Data: 16 Jan 2011 20:50:37 -0200 [16-01-2011 20:50:37 FNT] De: [email protected] Para: [email protected] Assunto: mpti-teses Below is the result of your feedback form. 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Orientador: Prof. Sergio Aparecido Cleto São Paulo 2010 RESUMO O presente estudo, de caráter descritivo, por meio da pesquisa bibliográfica buscou identificar na literatura a interação por meio da humanização da assistência de enfermagem ao paciente adulto e familiares em Unidade de Terapia Intensiva. Identificou-se na literatura que o atendimento a pacientes graves ou com risco de vida exige dos profissionais um preparo técnico altamente desenvolvido, necessário para garantir a manutenção da vida. Nem por isto se deve descuidar do preparo desses nas áreas do comportamento e das relações humanas. A importância da humanização na enfermagem assume maiores proporções quando se leva em conta que o propósito desta é saber lidar com gente, é contribuir para a preservação e restauração da saúde, e é ter o devido respeito à vida na promoção de ações necessárias para mantê-la. Sendo que os melhores resultados são alcançados se houver um consenso na forma de agir de todos os membros da equipe multiprofissional. Portanto, dentro do exposto, conclui-se que faz-se necessário o envolvimento de toda equipe de Enfermagem na criação e no desenvolvimento do processo de humanização do cuidado, principalmente no que diz respeito à determinação dos critérios a serem desenvolvidos e desempenhados que resulte em benefício próprio para uma efetiva interação com pacientes-familiares. Palavras-chave: Humanização, Interação, Pacientes-Familiares, UTI, Enfermagem. ABSTRACT The present study, of descriptive character, through the bibliographical research looked for to identify in the literature the interaction through the humanization of the nursing attendance to the adult and family patient in Unit of Intensive Therapy. He/she identified in the literature that the service to serious patients or with life risk it demands a technical preparation from the professionals highly developed, necessary to guarantee the maintenance of the life. Nor for this one should neglect the preparation of those in the areas of the behavior and of the human relationships. The importance of the humanization in the nursing assumes larger proportions when it is taken into account that the purpose of this is to know to work with people, it is to contribute for the preservation and restoration of the health, and it is to have the due respect to the life in the promotion of necessary actions to maintain her. And the best results are reached if there is a consensus in the form of acting of all of the members of the team multi professional. Therefore, inside of the exposed, it is concluded that it is done necessary the involvement of every team of Nursing in the creation and in the development of the process of humanization of the care, mainly in what he/she concerns the determination of the criteria to they be developed and carried out that it results in own benefit for an effective interaction with patient-family. Keywords: Humanization, Interaction, Patient-family, Intensive Care Unit, Nursing. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 05 2 OBJETIVOS....................................................................................................... 08 3 METODOLOGIA................................................................................................ 09 4 REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................. 10 4.1 Humanizando o enfermeiro............................................................................. 11 4.1.1. Humanizando o relacionamento interpessoal.............................................. 12 4.1.2. Humanizando a comunicação em enfermagem.......................................... 16 4.2 Interação paciente-familiares- equipe na UTI.................................................. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 37 29 1 INTRODUÇÃO Para Aurélio (2009), humanizar é: Elevar à altura do homem: humanizar uma doutrina. / Tornar mais humano, mais sociável; civilizar. Sendo assim, humanizar o cuidado em UTI seria oferecer um tratamento digno ao cliente que ali se encontra dependente de nossos cuidados, independente de fatores internos e externos que possam vir a interferir na qualidade da assistência. Uma unidade de terapia intensiva (UTI) ou unidade de cuidados intensivos (UCI) caracteriza-se como "unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar. (Resolução CREMESP nº 71, de 08 de novembro de 1995.) A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes que porventura possuam chances de sobreviver, destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de gravidade. É um ambiente de alta complexidade, reservado e único no ambiente hospitalar, já que se propõe estabelecer monitorização completa e vigilância 24 horas. Segundo Casate e Correia (2005) a temática humanização do atendimento em saúde mostra-se relevante no contexto atual, uma vez que a constituição de um atendimento calcado em princípios como a integralidade da assistência, a eqüidade, a participação social do usuário, dentre outros, demanda a revisão das práticas cotidianas, com ênfase na criação de espaços de trabalho menos alienantes que valorizem a dignidade do trabalhador e do usuário. O aspecto humano do cuidado de enfermagem, com certeza, é um dos mais difíceis de ser implementado. A rotina diária e complexa que envolve o ambiente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) faz com que os membros da equipe de enfermagem, na maioria das vezes, esqueçam de tocar, conversar e ouvir o ser humano que está à sua frente. (VILA; ROSSI, 2002, p. 138). O tema humanização dos profissionais da assistência provoca divergência na questão da prática. Com o levantamento da literatura vemos que o conceito da humanização sofre diversas influencias como cultura, formação acadêmica dos colaboradores, tempo de serviço, etc. Para Mezomo (2001) a humanização dos hospitais, que não pode ser fruto de uma ação momentânea ou de um esforço financeiro limitado no tempo, deve integrar-se num plano sustentado, continuo, complexo, permanente, evolutivo, multiforme, em que estão em jogo diversos níveis de responsabilidade que devem ser coordenados Para Hoga (2004) o autoconhecimento do profissional de saúde é vital para o estabelecimento de relacionamento interpessoal adequado com os clientes no processo de cuidar. Conhecer-se a si mesma possibilita à pessoa tomar ciência das próprias limitações, fragilidades e também descobrir e permitir melhor usufruto de suas potencialidades. Sobretudo, é de suma importância que o profissional de saúde tenha ciência de que as diferentes características individuais das pessoas fazem parte da natureza humana. É importante também analisar os fatores individuas que favorecem a humanização, tais como: conhecimento e valorização da