Max Weber Aula Multimídia

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MAX WEBER (1864-1920)
*A AÇÃO SOCIAL: é toda conduta humana
que interfere com outros e consigo mesmo.
 Exemplos:
moda, consumo, mercado,
política, religião, crime, trabalho, etc.
*A SOCIOLOGIA DEVE LEVAR EM CONTA:
- Compreender a ação social dos seres
humanos individualmente.
- As motivações do indivíduo no agir social.
- Não fazer julgamento de valor sobre as
ações humanas.
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WEBER E A RELIGIÃO
 Vê-se em muitas denominações
protestantes e na vida religiosa em
geral uma tendência para a
racionalização das condutas dos
fiéis. Isso, segundo Weber, foi
fundamental para a transformação
das
práticas
econômicas
e
estruturas
das
sociedades
modernas.
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Antigamente: ética dos virtuosos (só
minoria “iluminada”). Oriente mais do
que Ocidente. Depois da origem das
religiões (êxtase, milagres, etc.), as
religiões tendem para a burocracia
sacerdotal – viram “igrejas”, com
hierarquia (tipo Igreja Católica).
Esta hierarquia com o tempo se afasta
dos princípios espirituais que derem
origem ao nascimento das religiões.
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 Com o tempo, as religiões têm que
explicar as injustiças sociais
terrenas e a razão dos bons
sofrerem tanto – daí algumas
práticas religiosas que defendem a
salvação pelo sofrimento/fé, como o
cristianismo medieval, evitando
tais “explicações”.
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O Protestantismo mudou tudo
isso.
Criou
uma
ética
(valores/princípios que orientam a
vida em geral) do trabalho como
vontade de Deus e caminho para a
salvação
É o contrário do “misticismo”
tradicional, que levava a pessoa à
“sair do mundo” concreto.
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É uma ética nova que penetra todas
as relações sociais: vizinho, amigos,
pobres, débeis, vida amorosa,
política, economia, artes e lazer (ou
falta de tal coisa).
Este novo modo de vida vai mudar
toda a concepção de mundo e tornar
a religião uma mola para o sucesso
pessoal.
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PROTESTANTISMO X CAPITALISMO
O
Capitalismo
surgiu
como
empreendimento racional – técnicas,
direito, comércio, ideologias e ética
racional na economia (ética dos
resultados e lucro). Ética calvinista
(protestante) era uma constante na
Europa mais capitalista. Por quê?
Porque era uma ética que abominava a
preguiça, a perda de tempo, a
ociosidade, o lazer, o luxo e o excesso de
sono.
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Essa “teoria” de Weber foi expressa na sua
mais famosa obra: “A Ética Protestante e
o Espírito do Capitalismo”. (1904)
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As ações sociais são de quatro tipos ideais:
1. Ação racional com relação a fins:
- É um cálculo que busca resultados.
Exemplos:
. Estudar para passar de ano;
. Ser comportado para ganhar prêmio;
. Parecer ser honesto para se eleger;
. Aplicar na bolsa para ganhar dinheiro.
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2. Ação racional orientada por valores:
- As ações são orientadas por valores ou
convicções determinadas.
Exemplos:
. Ser contra o aborto;
. Não comer carne na Semana Santa;
. Não mentir;
. Não aceitar suborno;
. Cumprir sua palavra.
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3. Ação Afetiva:
- É um ação orientada, basicamente, por
emoções. Ação bem irracional.
Exemplos:
. Ter ciúmes do amigo da namorada;
. Vingar-se de uma ofensa recebida;
. Ser fã incondicional de um político;
. Idolatrar pessoas ou artistas famosos;
. Respeitar as pessoas mais velhas.
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4. Ação Tradicional:
- É a ação menos consciente, tem base no
costume e nos hábitos. Totalmente
irracional.
Exemplos:
. Adoração dos ingleses pela monarquia;
. Votar sempre nos mesmos políticos;
. Não comer carne na semana santa(?);
. Fazer o sinal da cruz diante de igrejas.
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Weber – Teoria da Dominação
Por que e como as relações sociais se
mantêm?

Resposta de Weber: por conta da
dominação
ou
produção
de
legitimidade – submissão de um grupo
a um “mandato”, aceitação de uma
“autoridade” (alguém que “representa”
o coletivo). Aí, então, entra a questão
do “poder”.
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 Poder é a probabilidade de impor sua
vontade. Os meios para alcançá-lo são
muito variados: emprego da violência,
palavra/oratória, sufrágio, sugestão,
engano grosseiro, tática no parlamento,
tradições, etc.
 A dominação pode ser por interesses
(tráfico ou jogo de interesses) ou por
autoridade
(mandar,
obedecer,
influência). Mas sempre o dominador
influi na conduta dos dominados.
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Os tipos ideais ou puros de
dominação são três:
 1.
TRADICIONAL
 2. CARISMÁTICA
 3. RACIONAL-LEGAL
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 1. TRADICIONAL:
Autoridade do “ontem eterno”, passado,
tradição, costume, etc.
(...) dá
orientação
habitual
para
o
conformismo”
(Weber).
Exemplos:
patriarcas
antigos,
príncipes
patrimonialistas (como em Portugal no
tempo das navegações, etc.). Certos
políticos brasileiros.
Ex: o político José Sarney
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 2. CARISMÁTICA:
Autoridade com base no dom pessoal de
uma pessoa ou líder.
Exemplos: profetas, heróis de guerra, chefes
de partidos, demagogos, etc. – gente como
Napoleão, Hitler, Stálin, Getúlio, Médici,
Lula e outros.
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 3. RACIONAL-LEGAL:
Autoridade vem das regras jurídicas ou
leis racionalmente criadas.
Exemplo:
autoridade
dos
modernos
servidores
do
Estado
(presidentes,
professores, juízes, prefeitos, etc.).
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 Antigamente,
vigoravam
os
dois
primeiros tipos. Atualmente, o terceiro
tipo, mas sempre com “fraturas” e
“espaços” para os outros dois tipos.
 Não devemos esquecer que são tipos
“ideais” de dominação. Um tipo nunca se
apresenta puro.
Nós podemos pensar em algum líder e
buscar identificar sua dominação?
... Pensemos em exemplos ...
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 No Brasil, isso, por exemplo, é uma
confusão, pois a dominação é uma
“mistura” desses três tipos.
 FHC tinha autoridade mais racional
legal. ACM e outros misturam tradição
com carisma. Lula indica ser mais
“carismático”. O melhor é analisar com
cuidado, pois a confusão é grande.
Razão: o capitalismo brasileiro mistura
alta modernidade tecnológica com os
maiores atrasos sociais e políticos,
dando margem para essa “bagunça
aparente”, que tanto “nojo” causa ao
povo/eleitores.
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 A essência da política, então, é a luta
pelo poder/dominação. Um “mercado
político”, com tremenda competição, etc.
 A vitória daqueles que alcançam o poder
– por que meios for (o que lembra
Maquiavel) – é o processo de “seleção
social” (que não é a mesma coisa do que
a seleção natural de Darwin).
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 A Dominação, segundo Weber – que interfere
em todas as relações sociais – é que mantém a
ordem legítima e a coesão social.
 A coesão social, diferente do que afirmava
Durkheim, é pela “força” e não pelo
“consenso”.
 Karl Marx, por sua vez, irá defender que a
coesão é artificial e ilegítima pois representa a
alienação exercida pelo grupo de dominação,
ou seja, a burguesia, e através das forças de
opressão.
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