DIRCEU RAPOSO DE MELO Título: CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DO DIAGNÓSTICO DO “HELICOBACTER PYLORI” ATRAVÉS DE PROVAS LABORATORIAIS EM AMOSTRAS OBTIDAS MEDIANTE TÉCNICA ENDOSCÓPICA (TESTES INVASIVOS) E TESTES SOROLÓGICOS (NÃO INVASIVOS). 2004. 237p. Data da defesa: 11/08/2004 RESUMO: No início dos anos oitenta do século XX, pesquisadores estabeleceram a presença de bactérias no estômago de humanos através de seu isolamento por meio de cultivo em meios artificiais e de técnicas de coloração em material de biópsia. Numerosos estudos foram feitos até a comprovação do Helicobacter pylori como agente etiológico de diversas patologias gástricas entre as quais gastrites, úlceras, linfoma de tecido linfóide associado à mucosa (MALT), bem como se tratar de um agente importante na etiologia do câncer gástrico. Desde então técnicas invasivas e não invasivas vem sendo aprimoradas ou desenvolvidas para o diagnóstico da presença do Helicobacter pylori. As técnicas imunológicas não invasivas vem ganhando espaço por serem precisas, sensíveis e causar menor dano potencial ao paciente. Foi observado em uma amostra de 90 pacientes com sintomatologia para doença péptica a aplicação de técnicas invasivas (teste rápido da urease, método de coloração por Hematoxilina–Eosina, método de Gram, método de Carbolfucsina e técnica de PCR) e técnicas não invasivas (sorológicas), comparando-as. Conclui-se que as técnicas sorológicas são aplicáveis para o diagnóstico da infecção. Assim a identificação sorológica de anticorpos IgG contra o microrganismo em pacientes infectados apresentou uma forte correlação com a sintomatologia, os dados endoscópicos e o diagnóstico por técnicas invasivas admitidas como padrão ouro. As maiores vantagens desses testes são sua rapidez, sensibilidade especificidade e baixo custo, além de evitar riscos potenciais existentes em técnicas invasivas. Devese, entretanto, padronizar as técnicas não invasivas antes de aplicá-las no sentido de corrigir-se o Cut-Off das mesmas, evitando-se desvios provenientes do uso de antígenos diversos. A coloração de Gram dos esfregaços obtidos a partir das peças de biópsia da endoscopia pode ser utilizada simultaneamente ou em substituição a técnicas histológicas de coloração (Hematoxilina-Eosina e Carbolfucsina) sendo mais rápida sua execução bem como menor seu custo. Já a técnica de PCR demonstrou ser a melhor entre todas as investigadas, porém ainda, de difícil utilização em nosso meio por conta de seu alto custo e condições de ensaio especiais.