personalidade. Faz-se necessário conhecer as características da personalidade de cada profissional, para que haja entrosamento e todos se aceitem mutuamente, nas qualidades e nos defeitos. A valorização das qualidades torna-se uma motivação para os colaboradores, sendo de extrema importância para o desenvolvimento das habilidades individual, desencadeando assim, uma equipe onde há ajuda mutua e conseqüente humanização da assistência (MEZOMO, 2001). Também há fatores externos que se relacionam diretamente com a qualidade da assistência prestada e como decorrência na humanização da assistência. Esses fatores são: remuneração salarial, condições de trabalho entre outros. Para que os trabalhadores de saúde possam exercer a profissão com honra e dignidade, respeitar o outro e sua condição humana, dentre outros, necessitam manter sua condição humana também respeitada, ou seja, trabalhar em adequadas condições, receber uma remuneração justa e o reconhecimento de suas atividades e iniciativas (BACKES; LUNARDI; LUNARDI FILHO, 2006, p.03). No entanto, felizmente, parece estar havendo, atualmente, uma conscientização e valorização da necessidade de humanização, essencial em toda intervenção de atendimento à saúde, onde torna-se relevante o estabelecimento de um tratamento cordial, cumprimento respeitoso, apresentação pessoal, identificando-se pelo nome/cargo e colocando-se disponível ao atendimento paciente-cliente/familiares em suas necessidades (12). Esse trabalho visa fazer uma reflexão do que é encontrado através das pesquisas nos periódicos atuais acerca desse assunto, comparar os dados obtidos e a partir desse, concluir se a humanização é realmente uma vivência hospitalar ou uma utopia. 2 OBJETIVOS Este estudo tem como objetivo geral identificar na literatura nacional a interação por meio da humanização da assistência de enfermagem ao paciente adulto e familiares em Unidade de Terapia Intensiva. E, por objetivos específicos: Descrever a conscientização de uma assistência humanizada associada aos recursos tecnológicos em Unidade de Terapia Intensiva Adulto. Abordar a importância da atuação de uma equipe integrada, sensível a subjetividade do paciente e seus familiares. 3 METODOLOGIA Trata-se de uma revisão de literatura. Realizou-se um levantamento de artigos científicos que abordavam o tema nas seguintes bases de dados na internet: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), e a Sibi-Dedalus, banco de dados da USP (Revistas de Enfermagem, Teses, Monografias, artigos de periódicos), no período entre 1999 a 2010, os quais foram descritos no resultado deste estudo. Os seguintes descritores foram empregados na busca das publicações: humanização, UTI, paciente, familiares, enfermagem. Os critérios de inclusão foram: artigos com resumos; em português; que abordassem humanização em enfermagem; e que o artigo na íntegra estivesse disponível gratuitamente na Internet ou no acervo da biblioteca da instituição onde este estudo foi desenvolvido. Foram encontrados 48 artigos científicos de periódicos para análise neste estudo, procedendo-se então à leitura exploratória de todo o material. Dos artigos mencionados, 30 descreviam sobre a humanização da assistência em enfermagem portanto, não sendo considerados, por não citarem o ambiente de UTI. Assim, foram selecionados para análise e utilizados 18 estudos referentes ao período de cinco anos, no idioma português, publicados em periódicos nacionais. 4 REVISÃO DE LITERATURA Progredindo nas nossas reflexões, cabe perguntar-se o que teríamos de humanizar neste processo de recuperação humanista. Neste contexto, surgem três campos evidentes de atuação, descritos a seguir conforme Blasco (2004). Primeiramente é preciso humanizar – ou seja, é preciso re-aprender - o relacionamento com o nosso consumidor, com o paciente. Relação Enfermeiro- Paciente, outro tema que acrescido aos anteriores - humanismo, ética, medicina de família, visão holística. Pensar, perguntar-se, refletir; uma atitude que é filosófica, também natural do ser humano, e da qual nosso tempo está carente. Vivemos tempos inundados de informação, de comunicação, e absolutamente desnutridos de raízes filosóficas. Uma verdadeira síndrome de má absorção de conceitos, de carência de enzimas filosóficas do hábito de pensar. O segundo campo de recuperação humanista será o relativo ao próprio processo de formação, isto é, a (re) humanização da escola. Ou seja, a práxis humana, à qual pertence a prática educativa, pode, certamente, ser esclarecida pela análise psicológica, e pela análise sociológica, mas essa práxis não pode ser inteiramente elucidada, nem fundada na razão, sem recurso à reflexão humanística e os fundamentos da ética, pois, de acordo com Ikeda (2002) se as ações do homem não forem fundamentadas em princípios verdadeiramente éticos e humanísticos, permitirá que o conhecimento adquirido ultrapasse, corrompa ou ameace a qualidade de vida e a sobrevivência humana. E, por último, o espinhoso tema de humanizar o protagonista das nossas reflexões, o próprio Enfermeiro. Como humanizar o Enfermeiro que, afinal, o último responsável, a via final comum, de toda esta situação paradoxal, e como mantê-lo humanizado, em formação continuada? Nesse sentido, acreditamos faz-se necessário o envolvimento de toda equipe de Enfermagem na criação e no desenvolvimento do processo de administração do cuidado, principalmente no que diz respeito à determinação dos critérios a serem desenvolvidos e desempenhados, onde os mesmos encarem a avaliação qualitativa dos cuidados de saúde simultaneamente como uma obrigação pessoal em face de um benefício e como meio de descobrir e dar a conhecer o seu próprio papel na equipe de saúde, ao paciente e seus familiares. 4.1 Humanizando o enfermeiro O Enfermeiro se humaniza, em primeiro lugar, através do relacionamento com o paciente, colocam-se condições para tal, se aproveita o que de humanismo cada paciente lhe traz. Para isso o Enfermeiro precisa refletir no seu processo de autoconstrução, precisa atuar e refletir, de modo atual sobre as suas atitudes. É preciso oferecer ao Enfermeiro recursos para manter o humanismo, aquele equilíbrio que o processo de formação na Universidade, já humanizado, lhe conferiu. Talvez por isso, mais importante do que dar informações nas escolas de enfermagem, é preciso mostrar caminhos para a vida. Afinal, a informação está hoje, no mundo moderno, ao alcance de qualquer um. O que se necessita é mostrar o que fazer com esta informação, e, sobretudo criar o hábito de pensar, de refletir, de filosofar sobre as próprias atitudes (AMBROZANO, 2002). Para este autor, o ensino nas escolas de enfermagem tem se mostrado de importância notável para o aprendizado deste hábito de pensar, para treinar a reflexão e facilitar um aprendizado que integra, simultaneamente, a ciência e a arte, o raciocínio clínico e o ético. O uso do humanismo na enfermagem supõe um particular conceito de educação, que o paciente e o público solicita. O paciente quer um profissional educado, ou seja, alguém que não possua apenas conhecimentos, métodos clínicos e experiência, mas também que seja capaz de apreciar cada paciente como um ser humano que tem sentimentos e desejos, que possa entendê-lo e ajudá-lo explicando-lhe sua doença e amparando-o no sofrimento. Para saber lidar com estas realidades as humanidades ajudam, e muito, já que educação é mais do que simples treino. Implica uma atitude reflexiva no Enfermeiro e um desejo contínuo de aprendizado ao longo da sua carreira profissional. O humanismo para o Enfermeiro é o compromisso de pensar, aprender a pensar. Sem pensamento domesticado não há humanismo (AMBROZANO, 2002). No entanto, Blasco (2004) considera um desafio e um compromisso iniludível que requer um processo de educação continuada através da vida, primeiro como estudante, depois como Enfermeiro, profissional da saúde. Ensinar a viver num exercício de responsabilidade, sublimando os erros, aprendendo com eles, ponderando os sucessos, numa reflexão permanente. 