Apresentação do PowerPoint

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Brasília, 14 de abril de 2016

Infecção aguda , inflamatória e recidivante
que ocorre como sequela tardia de uma
faringoamigdalite, causada pelo
estreptococo beta-hemolítico do grupo A.

Atinge, preferencialmente , a faixa etária de
5 a 15 anos e classes sociais menos
favorecias;

Doença inflamatória multissistêmica.

Desencadeada por infecção de orofaringe
por estreptococos beta-hemolíticos do
grupo A .

Acomete articulações, coração, SNC, pele
e subcutâneo.

Sintomas aparecem 10 a 14 dias após a
infecção pelo estreptococo.

Afeta indivíduos entre 5 e 18 anos, de qualquer
raça.

Predominância no sexo feminino (coréia).

Prevalece em regiões de baixo desenvolvimento
sócio-econômico.

Responsável
por
60%
das
doenças
cardiovasculares em crianças e adultos jovens.

Principal causa de cirurgias cardíacas na rede
pública do Brasil.

Principal causa de faringites bacterianas,
especialmente em crianças e adolescentes.

Prevalência de bactéria em assintomáticos é
grande (70% da população escolar).

Cepas reumatogênicas.
Resposta imune anormal do hospedeiro à
infecção pelo estreptococo.
 Reação cruzada por mimetismo molecular.
 FR está associada a subtipos de HLA classe II
(DR2, DR3, DR4, DR7, DR53) e a determinados
antígenos de superfície dos linfócitos B (883 e
D8/17).
 Cardite reumática: hiperatividade dos linfócitos
Thelper, disfunção de linfócitos T supressores,
produção de citocinas inflamatórias (IFN-gama
e TNF-alfa).

Fonte: Diretrizes Febre reumática.

Quadro articular:
 Poliarticular.
 Agudo.
 Migratório.
 Principalmente
de grandes articulações.
 Geralmente durando 1 a 5 dias em cada
articulação.

Cardite Aguda:
 Pode
ser uma endocardite,
pericardite ou pancardite.
 Pode ser assintomática.
 Acometimento
valvar
insuficiências).
miocardite,
(estenoses,
 Síndrome
extrapiramidal.
 Movimentos involuntários em extremidades, face e
língua.
 Tendem a desaparecer durante o sono.
 Dança de São Vito (Síndrome extrapiramidal).
 Hemicoreia.
 Acometimento autoimune dos gânglios da base do
SNC.
 Labilidade emocional.
 Hipotonia muscular (diferente de outras sínd.
extrapiramidais).
 Alterações de fala.
 2,3,4 meses depois da infecção aguda.

Nódulos subcutâneos

Principalmente nas superfícies extensoras dos tornozelos
e joelhos.
Mas podem aparecem em vários locais (punho, occipio,
couro cabeludo, sobre os processos espinhosos das
vértebras).
Não são inflamatórios.
Firmes, indolores.
Únicos ou múltiplos.
Algumas semanas depois do surto.
Duram semanas (raramente mais de um mês).
Não necessitam de tratamento específico.








Eritema marginado

Rash cutâneo evanescente (horas de
duração), não-pruriginoso e que se estende
centrifugamente.
Tronco e porções proximais dos membros
(raramente atinge a face).
Ocorre precocemente no surto.
Aparece em menos de 10% dos pacientes.




Antiestreptolisina (ASLO)
 Se
ASLO normal, repetir após 2 a 3 semanas
(ascensão).
 Início: 7-12 dias.
 Pico: 4-6 semanas.
 Declínio: 2 a 12 meses até a negativação.

Outros testes: anti-Dnase B, anti-hialuronidase,
anti-estreptoquinase,
anti-DPNase
(pouca
importância prática).
Fonte: GOLDMAN, L. et al. Tratado de Medicina Interna. 23ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009

Provas de atividade inflamatória:
 VHS:
pode permanecer elevada mesmo
depois do final do surto.
 PCR: pode normalizar precocemente.
 Mucoproteínas e alfa-1-glicoproteína-ácida
(melhor exame para acompanhar a
resolução do surto)

Culturas de orofaringe: positivas em somente
20% dos pacientes à época do surto.

ECG: Pode mostrar alargamento de PR ou QT.
Elevações difusas de ST podem ocorrer em
pericardites.

Ecocardiograma: sensível para detecção de
alterações valvares, disfunção miocárdica e
derrame pericárdico.

