MILENNY ANDREOTTI E SILVA ACOMPANHAMENTO DOS HIPERTENSOS NO PROGRAMA HIPERDIA Terenos – MS 2011 MILENNY ANDREOTTI E SILVA ACOMPANHAMENTO DOS HIPERTENSOS NO PROGRAMA HIPERDIA Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação em nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientadora: Profª. Esp. Karine Cavalcante da Costa Co-orientadora: Prof. MSc. Silvia Helena M. de Moraes Terenos – MS 2011 RESUMO Este projeto de intervenção tem como tema o acompanhamento dos hipertensos na ESF Urbano I de Terenos, MS. No Programa Hiperdia, são acompanhados 43% dos hipertensos cadastrados, porém, é considerado como ideal o acompanhamento de mínimo 60% desses usuários, trimestralmente. A pouca adesão dos usuários hipertensos da ESF Urbano I no Programa Hiperdia pode ser devido aos seguintes fatores: pouca informação da equipe sobre a importância do Programa, falta de interesse sobre a doença pelos usuários, escassez de tempo para o comparecimento no ESF e pouco interesse da equipe em desenvolver o Programa adequadamente. O desenvolvimento correto desse programa poderá diminuir o número de internações dos usuários portadores de hipertensão arterial por doenças cérebro-vasculares, já que as doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira. O HIPERDIA é um sistema informatizado que permite cadastrar e acompanhar os portadores de hipertensão arterial, gerando informações para profissionais e gestores. A Atenção Básica tem como um de seus objetivos realizar o acompanhamento de hipertensos na ESF, através de aferição de pressão arterial (PA) e orientações de saúde. Na ESF Urbana I, o acompanhamento dos hipertensos cadastrados no programa é feito através de livre demanda, antes das palestras e consultas médicas e de enfermagem, onde é realizado aferição de pressão arterial, medidas de dados antropométricos (peso, altura e cintura) e orientações sobre promoção da saúde e prevenção de doenças. Neste projeto de intervenção, as ações realizadas foram o diagnóstico do problema, as reuniões de estudo, a elaboração de ações e duas intervenções na comunidade, que obteve como resultado um aumento no número de acompanhamento de hipertensos no programa Hiperdia. Palavras-chave: Hipertensão Arterial. Estratégia Saúde da Família. SUMÁRIO 1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 04 1.1 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO E DO ATENDIMENTO DO ESF URBANO I ......... ................................................................................................................................. 05 2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................... 07 3 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 11 3.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 11 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 11 4 METODOLOGIA.............................................................................................................. 13 5 CRONOGRAMA ............................................................................................................... 15 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO .............................................................................................. 16 6.1 DIAGNÓSTICO DO PROBLEMA............................................................................. 16 6.2 REUNIÃO DE ESTUDO ............................................................................................ 16 6.3 ELABORAÇÃO DE AÇÕES ...................................................................................... 17 6.4 INTERVENÇÃO NA COMUNIDADE ...................................................................... 19 6.5 REUNIÃO DE DISCUSSÃO ...................................................................................... 20 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 22 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 23 4 1 JUSTIFICATIVA Formei-me como enfermeira no ano de 2005, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Fui aprovada no concurso da Prefeitura de Terenos e a partir de dezembro de 2006 ingressei na Estratégia Saúde da Família (ESF) Urbano I, no qual sou a enfermeira e gerente desta unidade de saúde. Atuo ativamente em todos os programas de saúde, além de ser responsável pela administração do local. O ESF Urbano I de Terenos atende em média 60 hipertensos mensalmente, através de consultas médicas e de enfermagem. Temos duas formas de cadastro desses hipertensos no sistema: a primeira é feita pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) através da ficha A, onde é alimentado o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Neste sistema, temos no total 288 hipertensos cadastrados. O outro sistema de cadastramento realizado pela enfermeira ou técnica de enfermagem, é feito no Programa Hiperdia onde temos cadastrados 214 hipertensos, e esse cadastro é feito com a prescrição médica e os dados de identificação