Corrigindo Mitos

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CORRIGINDO MITOS RELACIONADOS COM A
DIETA: REABILITAÇÃO DOS OVOS
Donald J. McNamara, Ph.D.
Egg Nutrition Center
1050 17th St. NW, Suite 560
Washington, DC 20036
Estados Unidos
Introdução
As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte na maioria dos países
industrializados. Os estudos realizados mostraram claramente que tabagismo, hipertensão arterial,
obesidade e altos níveis de colesterol no sangue são os principais fatores de risco para as DCV. Assim,
a maioria dos programas de intervenção voltados para uma população, com o objetivo de diminuir o risco
de DCV, é direcionada contra estes principais fatores de risco. Antes que os estudos documentassem
que a diminuição de um alto nível plasmático de colesterol pode diminuir o risco de DCV, a
hipercolesterolemia (altos níveis plasmáticos de colesterol) tornou-se um importante alvo de saúde
pública para reduzir o risco de DCV. A abordagem voltada para uma população, para diminuir os níveis
plasmáticos de colesterol, estava baseada em modificações da dieta, principalmente as reduções em
gordura total, gordura saturada e colesterol da dieta. Ainda que a evidência seja clara, indicando que
altos níveis de ingestão de ácidos graxos saturados presentes na dieta aumentam as concentrações de
colesterol no plasma, a relação entre o colesterol nos alimentos e o colesterol no sangue continua sendo
uma área de intensas pesquisas, bem como de considerável debate.
Os estudos clínicos e epidemiológicos sobre a relação entre colesterol da dieta, ovos e risco de
doença cardíaca coronariana (DCC) realizados ao longo dos últimos dez anos dão a sustentação que
resultou em um grande volume de evidências, mostrando uma relação zero entre o colesterol da dieta e
a incidência de DCV. E à medida em que o estigma do colesterol torna-se uma questão menor para os
ovos, a atenção de profissionais da área de saúde e cientistas da área de nutrição mudou, passando de
mensagens negativas para uma ênfase sobre as muitas contribuições que os ovos trazem para a
qualidade e o valor nutricional da dieta.
1
Histórico
Durante mais de 25 anos, as recomendações feitas nos Estados Unidos com relação ao
colesterol incluíram a restrição a menos de 300 mg de colesterol na dieta por dia. Esta recomendação
baseou-se em três critérios: estudos animais indicando que o colesterol da dieta eleva o colesterol
plasmático, resultando em ateroesclerose; dados epidemiológicos indicando uma relação entre o
colesterol da dieta, o colesterol; plasmático e as doenças cardiovasculares; e estudos clínicos mostrando
uma relação entre a ingestão de colesterol e as concentrações plasmáticas de colesterol. Ainda que
estas relações fossem consideradas como uma justificativa para as restrições de colesterol da dieta em
1972, temos hoje um grande número de evidências que desafiam a premissa de uma relação entre o
colesterol da dieta e o risco de DCV.
Há dois fatores que comprometem os estudos com animais: primeiro, as doses farmacológicas
de colesterol necessárias para alcançar uma hipercolesterolemia na maioria dos modelos animais de um
lado e a extrema sensibilidade ao colesterol da dieta apresentada por alguns modelos animais de outro
lado, e, segundo, os perfis de lipoproteína plasmáticas da maioria dos modelos animais são específicos
para as espécies e não são semelhantes ao do homem. Os coelhos, por exemplo, são conhecidos por
sua hipersensibilidade ao colesterol da dieta, ao passo que hamsters, cães e a maioria dos primatas não
humanos exigem doses maciças de colesterol para alcançar a hipercolesterolemia induzida pela dieta. A
maioria dos animais tem colesterol HDL como a principal lipoproteína plasmática, enquanto que na
espécie humana predomina o colesterol LDL, com diferentes padrões de resposta aos lipídios da dieta.
Estudos animais apresentam evidências limitadas para demonstrar que o colesterol da dieta é um fator
causal na ateroesclerose.
Quando se utilizam correlações simples na sua análise, os dados epidemiológicos sugerem
que o colesterol da dieta está positivamente relacionado aos níveis plasmáticos de colesterol bem como
à incidência de DCV. Por outro lado, devido à co-linearidade do colesterol da dieta com a gordura
saturada na dieta, análises de correlações múltiplas indicam que o colesterol da dieta não está
significativamente relacionado com DCV (1). Nenhum estudo publicado na década de 90 relatou uma
relação entre o colesterol da dieta e a incidência de DCV quando análises de regressão múltipla são
utilizadas.
