CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE
MINAS GERAIS
Departamento de linguagem e tecnologia – Mestrado em estudos de linguagens
Ana Luzia Marques de Vasconcelos
Análise de ambiente sociotécnico voltado para o ensino/aprendizagem de
línguas como L2 : as Webquests.
A webquest é uma ferramenta de aprendizagem colaborativa online de L2,
em que são propostos vários tipos de tarefas que instigam o aluno a
desenvolver sua comunicação e responsabilidade na própria aprendizagem e
na dos demais participantes do grupo ou comunidade de produção de trabalho.
Qualquer língua estrangeira pode ser apreendida através de seu formato.
A webquest foi criada por Bernie Dodge (1995) nos EUA com colaboração de
Tom March e se destina a estudantes e professores, mas com base em suas
características, pode se beneficiar o público em geral de sua
interdisciplinaridade e interação no processo de pesquisa. Por sua intenção
inicial de auxiliar alunos em suas tarefas, de orientar em buscas, não há
ideologia veiculada que possa ser denunciada, a não ser a pedagógica, a de
preconizar o trabalho colaborativo como conseqüência de um objetivo a ser
alcançado.
Webquests são baseadas em alguns tipos de tarefas como, por exemplo: as
de Compilação (em que se busca e seleciona informações) e as de Solução de
mistérios (em que são propostas situações problema que devem ser
solucionadas). A partir de uma informação selecionada, a pesquisa começa a
ser feita, há o direcionamento dos passos a serem seguidos, uma avaliação do
que é produzido, até a sua conclusão. Todo o processo é baseado na
autenticidade dos textos de referência, bem como na veracidade da
comunicação resultante entre os participantes. Cada um destes se torna
responsável pelo êxito do grupo, contribuindo assim, a estrutura em que se
baseia a ferramenta, para a ampliação da colaboração e do letramento digital.
Ao planejar a produção, o aluno faz leituras prévias para selecioná-las, em
seguida rascunha suas ideias que, após a revisão do professor, são reescritas,
passam por uma edição e são disponibilizadas. A criticidade provocada pelas
tarefas jornalísticas e a interação comunicativa com diálogos reais do cotidiano
são exemplos de como a webcast desempenha uma função social, e por que
não dizer, de interação cultural. Trata-se de um ambiente digital com esta
finalidade, em que interação entre alunos e entre estes e professor, os
desenvolve enquanto agentes do ensino/aprendizagem efetivos. É através da
abordagem comunicativa, em todas as etapas por que passam ambos os
agentes, que a L2 integra seu cotidiano, Dodge a considera como resultado da
interação.
O envolvimento com a ferramenta pressupõe uma autonomia direcionada a
auto-aprendizagem e à co-aprendizagem. Cada participante é responsável pelo
que apreende e sabe que isso influenciará na aprendizagem do outro, já que
integram uma comunidade/grupo. Portanto, a teoria da complexidade é
exemplificada na webcast pela via de mão dupla que se faz,em um elemento
em sua própria aprendizagem e, no contato com outros elementos.
Portanto, não há o que se aprimorar nesse ambiente virtual, uma vez que
está disponível em sua multiplicidade, também no Brasil.
Bibliografia
DIAS,Reinildes. Webquests no processo de aprendizagem de L2 no meio on-line. Disponível
em: http://www.letras.ufmg.br/profs/reinildes/dados/arquivos/artigowqreinildes.pdf
BAMBIRRA.Dra.Maria Raquel de A.Questionamentos que devem ser enfrentados na elaboração
do ensaio – Disponível em: http://ambientes-sociotecnicos-2011.wikispaces.com/ENSAIO
PARREIRAS, V.A. A rede interacional no ambiente digital de aprendizagem. IN: A sala de aula
digital sob a perspectiva dos sistemas complexos: uma abordagem qualitativa. Tese de
Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de
Minas Gerais. 2005. Cap.II. 61-79p
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