do usuário. Para acompanhamento médico e de enfermagem, os usuários cadastrados no Programa deveriam ser atendidos trimestralmente, onde é feita a troca de receita de medicação, aferição de pressão arterial e acompanhamento. No Programa Hiperdia, acompanhamos 43% dos hipertensos cadastrados, porém, considero como ideal o acompanhamento de mínimo 60% desses usuários, trimestralmente. O acompanhamento dos usuários hipertensos cadastrados é feito pela equipe de enfermagem, onde usamos a sala de pré-consulta, que é um local, arejado, com boa iluminação e exclusivo para esse tipo de atendimento. O local possui os equipamentos necessários, como esfigmomanômetro, estetoscópio, balança antropométrica e fita métrica. Não existe agendamento para esse acompanhamento, sendo feito por livre demanda, ou seja, toda vez que o usuário cadastrado for aferir a pressão arterial, aproveitamos e captamos os dados possíveis. Logo após colher esses dados, inserimos as informações em uma planilha específica para esse fim, que contém as informações sobre o nome do usuário, data de nascimento, dados antropométricos, valor aferido da pressão arterial (PA), medicações usadas e intercorrências no período. A pouca adesão dos usuários hipertensos do ESF Urbano 1 no Programa Hiperdia pode ser devido aos seguintes fatores: pouca informação da equipe sobre a importância do Programa, falta de interesse sobre a doença pelos usuários, escassez de tempo para o comparecimento no ESF e pouco interesse da equipe em desenvolver o Programa 5 adequadamente. O desenvolvimento correto desse programa poderá diminuir o número de internações dos usuários portadores de hipertensão arterial por doenças cérebro-vasculares. 1.1 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO E DO ATENDIMENTO DO ESF URBANO I Na ESF Urbano I, na cidade de Terenos, temos cadastrados 894 famílias, e aproximadamente 2900 pessoas, sendo 519 crianças de 0 a 14 anos, 2800 pessoas entre 15 e 59 anos e 300 pessoas acima de 60 anos. Quanto às condições sociais e ambientais da área, 95% do abastecimento de água é público, 87% da população ingerem a água sem tratamento, 98% residem em casa de tijolo, 94 % do destino do lixo são coletados e 99% das pessoas usam a fossa para o destino dos dejetos. A economia é baseada na agricultura, pecuária, indústrias e serviço público municipal. O comércio é prejudicado com a proximidade com Campo Grande, gerando um grande número de desempregados. Um dos maiores problemas de saúde detectados na área, pela nossa equipe de saúde, é a hipertensão, com 272 hipertensos identificados. A gravidez na adolescência é também um problema que vem aumentando em nossa área, uma vez que, hoje, temos uma média de 04 adolescentes grávidas. Em nosso ESF funciona apenas uma equipe, o ESF Urbano I, que é composta de médico, enfermeira, técnica de enfermagem, dentista, auxiliar de saúde bucal, e oito agentes comunitários de saúde. Temos nove áreas de abrangência, mas uma área está descoberta por falta de funcionário. Há uma recepcionista exclusiva para o atendimento dos usuários. O atendimento realizado pelo médico e pela enfermeira é feito de duas formas, agendamento prévio e livre demanda. O atendimento odontológico é apenas agendado, no qual se agenda apenas uma vez na semana. O agendamento de consultas médica e enfermagem são feito na recepção, pelo usuário, por ordem de chegada, agendando para o mesmo dia ou para outro dia da semana. Não existe dia específico para atendimentos clínico dos programas. As visitas domiciliares são feitas conforme pedido do usuário ou solicitado pelo ACS. A médica vai juntamente com o ACS e com a técnica de enfermagem, e a enfermeira vai geralmente sozinha, sem o acompanhamento do ACS. 6 A estrutura física da unidade foi planejada com acessibilidade para os portadores de necessidades especiais. Possui uma sala para reunião, mas o espaço é pequeno, assim como a sala da enfermeira que, conforme o projeto original, seria a sala de medicação. Contudo, por falta de espaço físico está sendo usada para fazer consultas de enfermagem e coleta de preventivo. A unidade de saúde contém bancos para os usuários aguardarem sentados para serem atendidos pela equipe. Uma vez na semana é realizada reunião para os usuários participantes dos Programas de Saúde, seguindo este calendário: na primeira quinta-feira do mês é feita a atividade para participantes do Hiperdia; na segunda quinta-feira do mês, é feito a reunião com as gestantes; na terceira quinta-feira, alternamos entre os programas de tuberculose e hanseníase; e na última quinta-feira realizamos atividades com o programa da criança. O Programa Saúde da Mulher é realizado semanalmente, antes da coleta de exame preventivo. Os principais problemas na dinâmica de trabalho da ESF Urbano I são: a difícil adesão e compreensão por parte dos pacientes quanto ao funcionamento e a rotina do ESF; falta de funcionários, tanto ACS como técnico de enfermagem; dificuldade em conseguir automóvel para as visitas domiciliares; não adesão por parte da população nos Programas de Saúde; estrutura física deficiente; e falta de interesse de alguns membros da equipe quanto ao funcionamento dos Programas de Saúde. 