Atenção: Recomendamos o material a seguir apenas com o objetivo de divulgar materiais de qualidade e que estejam disponíveis gratuitamente. Profª. Drª. Jani Cleria Bezerra, Ph.D. Medicina do Esporte e Saúde Pública CREF: 5948 G/RJ O presente arquivo é uma coletânea de figuras e textos extraídos de livros, artigos e sites que integram a bibliografia da disciplina. Profº. Drª. Jani Cleria Bezerra, Ph.D. – CREF 5948 G/RJ Este arquivo está disponível em: http://www.janicleria.com.br O envelhecimento gera a perspectiva de morte; Os idosos vivenciam perdas de familiares, amigos e pessoas das relações sociais A nossa sociedade privilegia os jovens; Associa a velhice ao desgaste, doenças e disfunções; O idoso muitas vezes passa a protetor e não protegido em muitas comunidades; Capacidade de dar sentido à existência Resignificação das perdas normais e patológicas Conjunto de significados construídos ao longo da existência. – Processo de interiorização do envelhecimento como algo negativo • Estas imagens, a princípio distantes da realidade, passam a ser autoimagens negativas quando se envelhece – Distância abismal entre o desejo e a representação O envelhecimento é a própria existência se constituindo. Vamos SENDO enquanto envelhecemos, vamos ENVELHE-SENDO e na medida em que somos, envelhecemos. “Mesmo a extrema falta de liberdade física e mesmo o desespero existencial não logram privar o homem da liberdade de decidir, além e acima do presente, o que ele virá a ser no futuro” Abordar a experiência existencial do envelhecer é resgatar, na pessoa do velho, o homem na sua totalidade. E identificar-se com ele. Fase idosa associada a experiência de vida, e sabedoria, tempo livre; Traços negativos: debilidades físicas ou doenças, dependência física e discriminação social, falta de respeito. Saudades do passado; Alegria/felicidade; Calma/tranquilidade; Companheirismo e disposição Valores fundamentais apontados pelos idosos: responsabilidade, sabedoria, alegria, amizades e religiosidade. Pensar esta fase como fase de experiência, Educar os sujeitos para alcançar este intento; Inserir novos conteúdos à ideia da velhice; Buscar um significado construtivo, valorizando a velhice como positiva; Buscar novas formas de escolhas entre os idosos, e não apenas preencher seu tempo ocioso. Inserir ambientes próprios para criação, autonomia e liberdade. É dever das instituições governamentais, de toda a sociedade e dos familiares apresentar aos velhos condições de atingir uma velhice bem-sucedida, bem educada. Características do Doente Idoso Maior vulnerabilidade ao stress. Reduzida capacidade de adaptação. Maior dependência funcional. Menor expressão semiológica. Maior gravidade da patologia. Declínio funcional mais acelerado. Mais tempo de recuperação. Prognóstico mais dependente do doente do que da doença. Maior morbidade e mortalidade perante as mesmas doenças. Presença de dificuldade no desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida cotidiana ou mesmo pela impossibilidade de desempenhá-las. (Rosa, 2003) É definida como a incapacidade de a pessoa funcionar satisfatoriamente sem ajuda, quer devido a limitações físicofuncionais, quer devido a limitações cognitivas, quer à combinação entre essas duas condições. (Neri, 2005) - Sociedade Industrial Capitalista- A produção e o consumo são os divisores de águas para legitimar os espaços sociais que a pessoa ocupa - A necessidade de valorização, de ser admirado pela beleza, pela celebridade e pelo poder, tornam o envelhecimento intolerável - Imperativo da juventude - Era do Vazio: Busca individual pelo sentido da existência. Sentimento de pertencimento e engajamento Consciência da condição de sujeito cidadão Responsabilidade Social e Política Consciência da finitude OU Sentimento de Inutilidade Social Irresponsabilidade Preocupação exagerada no próprio EU CUIDADO O Envelhecimento é multifatorial, multidirecional e heterogêneo. Envelhecimento bem sucedido não é mero atributo do indivíduo biológico, psicológico ou social, mas resulta da qualidade da INTERAÇÃO desses fatores. O Idoso é considerado POTÊNCIA: Todo profissional deve olhar para o idoso como um ser de possibilidades O envelhecimento depende da plasticidade do indivíduo Resiliência: Polo positivo das diferenças individuais entre as pessoas, quanto à sua capacidade de responder ao estresse e à adversidade Existencial-FenomenológicoHumanista – O Sentido da vida é intermediado por valores – O sentido da vida é um chamamento interno que aponta para um destino e a vida se apresenta como uma missão. O Homem é condenado a ser livre Vida Autêntica Capacidade de interrogar sobre a própria existência e sobre o sentido da vida Ser-para-a morte Ser de projeto : vir-a-ser Vida