4.1.1 Humanizando o relacionamento interpessoal Associar calor humano às atividades científicas da enfermagem é um trabalho de arte e de altruísmo. O contato interpessoal interessado é insubstituível a qualquer recurso mecanizado ou instrumental na enfermagem. O envolvimento empático requer esforço e energia. Não ocorre espontaneamente para a maioria das pessoas, e por isso requer que se trabalhe com a própria personalidade. Significa abandonar a posição “confortável” de administrar um atendimento intuitivo e casual, passando a formar e a usar atitudes ativas de interação. O relacionamento eficiente melhora a cooperação mútua e a auto - satisfação no serviço (SILVA et al., 2008) Na enfermagem, é possível valer-se da habilidade de comunicação e relacionamento para captar as necessidades expressas através do comportamento das pessoas. O relacionamento na enfermagem desenvolve-se em situações vivenciais diárias e está de acordo com os alvos de tratamentos estabelecidos por uma equipe, sendo que os melhores resultados são alcançados se houver um consenso na forma de agir de todos os profissionais relacionados à clientela (CIANCIARULLO, 2000). A interação é orientada pelo comportamento proposital e planejado visando alvos comuns, de quem administra e de quem recebe, supostamente influenciando as reações das pessoas atendidas, sem forçar, exigir ou impor-se sobre as pessoas, num clima de cordialidade (SALÍCIO; GAIVA, 2006). Como em todo projeto conduzido a alcançar alvos comuns, também relacionamento há objetivos norteando as ações do enfermeiro, para ajudar a pessoa atendida a aceitar-se, auto-conhecer-se, comunicar-se, relacionar-se, integrar-se, tomar decisões, tornar-se independente e a resolver conflitos emocionais na busca pelo ajustamento. Em situações de enfermagem segundo Bordenave (2001) o relacionamento deve assumir características terapêuticas. Isto significa que a interação é dirigida a promover a conservação, elevação e restauração da vida por meio de: 1. Alvos 2. Objetivos 3. Responsabilidade mútua 4. Identificação de problemas 5. Envolvimento emocional 6. Uso de técnicas de comunicação 7. Uso de atitudes ou medidas terapêuticas. Ainda, para Bordenave (2001) o relacionamento terapêutico difere do social, no qual duas ou mais pessoas têm interações por razões de prazer e companheirismo, sem estarem em situação de responsabilidade de atingir alvos de atendimento profissional. No entanto, múltiplos conhecimentos podem coexistir quando intérpretes igualmente competentes (ou respeitados) discordam, dependendo de fatores sociais, políticos, culturais, econômicos, étnicos, de gênero. Essas construções são sujeitas a uma revisão contínua, com mudanças que são mais possíveis de ocorrer quando construções relativamente diferentes convivem, justapostas, em um contexto dialético. Assim, ser capaz de relacionar-se terapeuticamente na enfermagem comporta um envolvimento bem abrangente; pois, além de ser preciso possuir disposição para “ajudar”, deve-se recorrer a variados recursos complementares para facilitar a operacionalização das ações. Desta forma, o processo de relacionamento pode ser conduzido numa seqüência de contatos relativamente prolongados e em determinado período de tempo, ou, de igual modo, as técnicas de relacionamento podem ser aplicadas em qualquer contato de inter-relação, mesmo que esporádico ou temporário, sem obedecer a um período estabelecido de tempo. O enfermeiro, então, utiliza uma série de atitudes e práticas, com o propósito de promover o bem-estar bio-psico-sócio-espiritual da pessoa ajudada, no âmbito de prevenção, tratamento e reabilitação. No progresso das interações estabelecidas durante um determinado período de tempo, obtêm-se melhores resultados se as atividades exercidas pelo profissional forem delineadas por uma seqüência organizada, ou seja, se obedecerem a uma ordem planejada de ações. No decurso das interações assim planejadas nota-se que as atividades de relacionamento agrupam-se em estágios ou etapas, e conduzem, desta forma, a uma ordem de acontecimentos, com vistas a resultados terapêuticos, durante o período de comprometimento mútuo de relacionamento. Esta organização na seqüência do trabalho fornece ao profissional condição para fazer uma avaliação mais objetiva dos resultados obtidos. Outra vantagem está na facilidade para documentar ou registrar por escrito as ocorrências, quando o trabalho segue uma ordem sistemática (CIANCIARULLO, 2000). As atitudes terapêuticas são caracterizadas pela demonstração de cortesia, compreensão, interesse, empatia, bondade, aceitação, calor humano, firmeza, apoio e estabelecimento de limites; permitindo a troca de idéias e sentimentos; não exigindo ou julgando; enfatizando os aspectos sadios da personalidade; ajudando a pessoa a compreender o seu comportamento e a encontrar meios de ajustamento (grifo nosso). Saber como usar estas atitudes depende de um preparo prévio formativo, incorporando à personalidade a capacidade de seleção e emprego das mesmas para atender às necessidades encontradas. A cada nova situação o enfermeiro recorre ao seu sistema de referência e escolhe as ações adequadas (grifo nosso). Com a experiência o enfermeiro adquire desembaraço, mas, mesmo assim, a demonstração de atitudes terapêuticas não é ato totalmente espontâneo; como acontece no caso da execução das técnicas manuais. Isto porque as atitudes terapêuticas dirigemse a necessidades comportamentais, e neste campo as variações destas são infinitas, requerendo ações específicas, guiadas por raciocínio mais intenso, a cada situação (CIANCIARULLO, 2000). Os acontecimentos promovidos nos ambientes são especialmente gerados por pessoas - as que recebem e as que administram os cuidados. Contudo, Amestoy et al., (2006) para o ambiente ter efeitos salutares é preciso haver, um mínimo harmonioso de condições planejadas e favoráveis. Estes critérios se aplicam tanto ao tratamento hospitalar como ao domiciliar, as devidas variações. Integradas amplamente ao ambiente, estão as atividades terapêuticas feitas pela execução de trabalhos orientados a atender as necessidades individuais das pessoas sob a atenção profissional. 