7 2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira. Não há uma causa única para essas doenças, mas vários fatores de risco, que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. A hipertensão afeta de 11 a 20% da população adulta com mais de 20 anos. Cerca de 85% dos pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) e 40% das vítimas de infarto do miocárdio apresentam hipertensão associada (BRASIL, 2001). No Brasil, a hipertensão arterial (HA) tem prevalência estimada em cerca de 20% da população adulta (maior ou igual a 20 anos) e forte relação com 80% dos casos de AVE, e 60% dos casos de doença isquêmica do coração. Constitui, sem dúvida, o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, cuja principal causa de morte, o AVE, tem como origem a hipertensão não-controlada. Vários estudos mostram que se reduzirmos a pressão arterial diastólica média de uma população em cerca de 4 mmHg, em um ano, teremos uma redução de 35 a 42% de AVE, nessa comunidade (BRASIL, 2001). O HIPERDIA é um sistema informatizado que permite cadastrar e acompanhar os portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus (DM), captados e vinculados às unidades de saúde ou equipes da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde - SUS, gerando informações para profissionais e gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde (BRASIL, 2002). Este programa foi lançado em março de 2002, cujos principais objetivos são: possibilitar a Gestão do Cuidado com a vinculação do portador á unidade básica ou equipe de saúde através do cadastro e atendimento desses portadores de DM e HA; monitorar de forma contínua a qualidade clínica (outcome) e o controle desses agravos e seus fatores de risco na população assistida; fornecer informações gerenciais que permitam subsidiar os gestores públicos para tomada de decisão para a adoção de estratégias de intervenção gerais ou pontuais, como estimar acesso aos serviços de saúde, planejar demanda para referenciamentos, estimativa de uso de materiais, necessidade de recursos humanos e capacitações; fornecer informações que subsidiem a gerência e gestão da Assistência Farmacêutica; instrumentalizar a Vigilância à Saúde, fornecendo informações que permitem conhecer o perfil epidemiológico da HA e do DM, seus fatores de risco e suas complicações na população; possibilitar o Controle Social através de informações que permitem analisar acesso, cobertura e qualidade da atenção. (BRASIL, 2002). 8 A gestão municipal deverá executar as ações básicas de prevenção de atenção integral a HA e DM além de alimentar e manter o cadastro e atendimento dos pacientes no sistema SISHiperdia (BRASIL, 2002). A Atenção Básica tem como um de seus objetivos realizar acompanhamento de hipertensos na ESF, através de aferição de pressão arterial (PA) e orientações de saúde. Conforme Freitas e Rabetti 2011, a assistência aos hipertensos não é de exclusividade da Atenção Primária em Saúde (APS), mas as melhores oportunidades de atuação acontecem no nível primário da atenção, sendo também um agravo caracterizado pela necessidade do cuidado longitudinal, característico da APS. Através desse acompanhamento, busca-se diminuir os riscos de morbi-mortalidade por doenças cérebro-vasculares, aumentar o acompanhamento dos cadastrados no Programa Hiperdia, estimular a manter um estilo de vida saudável e diminuir os casos de obesidade. A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS (BRASIL, 2011) A ESF é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de expansão da Saúde da Família comprova a adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. Iniciado em 1994, como Programa Saúde da Família (PSF), apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação dessa estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios e pela capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida (BRASIL, 2011). O trabalho de equipes da Saúde da Família é o elemento-chave para a busca permanente de comunicação e troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes da equipe e desses com o saber popular do ACS. As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 6 agentes comunitários de 9 saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em saúde bucal (BRASIL, 2011). Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo, 4 mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil habitantes de uma determinada área, e estas passam a ter co-responsabilidade no cuidado à saúde. A atuação das equipes ocorre principalmente nas unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da comunidade, caracterizandose: como porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde; por ter território definido, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade; por intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta; por prestar assistência integral, permanente e de qualidade; por realizar atividades de educação e promoção da saúde. E, ainda: por estabelecer vínculos de compromisso e de co-responsabilidade com a população; por estimular a organização das comunidades para exercer o controle social das ações e serviços de saúde; por utilizar sistemas de informação para o monitoramento e a tomada de decisões; por atuar de forma intersetorial, por meio de parcerias estabelecidas com diferentes segmentos sociais e institucionais, de forma a intervir em situações que transcendem a especificidade do setor saúde e que têm efeitos determinantes sobre as condições de vida e saúde dos indivíduos-famílias-comunidade (BRASIL, 2011). Uma das estratégias importantes, e eficaz, no atendimento aos usuários na Atenção Básica é a elaboração de Projeto Terapêutico Singular (PTS), que é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário. É uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a entender o Sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, conseqüentemente, para definição de propostas de ações. O projeto busca a singularidade (a diferença) como elemento central de articulação, lembrando que os diagnósticos tendem a igualar os sujeitos e minimizar as diferenças: hipertensos, diabéticos, etc. (BRASIL, 2007). É de responsabilidade da esfera municipal definir e implantar o modelo de atenção básica em seu território, contratualizar o trabalho em atenção básica, manter a rede de unidades básicas de saúde em funcionamento (gestão e gerência), co-financiar as ações de atenção básica, alimentar os sistemas de informação, avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob sua supervisão (BRASIL, 2011). Na ESF Urbana I o acompanhamento dos hipertensos cadastrados no programa é feito através de livre demanda, antes das palestras e consultas médicas e de enfermagem, onde a enfermeira ou técnica de enfermagem realiza aferição de pressão arterial, medidas de dados 10 antropométricos (peso, altura e cintura) e faz orientações sobre promoção da saúde e prevenção de doenças. Este acompanhamento é feito em local apropriado, sala arejada, bem iluminada e ventilada, seguindo um protocolo de atendimento em que os dados do acompanhamento são preenchidos e enviados para alimentar o sistema mensalmente. Os dados colhidos são anotados na carteira de acompanhamento do usuário. O não acompanhamento dos usuários pode prejudicar o vínculo entre a equipe e o usuário e aumentar o número de portadores de doenças crônicas, assim como maiores índices de hospitalização e óbito por doenças cérebro-vasculares. Segundo Helena et.al (2010), a adesão ao tratamento reflete como as pessoas compreendem e assumem o cuidado com sua saúde e nos processos interativos entre pessoas que necessitam de cuidado e o serviço de saúde que deve prestá-lo. 11 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Aumentar o acompanhamento de hipertensos cadastrados no Hiperdia em 60%, da ESF Urbano I, do município de Terenos. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar com os usuários os problemas e dificuldades para a adesão no Programa Hiperdia; Identificar com os profissionais da equipe (médico, enfermeira, técnica de enfermagem, odontóloga e ACS) os problemas que envolvam o acompanhamento; Implantar as ações discutidas, visando um melhor acompanhamento. 12 4 METODOLOGIA Foi elaborado um projeto de intervenção com o apoio da equipe da ESF Urbano I de Terenos, cujo principal objetivo é o de aumentar o número de acompanhamento dos pacientes inscritos no Programa Hiperdia. Apresentamos, a seguir, um quadro com as ações planejadas neste projeto: AÇÃO Diagnóstico RESPONSÁVEL Enfermeira do problema COMO FAZER Reunir QUANDO RECURSO FAZER NECESSÁRIO Janeiro Planilhas AVALIAÇÃO de Mensal informações atendimento pertinentes ao disponível na número ESF de atendimento de hipertensos no ano de 2010 pela enfermeira e médico da unidade Reunião de Enfermeira Agendar estudo período Elaboração de ações Equipe um Semanalmente Manual do Semanalmente Ministério da durante a semana para materiais ser discutidos retirados temas sobre a através de hipertensão pesquisa na arterial internet Discutir Saúde Semanalmente Protocolos melhor forma , durante as (PTS) de reuniões atendimento para elaborado pela equipe os e Semanalmente 13 hipertensos, elaborando protocolos de atendimento pela equipe (PTS) Identificação Equipe dos Elaborar um Mensalmente, instrumento de durante Instrumento Mensalmente, as de avaliação após o aumento problemas e investigação e visitas elaborado no número de dificuldades avaliação que domiciliares pela equipe acompanha- para adesão deverá ser no hiperdia entregue ao mento hipertenso na visita domiciliar de