Inautêntica Distanciamento de si mesmo Viver uma vida sem interrogação Viver uma vida mesquinha Vida alienada de nós mesmos Deixar de realizar as aspirações não consigo imaginar algo que capacite melhor o homem a suportar ou superar sofrimentos subjetivos e dificuldades objetivas do eu, do que o sentimento de possuir uma tarefa, uma missão a cumprir” – Depressão: Incapacidade de retificar o passado, se prendendo a ele como lamúria; – Paranoia: Projeção das frustrações pessoais – Mania: Negação da passagem do tempo • “Travestismo Juvenil”: Maneira bizarra de envelhecer Elaboração do luto: substituição simbólica. O fechamento do processo de temporalização, pela desnarcisação do sujeito e pela perda do reconhecimento simbólico, impede qualquer processo de elaboração da perda. “ Eu não tinha essas mãos paradas, frias e mortas; Eu não tinha esse coração que nem se mostra; eu não dei por essa mudança tão certa, tão simples, tão fácil; Em que espelho ficou perdida minha face? ” (Cecília Meireles) É um processo frequentemente lento que leva à progressiva perda de contatos sociais gratificantes. É um processo que se inicia em algum momento da vida de um dado ser humano, acentua-se em diferentes ocasiões e, através de avanços e recuos nem sempre muito precisos, pode levar à chamada “morte social”. INDICADORES São os chamados “sinais” ou “sintomas” do envelhecimento social, vejamos os principais: Progressiva diminuição dos contatos sociais; Distanciamento social; Progressiva perda do poder de decisão; Progressivo esvaziamento dos papéis sociais; Gradativa perda da autonomia e independência; Alterações nos processos de comunicação; Crescente importância do passado. QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS QUE PODEM ACELERAR ESSE PROCESSO? A fragilidade do próprio idoso; Perda do poder econômico do idoso; Perda da autoridade; Dentre os fatores que contribuem para o envelhecimento social, convém destacar: O Meio Ambiente Degenerescências Físicas Para qualquer idade, o ambiente exerce influência sobre os seus habitantes. O modo pelo qual cada indivíduo se sente em relação ao mesmo está diretamente relacionado aos seguintes aspectos: A composição demográfica do meio ambiente; Expectativas da sociedade; Equipamentos sociais; Condições de moradia. Quanto ao 2º fator, as mudanças que ocorrem ao longo do processo de envelhecimento, destacamos: Progressivo “enfeamento” é um processo lento e sutil, produto direto de transformações, deformações e perdas; Perdas sensoriais são as perdas ou diminuição da visão, audição, etc; Declínio da memória pode resultar no afastamento total dos membros da família. As relações familiares são as que os velhos vivem com mais assiduidade e intensidade. Em muitas sociedades, o destino e a consideração do velho na família e no grupo mais amplo eram e são determinadas por relações econômicas, que, de várias formas, regem as trocas sociais. Devido o surgimento da sociedade capitalista, a capacidade de produzir bens materiais passou a ter um valor maior do que as pessoas. Não sendo mais produtivo economicamente, o velho perdeu seu lugar na sociedade, perdeu seu espaço social. A família continua sendo o núcleo primário, de fundamental importância, no qual o velho deve permanecer, desempenhando papel de sábio. Segundo Comfort (1979) as relações com os avós são tão importantes quanto com os pais. Respeitar as individualizações, evitando generalizações; Não infantilizar; Não tratar como doentes e incapazes; Oferecer-lhe cuidados específicos para a sua faixa etária; Reservar a sua independência e autonomia; Ajudá-lo a desenvolver aptidões; Promover a estimulação psicossocial; O idoso deve ser interpretado como um sujeito singular dotado de inteligência e vontade; Sujeito com direitos (pode reivindicar) Subsiste por si como indivíduo; Estilos de vida e necessidades variadas; Os idosos são livres de escolher como e onde querem viver; A grande maioria dos idosos é em geral saudável; A maior parte dos idosos é membro ativo na sociedade e deseja continuar a sê-lo; As necessidades de saúde e as necessidades de serviços sociais variam muito entre os “jovens idosos” e os “velhos idosos” e também entre os homens idosos e as mulheres idosas; A manutenção da autonomia da pessoa idosa está mais ligada a fatores sócio-econômicos e familiares que a serviços profissionais. A velhice é uma parte do período vital com valores e gratificações próprias; Não há formulas milagrosas nem remédios para a eterna juventude; Chegar a esta etapa da vida pode ser interpretado como voltar a começar, a realizar projetos que noutra etapa da vida não se chegou a concretizar; A atitude que adotamos ao olhar para esta etapa marcará a forma como a viveremos e a desfrutemos.