Artrite:
 Artrite
reumatoide juvenil, artrites sépticas, LES,
artrites reativas, anemia falciforme, leucoses
agudas, endocardite bacteriana.

Coreia de Sydenham:
 Encefalites
virais, coreia de Huntington,
coreia lúpica, outras sínd. extrapiramidais

Nódulos subcutâneos:
 AR
juvenil, LES, tumores benignos.

Eritema marginado:
 Reações
a drogas, exantemas virais.

Profilaxia primária (Erradicação do
Foco):
Artrite
 AAS em doses antiinflamatórias (80 a 100
mg/kg/dia, divididas em 4 doses. Após 2
semanas de tratamento, a dose deve ser
reduzida para 60 mg/kg/dia, caso tenha
ocorrido melhora dos sinais e sintomas,
devendo ser mantida por 4 semanas.
 Opções: AINES (diclofenaco (2 a 3mg/kg/dia),
naproxeno (10 a 20mg/kg/dia, 2x/dia).
 Tto por 4 a 6 semanas.


Cardite
 Prednisona:
dose inicial de 1 a 2 mg/kg/dia
(máx. 80 mg/dia)
 Iniciar retirada gradual (20% da dose por
semana) após 2 a 3 semanas.
 Duração total: cerca de 12 semanas (moderada
e grave), 4-8 semanas (cardite leve)
 Cardites
graves:
pulsoterapia
com
metilprednisolona (30 mg/kg/dia em ciclos
semanais intercalados)
 Medidas para ICC: digitálicos, diuréticos,
vasodilatadores
Coreia
 Haloperidol (0,5 - 1mg/dia).
 A cada 3 dias – aumenta 0,5mg/dia até a
remissão (ou até 5mg/dia) – mantém a dose por
3 semanas – retirada gradual nas próximas 2 a
4 semanas.
 Ác. Valpróico (10 a 30mg/kg/dia)-aumentar 10
mg/kg a cada semana.
 Carbamazepina (7 a 20mg/kg/dia).
 Corticosteroides


Profilaxia secundária:
Fonte: Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico,Tratamento e Prevenção da Febre Reumática.
Arq Bras Cardiol 2009

Profilaxia secundária:
Fonte: Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico,Tratamento e Prevenção da Febre
Reumática. Arq Bras Cardiol 2009

De acordo com II Consenso sobre
prevenção da febre reumática da Sociedade
Brasileira de Pediatria, pacientes com
história prévia de cardite durante a fase
aguda da febre reumática, sem cardiopatia
crônica residual, devem receber profilaxia
secundária com penicilina benzatina de 21
/21 dias:





(A) por tempo indeterminado, no mínimo até os
40 anos
(B) por tempo indeterminado, se mantidas
titulações elevadas de ASLO
(C) até a idade de 18 anos, caso não
apresente novos episódios de faringoamigdalite
4141 4242 4343 TEP - Comentado 1 6 Nestlé
Nutrition Institute Sociedade Brasileira de
Pediatria
(D) até a idade de 25 anos, por tempo mínimo
de 10 anos, com preferência pelo período mais
longo
(E) até a idade de 21 anos, por tempo mínimo
de 5 anos, com preferência pelo período mais
longo

Para pacientes com história prévia de cardite
durante a fase aguda da febre reumática,
recomendase seguir a orientação do II
Consenso de Febre Reumática da SBP:
Pacientes com cardite na fase aguda, mas sem
cardiopatia crônica residual, até a idade de 25
anos, por tempo mínimo de 10 anos, com
preferência pelo período mais longo. Já
pacientes com cardiopatia crônica residual ou
submetidos à implantação de próteses
valvares, por tempo indefinido, no mínimo até
os 40 anos(LETRA “D”).
1.
2.
3.
KLIEGMAN, Robert M. Nelson: tratado de pediatria. 19. ed.
Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2014
Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira
de Pediatria; Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico, Tratamento e
Prevenção da Febre Reumática. Arq Bras Cardiol 2009;
93(3
supl.4):
1-18.
Disponível
em:http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_febr
ereumatica_93supl04.pdf
SOUZA, Vinicius Castro; ARAUJO, Alexandra Prufer and
ANDRE, Charles. Como a coréia de Sydenham é tratada no
Rio de Janeiro?. Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 2007, vol.65,
n.3a [cited 2014-11-04], pp. 653-658
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