MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA DO PACIENTE PARA ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL: REVISÃO INTEGRATIVA PEREIRA, Maria Charlianne de Lima1 SOARES, Lucimara Ferreira1 PEREIRA, Francisca Helena Lima2 PEREIRA, Maria Eliana de Lima3 SILVA, Daniele Braz da4 INTRODUÇÃO: A enfermagem vem ganhando espaço com a iniciação da pesquisa e se firmando como uma disciplina importante na área da saúde, posto que desempenhe fundamental papel na promoção, prevenção e reabilitação da saúde. As doenças crônicas tem se manifestado de grande importância, devido sua natureza crônica e incapacitante, podendo deixar sequelas permanentes. Dentre elas, destaca-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS), pois afeta mais da metade da população brasileira, principalmente a classe idosa, constitui um dos principais fatores de risco para o aparecimento das doenças cardíacas, além de ocasionar transformações no modo de viver dos indivíduos. Entretanto, o controle da HAS está diretamente relacionado ao grau de adesão do paciente ao regime terapêutico. Segundo Bloch (2008) dos vários fatores relacionados à ausência de resposta ao tratamento antihipertensivo, a não adesão à terapêutica apresenta-se como um dos maiores desafios para o seu controle OBJETIVO: Analisar o conhecimento produzido pela literatura nacional acerca das mudanças dos pacientes para aderir ao tratamento da HAS. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura e teve como questão norteadora: qual o conhecimento produzido pela literatura nacional acerca das mudanças dos pacientes para aderir ao tratamento da HAS? A amostra constituiu-se de 21 artigos publicados na literatura nacional nos últimos cinco anos e disponíveis na íntegra no LILACS. Como critério de inclusão adotou-se: ter sido publicado em periódicos nacionais; abordar a temática da adesão ao tratamento anti-hipertensivo; estar 1- Graduada em enfermagem 2- Enfermeira especialista em Gestão em Saúde 3- Mestranda em ensino na saúde 4- Enfermeira. Doutoranda em Saúde Coletiva em associação ampla UECE-UFC-UNIFOR. Docente do Centro Universitário Estácio do Ceará. disponível em língua portuguesa, online de livre acesso, de forma completa e gratuita. Foram excluídos os artigos que não respondem à questão norteadora, teses, dissertações e editoriais. Os descritores foram: hipertensão; cooperação do paciente; enfermagem. RESULTADOS: Os resultados obtidos indicaram que a categoria adesão farmacológica teve maior número de artigos, contemplando doze publicações. O ano de 2012 foi o que apresentou maior número de produções científicas sobre a temática com 9 publicações (42,8%), seguido dos anos de 2011 e 2013 com 4 artigos (19%) e por último os anos de 2009 e 2010 com 2 artigos (9,5%). Para Cavalari (2012) como os atuais agentes anti-hipertensivos são eficazes em reduzir a PA, a baixa adesão à terapia medicamentosa é uma das principais razões do baixo percentual de controle pressórico. A categoria mudança do estilo de vida apresentou dez artigos, cujas publicações representam o percentual de pacientes que aderiram ao tratamento através da mudança rotineira dos seus hábitos. Para Souza (2012), a adesão ao tratamento significa o quanto o comportamento do paciente coincide com a prescrição dos medicamentos e com o seguimento das orientações relacionadas à adoção de um estilo de vida saudável. Para melhorar a adesão do paciente, é fundamental inseri-lo no processo do tratamento, informando sobre a importância de saber e atingir as metas pressóricas. Por último a categoria adesão a grupos educativos teve cinco publicações, as quais abordaram as percepções sobre a gravidade da doença em si e orientaram esses pacientes com relação à adesão ao tratamento antihipertensivo a fim de controlar e diminuir as complicações advindas da HAS. CONCLUSÃO: Este trabalho nos permitiu uma análise de que o estudo a respeito da qualidade e adequação do cuidado ao paciente hipertenso, ainda desperta um interesse significante. De acordo com os achados é interessante ressaltar que há necessidade de se buscar melhores adequações nas condutas prestadas ao paciente hipertenso ainda se faz presente até os dias atuais. A construção e desenvolvimento do tema: mudanças no estilo de vida do paciente para adesão ao tratamento da hipertensão arterial nos possibilitou compreender melhor os cuidados de enfermagem direcionados para esses pacientes e todo o processo vivenciado pelos mesmos. 1- Graduada em enfermagem 2- Enfermeira especialista em Gestão em Saúde 3- Mestranda em ensino na saúde 4- Enfermeira. Doutoranda em Saúde Coletiva em associação ampla UECE-UFC-UNIFOR. Docente do Centro Universitário Estácio do Ceará. REFERÊNCIAS CAVALARI, ET AL. Adesão ao tratamento: estudo entre portadores de Hipertensão arterial em seguimento ambulatorial. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2012 jan/mar; 20(1): 67-72. LANDIM, ET AL. Adesão ao tratamento farmacológico anti-hipertensivo por pacientes de unidade da estratégia saúde da família. Rev. APS. 2011 abr/jun; 14(2): 132-138. RIBEIRO, et al. Hipertensão arterial e orientação domiciliar: o papel estratégico da saúde da família. Rev. Nutr., Campinas, 25(2): 271-282, mar./abr., 2012. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE/MS. Relatório de Situação Paraná. Série C. Projetos, Programas e Relatórios. Brasília/DF 2011, 5ª edição, pág. 21. SOUZA, et al. Automedida da Pressão Arterial para o Controle das Cifras Tensionais e para a Adesão ao Tratamento. Arq. Bras. Cardiol 2012; 98(2): 167-174. DESCRITORES: hipertensão; cooperação do paciente; enfermagem. 1- Graduada em enfermagem 2- Enfermeira especialista em Gestão em Saúde 3- Mestranda em ensino na saúde 4- Enfermeira. Doutoranda em Saúde Coletiva em associação ampla UECE-UFC-UNIFOR. Docente do Centro Universitário Estácio do Ceará.