Trocas gasosas em folhas de mudas de mangueira e cacau

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C.4.2 - Fisiologia Vegetal;
Trocas gasosas em folhas de mudas de mangueira e cacau
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José Nilton R. Figueiredo ; Danilo F. Silva Filho ; Ariel D. Blind ; Fábio S. Araújo ; Edimilson B. Lima ;
Francisco M. Machado6
1Técnico, Mestrando em Agricultura no Trópico Úmido, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
[email protected]
2 Pesquisador Titular, Doutor, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
3.Técnico, Doutorando em Agronomia do Trópical, UFAM
4 Mestre em Agricultura no Trópico Úmido, INPA
5 Mestrando em Agricultura no Trópico Úmido, INPA
6 Pesquisador Titular, NERUA/INPA
Palavras Chave: Fotossíntese, curva de luz, infravermelho.
Resultados e Discussão
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A floresta Amazônica apresenta-se como um importante
componente no sistema climático regional, exercendo
função essencial nas trocas de massa e de energia com a
atmosfera.
Para que se possa avaliar o balanço de carbono em um
ecossistema é importante saber que as taxas de perdas
para a atmosfera, já que as emissões de carbono
apresentam grandes variações que podem propiciar
mudanças nas condições ambientais. A morfologia da
planta, contudo, pode ser fortemente influenciada pelas
condições ambientais permitindo com isso, identificar
indivíduos com grande potencial fotossintético a fim de
aproveitar melhor essas espécies em pesquisas na região
amazônica.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a absorção de CO2
em plantas de sol (mangueira) e de sombra (cacau) em
diferentes intensidades de luz utilizando um analisador de
gás infravermelho (IRGA).
provavelmente, do estresse térmico a qual as plantas
estão submetidas. Isto implica no fechamento dos
estômatos para evitar a perda de água.
Barber e Anderson, (1992) afirmam que o aumento
excessivo da luz acima da capacidade de utilização pela
fotossíntese pode resultar em uma condição de estresse
conhecido como fotoinibição.
Long et. al., (1994) definem fotoinibição como sendo a
redução lentamente reversível da fotossíntese que pode
levar a redução da fotossíntese máxima, se a exposição à
luz for prolongada.
Absorção de CO2 (ymol m .s )
Introdução
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Intensidade de Luz (ymol m .s )
O desempenho na assimilação de CO2 por plantas de
sombra e de sol é mostrado no gráfico da Figura 1.
Apesar da planta de sombra apresentar uma perda maior
de CO2 durante a ausência de luminosidade em relação à
planta de sol, sua resposta é mais eficiente quando a
incidência de luz aumenta gradativamente de 0 a 100
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µmol.m .s em sua lâmina foliar.
Para Inoue e Ribeiro, (1988), estes resultados confirmam
a premissa de que plantas com diferentes potenciais
fotossintéticos podem apresentar desempenhos distintos
em função de sua capacidade em formar uma grande
área foliar. Isto explica, em parte, porque plantas de
sombra têm desempenho melhor que as de sol.
Long et. al., (1994), afirmam que sob baixa intensidade
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luminosa (menor que 100 µmol.m s ), mais de 80% do
quantum absorvido é usado na fotossíntese. Quando a
intensidade luminosa aproxima-se de 1000 µmol.m-2s-1
(cerca de metade do valor da luz solar), menos de 25% do
quantum absorvido é usado e, sob luz solar plena, a
utilização reduz para aproximadamente 10%.
À medida que a intensidade de luz sobre a folha aumenta
de 100 a 500 µmol.m-2.s-1, o desempenho de absorção de
CO2 das plantas se inverte, sendo que ambas atingem o
ponto de saturação sobre intensidade de luz semelhante.
Quando submetidas à intensidade superior a 500 µmol.m
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.s , decresce a absorção de CO2 em função,
Planta de Sol
Planta de Sombra
Figura 1. Assimilação de CO2 por plantas de sombra e de
sol mediante incidência de diferentes intensidades de luz.
Conclusões
As plantas de sombra apresentam melhor desempenho,
provavelmente em função de sua maior área foliar,
durante a incidência de luz de baixa a moderada, que vai
de 0 a próximo de 100 µmol.m-2.s-1 e plantas de sol são
mais eficientes em intensidades maiores, as quais vão de
um pouco abaixo e superiores a 100 µmol.m-2s-1.
Referências
INOUE, M.T.; RIBEIRO, F.A. 1988. Fotossíntese e transpiração de clones de
Eucalyptu ssp. e E. saligna. Revista do IPEF, v.40, p.15-20.
BARBER, J. & ANDERSON, B. 1992. Too much of a good thing: light can be bad
for photosynthesis. Trends in Biochemical Science 17: 61-66.
LONG, S.P., HUMPHRIES, S. & FALKOWSKI, P.G. 1994. Photoinhibition of
photosynthesis in nature. Annual Review of Plant Physiology and Plant Molecular
Biology, 45: 633-662.
67ª Reunião Anual da SBPC
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