1 Distúrbios de Saúde Mental Os profissionais de saúde enfrentam

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UCB – CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: Enfermagem na Saúde do Idoso
Profª. Alcinéa Cristina Ferreira de Oliveira
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Distúrbios de Saúde Mental
 Os profissionais de saúde enfrentam o desafio de reconhecer, avaliar,
encaminhar, colaborar, tratar e apoiar os idosos que apresentam alterações
perceptíveis no intelecto ou afeto.
É importante a elaboração de um histórico completo – pode revelar um
distúrbio físico ou mental tratável e reversível.
Sempre avaliar o envolvimento familiar, o acesso e a qualidade dos cuidados,
os custos e a adesão ao tratamento, além das questões éticas.
 DEPRESSÃO
 Distúrbio afetivo ou do humor mais comum do idoso – responde
ao tratamento.
 Classificação de acordo com o número, gravidade e duração dos
sintomas.
 Prejudica a qualidade de vida, aumenta o risco de suicídio e se
autoperpetua.
 Pode consistir no sinal inicial de uma doença crônica ou ser o
resultado da doença física.
 Os sinais incluem: sentimentos de tristeza, fadiga, diminuição da
concentração e da memória, sentimentos de culpa ou inutilidade,
distúrbios do sono, distúrbios do apetite, perda ou ganho de peso
excessivo, agitação, comprometimento cognitivo.
 Tratamento: antidepressivos, abordagens psicossociais
 DELÍRIO
 Frequentemente chamado de estado confusional agudo, começa
a confusão e progride para a desorientação.
 O paciente pode experimentar um nível alterado de consciência,
variando desde o estupor até a atividade excessiva.
 O pensamento mostra-se desorganizado e sua capacidade de
atenção é caracteristicamente curta.
 Alucinações, ilusões, medo, ansiedade e paranóia podem ser
evidentes.
 Ocorre de forma secundária a inúmeras causas, incluindo doença
física, intoxicação medicamentosa ou alcoólica, desidratação,
desnutrição, infecção, traumatismo craniano, falta de estímulos
ambientais e privação ou sobrecarga sensorial.
 O enfermeiro deve reconhecer as graves implicações dos
sintomas agudos e relatá-los imediatamente. O não tratamento
adequado e imediato pode levar a lesão cerebral e até morte.
 DEMÊNCIAS
 A demência é uma síndrome adquirida na qual a deteriorização
progressiva nas habilidades intelectuais globais é de tal gravidade
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que interferem com o desempenho ocupacional e social cotidiano
da pessoa.
Caracterizam-se por um declínio geral no funcionamento
intelectual, o que pode incluir as perdas de memória, da
capacidade de raciocínio abstrato, do julgamento e da linguagem.
Os sintomas no início são sutis e progridem lentamente até
tornarem-se evidentes e devastadores
As alterações características das demências recaem em três
categorias gerais: cognitiva, funcional e comportamental.
As causas de demências reversíveis podem ser: alcoolismo, o uso
de medicamentos (polifármacos), os distúrbios psiquiátricos e a
hidrocefalia com pressão normal.
As demências irreversíveis mais comuns: mal de Alzheimer, a
demência por multiinfarto e a combinação de ambas
Outras demências incluem: Mal de Parkinson, a demência ligada à
AIDS e a doença de Pick
 DEMÊNCIA POR MULTIINFARTO
 Cerca de 15% dos casos de demência
 Caracteriza-se por um declínio desigual e acentuado da
função mental
 O comprometimento cerebral acontece quando o aporte
sanguíneo para o cérebro é rompido. O infarto, a morte
cerebral, ocorre com rapidez.
 Múltiplos pequenos infartos cerebrais, clinicamente
manifestados como pequenos acidentes vasculares cerebrais
resultam na demência por multiinfarto.
 Início entre 50 e 70 anos; ocorre mais em homens que em
mulheres.
 Vertigem, cefaléia e diminuição do vigor físico e mental
constituem os sinais iniciais da demência por multiinfarto.
 O tratamento precoce da hipertensão e da doença vascular
pode evitar a progressão da doença.
 DOENÇA DE ALZHEIMER
 Distúrbio neurológico degenerativo, progressivo e
irreversível, que começa de maneira sutil e se caracteriza por
perdas graduais da função cognitiva e por distúrbios no
comportamento e afeto
 De 1 a 10% dos casos seu início é na meia-idade
 História familiar de mal de Alzheimer e a presença de
síndrome de Down, são fatores de risco estabelecidos para a
doença de Alzheimer.
 Existem alterações neuropatológicas e bioquímicas
específicas. Por exemplo, o entrelaçamento neurofibrilar( uma
massa entrelaçada de neurônios não-funcionantes ) e placas
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senis ou neuríticas (depósitos da proteína Beta-amilóide).
Esse comprometimento neuronal ocorre principalmente no
córtex cerebral e resulta na diminuição do tamanho do cérebro.
 As células mais afetadas por essa doença são aquelas que
utilizam o neurotransmissor acetilcolina. A nível bioquímico, a
enzima ativa na produção de acetilcolina mostra-se diminuída.
A acetilcolina está especificamente envolvida no
processamento da memória.
 As alterações de personalidade são evidentes. O paciente
pode ficar deprimido, desconfiado, paranóide, hostil e até
mesmo agressivo.
 Faz-se um diagnóstico de “provável doença de Alzheimer”
quando a história médica, o exame físico e os exames
laboratoriais excluíram todas as causas conhecidas de outras
demências

AÇÕES DE ENFERMAGEM
Manutenção da segurança física do paciente, redução da ansiedade e
agitação.
Melhoria da comunicação, promoção da independência nas atividades de
autocuidado.
Atendimento das necessidades de socialização e privacidade do paciente.
Manutenção da nutrição adequada
Controle dos distúrbios do padrão do sono apoio e educação dos
cuidadores e familiares.
SÍNDROMES GERIÁTRICAS
A doença resulta de vários fatores
Idosos de risco: frágeis, debilitados, deprimidos.
As síndromes geriátricas não constituem uma conseqüência normal do
envelhecimento
A intervenção precoce pode evitar complicações adicionais e ajudar a
maximizar a qualidade de vida para muitas pessoas idosas.
 Mobilidade comprometida
 Tonteira
 Quedas
 Incontinência urinária: pode ser causada por
anormalidades neurológicas ou estruturais.
- Ações de enfermagem: * orientar a promoção de rápido acesso
às instalações sanitárias; roupas que possas ser retiradas com
facilidade; apoio emocional.
Referências:
BRUNNER&SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Vol.1
9ªed. Edit. Guanabara Koogan. P.143-150 ano 2002.
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