todos os membros da equipe, tentando buscar os motivos do não comparecimen to desses usuários Intervenção Equipe Roda de Mensalmente, na conversa sobre durante comunidade hipertensão reuniões arterial programadas Material as elaborado pela equipe Instrumento elaborado pela equipe, e aumento no número de usuários durante as atividades Reunião de Equipe Roda de Mensalmente discussão conversa entre Recursos Aumento no humanos número de os acompanha- profissionais mento 14 buscando solução de problemas que resolvam o acompanhame nto A primeira ação a ser realizada deverá ser o diagnóstico do problema, através das informações obtidas no Programa Hiperdia e no número de consultas realizadas pela enfermeira e médico da unidade de saúde. A avaliação desta ação deverá ser mensal, onde será feito um levantamento, buscando um aumento no número de consultas e atendimentos dos hipertensos no ESF. As reuniões de estudo deverão acontecer, preferencialmente, uma vez por semana, com todos os membros da equipe, para que os mesmos possam se apropriar de conhecimentos teóricos sobre a hipertensão e as estratégias de prevenção e assistência, bem como compartilhar experiências sobre o tema. Ficará sob a responsabilidade da equipe de enfermagem a promoção dessas reuniões. A avaliação será discutida na semana posterior à reunião, onde cada membro da equipe deverá colaborar com sugestões e críticas, através de rodas de conversas, buscando um melhor desempenho nas reuniões. Além das reuniões de estudo, a equipe de saúde deverá se reunir periodicamente para discutir os resultados das ações a serem propostas e propor outras novas ações, considerando a demanda dos usuários hipertensos atendidos pela mesma e a baixa adesão desses usuários no Programa Hiperdia. A avaliação desta ação deverá ser feita juntamente com a reunião de estudo. A partir das reuniões de estudo, a equipe de saúde deverá elaborar ações que propiciem um acompanhamento mais sistematizado dos usuários hipertensos cadastrados. Podemos considerar essa ação como uma estratégia importante neste projeto, uma vez que, é a partir das ações elaboradas que a rotina de trabalho da equipe de saúde deverá ser reorganizada. Esta ação, no projeto, será avaliada de forma sistematizada onde serão escolhidos usuários que geralmente apresentam riscos maiores de desenvolver agravos à sua saúde, e discutidos melhores formas de atendimento a esse usuário, através do projeto terapêutico singular. 15 A intervenção na comunidade será outra ação importante a ser realizada, pois tem como objetivo entender a reduzida participação dos usuários hipertensos cadastrados, uma vez que os mesmos poderão compartilhar suas opiniões e sentimentos em relação ao Programa. Esta ação será avaliada pelo número de usuários hipertensos participantes. Estima-se uma participação de 60 % desses usuários. Procurando ainda levantar as dificuldades e problemas para adesão ao Programa Hiperdia, será elaborado, pela equipe de saúde, um instrumento de investigação e avaliação, a ser respondido pelo usuário hipertenso. A análise dos resultados deste instrumento será importante para que a equipe possa repensar suas ações quanto ao atendimento ao Programa. 5 CRONOGRAMA Atividade Jan Diagnóstico Fev Mar Abr Mai X X Jun Jul Ago Set Out Nov do X Problema Revisão de literatura X Elaboração do Projeto Intervenção na X comunidade Análise de dados Interpretação X dos X Dados Elaboração do X Relatório Entrega do relatório X 16 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO Devido às constantes mudanças no ambiente de trabalho (no mês de março deste ano, trabalhei na UBS DR. Samuel Chaia Jacob, onde exerci a função de enfermeira no setor de urgência e emergência; nos meses de abril, maio e início de junho retornei para o ESF Urbano I; no mês de junho fui transferida para o ESF Rural I), algumas ações planejadas neste projeto de intervenção foram prejudicadas em sua execução. A seguir serão discutidas as ações que foram possíveis de serem realizadas no projeto. 6.1 DIAGNÓSTICO DO PROBLEMA No mês de janeiro foi realizado o diagnóstico do problema pela enfermeira, através das informações obtidas no Programa Hiperdia e no número de consultas realizadas pela enfermeira e médico desta unidade de saúde no ano de 2010, sendo diagnosticado um baixo acompanhamento dos hipertensos no Programa. Este diagnóstico foi elaborado facilmente, pois havia, em arquivo da unidade de saúde, os materiais necessários para essa pesquisa, como as planilhas de atendimento médico, de enfermagem e do Programa Hiperdia. A elaboração deste diagnóstico ficou sob a responsabilidade da enfermeira. 17 Seria importante a realização continua deste diagnóstico, pois através dele a equipe poderá buscar uma solução ou minimização do problema, além de contribuir para a solução de outras causas. 