4.1.2 Humanizando a comunicação em enfermagem A comunicação como parte da enfermagem constitui uma técnica, onde deve-se compreender os princípios que fornecem a base para a ação. Quando duas pessoas se comunicam, elas estão transmitindo mensagens, dialogando no sentido de que haja entendimento entre o que elas querem dizer. É preciso clareza, ordenamento de idéias e uma ação clara no momento de transmitir a mensagem, para que o processo de comunicação ocorra (BORDENAVE, 2001). A comunicação não existe por si mesma, como algo separado da vida. Sociedade e comunicação são uma coisa só, logo, cada sociedade tem a comunicação que merece. A idade, cultura, sexo, são fatores que influenciam na comunicação; cada grupo tem a sua forma de linguagem, seja ela falada, escrita ou corporal. Na enfermagem, a comunicação atinge todos os tipos e o enfermeiro deve estar atenta a adquirir habilidade para ouvir e transmitir a resposta de acordo com a necessidade daquele que precisa comunicar-se, estabelecendo, assim, uma relação de ajuda (BORDENAVE, 2001). O processo de comunicação pode e deve ser desenvolvido como uma habilidade pelo enfermeiro, tornando a comunicação uma ferramenta poderosa que garante a qualidade do processo de cuidar. De um modo geral, as funções da comunicação têm sido citada por diversos autores como: informar, persuadir, investigar, entreter, ensinar ou discutir (CIANCIARULLO, 2000). Surge um novo paradigma, e a comunicação passa a ter a função de promover relacionamento entre as pessoas, uma comunicação horizontal para a busca de soluções de problemas. Acredita-se que dentro desta definição o receptor é sempre o dono do problema, e assim ele é visto como o responsável por procurar soluções, o emissor possui a função de persuadir, ou seja, ele fará com que o receptor mude seu comportamento através da troca de experiências, sensibilizando-o, oferecendo subsídios para a reflexão, favorecendo, portanto, o crescimento das relações interpessoais (WEIL; TOMPAKOV, 2000). Conhecer a si mesmo e ao outro é de fundamental importância para o enfermeiro, pois para ajudar e prestar assistência ao paciente precisará conhecer-se bem, isto é, como pensa, sente, age e reage diante dos fatos, estabelecer relacionamento significativo, examinar e estimular mudança de atitude e de comportamento. Quando a pessoa conhece a si mesmo e sabe que pode ser afetada pelo comportamento do outro ela terá mais consciência da recíproca, isto é, de que seu comportamento também poderá afetar o do outro (MARQUES et al., 2008). É através da comunicação que podemos satisfazer nossas necessidades de inclusão, controle e afeição. Refere aceitação pelo outro, controle de experimentar e adaptar-se ao meio e afeição, no sentido de dar e receber amor. Acima de tudo é preciso identificar o tipo de comunicação, recebendo a mensagem, interpretando, e emitindo a resposta. Uma vez efetuado o processo de comunicação atinge-se a função e a finalidade da comunicação, que o enfermeiro tenta ter com o paciente, ou seus familiares, proporcionando conforto e transmitindo confiança diante do problema apresentado, na intenção de solucioná-lo. Mas é preciso um bom conhecimento e experiência do enfermeiro para entender o que está acontecendo e direcionar a solução individualmente, pois cada um tem uma linguagem e formas diferentes de expor idéias (BORDENAVE, 2001). O processo de comunicação de acordo com Silva (2002) se dá através de um emissor e um receptor e deve haver uma mensagem a ser transmitida. • O emissor: é aquele que fala, emite a mensagem. • O receptor: aquele que recebe a mensagem. • A mensagem: é o conteúdo da comunicação. Ao receber a mensagem, o receptor decodifica-a, e obrigatoriamente, elabora uma resposta. Desta forma, pode-se dizer que ocorreu o processo de comunicação. As mensagens são enviadas e recebidas através de canais de forma verbal ou não verbal. Esses canais referem-se aos órgãos do sentido, principalmente visão, audição e tato, embora o olfato e o paladar também devem ser considerados. O uso efetivo, adequado dos sentidos garante a percepção acurada da mensagem (SILVA, 2002). Weil; Tompakov (2000) afirmam que é a percepção que dá significado às nossas interações com o outro, e a habilidade do enfermeiro para decifrar manifestações não verbais e comportamento que permite identificar se estas confirmam ou não a verbal. É de suma importância para o enfermeiro utilizar palavras que o paciente e seus familiares possam compreender, já que estes não estão familiarizados com os vocabulários médicos e de enfermagem (Espírito Santo, 2000). É necessário conhecer o repertório do paciente a fim de poder partilhar com ele suas idéias, torná-las comum, e compreendê-lo. Desta forma, o enfermeiro estará ajudandoo no seu processo de mudança e de recuperação da saúde, oferecendo-lhe elementos ao nível de sua compreensão, a fim de que ele possa também reestruturar sua vida. A comunicação pode ser considerada verbal, não verbal e paraverbal ou paralinguística (SILVA, 2002). A comunicação verbal refere-se à linguagem escrita e falada, aos sons e palavras que usamos para nos comunicar, se dá por meio de palavras, depende muito da linguagem que é fortemente influenciada pela cultura. A linguagem inclui uma definição comum de palavras a serem usadas, como também um método de distribuir as palavras em certa ordem, a fim de que a mensagem seja transmitida. A comunicação verbal é o recurso que o indivíduo utiliza para expor suas idéias, compartilhar experiências com outras pessoas e validar o significado simbólico da percepção sobre o assunto e o lugar que ocupa nele e, como afirma Silva (2009), sem a linguagem a pessoa teria sua capacidade limitada para classificar e dar informações de modo a ser compreendida. A comunicação não verbal abrange um sentido muito mais amplo, podemos defini-la como sendo a troca de mensagens sem a utilização de palavras. É aquilo que não é dito, manifesta-se continuamente, é involuntária e muitas vezes inconsciente. Ocorre quando as pessoas comunicam-se através de expressões faciais e corporais (gestos e movimentos do corpo, tom de voz) e também pode ocorrer por meio de manifestações fisiológicas como rubor, palidez, sudorese, tremores nas mãos, face (WEIL; TOMPAKOV, 2000). Na expressão facial, é preciso considerar principalmente os movimentos da cabeça, globo ocular e das pálpebras, sobrancelhas, modo de olhar, sorrir, movimentos da boca e dos lábios. Afirma também que é muito importante para o enfermeiro, saber interpretar corretamente a comunicação não verbal, pois algumas vezes a mensagem não verbal tem significados diferentes para diferentes pessoas e situações, como por exemplo: tamborilar na mesa com os dedos tanto pode ser paciência, como acompanhamento de