Caderno de Textos: Subsídios para debates O Protagonismo do Usuário da Assistência Social na implementação e controle social do SUAS Edval Bernardino Campos Reflexão Ampliar o Protagonismo sóciopolítico por parte dos usuários da assistência social Compreender o lugar político do usuário no SUAS Identificar os limites e dificuldades da participação do usuário na implementação e controle social O que é Protagonismo? “Envolvimento das pessoas em ações coletivas por meio de entidades associativas formais ou não, com vistas a exercer influência nas decisões governamentais.” Edval Bernardino Campos O que é Protagonismo? “(...) Organizar-se politicamente para ir além da cidadania individual, atingindo o patamar coletivo.” Pedro Demo, 2003 O que é Usuário? Segundo PNAS os usuários são: “(...) Cidadãos e grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade e riscos.” Representação: Usuários Organizações de Usuários SUAS e a inclusão participativa Diretriz PNAS: Descentralização político-administrativa (democratização da política e controle social da administração pública) Gestão PNAS – participação da sociedade SUAS e a inclusão participativa Canais de participação da sociedade – Fóruns/Conselhos Ação Participativa: Interferir na agenda do governo Prioridades Avaliação SUAS e a inclusão participativa SUAS prevê instâncias: Articulação – Fóruns de Assistência Social Pactuação – Comissões Intergestoras Nacional – Tripartite Estadual – Bipartite Deliberação – Conselhos/Conferências SUAS e a inclusão participativa Conselho (instância permanente) Deliberar Normatizar Fiscalizar A Política de Assistência Social é aprovada pelos Conselhos de Assistência Social SUAS e a inclusão participativa Conferências Participação social representativa (entidades, usuários e trabalhadores) Espaços para debate, avaliação e eleição das prioridades SUAS e a inclusão participativa Desafio: Quem são os atores da sociedade civil que participam do SUAS e como participam? A Perspectiva democrática e os atores do SUAS Democracia participativa Cidadão dotado de direitos civis, políticos e sociais Valoriza, se apóia e se nutre nos cidadãos organizados (atores coletivos) Povo – fonte de poder Conselhos – construção da cidadania/convivência democrática A Perspectiva democrática e os atores do SUAS Reflexão Processo Eleitoral CNAS 2006 2008 % 2008 2010 % Entidades (solicitaram habilitação) 194 100% 219 100% Entidades de Usuários (solicitaram habilitação) 40 20,6% 55 25% Entidades de Usuários (habilitadas) 34 17,5% 16 7,3% A Perspectiva democrática e os atores do SUAS Participação mínima dos usuários População desempoderada condicionada Maior parte dos usuários – politicamente invisível Destituídos de organização e representatividade política Protagonismo do Usuário Assistencialismo Subalternidade social indiferença com as causas da pobreza não reconhecimento enquanto sujeitos de direitos Clientelismo obstáculo para o desenvolvimento da cidadania politizada e mobilizada Protagonismo do Usuário Desafio: “(...) incorporar os usuários da Assistência Social aos espaços de decisão do SUAS” Edval Bernardino Campos Protagonismo do Usuário Necessidades: Recursos materiais Acompanhamento psicológico Direitos Reconhecimento social Promover a autonomia/independência Empoderamento Protagonismo do Usuário Reflexão quanto a representação do Usuário por parte das Entidades. O controle social como desafio Controle social: Ações sócio-políticas e técnicooperativa para influenciar sobre as ações governamentais O controle social como desafio Dimensões: Política Técnica sociedade influenciando na agenda governamental e indicando prioridades fiscalização gestão de recursos, efetividade na vida dos destinatários Ética valores/referências – solidariedade, soberania e justiça social O controle social como desafio Exercício do controle social Sociedade civil organizada, mobilizada, representativa e politicamente estimulada Governo democrático (diálogo/partilhar decisões) Conferência – canal de participação O controle social como desafio Segundo o autor é necessário estudar: Quem são os usuários? Como participam das conferências? Como estão representados? Qual a proporcionalidade em relação aos demais segmentos? Como as suas agendas são construídas? Como as suas reinvindicações transitam nos espaços das Conferências? O controle social como desafio Desafio: Incorporar o usuário ao SUAS democraticamente sem artificialismo O controle social como desafio Riscos: Cooptação política (inclusão subalterna) Incorporação artificial O controle social como desafio Gestão participativa necessita: Criar condições/oportunidades aos cidadãos para o exercício da soberania na relação com o governo O controle social como desafio Pontos que fragilizam o controle social: Agir limitado da Sociedade Civil Estrutura hierarquizada do Estado Formas tradicionais dos governos Cultura da sociedade (delegação) Tradição na prática assistencialistas Deliberações dos conselhos não tem força de lei (não há punição) Composição paritária Considerações finais Precária participação dos usuários Assistencialismo ainda fortemente desenvolvido no Sistema Único de Assistência Social – SUAS, promovendo vínculos de subalternidade e dependência Importância da mobilização dos usuários nos Conselhos e nas Conferências