1 COMPONENTES E MUDANÇA DE BASE Ao representarmos um vetor no v 61,0 20,1 . R2 v 6,2 , , digamos Está pois evidente que o sistema adotado é o habitual pelos vetores unitários De forma análoga, no fica subentendido ser esta uma representação de xOy , onde os eixos Ox e1 1,0 e e2 0,1 da base canônica. e Oy estão definidos, respectivamente, R 3 , o vetor v a1 ,a 2 , a3 significa v a1 1,0,0 a2 0,1,0 a3 0,0,1 E, portanto, na generalização, se os vetores e1 , e2 , ..., en constituem a base canônica do R n , é indiferente escrever v a1e1 a2 e2 ... an en ou simplesmente a forma usual v a1 ,a 2 ,..., an . Os números a1 , a 2 , ..., a n são chamados de componentes (ou coordenadas) de v ou componentes canônicas de Voltando ao R , tomemos a base A v1 1,1 , v2 1,1 e calculemos as componentes relação a esta base. Neste caso, teremos que resolver a equação 2 a1 e a2 de v. v 6,2 em 6,2 a1 1,1 a2 1,1 ou o sistema a1 a2 6 a1 a2 2 cuja solução é a1 2 e a2 4 . Quer dizer, em relação a esta base A , o mesmo vetor v 6,2 tem componentes 2 e 4 pois 6,2 21,1 41,1 ou que simbolicamente será representado por v 2v1 4v2 v A 2,4 sendo este par denominado de vetor das componentes de v em relação à base A. A . A figura apresenta o vetor v 6,2 de componentes canônicas 6 e 2 (é o mesmo que falar das coordenadas no sistema xOy ) e este mesmo vetor com componentes 2 e 4 na base A (é como falar das coordenadas de v no sistema x 'Oy ' ). Como a cada base corresponde um sistema de coordenadas, chamemos de x 'Oy ' aquele definido pela base 2 y’ y 4 2 v 1 1 x 0 6 1 -1 1 2 x’ Observemos que a igualdade vetorial v 21,1 41,1 pode ser expressa matricialmente por 1 1 2 v 1 1 4 e simbolicamente diríamos v A.v A onde identificamos a base (1) 1 1 A 1,1, 1,1 com a matriz A , sendo os vetores as colunas desta. 1 1 De igual modo, para a base B w1 2,1, w2 0,1 e o mesmo vetor v 6,2 , teríamos v 32,1 50,1 (verifique) ou 2 0 3 v 1 1 5 e v B.vB (2) MUDANÇA DE BASE No problema da mudança de base pretendemos relacionar o vetor das componentes numa base com as de outra base. Em outras palavras, sendo A e B bases conhecidas, quer-se calcular Ainda, aproveitando o que foi dito para o vetor A.v A B.vB v 6,2 vA quando conhecido v B , ou vice-versa. e comparando (1) e (2) conclui-se que (3) 3 sendo esta a relação básica para a mudança de componentes. Obviamente a relação (3) é válida também em R n . Desta igualdade obtém-se v A A1.B vB v A quando é conhecido v B . A matriz A1 B é chamada matriz mudança de base B para A . O seguinte exemplo esclarece o problema de mudança de base. que permite calcular transição) de Exemplo – Sendo Solução: Como A 1,1, 1,1 e B 2,1, 0,1 bases do R 2 v A A1.B vB e (ou matriz de vB 3,5 , calcular v A . tem-se ou 1 1 1 2 0 3 vA 1 1 1 1 5 ou 1 vA 2 1 2 1 2 0 3 2 1 1 1 5 2 3 vA 2 1 2 1 3 2 1 5 2 2 vA 4 ou ou ou v A 2,4 Para este problema, talvez fique mais fácil utilizar a relação (3) e resolver um sistema. Assim, fazendo relação A.v A B.vB equivale a 1 1 a 2 0 3 1 1 b 1 1 5 ou ainda a b 6 a b 2 donde ab 6 a b 2 Portanto, a2 e b 4 , ou seja, v A 2,4 . v A a, b, a 4 Este método de resolução é, certamente, menos trabalhoso do que o da matriz mudança de base que envolve inversão de matriz, mormente quando se trata de espaços relações 1 v A A B vB e 1 vB B A v A Rn com dimensão n2. No entanto, do ponto de vista teórico, as extraídas de (3) serão importantes.