EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS As emergências psiquiátricas ocorrem quando existe uma perturbação do funcionamento do sistema nervoso central ou mesmo na iminência desta (por exemplo, na intoxicação por drogas, no surto esquizofrênico, na encefalite); quando o paciente sofre uma experiência vital traumática (por exemplo, morte de um parente, violência sexual, assaltos) EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Sinais e Sintomas: alterações do pensamento; alucinações (visuais, sinestésicas, e sobretudo auditivas); delírios e alterações no contato com a realidade; paranoia, psicose maníaco-depressiva, melancolia; transtorno bipolar; episódio depressivo grave; episódio maníaco; EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Suicídio: O suicídio é responsável por cerca de 30 mil mortes anualmente. O número de tentativas de suicídio é muitas vezes maior. Muitos indivíduos que cometem suicídio procuram algum médico dias antes da sua morte, com queixas variadas, como sintomas somáticos, ansiedade ou depressão; poucas vezes referem ideação suicida no momento da consulta. EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Existem alguns fatores de risco para o suicídio, a saber: · Idade (especialmente, adolescentes e adultos); · Estado conjugal (maior risco para solteiros e divorciados); · Sexo (mulheres tentam mais suicídio do que homens; porém os homens obtêm maior êxito na tentativa); · Condição econômica (desemprego ou falência econômica); · História prévia de tentativa de suicídio; · Perdas recentes; · Diagnóstico de depressão, alcoolismo, transtorno de personalidade; · Sintomas específicos (alucinações imperativas, idéias deliróides de ruína, desesperança); EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Álcool: Quadros clínicos associados ao uso e dependência de álcool correspondem a um dos mais comuns no serviço de emergência; Intoxicação alcoólica: Apresenta-se como um comportamento inadequado conseqüente à recente ingestão de álcool, com vários sinais e sintomas: marcha ebriosa, fala pastosa, falta de coordenação, nistagmo, prejuízo da atenção ou memória, coma. EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Outras drogas: Os problemas mais comuns em pacientes usuários podem ser assim sumarizados: · Pacientes agitados e inquietos por intoxicação por drogas (como cocaína); · Pacientes em coma por intoxicação por drogas; · Pacientes com sintomas psicóticos relacionados ao uso de drogas (principalmente cocaína e canabinóides); · Pacientes internados em outras clínicas em uso de agentes opióides que apresentam síndrome de abstinência quando da retirada destas drogas; · Pacientes em uso crônico de benzodiazepínicos que, em virtude da parada abrupta ou redução da dose da medicação por vários motivos, apresentam síndrome de abstinência clinicamente significativa; EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Ansiedade: A ansiedade é uma sensação de medo, apreensão, caracterizada por dificuldade de concentração, nervosismo, tensão, irritabilidade e vários sintomas físicos (taquicardia, sudorese, tremores de extremidades etc.). Várias situações provocam ansiedade, inclusive o próprio ato de ir a um pronto-socorro procurar alguma ajuda. Cabe ao psiquiatra diferenciar a ansiedade patológica da ansiedade secundária a outras causas. EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Dentre os transtornos de ansiedade (ansiedade patológica) mais evidenciados, citamos: · Transtorno do pânico - Caracteriza-se por crise aguda e intensa de ansiedade, com várias manifestações físicas (dispnéia, enjôo, palpitações, taquicardia, tremor), que ocorre em situações inesperadas. · Ansiedade generalizada - Caracteriza-se por sintomas de ansiedade e preocupação não realista ou excessiva relacionada a duas ou mais circunstâncias da vida. · Transtorno obsessivo-compulsivo - Caracteriza-se, de forma bastante geral, por idéias intrusivas, impulsos, pensamentos (obsessões) ou padrões de comportamento (compulsões) que se repetem; EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Agressividade: O paciente agressivo é uma constante em prontos- socorros psiquiátricos. É indispensável avaliá-lo para averiguar o grau de periculosidade. Quanto à abordagem médica, tenta-se a abordagem verbal, a contenção física e a contenção química; Várias são as causas de agressividade, indo desde intoxicação por drogas, doenças psiquiátricas, reações psíquicas e doenças neurológicas como epilepsia. DIABETES DIABETES Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde; SINAIS E SINTOMAS A tríade clássica dos sintomas da diabetes: poliúria (aumento do volume urinário), polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos), polifagia (apetite aumentado). Outros sintomas importantes incluem: Perda de peso Visão turva; TRATAMENTO A diabetes mellitus é uma doença crônica, sem cura por tratamentos convencionais, e sua ênfase médica deve ser necessariamente em evitar/administrar problemas possivelmente relacionados à diabetes, a longo ou curto prazo. O tratamento é baseado em cinco conceitos: Conscientização e educação do paciente, sem a qual não existe aderência. Alimentação e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente. Vida ativa, mais do que simplesmente exercícios. Medicamentos; CONVULSÕES CONVULSÕES Convulsão é um fenômeno eletro-fisiológico anormal temporário que ocorre no cérebro (descarga bio-energética) e que resulta numa sincronização anormal da atividade elétrica neuronal. Estas alterações podem reflectir-se a nível da tonacidade corporal (gerando contrações involuntárias da musculatura, como movimentos desordenados, ou outras reações anormais como desvio dos olhos e tremores), alterações do estado mental, ou outros sintomas psíquicos. SINTOMAS DE CONVULSÃO A crise convulsiva é generalizada quando há movimentos de braços e pernas, desvio dos olhos e liberação dos esfíncteres associada à perda da consciência. É denominada focal simples, quando as contrações acontecem em um membro do corpo (braço ou perna) e não fazem com que a pessoa perca a consciência. Se houver perda da consciência associada à contração de apenas um membro, dá-se o nome de "focal complexa". As crises podem se apresentar ainda como uma "moleza" generalizada no corpo da pessoa; estas são as crises atônicas. A crise de ausência se caracteriza pela perda da consciência, em geral sem quedas e sem atividade motora. A pessoa fica com o “olhar perdido” por alguns momentos. PROCEDIMENTOS EM UMA CRISE CONVULSIVA Deitar a pessoa (caso ela esteja de pé ou sentada), evitando quedas e traumas; Remover objetos (tanto da pessoa quanto do chão), para evitar traumas; Afrouxar roupas apertadas; Proteger a cabeça da pessoa com a mão, roupa, travesseiro; Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra (evitando aspiração); Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração; Observar se a pessoa consegue respirar; Afastar os curiosos, dando espaço para a pessoa; Reduzir estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho); Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo durma após a crise; Procurar assistência médica. EPILEPSIA EPILEPSIA Epilepsia é um conjunto comum e diversificado de desordens crônicas neurológicas caracterizada por convulsão. Algumas definições de epilepsia dizem que as convulsões podem ser recorrentes, mas outras afirmam apenas um único ataque combinado com alterações cerebrais que aumentam a chance de crises futuras. SINAIS E SINTOMAS Crise epilética é a manifestação clínica causada por uma descarga transitória, excessiva e anormal de células nervosas. Pode ser comparada a uma tempestade elétrica, ocorrendo num grupo de neurônios. As descargas podem variar de local, extensão e severidade, o que leva a uma ampla diversidade de formas clínicas. Os sinais e sintomas de uma crise epiléptica (distúrbios da consciência, dos movimentos ou da sensibilidade) refletem, portanto, a ativação da parte do cérebro afetada por esta atividade excessiva. O QUE FAZER EM CASOS DE CRISE EPILÉPTICA