Meta-análises de dados experimentais de estudos clínicos de alimentação mostraram que o
colesterol da dieta aumenta os níveis de colesterol no plasma do homem (2-5). Os dados indicam que a
resposta média do colesterol plasmático a uma mudança no colesterol da dieta está entre 0,022 and
0,025 mg/dl por mg/dia de colesterol. Assim sendo, uma alteração de 100 mg/dia no colesterol da dieta
alteraria os níveis plasmáticos de colesterol em 1%.
2
Pesquisa sobre colesterol na década de 90
Estudos Clínicos
Uma grande ênfase de recentes estudos clínicos sobre a relação entre o colesterol da dieta e
os lipídios plasmáticos estava voltada para a questão dos indivíduos que apresentam uma hiper-resposta
ao colesterol da dieta: os que têm uma resposta acima da média frente ao colesterol da dieta. A atenção
tem sido direcionada para se determinar os efeitos do colesterol da dieta sobre os níveis plasmáticos de
colesterol total e LDL (“mau”), e também sobre as concentrações plasmáticas de colesterol HDL (“bom”).
Uma análise de estudos de alimentação sobre colesterol na dieta (166 estudos em 3.498
indivíduos) indica que a resposta em termos de colesterol plasmático total médio ao colesterol da dieta é
de 0,024 mg/dl por mg/dia de colesterol (McNamara, observações não publicadas, 1999). Deste efeito,
0,019 mg/dl está na fração do colesterol LDL e 0,004 mg/dl na fração do colesterol HDL. Estes dados
indicam que o colesterol da dieta aumenta tanto os níveis de colesterol LDL aterogênico como o de HDL
anti-aterogênico e, teoricamente, não teria nenhum efeito sobre o risco total de doença cardiovascular
porque a relação LDL:HDL não é afetada (2). Assim, por exemplo, um homem com nível de colesterol
total de 240 mg/dl e um nível de colesterol HDL de 45 mg/dl que acrescentasse 200 mg por dia de
colesterol à sua dieta teria as seguintes alterações nos níveis plasmáticos de colesterol:
Aumento no colesterol da dieta (mg/dia)
Colesterol (mg/dl)
0
200
Total
240
245
LDL
165
169
HDL
45
46
3,67
3,67
Relação LDL:HDL
O fato de não haver alteração na relação LDL:HDL, um importante prognosticador de risco de
doença cardiovascular, explica em parte os achados mencionados acima, que o colesterol da dieta não
está relacionado com a incidência de doença cardiovascular. Estes dados trazem a primeira explicação
plausível para as discrepâncias entre os estudos clínicos, mostrando que o colesterol da dieta tem um
pequeno efeito sobre os níveis plasmáticos de colesterol, e os estudos epidemiológicos que não
conseguiram documentar uma relação entre o colesterol da dieta e a incidência de doença
cardiovascular. Os dados mostram que o colesterol da dieta pode afetar os níveis plasmáticos de
colesterol LDL e HDL mas estes efeitos não alteram o risco de doença cardíaca.
A evidência acumulada ao longo de muitos estudos tem mostrado que alguns indivíduos estão
geneticamente predispostos a uma maior resposta em termos de colesterol plasmático, frente ao
colesterol da dieta (6). Os dados indicam que aproximadamente 20% da população apresenta esta hiper-
3
resposta ao colesterol da dieta, enquanto que 80% da população tem uma resposta de colesterol
plasmático atenuada (hipo-resposta) ao colesterol da dieta. As alterações no colesterol plasmático
observadas nos indivíduos com hiper-resposta (0,039 mg/dl por mg/dia de colesterol) são quase três
vezes maiores do que as de um indivíduo com hipo-resposta (0,014 mg/dl por mg/dia de colesterol). Isto
significa que uma alteração de 200 mg/dia no colesterol da dieta (um ovo por dia) iria elevar os níveis
plasmáticos de colesterol em 8 mg/dl naqueles 20% da população que apresentam hiper-resposta, mas
apenas em 3 mg/dl nos demais 80% da população, que tem uma resposta baixa. Se puder ser
documentado que a resposta aumentada ao colesterol da dieta observada nos que tem hiper-resposta
ocorre tanto na fração LDL como na fração HDL, não haverá nenhuma alteração no risco de doença
cardíaca mesmo nos indivíduos hipersensíveis. Um grande esforço de pesquisa está sendo realizado
para poder definir as características associadas com a hiper-responsividade ao colesterol da dieta.
Estudos epidemiológicos
O número de 21 de abril de 1999 do Journal of the American Medical Association (JAMA 1999;
281: 1387-1394) traz um estudo realizado por Hu e colegas (7), da Escola de Saúde Pública de Harvard.
