... 100 h $ 2,25 50 h $ 4,50 Exemplo : Demonstração de Resultado com Margem de Contribuição DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO Receita Bruta (-) Impostos e Vendas Canceladas (=) Receita Líquida (-) Custos variáveis (-) Despesas Variáveis (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (-) Custos fixos (-) Despesas de vendas fixas (-) Despesas gerais e administrativas (-) Outras receitas e despesas operacionais (=) Lucro operacional antes das rec.e desp.financeiras Receitas financeiras (-) Despesas financeiras (=) Lucro operacional VALORES (R$) 1.000 (220) 780 (280) (60) 440 (120) (100) (75) (05) 140 40 (61) 119 Receitas não operacionais (-) Despesas não operacionais (=) Lucro antes do Imposto de renda (-) Provisão para Imposto de Renda (=) Lucro (Prejuízo) Líquido 3 (1) 121 (41) 80 Provisão: Provisão é uma reserva de um valor para atender a despesas que se esperam. A provisão visa a cobertura de um gasto já considerado certo ou de grande possibilidade de ocorrência. CÁLCULO DO INDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO X 100 FATURAMENTO PONTO DE EQUILIBRIO CONTÁBIL Para o ponto de equilíbrio contábil são levados em conta os custos fixos contábeis relacionados com o funcionamento da empresa. Ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas. No ponto de equilíbrio, a empresa não terá lucro nem prejuízo. O ponto de equilíbrio é calculado das seguintes formas: 1. Ponto de Equilíbrio em Valores: Valor total das despesas fixas, dividido pela % da margem de contribuição. Exemplo: - Valor total das despesas fixas = R$ 5.000,00; - % margem de contribuição = 30%; - Ponto de Equilíbrio: R$ 5.000,00 / 30% = R$ 166.666,67. 2. Ponto de Equilíbrio em Quantidades: Valor total das despesas fixas, dividido pelo valor da margem de contribuição. Exemplo: - Valor das despesas fixas = R$ 5.000,00; - Valor da margem de contribuição = R$ 6,00; - Ponto de Equilíbrio em Qtde: R$ 5.000,00 / R$ 6,00 = 833 unidades. Ou seja, quando forem produzidas 833 unidades de produção a empresa estará em equilibrio financeiro. Este equilibrio tambem pode ser calculado em dias. Nesse caso, quantos dias de produção são necessários para que os gastos se igualem as receitas. DESPESAS OPERACIONAIS São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora. As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa, entendendo-se como necessárias as pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações exigidas pela atividade da empresa. MARKUP E TRIBUTOS Markup é um termo usado em Economia para indicar quanto do preço do produto está acima do seu custo de produção e distribuição. Pode ser expressado como uma quantia fixada ou como percentual. O valor representa a quantia efetivamente cobrada sobre o produto a fim de obter o preço de venda. É o percentual do Preço de Venda que paga todas as Contas, que só existem quando ocorre a Venda de um Produto ou Serviço. São exemplos desta Contas: Impostos, Comissão, Encargos Financeiros sobre desconto de Títulos ou Duplicatas, etc. Inclui-se também nestas Contas o Lucro. Todas esta Contas são representadas, individualmente, em forma de percentuais do Preço de Venda. Assim, se tomarmos um exemplo de um Produto ou Serviço que foi Vendido por R$ 100,00 e que: os Impostos sobre a Venda representa 18%, a Comissão 10%, Encargos Financeiros 4,5% e o Lucro 10%; a Soma destes percentuais representa o valor do Markup de Venda. Neste exemplo O Markup de Venda é 42,5% do Preço de Venda. Como o Produto ou Serviço foi Vendido por R$ 100,00 então R$ 42,50 serão destinados para pagamento das contas do Markup de Venda, distribuído: R$ 18,00 para pagamento dos Impostos sobre a Venda, R$ 10,00 para Comissão, R$ 4,50 para Encargos Financeiros e R$10,00 para o Lucro. Os outros 57,5% que é igual a R$ 57,50, no exemplo citado, serão destinados para o pagamento do Custo de Produção. Podemos dizer também que os 57,5% representa o Markup Divisor, ou Coeficiente Divisor. O Markup Divisor é o percentual que se obtém tomando (1) um inteiro (100%) e deste subtraindo