uma música (WEIL; TOMPAKOV, 2000). A comunicação não verbal retrata o verdadeiro sentimento, é a linguagem mais fidedigna dos sentimentos autênticos. Weil; Tompakov (2000) confirmam: “a linguagem silenciosa do corpo algumas vezes contradiz a palavra falada, mas diz a verdade nua e crua”. Um aspecto importantíssimo da comunicação não verbal é o toque. A aproximação entre o enfermeiro e o paciente é um ponto essencial na enfermagem. O toque é um dos meios mais concretos de transmitir ao paciente, ou mesmo aos seus familiares nossos sentimentos de empatia e confiança. Quando os cuidados de enfermagem estão sendo executados, é comum usar as mãos, e é através do toque que transmitimos para o paciente o nosso estado emocional e pensamentos. A enfermeiro que segura firmemente a mão do paciente ansioso e temeroso contribui para transmitir-lhe compreensão e boa vontade (SILVA, 2002). Outro aspecto da comunicação não verbal diz respeito à territorialidade, ou seja, é o espaço pessoal de cada indivíduo. Neste caso, o interlocutor mantém uma determinada distância entre o receptor de acordo com sua afetividade em relação a essa pessoa, essa forma de comunicação também recebe o nome de proxêmica. Essa distância pode influenciar e definir o tipo de envolvimento que se deseja manter com o outro e para o enfermeiro, é necessário respeitar esse espaço pessoal do paciente para não prejudicar a comunicação entre ambos. A paralinguística ou paraverbal é uma outra forma de comunicação, significa indícios que informam sobre como compreender a mensagem. Refere-se ao tom de voz, ritmos, suspiros, períodos de silêncio e entonação que damos às palavras quando falamos. Neles, há uma intensa comunicação entre o Enfermeiro e o paciente: um ritual prenhe de significados - olhares diferentes, expressões faciais a serem decodificadas, suores, posturas corporais que evidenciam algo; enfim, há uma linguagem corporal que deve e precisa ser associada à teoria de modo a ampliar as dimensões do cuidado. Portanto, há de se compreender que a teoria, e tampouco a prática, sozinha não dá conta da amplitude do cuidar (SILVA, 2005). Alguns fatores agem no sentido de influenciar, seja a mensagem enviada, seja a mensagem recebida no processo de comunicação. Estes fatores segundo Silva (2005) aplicam-se ao orador e ao receptor. • Idade: a depender do vocabulário, a instrução limita a comunicação dificultando a emissão da mensagem. Em comparação, uma criança terá mais dificuldade em expressar suas necessidades que um adulto devido a quantidade de palavras conhecidas. • O papel: as expectativas de cada pessoa dentro de um relacionamento são determinadas até certo ponto, pelos papéis que assumem. Geralmente o enfermeiro está de branco, em pé, diante do paciente acamado e de pijama (comunicação vertical). • O momento certo: a mensagem da comunicação deveria estar relacionada ao interesse primário da pessoa, no momento em que o significado compartilhado máximo puder ocorrer. Em geral não prioriza a ação ao problema real, fazendo com que o paciente se irrite ou se torne agressivo diante da situação. Um exemplo é quando o paciente está a espera de um resultado de exame para saber se tem câncer e o enfermeiro vai lhe falar sobre a dieta. É totalmente inviável, pois a prioridade dele no momento, é o resultado de exame. • Ambiente: está relacionado ao local onde ocorre a comunicação e a sensação de poder que o emissor possui por estar em território familiar. O enfermeiro que tem controle e poder em seu ambiente de trabalho pode ser extremamente tímido socialmente, o mesmo acontece com o paciente, muitas vezes sente-se inferior como ser humano no ambiente hospitalar. • Distância: no interior de cada cultura, existem distâncias adequadas para vários tipos de comunicação. A distância entre o emitente e o receptor reflete o tipo de relacionamento que há entre as duas pessoas. Quando não existe uma convivência, um conhecimento entre ambos, as pessoas não sentem-se à vontade, dificultando a expressão. • Sexo: este fator relaciona ambos os sexos, e a comunicação pode-se dar entre as pessoas do mesmo sexo e do sexo oposto. Mulheres podem comentar algum assunto com outra mulher, mas nunca com alguém do sexo oposto. • Cultura: de forma geral, a cultura influência na comunicação, onde cada cultura apresenta uma linguagem própria. • Credibilidade: valoriza-se a confiança e a segurança com que a pessoa transmite um conhecimento ou realiza uma ação. • Atitude defensiva: numa tentativa de lidar com o medo, a ansiedade ou outro aspecto desagradável de uma situação, o indivíduo pode assumir um papel de justificação das crenças pessoais ou de seu comportamento. Estas formas de comportamento impedem consideravelmente a comunicação, levando sempre a argumentar e justificar os prejuízos ou vantagens da proporcionada pela ação. • Afeto: a forma com que o indivíduo se apresenta emocionalmente pode interferir na comunicação, gerando conflitos ou impondo barreiras. É preciso estar atento, pois isto ocorre geralmente de forma não verbal, ocasionando falhas e desarmonia na comunicação. • Atitudes: a tendência a responder de uma certa forma representa a influência das atitudes. Estas são mais claramente demonstradas em nosso comportamento não verbal. Indicam a nossa aceitação ou rejeição à outras pessoas. Geralmente, quando há atitudes negativas, há uma inibição na comunicação, uma vez que não se tenta ouvir e entender a forma colocada. É preciso que as atitudes sejam coerentes, para evitar este tipo de falha. As atitudes que se tem diante de uma comunicação podem ser harmoniosas, levando a clara transmissão entre o emissor e o receptor. Outras vezes podem ser usadas formas que desestimulam a comunicação. Para Reis et al., (2009), podemos ter como atitudes que favorecem a comunicação: o interesse, a aceitação, a objetividade e o comprometimento. O interesse é a atitude que diz ao paciente: “Eu me importo com o que aconteça com você”. Logo, o enfermeiro precisa demonstrar interesse diante da situação em que se encontra o paciente, na intenção de favorecer rapidamente o seu restabelecimento. Um interesse genuíno pelos pacientes traz um certo grau de risco para o enfermeiro. Ela pode estar envolvendo-se em uma situação a qual possa deixá-la aflita e desgastada, porém, quando está disposta e firme a estabelecer uma empatia com o paciente, ela pode alcançar um grande crescimento pessoal e satisfação em ajudar o próximo (REIS et al., 2009). A aceitação tem sido descrita como um tipo de processo discernente ou indulgente, ou seja, pode-se entender que o enfermeiro reconhece características positivas e negativas do paciente, ela deve tentar ser neutra, sempre valorizando e trabalhando as características positivas. Deve ainda agir de forma tolerante diante das negativas. Essa aceitação pode ainda ser intelectual, o enfermeiro pode reconhecer a natureza humana do paciente, aceitando-o como for, comprometendo-se, com o código de ética da profissão. Em outra