6.2 REUNIÃO DE ESTUDO No mês de fevereiro de 2011, foram realizadas reuniões de estudo em que participaram o médico, a odontóloga, a técnica de enfermagem, os ACS e eu, como enfermeira da equipe, com o propósito de aprimorar os conhecimentos sobre a hipertensão arterial, e também realizar a educação permanente da equipe. Esse estudo foi feito com o auxílio do manual do Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) e também algumas bibliografias disponíveis na internet. Foram feitas quatro reuniões, uma vez na semana cada uma, com duração de duas horas, onde foram discutidos assuntos diversos sobre a doença, como prevenção de complicações cardiovasculares e manutenção de níveis pressóricos. Todos os participantes da equipe, citados acima, participaram de todas as reuniões, que eram dirigidas pela enfermeira. Apesar da participação de todos, a cada reunião foi possível perceber um desinteresse de alguns membros sobre o assunto debatido. Após a quarta reunião, nenhuma outra foi agendada, pois parece que esta equipe de saúde não está acostumada a ser reunir para estudar determinados temas, uma vez que o tempo de trabalho é mais focado em ações e não em reflexões. Segundo Backes et. al (2008), a formação contínua contribui sobremaneira, visto ser um processo que remete primeiramente a uma revisitação interna de valores, com posterior reflexo no nível profissional. Leva em consideração o saber adquirido pelo profissional nas experiências de trabalho, cuja valorização permite apontar com maior propriedade a realidade desse serviço, a expressão de suas necessidades e problemas, estimulando no processo de formação/educação contínua, a troca mútua de experiências, a criação de novo saber e nova prática, a partir da crítica e instrumentalização gerada pela vivência. (p.864) Deste modo, é preciso que a equipe de saúde do ESF Urbano I de Terenos, elabore uma rotina de educação permanente, objetivando troca de experiências e buscando um melhor aproveitamento e aperfeiçoamento profissional. 18 6.3 ELABORAÇÃO DE AÇÕES No mês de março foi feita a elaboração de ações para um acompanhamento mais sistematizado dos usuários cadastrados. Foi discutida, com a equipe, exceto a enfermeira, a forma do atendimento a esses usuários, elaboradas datas para atendimentos e protocolo de atendimento pela equipe. Em primeiro lugar, foi falado sobre o acolhimento desses usuários, devendo ser realizado por toda a equipe de saúde em toda relação entre profissional de saúde – pessoa em cuidados. Ficou decidido que a assistência de enfermagem deveria ser realizada da seguinte forma: estar voltada à prevenção de complicações cardiovasculares, manutenção de níveis pressóricos normais, avaliar e controlar os fatores de risco para complicações. A unidade de saúde iria oferecer agendamento prévio para os atendimentos individuais ou em grupo, para monitoramento das condições de saúde, segundo Projeto Terapêutico Individual e coletivo. A primeira consulta de enfermagem para o paciente hipertenso deveria ser feita pela enfermeira, seguindo o seguinte protocolo de atendimento, elaborado pela equipe. - Histórico de enfermagem. a. Identificação do cliente (Nome, idade, sexo, estado civil, condições de moradia, lazer, religião) b. Antecedentes familiares e pessoais (agravos à saúde) c. Medicações em uso d. Hábitos alimentares e. Hábitos de vida (tabagismo, alcoolismo, drogadição, sono e repouso, higiene e eliminações f. Queixas atuais g. Percepção do cliente frente a patologia h. Exame físico: - Dados antropométricos - PA sentado e deitado - Pulso radial e carotídeo - Rubor facial - Alterações de visão - Ingurgitamento jugular e tireóideo 19 - Pele (integridade, turgor, coloração e manchas) - Tórax (ausculta cardiopulmonar) - Abdome - MMSS e MMII (edema, pulso pedioso e lesões) i. Levantamento de problemas/diagnósticos de enfermagem j. Prescrição de enfermagem l. Fornecer a medicação em uso, se necessário Além deste protocolo, ficou acertado pela equipe as seguintes ações no atendimento ao usuário hipertenso: a consulta deveria ser realizada em um ambiente tranqüilo, para estabelecer uma relação de vínculo, respeitando a privacidade do usuário. A enfermeira deverá registrar todos os dados no prontuário e na caderneta de acompanhamento do hipertenso, que seria entregue para o usuário, informando-o para trazê-la sempre que for realizar o acompanhamento. Seria verificado se o paciente mantém dieta prescrita pelo médico, estimulando a execução de atividades física, que tenham sido liberadas pelo mesmo. Os usuários seriam informados sobre os recursos disponíveis da comunidade, a fim de melhorar a qualidade de vida (aulas, grupos interativos). Seriam agendados grupos para orientação e discussão da patologia com a equipe. Nas consultas subseqüentes a técnica de enfermagem ouviria o relato do paciente (queixas e dúvidas), assim como executaria prescrições médicas e de enfermagem, conforme projeto terapêutico estabelecido pela equipe de saúde. A elaboração de ações foi discutida por todos da equipe, exceto a enfermeira e realizada satisfatoriamente. Para elaboração do protocolo foi necessário apenas uma reunião sendo de consenso de todos os membros. Infelizmente, este protocolo ainda não foi colocado em ação, pois a enfermeira mudou de ESF e a equipe não levou adiante o plano de ação. O preenchimento correto desse protocolo poderia ajudar na elaboração de ações para o projeto terapêutico singular. 