O MAL DE ALZHEIMER SOB A INFLUÊNCIA DOS FÁRMACOS Karen Daiane Chaves da Silva1; Carla Cristina de Carvalho 1; Laira Nogueira Grola1; Amanda Marconi1; Sandra Cristina Catelan Mainardes 2. RESUMO: O objetivo deste projeto é identificar as reações e influências dos fármacos anticolinesterásicos nos portadores da doença de Alzheimer. Esta é uma doença degenerativa progressiva que compromete o cérebro causando: diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento e alterações comportamentais. A doença pode manifestar-se a partir dos quarenta anos de idade, sendo que a partir dos sessenta, sua incidência se intensifica de forma exponencial. O tratamento farmacológico da doença de Alzheimer pode ser definido em quatro níveis: (1) terapêutica específica, que tem como objetivo reverter processos patofisiológicos que conduzem à morte neuronal e à demência; (2) abordagem profilática, que visa retardar o início da demência ou prevenir declínio cognitivo adicional, uma vez deflagrado processo; (3) tratamento sintomático, que visa restaurar, ainda que parcial ou provisoriamente, as capacidades cognitivas, as habilidades funcionais e o comportamento dos pacientes portadores de demência; e (4) terapêutica complementar, que busca o tratamento das manifestações não-cognitivas da demência, tais como depressão, psicose, agitação psicomotora, agressividade e distúrbio do sono, sendo que além desses quatro níveis, é ainda necessário, intervenções psicossociais para o paciente e seus familiares. Os inibidores da colinesterase (I-ChE) são as principais drogas hoje licenciadas para o tratamento específico da doença de alzheimer. Seu uso baseia-se no pressuposto déficit colinérgico que ocorre na doença, e visa o aumento da disponibilidade sináptica de acetilcolina, através da inibição das suas principais enzimas catalíticas, a acetil e a butirilcolinesterase. Têm efeito sintomático discreto sobre a cognição, algumas vezes beneficiando também certas alterações não -cognitivas da demência. Como metodologia para atingir o objetivo proposto realizou-se cinco entrevistas semi-estruturadas com membros familiares do portador da doença de Alzheimer. A análise se constituiu de forma qualitativa, obtendo como resultados, que dos cinco portadores da doença, quatro (80%) fazem uso de medicação, e apenas um (20%) não, sendo que em geral, não é visto um avanço na melhora da doença, os quadros geralmente se mantém, com exceção de um caso ou outro. O medicamento mais utilizado para o tratamento dos portadores é o excelon, um fármaco anticolinesterásico. Contudo, constatou-se que os efeitos das drogas hoje aprovadas para o tratamento da doença de Alzheimer, limitam-se ao retardo na evolução natural da 1 Discentes do Curso de Psicologia do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) – Maringá, PR. [email protected]; [email protected]; [email protected] ; [email protected] 2 Orientadora e docente do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) – Maringá, PR. Brasil, e da Universidade Paranaense. [email protected] doença, permitindo apenas uma melhora temporária do estado funcional do paciente. PALAVRAS-CHAV E: alterações psíquicas e comportamentais; anticolinesterásicos; déficit colinérgico; doença de Alzheimer