ACETILCOLINESTERASE CEREBRAL UM BIOMARCADOR DA TRIFLURALINA EM PEIXES DA ESPÉCIE (Colossoma macropomum) Jaqueline Maria da Silva ¹, Fátima Lucia de Brito dos Santos 1, Jessica Guerra Gouveia2, Pedro Vitor Cavalcante Nunes2, Sônia Salgueiro Machado3, Antônio Euzébio G. Santana3, José Patrocinio Lopes4, Fabiane Caxico de Abreu3 1. Instituto de Química e Biotecnologia-IQB, Universidade Federal de Alagoas, MaceióAlagoas, Brasil. e-mail:[email protected]. 2. Alunos da Graduação em Química no IQB/UFAL. 3. Profs. Drs. do Instituto de Química e Biotecnologia/UFAL 4. Diretor da EPPA da Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF O objetivo desse trabalho foi analisar o efeito do herbicida Trifluralina (TRF) na atividade da acetilcolinesterase (EC 3.1.1.7, AChE), atividade específica e na proteína do cérebro de tambaqui (Colossoma macropomum), como um possível biomarcador, por um período de 96 horas. O estudo desse herbicida (TRF) se deve ao fato dele ser muito utilizado na agricultura em todo o nordeste brasileiro para o controle de ervas daninhas nas plantações e pastagens, como também apresentar uma alta toxicidade e uma longa persistência no ambiente, esta podendo afetar os ecossistemas através da contaminação ambiental do solo e da água. A presença desse herbicida no sistema aquático pode desenvolver uma contaminação acumulativa nos peixes e em outros animais, causando indiretamente uma maior contaminação. Os peixes foram expostos durante 96 horas a concentrações do herbicida de 0,30; 0,74; 1,5µM. Os cérebros foram removidos e embalados em saches de papel alumínio e congelados imediatamente em nitrogênio líquido e congelados a -20ºC em freezer até a homogeneização. Após serem descongelados, os cérebros foram pesados e suspensos em solução a 0,9% NaCL em homogeneizador de vidro, em seguida foi sonificado (5 golpes por 15 segundos cada imerso em gelo). A atividade da AChE foi medida no homogenato á temperatura ambiente (25-28ºC) de acordo com Ellman, com modificações. Os resultados das determinações da atividade AChE, atividade específica e proteína do controle apresentaram os maiores valores de (1530,0 µmol.min-1/ml), (5,18 µmol.min-1/mg proteína) e (295,0 mg/ml). Entretanto, quando os animais foram colocados em exposição com a TRF estes valores diminuíram significativamente para (973,08 µmol.min-1/ml), (4,53 µmol.min-1/mg proteína); (944,43 µmol.min-1/ml), (4,40 µmol.min-1/mg proteína) e (810,47 µmol.min-1/ml), (3,77 µmol.min-1/mg proteína) para as concentrações testadas, 0,30; 0,74; 1,5µM de TRF, respectivamente. O valor protéico foi o mesmo (214,45 mg/ml) para todas as concentrações 10 a 12 de outubro de 2011 UNESP – Instituto de Biociências Rio Claro / SP testadas. A exposição desses peixes ao herbicida resultou na redução da atividade cerebral da AChE em aproximadamente 63,6%, 61,7%, 52,9% enquanto, que o controle positivo com o carbamato eserina (0,25µM) foi de 66%. Esses resultados sugerem que a TRF apresenta uma forte interferência na atividade da AChE no cérebro de tambaqui e tem efeito inibitório comparável ao da eserina. Palavras – chave: Piscicultura, herbicida,peixe. Área: Biotecnologia Financiamento: Capes/cnpq 10 a 12 de outubro de 2011 UNESP – Instituto de Biociências Rio Claro / SP