6.4 INTERVENÇÃO NA COMUNIDADE Nos meses de abril e maio, foi realizada a intervenção na comunidade da seguinte forma: dos dias 04 a 06 de abril de 2011, foi realizado a divulgação do projeto através das 20 visitas domiciliares realizadas por toda a equipe, durante as consultas médica e de enfermagem e durante as conversas informais entre a equipe e os usuários. No dia 07 de abril houve a primeira atividade de intervenção na comunidade. Participaram desta atividade a enfermeira, a técnica de enfermagem, o médico, e os ACS. Foram convidados 100 (cem) portadores de hipertensão arterial que receberam um convite individual. Porém, compareceram nesta atividade 20 portadores. Foi realizada a medição de pressão arterial, peso, altura e medição da circunferência abdominal, além de roda de conversa sobre a patologia, dando ênfase na opinião dos usuários. Esta atividade durou aproximadamente uma hora e já foi agendada a próxima reunião para o dia 05 de maio de 2011. A avaliação foi feita através de um instrumento elaborado pela equipe, o qual cada participante deveria responder sobre o que acharam da atividade, dando opções com ótimo, bom, regular e ruim e solicitação de sugestões para a próxima atividade. Nos dias 02 a 04 de maio de 2011, houve uma nova divulgação do projeto, com os mesmos parâmetros do mês anterior. Também foi convidada uma média de 100 hipertensos. No dia 06 de maio, compareceram na reunião 30 pessoas cadastradas no programa Hiperdia, onde houve uma nova roda de conversa entre a equipe e os usuários, em que foram discutidos vários fatores relacionados à hipertensão arterial e como melhorar nos níveis pressóricos. Também foi discutido o porquê da baixa participação no programa pelos usuários. Os Agentes Comunitários de Saúde ficaram responsáveis em entregar o convite para os hipertensos participarem dessas ações. Este convite impresso, feito pela enfermeira, foi entregue durante as visitas domiciliares, onde cada convidado deveria assinar um comprovante de recebimento desse convite, além de receberem informações sobre a importância da participação nessa atividade. Não houve nenhuma dificuldade na entrega desses convites. Nas duas intervenções estiveram presentes a enfermeira, a técnica de enfermagem, o médico e os ACS, sendo muito vantajosa a ação, pois foi possível notar um grande interesse dos hipertensos no tema, sendo que os mesmos se mostraram satisfeitos com a proposta apresentada pela equipe, quanto à continuidade dessas atividades e na criação de grupos de atividades física, sempre se mostrando dispostos a participar, além de aumentar o vínculo entre a equipe de saúde e o usuário. A meta de acompanhar 60% dos hipertensos não foi alcançada possivelmente devido à falta de tempo disponível para comparecer a unidade de saúde, já que a maioria dos hipertensos está trabalhando no horário comercial. Então seria importante estipular horários 21 acessíveis como no período noturno ou até mesmo nos finais de semana, para assim conseguir atingir o objetivo. 6.5 REUNIÃO DE DISCUSSÃO No dia 02 de junho, houve a reunião de discussão entre os membros da equipe, onde foi realizada uma roda de conversa com os profissionais, buscando solução de problemas que resolvam o acompanhamento. Essa reunião foi proveitosa, pois esclarecemos dúvidas relacionadas ao atendimento e dividimos o trabalho entre a equipe, buscando sempre o melhor atendimento ao usuário. Essa divisão foi feita com base nas atividades realizadas futuramente, onde cada profissional deveria elaborar um tema para as atividades e planejar a ação. Porém, na semana seguinte, a enfermeira foi transferida de ESF e essas ações não foram realizadas, pois a enfermeira que assumiu a unidade de saúde é temporária e não houve tempo para se interessar pelo projeto, não dando continuidade às ações. Seria importante que essas reuniões continuassem, tendo em vista que os próprios profissionais da equipe podem se reorganizar e montar uma nova estratégia de ação, não deixando os hipertensos e mesmo a própria equipe perder o vínculo com a unidade de saúde Torna-se importante destacar que a ação de “identificação dos problemas”, que seria a elaboração de um instrumento de avaliação que deveria ser entregue aos hipertensos durante as visitas domiciliares, buscando as causas do não comparecimento desses usuários ao ESF para acompanhamento da pressão arterial e atividades realizadas pela unidade de saúde, não foi possível de ser realizada, pois não houve tempo para elaborar esse instrumento, devido