situação o enfermeiro compromete-se a ajudar um paciente mesmo sabendo dos aspectos negativos de uma personalidade. Por estar muito empenhada, deve evitar a moralização, ou seja, suspender a moralização diante dos mesmos (REIS et al., 2009). A objetividade é o uso do processo científico de resolução de problemas na enfermagem: coletar informações, identificar o problema, definir soluções, implementar soluções, avaliar resultados (REIS et al., 2009). Agindo dessa forma, o enfermeiro vai estar sendo inteligente e responsável, pois estará seguro do que faz, demonstrando e transmitindo ao paciente uma confiança diante dos procedimentos e principalmente na colocação das idéias durante a comunicação. O comprometimento é o ato de prometer solenemente fazer algo no melhor de sua capacidade. O enfermeiro estará disposta a ajudar, dando o melhor de si, na assistência ao paciente, comprometendo-se a atender suas necessidades visando o seu bem estar e será através da comunicação que isto irá se processar (REIS et al., 2009). Há vários fatores que podem impedir a comunicação entre o paciente/cliente-familiares e a equipe de enfermagem. Essas barreiras podem estar relacionadas à falta de habilidade para ouvir, ver, sentir, compreender a mensagem ou o estímulo recebido, causadas por deficiência orgânica, da memória, da atenção ou do raciocínio (BETTINELLI; ERDMANN, 2009). Neste sentido, as barreiras mais comuns encontradas citadas por Bertinelli; Erdmann (2009) são: • Falta de capacidade de concentração: comprometem pessoas que possuem dificuldade de concentrar suas atenções, fatores como tensão ambiental, desconhecimento do idioma, linguagem e ruídos, favorecem o desvio da atenção, não ocorrendo a interação efetiva. • Pressuposição da compreensão: decorre a partir do momento que o enfermeiro não conhece o repertório do paciente, fornecer informações, dar orientações ao paciente, acredita que este compreendeu sua mensagem, e não procura averiguar se ele realmente entendeu. Uma vez que isso ocorre, instala-se a barreira de comunicação. • Imposição de esquema de valores: um enfermeiro nunca deverá impor seus esquemas de valores, cada ser humano tem sua opinião formada sobre assuntos polêmicos como, aborto, transfusão sangüínea, é mais do que necessário respeitar as crenças e valores do próximo. • Ausência de significação comum: está relacionado ao idioma, um paciente que fala alemão e desconhece a língua portuguesa, não conseguirá entender o enfermeiro que não conhece sua língua, neste caso haveria a necessidade de um tradutor. • Influência de mecanismos inconscientes: pode ocorrer também conscientemente, quando o paciente não aceita sua doença porque acredita que é uma pessoa que não fica doente, e qualquer tentativa de convencê-lo do contrário é inútil. O enfermeiro também pode sofrer a influência destes mecanismos quando sem saber o por quê, não aceita determinadas situações comumente vivenciadas por ela. • Para ocorrer uma comunicação eficiente, que visa o restabelecimento da saúde do paciente e o seu bem estar bio-psico-sócio-espiritual, é imprescindível que o enfermeiro tenha empatia sem perder a sua identidade. A comunicação empática só é possível quando conseguimos perceber como a outra pessoa vê o mundo. A empatia é um dos princípios inseparáveis da capacidade de compreender em nível terapêutico, caso contrário, as ações do enfermeiro e sua equipe não seriam de ajuda terapêutica. Silva (2002) classificou em cinco categorias tudo aquilo que facilita a empatia para o enfermeiro; aceitar ouvir, clarificar, informar e analisar, e reflete; “Temos de centrar nossa atenção no cliente e ambiente para ouvir reflexivamente as mensagens emitidas verbalmente, e ouvir o silêncio do paciente, ou seja, compreender o que ele expressa de modo não verbal para compreendê-lo em todas as suas dimensões de ser humano e respeitá-lo como tal”. O enfermeiro dedica mais de 70% do seu dia às atividades relacionadas à comunicação, que incluem, ensinar, entrevistar, fazer anotações, histórico de enfermagem, solucionar problemas de grupo e dar aconselhamento individual ou familiar em saúde e conclui o enfermeiro deve utilizar-se de técnicas em comunicação terapêutica, a fim de proporcionar um relacionamento efetivo com os pacientes (CIANCIARULLO, 2000). Além de utilizar técnicas não se pode esquecer que a comunicação é um processo único, contínuo e que suas unidades não se repetem, porque cada momento é único, e tem de ser vista dentro do contexto do relacionamento, onde ela ocorre, como e quando. Tem de ser planejada para cada paciente em particular (SILVA, 2002). Reis et al. (2009) classificou as técnicas de comunicação terapêutica em três grupos: Grupos de expressão, de clarificação e da validação, porém citaremos a seguir somente as técnicas mais comuns de serem utilizadas: • Ouvir reflexivamente: nessa técnica o enfermeiro demonstra interesse e atenção às palavras do paciente, ela esforça-se voluntariamente para compreender sua mensagem. Essa técnica associada à utilização do silêncio terapêutico possibilita ao enfermeiro, conhecer a experiência do paciente e pode determinar seus sentimentos, problemas e necessidades com mais segurança. Ouvir requer atenção e concentração a fim de selecionar, avaliar e validar as suposições que auxiliam a compreender o significado real daquilo que o paciente realmente quer dizer. • Usar terapeuticamente o silêncio: é uma forma de estimular o paciente a expressar-se espontaneamente. É uma técnica muito difícil de ser empregada, mas tem um efeito positivo quando empregado adequadamente. Algumas vezes o enfermeiro que não está à vontade para conversar com o paciente, tenta preencher cada intervalo com uma conversa superficial, o que pode resultar na irritação do paciente. • Reflexão: o enfermeiro tenta repetir os sentimentos, pensamentos e declarações do paciente, ou seja, nessa técnica o enfermeiro usa exatamente as mesmas palavras do paciente com a finalidade de ajudar o paciente a desenvolver mais profundamente suas próprias declarações. • Perguntas abertas: são usadas pelo enfermeiro com a finalidade de permitir que o paciente tenha liberdade de respostas, coletar dados e demonstrar atenção pelo paciente. Mas é preciso ter cuidado para não exceder nas perguntas, pois isso poderá estressar o paciente, fazendo-o sentir como se estivesse em um interrogatório. • Perguntas diretas: perguntas francas, indica que o enfermeiro sente que o paciente necessita de alguma coisa, essas perguntas desse tipo são muito úteis quando o paciente tem vergonha de dizer o que sente. • Esclarecimento: o enfermeiro procura eliminar as dúvidas que possa existir sobre qualquer declaração feita pelo paciente ou seus familiares. É preciso que o enfermeiro saiba interpretar corretamente as mensagens verbais e não verbais do paciente, para identificar se há algum conflito. A comunicação terapêutica em enfermagem abrange um sentido muito amplo, está relacionado com a interação, afinidade, conhecimento recíproco, compreensão e aceitação entre paciente, enfermagem e familiares, tendo como principal finalidade a de promover uma relação de ajuda emocional, possibilitando o bem estar do paciente, e, no ato de assistir, próprio da enfermagem, a arte da comunicação é de fato a mola propulsora para o desenvolvimento de todas as nossas atividades (COSTA et al., 2010). 