AMBIENTE DE OPERAÇÃO

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AMBIENTE DE OPERAÇÃO
Os mercados brasileiros para olefinas e aromáticos nos quais a Copene compete são cíclicos, sensíveis a
mudanças relativas em oferta e procura, que são, por sua vez, influenciados pela condições econômicas gerais
no Brasil. Os mercados brasileiros também são afetados pela natureza cíclica dos mercados internacionais,
pois os preços no Brasil são, em parte, determinados por referência aos preços internacionais de
petroquímicos e preços pagos por importadores de produtos petroquímicos. Reduções nas alíquotas de
importação e outras barreiras de mercado vêm expondo a indústria petroquímica brasileira, cada vez mais, à
natureza cíclica dos mercados internacionais. Tradicionalmente, o 2 o e 3o trimestres correspondem aos
melhores períodos para a indústria petroquímica no mercado interno, quando o comércio intensifica os
pedidos face ao incremento das vendas de bens de consumo no fim do ano.
Refletindo o comportamento da economia brasileira no decorrer do ano de 2001, o mercado interno
petroquímico deverá encerrar o ano com uma demanda interna total (vendas internas + importações) de seus
três principais segmentos de consumo – termoplásticos, elastômeros e fibras sintéticas – inferior à de 2000 em
cerca de 1%, segundo dados parciais até novembro.
As exportações de produtos da 2ª geração foram prejudicadas em 2001 pela conjunção do excesso de
oferta resultante dos excedentes gerados pelas novas capacidades mundiais, em oposição ao enfraquecimento
da demanda ocasionado pela recessão da economia norte-americana, agravada pelos ataques terroristas de 11
de setembro. Adicionalmente, os elevados preços da nafta, que vigoraram no mercado internacional até o 3º
trimestre, refletiram-se como perda de competitividade dos produtores brasileiros, dificultando as
exportações. A queda dos preços e margens no mercado internacional foi vertiginosa e o corte de produção
para equilíbrio dos estoques inevitável. Em conseqüência, as exportações de termoplásticos, elastômeros e
fibras sintéticas deverão encerrar 2001 com uma queda em torno de 16% em relação às de 2000.
A desvalorização do Real em relação à moeda norte-americana foi um importante fator de inibição de
importações, evitando a entrada de grandes volumes de produtos petroquímicos durante o exercício findo.
Entretanto, algumas exceções ocorreram , a exemplo do polietileno de alta densidade e do polipropileno, que
continuaram a apresentar crescimento das importações, já que os produtores argentinos, por conta da redução
da demanda interna, provocada pela grave crise econômica pela qual seu país passa, transferiram seus
excedentes para o mercado brasileiro. Outros produtos, como os derivados acrílicos, sofreram forte
concorrência de produtos importados, ofertados a preços muito inferiores aos praticados no mercado nacional.
Esse comportamento por parte dos produtores externos fez com que os produtores nacionais reagissem,
praticando preços que levaram à redução de margens em toda a cadeia petroquímica. Assim debalde todas as
dificuldades, o total das importações foi inferior em 2001 comparativamente ao do ano 2000.
Segundo dados apurados até novembro, a participação da Copene no mercado interno de petroquímicos
básicos correspondeu a 40,8%, inferior aos 41,8% alcançados em 2000. A parada programada para
manutenção de uma das unidades produtoras de eteno, realizada entre os meses de julho e agosto, foi o
principal fator para essa redução.
A partir de dados da Abiquim, a demanda interna de resina PET, representada pelas vendas internas
mais importação, cresceu 5%, sendo que o incremento das importações foi de 30%. O consumo aparente
cresceu 13,7%, incluindo as vendas de PET BG (bottle grade). A diferença significa aumento expressivo de
estoques no final do ano.
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