Questões de Soberania

Propaganda
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Filosofia
SUBPROJETO DE PESQUISA
A COMPREENSÃO DO MOVIMENTO
DIALÉTICO NA HISTÓRIA EM HEGEL
PROJETO DE PESQUISA
QUESTÕES DE SOBERANIA:
PARA ONDE DIRIGE-SE A HUMANIDADE, À PAZ PERPÉTUA OU
À HISTÓRIA DO MUNDO COMO TRIBUNAL DO MUNDO?
CADASTRO NA PRPPG:
35000000146
Autor:
Rodrigo Cássio Oliveira
Orientadora:
Ms. Márcia Zebina Araújo da Silva
Goiânia,
abril, 2004
2
SUMÁRIO
1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA.....................................................3
2. OBJETIVOS GERAIS...............................................................................4
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................... ................4
4. METODOLOGIA................................................... ...................................4
5. ESTRATÉGIA DE AÇÃO..........................................................................5
6. RESULTADOS ESPERADOS..................................................................5
7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................5
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................6
3
1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
A dialética constitui uma noção essencial para o estudo da filosofia
sistemática do alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831). A larga
importância do termo de origem grega na filosofia hegeliana consolidou um novo
entendimento de dialética, antes relacionado principalmente ao método
platônico/socrático de filosofar por meio do diálogo.
A dialética em Hegel é um movimento, e não um método. Ela compõe a
estrutura e o desenvolvimento intrínsecos do objeto de pesquisa, numa autocrítica
autônoma. Pode ser dividida em três etapas, em que, por meio de uma ou mais
contradições, termos ou categorias antes considerados fixos são modificados para
uma categoria superior, englobando as categorias anteriores e resolvendo suas
contradições.
Neste trabalho, pretende-se estudar a dialética hegeliana através da
história. Citando Russell (1872 – 1970), Hegel ”encontrou a plausibilidade da sua
dialética em um exame do desenvolvimento pendular dos movimentos históricos” 1.
O devir histórico, analisado em Hegel à luz da dialética, não é o simples
transcorrer das coisas e o passar do tempo, mas “a abstração do finito que se
suprime”2, numa relação complexa dos conceitos de dialética, História, liberdade,
Estado e Espírito, fundamentais na filosofia hegeliana.
Hegel é um pensador do chamado idealismo alemão, e acreditava ser a
tarefa maior de um filósofo apreender o seu tempo em pensamento. Estudado
dessa forma, é notável que Hegel tenha vivido e produzido em um período
histórico de grande entusiasmo intelectual, motivado pela Revolução Francesa e
suas promessas de igualdade, fraternidade e liberdade. Esta, em Hegel, está no
“centro de todos os círculos de círculos de seu sistema filosófico”3.
1
Russell, B., História do Pensamento Ocidental, pg. 354
Lebrun, G., O Avesso da Dialética, pg.23
3 Cf.Lefebvre, J-P & Macherey, P., Hegel e a Sociedade, pg.13
2
4
A efetivação da liberdade é o que caracteriza os tempos modernos, mais
precisamente o Estado moderno, que tem o seu aval na “Declaração universal
dos direitos humanos”. Hegel determina como papel do Direito mostrar o caminho
para a liberdade, sendo a História sempre a história dos Estados (admitindo aqui
um conceito de Estado mais amplo, em que a ausência de um código de leis é
compensada pelas leis do costume e da religião). O papel da História é mostrar a
construção do conceito de liberdade no decorrer da história mundial.
2. OBJETIVOS GERAIS
Uma das conclusões de Hegel provenientes da análise do movimento
dialético na História é a incredulidade na eficácia de um acordo internacional que
vise garantir, baseado no direito e sem o uso da força, a paz entre os Estados.
Hegel concebe que a história necessita sempre de uma nação dominante, a qual
determina o Espírito do mundo por um período indeterminado, embora finito.
A discussão desse ponto de vista e a sua contraposição com outros é uma
proposta central no projeto ao qual este subprojeto está vinculado. A exposição da
dialética hegeliana na História é a finalidade própria desse subprojeto. Ambos
estão vinculados a um projeto maior: “Por que defender a democracia?”, que
reúne vários pesquisadores atuantes em Goiânia.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
o Evidenciar a compreensão da dialética na História em Hegel;
o Precisar os conceitos empregados na pesquisa desse tema;
o Situar o legado do autor em tela;
o Compor a primeira redação de um texto conclusivo, objetivando a
publicação de um artigo em parceria com o orientador da pesquisa.
5
4. METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesse trabalho compreende a leitura de livros e
textos selecionados, elaborando uma delimitação e comparação entre os
mesmos, de forma a situar obras, trechos e caminhos importantes para o
entendimento do problema proposto.
5. ESTRATÉGIA DE AÇÃO
o Revisão bibliográfica sobre o tema proposto;
o Compor breve glossário de termos técnicos;
o Cotejar termos chaves;
o Apresentar relatórios parciais ao final de cada mês;
o Apresentar relatórios finais semestrais;
o Reunir-se mensalmente com o grupo de pesquisa na UFG;
o Reunir-se mensalmente como grupo de pesquisa “Por que defender a
Democracia?”.
6. RESULTADOS ESPERADOS
o Produção e auxílio na produção de artigos e resumos que torne
público os resultados das pesquisas;
o Contribuir no debate sobre a democracia ao qual está assentado o
projeto de pesquisa a que esse subprojeto se vincula, visando
desenvolver ao máximo o estudo do problema proposto.
7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
o Agosto de 2004 a julho de 2005:
- Participação nas reuniões mensais do grupo de pesquisa;
- Participação nas reuniões mensais do grupo de pesquisa “Por que
6
defender a democracia?”;
- Apresentar, mensalmente, relatórios parciais dos trabalhos.
o Janeiro de 2005:
- Apresentação do relatório parcial relativo ao primeiro semestre da
pesquisa.
o Julho de 2005:
- Apresentação do relatório final da pesquisa.
o Outubro de 2005:
Participação no XIII Seminário de IC, expondo, em parceira com a
orientadora do projeto, o resultado final do trabalho.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CF.LEFEBVRE, J-P & MACHEREY, P., Hegel e a Sociedade. São Paulo: Discurso
Ed., 1999.
D'HONDT, J., Hegel. Lisboa: Edições 70, 1965.
HEGEL, G. W. F., A Ciência da Lógica, em Enciclopédia das Ciências Filosóficas
em Compêndio (Texto Integral). São Paulo: Loyola, 1995.
______, G.W.F., A razão na história. Lisboa: Edições 70, 1995.
INWOOD, M., Dicionário Hegel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.
KONDER, L., Hegel e a Praxis – Temas de Ciências Humanas. São Paulo: Livraria
Editora Ciências Humanas Ltda, n.6, 1979.
LEBRUN, G., O Avesso da Dialética – Hegel à luz de Nietzsche. São Paulo:
Companhia das Letras, 1988.
RUSSEL, B., História do Pensamento Ocidental. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.
ROSENFIELD, D. L., Política e liberdade em Hegel. São Paulo, Brasiliense, 1983.
SILVA, M.Z.A., “História e Astúcia da razão em Kant e Hegel”. Em: Fragmentos de
Cultura. Goiânia: Ifitega, SGC/UCG, v. 13, pg 99 – 113, out. 2003.
VAZ, H. C. de LIMA, Ontologia e história. São Paulo: Ed. Loyola, 2001.
Download