4.2 Interação paciente-familiares- equipe na UTI A internação na UTI rompe bruscamente com o modo de viver do sujeito, incluindo suas relações e seus papéis. A sua identidade fica fortemente afetada. Devido ao grau de gravidade de seu estado, geralmente não é considerado como sujeito capaz de escolher, decidir, opinar, dividir, com direito à expressão e à informação. Muito pouco ou nunca exerce sua autonomia, nem mesmo em relação às atitudes próprias de cada um, como higiene pessoal, alimentação, eliminações, entre outras. Trata-se de uma sujeição total ou quase total àqueles que dele cuidam. Deixa de ser um ser singular e transforma-se em um objeto, receptáculo de cuidados técnicos, intensivos (NASCIMENTO; TRENTINI, 2004). "...são vistos como objetos ou máquinas inanimadas, sem sentimentos, a serem manipulados, que sofrem experimentos, são fragmentados em problemas e tratados com imparcialidade. Em casos mais extremos, são isolados, alienados, despojados de sua dignidade, com pouca oportunidade de escapar do ambiente estático, estéril e degradante em que estão emaranhados" (POLAK apud NASCIMENTO; TRENTINI, 2004, p. 31). Na impossibilidade de o paciente tomar decisões sobre seu cuidado e tratamento, tal prerrogativa deve ser exercida, por direito, pelo seu familiar, sob pena de poder acarretar grandes desgastes na relação deste com a equipe da UTI. A família, extensão do doente, com quem ele contava nos vários momentos de sua vida, é afastada do seu convívio, por imposição das rotinas do serviço, geralmente rígidas (NACIMENTO; TRENTINI, 2004). Dentro deste contexto é oportuno mencionar que de acordo com a Secretaria de Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde (2003), está descrito na Portaria n.º 466/98, no capítulo I, em seu item 1.4. estabelece: O direito a uma assistência humanizada. Bem como, em seu capítulo 2, no item 2.14 estabelece que: Fica assegurado o acesso diário de visitantes e familiares aos pacientes internados, conforme rotina e horário estabelecidos pelo Responsável Técnico e Chefia de Enfermagem. No entanto, quando um membro da família necessita de internação numa UTI, parece ser um dos acontecimentos mais difíceis e significativos na dinâmica familiar. Essa situação se torna ainda mais difícil quando o familiar depara com um serviço em que as rotinas de visita são impostas, com horários rígidos, tempo de visita muito curto e número restrito de visitantes por doente. As informações sobre os doentes geralmente são dadas num determinado horário, pelos médicos, dificilmente pelos enfermeiros e, em alguns serviços, por meio de boletins, contendo informações do tipo: óbito; muito grave; estável; melhorando (NASCIMENTO; TRENTINI, 2004). Pode-se afirmar que a internação de um parente na UTI faz com que a família geralmente se sinta fora de todo o processo. É oportuno lembrar que essa situação não se restringe apenas à instituição de saúde, descreve ainda estes mesmos autores: "A escola não quer a família, o hospital não quer a família, a equipe de enfermagem não quer a família, ela é apenas considerada como contexto e não instituição própria". E, a esse respeito, parece não haver expressiva diferença entre as instituições públicas ou privadas, o que difere é o cenário da assistência. Em algumas UTIs, a pessoa responsável para receber o familiar, no horário de visita, limita-se a chamá-lo, oferecer-lhe um avental e pedir-lhe que lave as mãos. Quantas vezes, percebemos o familiar "perdido", procurando sozinho, de leito em leito, o seu parente, tendo, muitas vezes, dúvidas se estava vendo a pessoa certa, pois esta se encontrava agora com aparência bem diferente: entubado, envolto em fios, sondas, soro e aparelhos, imóvel, amarrado e despido ou, ainda, com a cabeça raspada ou enfaixada e com o rosto edemaciado (NASCIMENTO; TRENTINI, 2004). Essa situação, referem os citados autores acima para quem não recebe o menor preparo, é muito difícil. A maioria das pessoas, quando não orientadas, tem dificuldade até de se aproximar do leito, não sabe se pode ou não tocar, se pode ou não falar. A quem perguntar? Nessa hora, a Unidade parece que fica vazia, os funcionários aproveitam para tomar o café, a enfermeira, para fazer a evolução de enfermagem, e o médico, para estudar ou descansar no quarto de plantão médico. Assim agindo, os membros da equipe mostram-se indiferentes aos sentimentos e às necessidades da família. A família, sentindo-se alheia e insegura, solicita ver o seu familiar doente com maior freqüência e pede informações a todo momento. A equipe, em contrapartida, reage a essa atitude, muitas vezes, com impaciência, autoritarismo e intransigência. "Famílias ansiosas, em função da gravidade da situação do paciente, ou com falta de informação, por vezes, provocam reações negativas por parte da equipe de saúde" (NASCIMENTO; TRENTINI, 2004). A comunidade científica da enfermagem, insatisfeita com esse modo de cuidar, embasado somente nas ciências naturais, no modelo biomédico, iniciou, na década de 60, a elaboração de alguns modelos teóricos específicos para a prática de enfermagem. Porém, nos modelos iniciais, o ser humano ainda é concebido como um ser somativo, como se fosse uma combinação de aspectos biopsicosocioespirituais suprapostos. Assim, a enfermagem continua com uma compreensão fragmentada do ser humano. Esses modelos estão enquadrados no paradigma da totalidade, que é uma concepção aperfeiçoada da abordagem da ciência médica para a Enfermagem. No paradigma da totalidade, o ser humano é uma combinação de distintos aspectos: biológicos, psicológicos, sociais e espirituais explicam os autores, ou seja, é um ser somativo que interage com seu ambiente interno e externo e adapta-se a ele para alcançar metas. Esse paradigma tem como pressuposto que o todo é a soma de suas partes. Novos modelos surgiram com crenças diferentes, de que a soma das partes não constitui o todo. Esses modelos foram enquadrados como paradigma da simultaneidade (NASCIMENTO; ERDMANN, 2006). Nesse paradigma, referem estes mesmos autores o ser humano é um ser aberto, mais que é diferente da soma das partes, que transforma e é transformado pelo ambiente. A saúde é o que a pessoa vive; é uma situação que tem significado somente na perspectiva da pessoa; não pode ser definida por outra pessoa. A enfermagem tem seu foco na qualidade de vida, a partir do ponto de vista da pessoa; a autoridade é a pessoa e não a enfermagem; não há planos de cuidados baseados em problemas de saúde; a enfermagem guia a pessoa a desvelar o significado da situação e, por meio de seus próprios planos, mover-se em direção à mudança de seus padrões de saúde, na melhora de sua qualidade de vida. No entanto, o fato de o (a) Enfermeiro (a) estar ou não diretamente envolvido com os cuidados prestados ao doente ou ao homem sadio não diminui sua importância no contexto de seu trabalho que se vincula àquele cuidado. Assim sendo, o profissional deve zelar pela qualidade e competência do cuidado administrado ao paciente, pois, muitas vezes, conforme o Conselho Regional de Enfermagem (2001) frente ao Código de Ética, capítulo IV, precisamos responder por esta assistência de Enfermagem prestada livre de danos oriundos de quaisquer etiologias e iatrogênias, seja, por imperícia, negligência ou imprudência e, ainda, no capítulo I - art. 3.