MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Propaganda
DOENÇAS COMUNS
DA INFÂNCIA
Prof. Elaine de Abreu Stelmann
ROTAVÍRUS
• A infecção pelo rotavírus varia de um quadro leve, com
diarréia aquosa e duração limitada à quadros graves
com desidratação, febre e vômitos.
•
Estima-se que essa doença seja responsável por 5 a
10% de todos os episódios diarreicos em crianças
menores de 5 anos. Também aparece como causa
freqüente de hospitalização, atendimentos de
emergência e consultas médicas, sendo responsável por
consideráveis gastos médicos. Crianças prematuras, de
baixo nível sócio-econômico ou com deficiência
imunológica parece estarem sujeitas a doença de maior
gravidade.
ROTAVÍRUS
• AGENTE CAUSADOR
É um RNA vírus da família dos Reoviridae.
• MODO DE TRANSMISSÃO
Rotavírus são isolados em alta concentração em fezes
de crianças infectadas e são transmitidos pela via fecaloral, por contato pessoa a pessoa e também através de
fômites.
A máxima excreção viral se dá no 3º e 4º dia a partir dos
primeiros sintomas, no entanto, podem ser detectados
nas fezes de pacientes mesmo após a completa
resolução da diarréia.
ROTAVÍRUS
• DIAGNÓSTICO
A anamnese com dados de história,
antecedentes epidemiológicos e o exame clínico
podem sugerir fortemente a infecção pelo
rotavírus, no entanto como as manifestações
clínicas da infecção não são específicas, a
confirmação laboratorial é necessária para a
vigilância epidemiológica. Na forma clássica,
mais freqüente em crianças de 6 meses a dois
anos, a doença se manifesta como quadro
abrupto de vômito, que na maioria das vezes
precede a diarréia, e a presença de febre alta.
ROTAVÍRUS
• É comum observar-se formas mais leves ou
quadros subclínicos entre adultos. Em crianças
até os 4 meses pode haver infecção
assintomática, aventando-se a ação protetora
de anticorpos maternos e do aleitamento
natural.
• A diarréia é caracteristicamente aquosa, com
aspecto gorduroso e caráter explosivo, durando
de 4 a 8 dias. Via de regra, a primeira infecção é
a de maior gravidade. O exame laboratorial
específico é a investigação do vírus nas fezes
do paciente. A época ideal para detecção do
vírus nas fezes vai do primeiro ao quarto dia de
doença, período de maior excreção viral.
ROTAVÍRUS
• TRATAMENTO
Por ser, em geral, doença auto
limitada, com tendência a evoluir
espontaneamente para a cura, o
fundamental do tratamento é prevenir
a desidratação e distúrbios
hidreletrolíticos.
PRÓDROMOS
Febre de até 39,5oC
Tosse produtiva
Coriza
Hiperemia conjuntival
Pequenos pontos
esbranquiçados
na mucosa oral
EXANTEMA
Máculo-papular
Disseminação
Descamação
Queda do
estado geral
DEFINIÇÃO:
Enfermidade infecto-contagiosa
caracterizada como
uma doença exantemática típica
com alguns sinais e sintomas bastante
sugestivos ou característicos
EPIDEMIOLOGIA:
Contágio: secreções naso-faríngeas
GRAF. Número de casos de sarampo notificados ao MS do Brasil
de 1997 a 2005. Fonte: SVS, MS, Brasil, 2005
60.000
53.664
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
2.781 908
36
1
1
2
0
6
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
EPIDEMIOLOGIA:
 Transmissibilidade:
• Alta contagiosidade no período prodrômico
• Até 4 dias do exantema
• Isolamento respiratório
 Ocorrência máxima no inverno e primavera
ETIOLOGIA:
 Vírus RNA, família Paramyxovidae
 gênero Morbillivirus
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
 Período de Incubação: 8 a 12 dias
 Período Prodrômico (3 a 5 dias):
• Febre alta
• Coriza
• Conjuntivite
• Tosse
• Queda do estado geral
 Manchas de Koplik
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Tipo de exantema:
Máculo-papular
 Início retroauricular
Confluência após disseminação
Máximo em 3 dias
Descamação fina e furfurácea
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Sorologia
COMPLICAÇÕES:
Otite média, Pneumonia
Laringite e laringotraqueite
Diarréia
COMPLICAÇÕES:
 Encefalite (0,1%)
 Miocardite e pericardite (ocasionais)
 Pneumonia
 Panencefalite esclerosante subaguda:
• Efeito tardio do vírus
• Crianças maiores e adolescentes.
TRATAMENTO:
 Sintomáticos
Exantema máculo-papular
Róseo, início na face
Após tronco e membros
Sem descamação
Gânglios retroauriculares
Doença infecto-contagiosa
geralmente leve
Morbidade e mortalidade
usualmente mínimas
PREOCUPAÇÃO: Infecção
na gravidez - infecção fetal
Família : Togavírus
Gênero : Rubivírus
Vírus RNA
 Ser humano: único hospedeiro
Transmissão: contato direto ou
secreções de nasofaringe
Idade: pré-escolares, escolares,
adolescentes e adultos jovens.