à saída da enfermeira da equipe. Essa ação planejada serve como base na elaboração de novas estratégias de acompanhamento desses hipertensos, devendo ser realizada futuramente. Apesar de não conseguir atingir a meta do projeto de acompanhar 60% dos hipertensos cadastrados no Programa Hiperdia, considero que tivemos um ótimo resultado, pois o diagnóstico do problema foi realizado de forma sucinta, onde pudemos notar um aumento no número de acompanhamento nos meses após as atividades, pois nas duas reuniões realizadas com os usuários, houve um aumento significativo na participação dos usuários nas atividades. As reuniões de estudo também obtiveram êxito, onde foi possível observar um maior comprometimento dos membros da equipe, com os cuidados aos usuários e com a implantação do projeto terapêutico singular, além da elaboração de ações, onde foram muito 22 participativos, apesar de ainda não ser usado o protocolo de atendimento do hipertenso. As intervenções na comunidade também colaboraram para melhorar o resultado no projeto, pois na primeira atividade de intervenção participaram 20 hipertensos no total de 100 convidados e na segunda atividade tivemos um aumento de 10% na participação, ou seja 30% de usuários convidados. Podemos considerar isso como um maior interesse não só dos usuários, como da equipe, que se forem estimulados e empenhados no trabalho, com certeza alcançará seus objetivos. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Devido à hipertensão arterial ser considerada como a principal causa de morbimortalidade brasileira, afetando de 11 a 20% da população adulta com mais de 20 anos, foi elaborado um projeto de intervenção na ESF Urbano I, do município de Terenos, com a finalidade de realizar o acompanhamento sistematizado dos hipertensos cadastrados no Hiperdia, objetivando aumentar o índice de acompanhamento de uma média de 43% de acompanhamento para 60% trimestralmente. Com isso, buscamos identificar, com os usuários, os problemas e dificuldades para a adesão no Programa Hiperdia. Buscamos também identificar com os profissionais da equipe os problemas que envolvem o acompanhamento e implantar as ações discutidas, visando um melhor acompanhamento e conseqüentemente diminuir o índice de internação de hipertensos em hospitais por doenças cérebro-vasculares. As atividades realizadas como o diagnóstico do problema, as reuniões de estudo, a elaboração de ações e duas intervenções na comunidade foram feitas de forma satisfatória, pois foi possível observar um comprometimento dos usuários e dos membros da equipe. As dificuldades encontradas para terminar esse projeto foram, principalmente, devido às trocas de local de trabalho da enfermeira, onde não foi possível dar continuidade até o final, assim como falta de comprometimento da equipe, na finalização do trabalho, pois além da falta de 23 estímulo e grande quantidade de atendimento clínico, os profissionais de saúde ainda estão focados no atendimento curativo e não preventivo. Apesar dessas dificuldades, se a equipe for estimulada, e continuar com o projeto de intervenção, com certeza irá alcançar seus objetivos. REFERÊNCIAS BACKES, Vânia Marli Schubert et al . Competência dos enfermeiros na atuação como educador em saúde. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 61, n. 6, dez. 2008 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672008000600011&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 25 out. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000600011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus / Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. ______ Ministério da Saúde. SISHIPERDIA Disponível em: http://hiperdia.datasus.gov.br/ Acesso em: 06 out. 2011. ______Ministério da Saúde. Atenção Básica. Disponível em http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php Acesso em 06 out 2011 ______Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico 24 singular / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p. : il. color. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) HELENA, Ernani Tiaraju de Santa; NEMES, Maria Ines Battistella; ELUF-NETO, José. Avaliação da assistência a pessoas com hipertensão arterial em Unidades de Estratégia Saúde da Família. Saude soc., São Paulo, v. 19, n. 3, set. 2010 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010412902010000300013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 14 out. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902010000300013. RABETTI, Aparecida de Cássia; FREITAS, Sérgio Fernando Torres de. Avaliação das ações em hipertensão arterial sistêmica na atenção básica. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 2, abr. 2011 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102011000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 14 out. 2011. Epub 18-Fev-2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102011005000007.