o percentual do Markup de Venda. Porque Markup Divisor ? Tomando-se o Custo de Produção e dividindo pelo percentual do Markup Divisor se obtém o Preço de Venda. No exemplo acima o Custo de Produção é de R$57,50. Se, tomarmos este valor e dividi - lo por 0,5750 (57,5%) teremos como resultado R$ 100,00, que é o Preço com que foi Vendido o Produto ou Serviço. CAPITAL DE GIRO Capital de giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro", que seriam os bens efetivamente em uso. Em geral de 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa representam a fatia correspondente a este capital. Além de sua participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige um esforço para ser gerido pelo administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo. O capital de giro precisa ser acompanhado e monitorado permanentemente, pois está sofrendo o impacto das diversas mudanças no panorama econômico enfrentado pela empresa de forma contínua. As dificuldades relativas ao capital de giro numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores: - Redução de vendas - Crescimento da inadimplência - Aumento das despesas financeiras - Aumento de custos Denominando-se de "aplicação permanente" as contas não circulantes do ativo e de "fonte permanente" as contas não circulantes do passivo, define-se como Capital de Giro (C.D.G.) a diferença entre as fontes permanentes e aplicações permanentes. C.D.G. = Passivo Permanente - Ativo Permanente. O Capital de Giro também é um conceito econômico - financeiro e não uma definição legal, constituindo uma fonte de fundos permanente utilizada para financiar a Necessidade de Capital de Giro. O Capital de Giro apresenta-se razoavelmente estável ao longo do tempo. O Capital de Giro diminui quando a empresa realiza novos investimentos em bens do ativo permanente (aumento dos imobilizados). Todavia, esses investimentos são, em geral, realizados através de "Autofinanciamento" (empréstimos a longo prazo, aumento do capital em dinheiro e lucros líquidos) que por sua vez, aumentam o Capital de Giro (aumento das fontes permanentes) compensando, aproximadamente, a diminuição provocada pelos novos investimentos. O Capital de Giro pode ser negativo. Neste caso, as aplicações permanentes são maiores do que as fontes permanentes, significando que a empresa financia parte de seu ativo permanente com fundos de curto prazo. Embora esta condição aumente o risco de insolvência, a empresa poderá se desenvolver, desde que sua Necessidade de Capital de Giro seja, também negativa. Em Contabilidade, existe o Capital de Giro Circulante, que seria a diferença do Ativo Circulante e do Passivo Circulante, grupos de contas do Balanço Patrimonial. Esse índice é decomposto na Demonstração conhecida legalmente como Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, fonte de valiosos dados econômicos acerca da informação contábil. Essa Demonstração (que antes da lei das S/A também já foi chamada de Demonstração de Fundos), pode ser combinada com a Demonstração de Fluxo de Caixa, acrescentado-se informações financeiras de uso gerencial. Os conceitos financeiros e contábeis provieram de pontos clássicos da Economia. O Capital Circulante, sob essa abordagem, é um conceito criado como o oposto do Capital Fixo.Adam Smith e principalmente David Ricardo, foram os primeiros a estudar essa matéria de uma forma científica, própria da Ciência Econômica. INDICADORES OPERACIONAIS PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO (PMR) É o tempo médio que a empresa demora para receber suas vendas a prazo PMR = SMDR X 360 dias VP SMDR= saldo médio de duplicatas a receber VP= total de vendas anuais a prazo PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO (PMP) É o tempo médio que a empresa demora para pagar suas compras de insumos a prazo. PMP = SMDP X 360 dias CV SME = Saldo médio de duplicatas a pagar CP = total de compras anuais a prazo PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME) PME = SME X 360 dias CV SME = Saldo médio de estoques CV = Custo das vendas