É relatado que não foi encontrada uma relação entre o consumo de ovos e a doença cardiovascular em
uma população de mais de 177.000 enfermeiras e profissionais da área de saúde, acompanhados
durante oito a quatorze anos. Não houve diferença quanto ao risco relativo de doença cardíaca entre os
que consumiam menos de um ovo por semana e os que consumiam mais do que um ovo por dia. Os
pesquisadores acompanharam 80.082 mulheres durante 14 anos e 37.851 homens durante 8 anos,
observando a incidência de infarto do miocárdio não fatal, de doença cardíaca coronariana fatal e de
acidentes vasculares cerebrais (AVC) em relação ao consumo diário de ovos, estabelecido por
questionários sobre a frequência de consumo dos alimentos. Tanto nos homens como nas mulheres, o
consumo semanal de ovos não estava relacionado ao risco relativo de doença cardíaca coronariana.
Dados semelhantes foram obtidos para o risco relativo de AVC. É bastante interessante que os
pesquisadores também não encontraram nenhum aumento significante no risco relativo de doença
coronariana em um pequeno subconjunto do grupo estudado, e que consumia dois ou mais ovos por dia,
em relação aos que nunca consumiam ovos (o risco relativo multivariado para mulheres foi de 0,76 e
1,10para os homens). Os autores encontraram algumas sugestões preliminares de que, para os
indivíduos diabéticos, um consumo mais elevado de ovos estava relacionado a um maior risco de
doença cardíaca coronariana. Os autores concluíram que: “Estes achados sugerem que é pouco
provável que o consumo de até 1 ovo por dia tenha um impacto global substancial sobre o risco de
doença cardíaca coronariana ou AVC em homens e mulheres sadios.”
Este é apenas um de uma longa lista de relatos recentes, mostrando que o consumo de ovos e
a ingestão de colesterol com a dieta não estão relacionados com a hipercolesterolemia, nem com a
incidência de doença cardíaca coronariana. Estes pesquisadores de Harvard também relataram que o
4
colesterol da dieta não estava relacionado ao risco relativo de doença cardíaca coronariana tanto no
Estudo sobre a Saúde de Enfermeiras (80.082 mulheres) (8) como no Estudo de Follow-Up sobre
Profissionais de Saúde (43.757 homens) (9). Achados similares, uma relação não significativa entre o
colesterol da dieta e o risco de doença cardíaca coronariana, foram relatados pelo Estudo de Follow-Up
da Clínica de Pesquisa sobre Lipídios (4.546 homens e mulheres) (10), O Estudo Framingham sobre o
Coração (1.423 mulheres) (11), e Estudo de Prevenção de Câncer com Alfa-Tocoferol, Beta-Caroteno
(21.930 homens) (12). Os dados do Ensaio de Intervenção em Fator de Risco Múltiplo (MRFIT, 12.553
homens) revelam um relação inversa entre a ingestão de colesterol na dieta e os níveis plasmáticos de
colesterol na linha basal, assim como uma relação inversa entre o consumo de ovos e os níveis
plasmáticos de colesterol. Ao longo dos anos, numerosos pesquisadores relataram uma relação nula
entre o consumo de ovos e os níveis plasmáticos de lipídios, bem como entre a ingestão de ovos e a
incidência de doença cardíaca coronariana (14-16). Hu et al. (7) relatam os resultados do maior estudo
epidemiológico que relaciona o consumo de ovos e o risco de doença cardíaca coronariana, e seus
achados são consistentes com a literatura existente.
Os achados destes vários levantamentos epidemiológicos
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74
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)
são consistentes também com outros relatos. Uma análise da
relação entre o consumo de ovos per capita (dados da
International Egg Commission) e as taxas de mortalidade
cardiovascular em 24 países (dados da Organização Mundial
de Saúde) indica uma relação negativa e significante (r =
0,54, P = 0,0053). Três países com elevado consumo de
100
200
300
CONSUMO DE OVOS
(ovos per capita/ano)
400
ovos, Japão, Espanha e França, são países que também têm
as taxas de mortalidade cardiovascular mais baixas entre os
países industrializados. Ainda que estas análises de correlações simples não levem em consideração
outras diferenças nas dietas destes países, mostram claramente que os ovos não contribuem para os
fatores dietéticos que aumentam o risco de doença cardíaca.