Pico de incidência: final do inverno
e início da primavera
Período de incubação: 14 a 21 dias
Transmissibilidade máxima: poucos
dias antes até 5 a 7 dias do exantema
Isolamento: contato
Adquirida: até 7 dias do exantema
Congênita: até 1 ano de idade
Transmissão para o feto de
rubéola comprovada na gravidez:
 90% até 12 semanas
 25% a 30% segundo trimestre
 60% a 100% final da gravidez
GRAF. Número de casos de rubéola notificados ao MS do Brasil
de 1997 a 2005. Fonte: SVS, MS, Brasil, 2005
35.000
32.825
30.000
25.000
20.000
14.502
15.000
15.413
10.000
5.867
6.794
5.000
1.480 562
0
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
GRAF. Número de casos de rubéola congênita notificados ao MS
do Brasil de 1997 a 2005. Fonte: SVS, MS, Brasil, 2005
120
101
100
80
80
60
40
20
39
38
17
25
19
0
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Percentual de Casos em Mulheres em Idade Fértil
(MIF= 10 - 49 Anos), Brasil, 1999-2001
100
90
80
70
60
% 50
40
30
20
10
0
1999
2000
MIF
Fonte: SINAN/CGVEP/CENEPI
Não-MIF
2001
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Período Exantemático:
Exantema não característico
Máculo-papular róseo, início na face
Progressão crâniopodálica
Generalização em 24 a 48 h
Não muda de cor, não descama
Febre moderada; linfadenopatia
Enantema
25 a 50% subclínica
Exantema não
característico
Máculo-papular
róseo
Início na face
Progressão
crâniopodálica
DIAGNÓSTICO DA RUBÉOLA
 Cultura: material de nasofaringe, swabs de garganta,
sangue, urina, líquor;
 Testes sorológicos:
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC)
DEFINIÇÃO DE CASO
A) Defeitos
Principais:
 Catarata / glaucoma
 Retinopatia pigmentar
 Doença cardíaca (PCA, EP)
 Distúrbio de audição
A)Defeitos Principais:
A)Defeitos Principais:
Distúrbio
de audição
até 80% a
90%
SRC - DEFINIÇÃO DE CASO
B) Defeitos Secundários:
 Púrpura trombocitopênica
 Hepatoesplenomegalia
 Icterícia
 Microcefalia
 Retardo do crescimento
 Meningoencefalite
 Doença óssea radioluscente
B) Defeitos
Secundários:
B) Defeitos
Secundários:
B) Defeitos
Secundários:
B) Defeitos
Secundários:
B) Defeitos
Secundários:
Faringite aguda
Petéquias em pálato
DEFINIÇÃO:
Enfermidade infecto-contagiosa
causada por uma ou várias das
exotoxinas eritrogênicas
ETIOLOGIA:
Streptococcus Beta-hemolítico do
Grupo A
EPIDEMIOLOGIA:
Rara em lactentes:
Faringite prévia, pouco freqüente
após infecção de pele
Período de incubação: 2 a 5 dias
Transmissão: PP até 24 a 48 horas
após instituído terapêutica eficaz
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Período Prodrômico: 12 a 24h:
• Febre alta
• Odinofagia
• Adenomegalia cervical e
submandibular
Período Exantemático:
Exantema difuso:





Micropapular, áspero
Vermelho intenso
Desaparece à compressão
Início no tórax
Poupa palmas e plantas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Sinal de Filatow: palidez perioral
Sinal de Pástia: exantema mais
intenso nas dobras cutâneas,
sobretudo nas dobras de flexão
onde aparecem linhas transversais
Língua saburrosa e em framboesa
Após 7 dias descamação em
lâminas
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Testes rápidos
Cultura de orofaringe
DEFINIÇÃO:
Enfermidade infecto-contagiosa de alta
transmissibilidade, caracterizada por
um exantema vesicular ou bolhoso.
ETIOLOGIA:
Vírus Varicella-zoster ou Herpes
zoster, membro da família
Herpesvirus
EPIDEMIOLOGIA:
Alta contagiosidade
EPIDEMIOLOGIA:
Seres humanos única fonte
Inverno e início da primavera
Transmissão:
• Conteúdo das vesículas, trato
respiratório, conjuntivas
• 2 dias antes do exantema até crostas
Período de incubação: 10 a 21 dias
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS:
EUROPA:
Muitos países não notificam;
Alemanha: 760.000 casos/ano;
Escócia: 32.908 casos/ano;
França: 1,35 casos/100.000 hab./ano, 
796.000 casos/ano;
Itália: incidência em crianças de 5,3%.
(Rentier B, Gershon AA, European Working Group on Varicella. Ped Infect Dis J 2004; 23:379-89)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
PP ausente ou 1 a 2 dias com
febre baixa e mal estar
Período Exantemático:
• Máculas, pápulas, vesículas e crostas
• Vesículas superficiais inicialmente em
face, couro cabeludo e tronco;
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Cerca de 250 a 500 lesões
Pruriginoso
Polimorfismo = Vários estágios
evolutivos em um mesmo momento
Mais grave em adolescentes e adultos
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Conteúdo das vesículas:
• Cultura
• Sorologia:
TRATAMENTO:
Sintomáticos
Antivirais:
PREVENÇÃO:
Isolamento: precauções padrão,
respiratórias e de contato, no mínimo 5
dias do início do rash, até que não
hajam mais vesículas.
FIM
Download