Prezado Presidente. Embora não faça parte do quadro social ativo dessa entidade classista, muito nos orgulha por dela ter participado, pois a classe sempre esteve e continua presente nos momentos históricos de conquistas e no progresso econômico e social da região da serra catarinense. Estribado nesses propósitos como Engenheiro Agrônomo e, como Diretor Presidente da FRUCERTI e em defesa dos interesses da maleicultura catarinense, não nos permitimos ficar alheio e sequer vislumbramos a omissão dessa respeitada associação de classe sobre a reportagem principal do periódico do CREA-SC, Ano 8 - nº 66-Maio/Junho 2009, que, de forma grotesca e irresponsável (ou seria apenas uma infelicidade casual!!!! (????)) estampa na capa, uma foto de maçãs com o título: "AGROTÓXICOS - CREA-SC, MPSC e entidades unem-se em campanha para coibir o uso indiscriminado". O interessante é que o autor da matéria que não faz sequer uma citação à maçã, no decorrer da reportagem, deixando apenas a estampa dela como vilão, apesar do conteúdo textual apresentar-se oportuno. A apresentação do informativo não é apenas uma falta de respeito com os profissionais da Agronomia de todo estado que atuam, ou se identificam com o setor da maçã, mas uma agressão a um segmento importante da economia catarinense, que se tem destacado, desde sua introdução no país, como cultura de utilização de tecnologia moderna, amplos programas de abrangência social e respeito e adequação aos princípios legais de ordem ambiental. Foi a primeira cultura, no país, a adotar um programa de produção integrada. Enquadra o maior volume de sua produção em diferentes protocolos internacionais de certificação, que consideram, além da exigência qualitativa visual, o uso adequado de fitofármacos, a efetiva adequação às leis trabalhistas e ambientais, o bem estar dos colaboradores e a plena segurança de inocuidade do produto à saúde do consumidor, sendo tudo isso registrado de forma que permita a plena rastreabilidade. Ainda, ao contrário do que afirma a reportagem, de que "...em Santa Catarina não existe um monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos...", toda a maçã certificada, tanto a destinada para a exportação como a que fica no mercado doméstico, é monitorada por análises obedecendo aos limites máximos de resíduos, não somente os estabelecidos pelas leis brasileiras, como também dos LMR dos países de destino, que, via de regra, são mais exigentes, resultando num produto seguro para consumo. A nossa indignação e mesmo repúdio, é a forma deselegante como o informativo relaciona a maçã ao tema agrotóxicos, taxando-a de vilão do enfoque do título (e não da matéria em si). Esse produto, além de ser o alicerce da economia regional, é a base profissional e econômica da quase totalidade dos Engenheiros Agrônomos que residem e trabalham em São Joaquim e região e que, além de serem filiados ao órgão editor da reportagem, deu o maior percentual de votos favoráveis, entre todas as urnas eleitorais do estado, nos dois pleitos vitoriosos do atual Presidente do mesmo órgão que editou a reportagem. Se esta é uma forma de agradecimento à nossa fidelidade eleitoral Senhor Presidente, deveremos refletir seriamente sobre nossa postura política de ora em diante e dar a devida resposta no momento oportuno. Saudações Agronômicas Engº Agr. Renato Sander Diretor Presidente – FRUCERTI