LEGENDA DO GRÁFICO
Eixo horizontal; Consumo de ovos (ovos per capita/ano)
Eixo vertical: Mortalidade DCC (por 100.000 homens, idades 36-74 anos)
Ovos: de cápsulas de veneno a alimento saudável
Para muitos consumidores, a ênfase dada ao teor de colesterol dos ovos acabou por
obscurecer os muitos nutrientes que os ovos contêm, uma valiosa contribuição para a dieta. As
pesquisas realizadas neste último ano trouxeram uma nova ênfase a esta mensagem, indo além da
proteína de alta qualidade e a densidade de nutrientes, e chegando a uma outra história, que envolve
fitoquímicos além de antioxidantes e ácidos graxos como valor agregado.
5
Um estudo relatado no British Journal of Ophthalmology (17) revela que a gema dos ovos
contem altos teores de luteína e zeaxantina, dois antioxidantes carotenóides que constituem o pigmento
macular do olho, e ajudam a reduzir o risco de desenvolvimento da degeneração macular ligada ao
envelhecimento, uma importante causa de cegueira nos idosos. Estudos de alimentação com gema de
ovos (1,3 gemas por dia durante 4,5 semanas) demonstraram que a luteína e a zeaxantina da gema se
acumularam no plasma dos indivíduos que participaram do estudo e seria de se prever que afetariam a
função visual da região macular da retina. A suplementação da dieta com gema aumentou os níveis
plasmáticos de luteína em 28-50% (P < 0,05) e de zeaxantina em 114-142% (P < 0,001), dependendo do
tipo de gordura na dieta usada (18). Os autores concluíram que, além de uma alta concentração destes
dois importantes carotenóides, a gema dos ovos são também uma fonte com alta biodisponibilidade de
luteína e zeaxantina. Estão sendo realizados estudos para determinar a relação dose/resposta.
Tem havido um grande aumento no interesse do consumidor sobre a possibilidade de modificar
a composição do ovo, aumentando os níveis do antioxidante vitamina E e os ácidos graxos ômega-3,
através de alterações nas dietas das poedeiras. Também deverá ser possível aumentar o teor de luteína
e zeaxantina da gema por meio de manipulações da dieta. Estes ovos oferecem oportunidades ímpares
de se fornecer produtos com benefícios específicos para a saúde, além de muitos outros componentes
nutricionais positivos, presentes nos ovos.
Resumo
As notícias da década de 90 sobre a nutrição e os ovos têm sido extremamente positivas com
relação à questão colesterol da dieta - doença cardíaca e a valiosa contribuição dos ovos para a dieta.
Tanto os estudos clínicos como os epidemiológicos continuam mostrando que os ovos têm um efeito
pequeno sobre os níveis plasmáticos de colesterol e não estão relacionados ao risco de doença
cardíaca. Os achados dos estudos clínicos, mostrando que o colesterol da dieta eleva tanto os níveis de
colesterol LDL como de HDL, sem efeitos negativos sobre a relação LDL:HDL se ajustam perfeitamente
aos achados do maior estudo epidemiológicos já publicado, mostrando que o consumo de ovos não
altera o risco de doença cardíaca. Os dados dão suporte total ao ponto de vista de que é possível
realmente consumir um ou dois ovos por dia.
À medida em que a questão do colesterol da dieta se torna menos importante, passa-se a
enfatizar o valioso papel desempenhado pelos ovos em uma dieta nutritiva e saudável. Os estudos
definindo as contribuições feitas pelos ovos ao valor nutritivo da dieta em famílias de baixa renda, entre
os idosos e os vários subconjuntos socioeconômicos da população, estão ficando cada vez mais
importantes. À medida em que novos estudos documentam o valor dos ovos na dieta, torna-se menos
importante o argumento envolvendo o colesterol, e que é usado contra os ovos. O achado de que os
carotenóides da gema podem, potencialmente, ser uma estratégia preventiva contra a degeneração
macular ligada ao envelhecimento acrescenta um importante benefício para a saúde à relação de outros
benefícios nutricionais dos ovos. Pesquisas em nutrição realizadas em 1999 continuaram mudando as
6
atitudes a respeito dos ovos e seu papel em um dieta saudável. Os ovos estão começando a perder seu
status de ícone visual ligado ao excesso de gordura, excesso de colesterol na dieta, voltando à sua
imagem inicial de um importante componente da dieta com qualidade, bom preço e valor nutricional.
Donald J. McNamara, Ph.D.
Diretor Executivo
Egg Nutrition Center
Fone: 202-833-8850
1050 17th St. NW, Suite 560
Fax: 202-463-0102
Washington, DC 20036
e-mail: [email protected]
USA
http://www.enc-online.org
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