º - dos Princípios Fundamentais, consta que: O profissional de Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital, sem discriminação de qualquer natureza. E no art. 5º: O profissional de Enfermagem presta assistência à saúde visando à promoção do ser humano como um todo. Todavia, muitas vezes, corremos o risco de sermos considerados imprudentes ao assumir os novos paradigmas apresentados aos profissionais da área da saúde, advindos das várias inovações tecnológicas frente aos constantes desafios que nem sempre são voltados às necessidades básicas dos clientes/pacientes que estão sob nossa responsabilidade, como, por exemplo, realizar os cuidados mais complexos de Enfermagem, ou seja, administrar e coordenar a assistência de Enfermagem como um todo. O ser humano é único e capaz de interagir consigo e com os outros seres, afetando o mundo e sendo afetado por ele. Possui características especiais de relacionar-se por meio da relação EU-TU, EU-ISSO, no tempo e no espaço. Na relação com outros seres, o ser humano vem a ser, e manifesta sua singularidade (NASCIMENTO; TRENTINI, 2004). Desta forma, considerando o ser humano, pacientes, familiares e cuidadores de enfermagem de UTI, deve ser visto como ser aberto, que interage consigo mesmo, com os outros seres e com o ambiente, ou seja, com o mundo da UTI. As relações EU-TU e EU-ISSO precisam estar presentes no ambiente da UTI, uma vez que permitem que o ser seja visto de uma maneira integral, quer na sua objetividade, na relação EU-ISSO, quer na subjetividade, na relação EU-TU (PATERSON; ZDERAD, 2004). O ser cuidador e o ser cuidado têm em comum uma dimensão do ambiente externo, que é a UTI, cujas características já foram comentadas neste trabalho, porém cada um pode perceber esse ambiente de modo diferente, influenciado pela sua vivência, pelo seu ambiente interno. A relação do ser doente (TU) com o ambiente da UTI (ISSO) será expressiva se percebida por ele como uma condição que lhe possibilita manter ligação com o seu mundo, seu ambiente fora da UTI, que lhe possibilita manter ou talvez aperfeiçoar o seu ambiente interior (PATERSON; ZDERAD, 2004). O ambiente da UTI tornar-se-á menos impessoal para o doente e seus familiares quando o diálogo estiver aberto para ambos, quando houver uma interação entre os doentes e seus familiares, entre eles e o ser cuidador de enfermagem e entre os cuidadores de enfermagem da UTI. Enfim, os cuidadores de enfermagem da UTI precisam humanizar a assistência, nesse ambiente, oportunizando as relações, otimizando as expressões, tanto objetivas quanto subjetivas (NASCIMENTO; TRENTINI, 2004). Assim, o encontro EU-TU (Ser cuidador/Ser cuidado) é imprescindível para que a Enfermagem preste ajuda, para que se dê o ato de Enfermagem. O encontro ocorrerá na UTI, se tanto um quanto o outro estiverem disponíveis, querendo que ele ocorra. Darse-á de forma efetiva, ou seja, com qualidade, se os seres envolvidos mostrarem a sua singularidade. "(...) é importante considerar a amplitude dos encontros humanos, que vão do trivial ao extremamente significante" (PATERSON; ZDERAD, 2004). Desta maneira, a Enfermagem é uma resposta de cuidado a um chamado de ajuda que se dá por meio da compreensão do significado de experiências de vida e busca de potenciais. Durante o encontro, a relação inter-humana estará intencionalmente voltada para o bem-estar e o estar melhor. A Enfermagem, portanto, é um diálogo vivido, em que a(o) enfermeira(o) e outra pessoa relacionam-se pelo encontrar-se, pelo estar presente. Para entendê-la, é necessário considerá-la como um fenômeno que ocorre no mundo real das vivências humanas, variando conforme o doente, sua idade, a situação clínica, sua incapacidade etc., bem como a percepção do(a) enfermeiro(a) acerca da necessidade e suas atitudes para responder a ela (NASCIMENTO; TRENTINI, 2004). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, e de acordo com os objetivos propostos neste estudo, identificou-se na literatura pesquisada que o interesse do enfermeiro visa o estar melhor de uma pessoa, no seu existir pleno, em ajudar o outro a ser o mais humano possível, em um momento particular de sua vida. Independente do estado geral de uma pessoa, se ela está disposta às experiências da vida, ela está saudável. Assim, acredita-se que perceber o ser humano hospitalizado em UTI, possibilita um cuidado que rompe com o modelo assistencial predominante, cujo objetivo maior é a cura e não o cuidado do ser. Desta maneira, quando o profissional assume a posição do paciente, o conceito de humanizar reflete a percepção da doença, enfermidade que constitui uma interpretação e um julgamento das impressões sensíveis produzidas pelo corpo. Deste modo, não é meramente um estado de sofrimento, mas também uma realidade sociocultural. Essa é, então, a perspectiva do ideal de humanizar. Colocando-se no lugar do outro, o profissional passa a cuidar, considerando um significado de humanizar que envolve respeito, dignidade e interação com ou outro. Assim, humanizar neste estudo é um verbo que precisa ser conjugado continuadamente por um número cada vez maior de usuários e profissionais da saúde, pois, ele facilmente se desgasta e vira desumanização. Desta forma, acredita-se que o humanizar em UTI deixará um dia de ser simplesmente um discurso para ser verdadeiramente vivenciado, sendo que os melhores resultados serão alcançados se houver um consenso na forma de agir de todos os membros da equipe multiprofissional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMBROZANO, R. M. Enfermagem – formação interdisciplinar do enfermeiro. São Paulo: Arte & Ciência Villipress, 2002. AMESTOY, S. C.; SCHWARTZ, E.; THOFEHRN, M. B. A humanização do trabalho para os profissionais de enfermagem. Acta paul. enferm., São Paulo, v. 19, n. 4, dez. 2006. BACKES S D, FILHO WDL, LUNARDI VL. O processo de humanização do ambiente hospitalar centrado no trabalhador. Revista da Escola de Enfermagem da USP; v. 40, n.2, p. 221-227, 2006. BETTINELLI, L. A.; ERDMANN, A. L. Internação em unidade de terapia intensiva e a família: perspectivas de cuidado. Rev. enferm., v. 27, n.1, p.15-21, jul. 2009. BORDENAVE, J. E. D. O que é comunicação?.14a ed., São Paulo: Brasiliense, 2001. 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