Aconselhamento

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Aconselhamento
Aconselhamento
O objetivo do aconselhamento é capacitar
o paciente a dominar situações da vida, e
engajar-se em atividade que produza
crescimento e tomada de decisões
eficazes. Como resultado do processo, o
aconselhamento aumenta o controle do
indivíduo sobre as adversidades atuais e as
oportunidades presentes e futuras.
(Patterson e Eisenberg, 1988)
O aconselhar...
Inicia-se com o acolhimento da pessoa que
nos procura:
 Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar
ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender,
admitir;
 Expressa uma ação de aproximação, um “estar
com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de
inclusão
(Brasil, 2010)
Acolhimento
É uma garantia de acesso aos usuários, com o
objetivo de escutar os pacientes, resolver os
problemas mais simples e/ou referenciá-los se
necessário.
(Carvalho & Campos, 2000)
Objetivos do Aconselhamento
• Reflexão para possibilitar a percepção
dos sentimentos e consequente
percepção dos próprios riscos;
• Redução do nível de estresse;
• Melhora na adesão ao tratamento;
• Comunicação
parceria.
e
tratamento
de
"O QUE AS PESSOAS MAIS DESEJAM É ALGUÉM QUE AS
ESCUTEM DE MANEIRA CALMA E TRANQUILA. EM SILÊNCIO.
SEM DAR CONSELHOS. SEM QUE DIGAM: "SE EU FOSSE VOCÊ".
O QUE A GENTE AMA NÃO É A PESSOA QUE FALA BONITO. É A
PESSOA QUE ESCUTA BONITO. A FALA SÓ É BONITA QUANDO
ELA NASCE DE UMA LONGA E SILENCIOSA ESCUTA. É NA ESCUTA
QUE O AMOR COMEÇA. E É NA NÃO-ESCUTA QUE ELE
TERMINA."
RUBEM ALVES
Aconselhar
• Um
processo
de
escuta
ativa,
individualizado e centrado no cliente;
• Pressupõe a capacidade de estabelecer
uma relação de confiança entre os
interlocutores, visando o resgate de
potencialidades do cliente para que ele
mesmo
tenha
possibilidade
de
reconhecer-se como sujeito de sua
própria saúde e transformação.
Aconselhamento
• É uma relação de confiança entre profissional e
cliente e se estabelece por meio de uma atitude de
escuta e de uma comunicação clara e objetiva;
• Trata-se de uma relação interpessoal, orientada
para o apoio de ordem emocional e a transmissão
de conteúdos informativos e preventivos, de
maneira a serem apropriados e gerenciados por
cliente segundo suas vivências e singularidade
Um aconselhamento eficaz
pressupõe:
• Apoio emocional;
• Educação = Trocas de informações
sobre determinadas situações e
acompanhamento.
ETAPAS PARA UM
ACOLHIMENTO EFICAZ
PRIMEIRA ETAPA
Compreensão
Para ser verdadeiramente efetivo, o
profissional deve ter uma compreensão do
comportamento humano e ser capaz de
aplicá-la aos problemas que surgem.
SEGUNDA ETAPA
Mudança no Cliente
O objetivo final da experiência do
aconselhamento é ajudar o cliente a
operar algum tipo de mudança
JULGUE NECESSÁRIO.
QUE ELE
TERCEIRA ETAPA
A qualidade da relação
A qualidade da relação de ajuda é
importante para propiciar um clima de
crescimento.
Os profissionais devem transmitir
respeito pelos clientes como pessoas com
direitos, que estão procurando viver do
melhor modo possível.
QUARTA ETAPA
Um processo sequencial
O aconselhamento é um processo que
ocorre em uma sequência (início, meio e
fim) e se caracteriza pelo movimento em
direção a resultados identificáveis.
QUINTA ETAPA
Auto revelação e auto
confrontação
 Auto revelação
Durante o processo de aconselhamento, o
indivíduo expressa seus sentimentos e
pensamentos. Quanto maior for a revelação do
eu, mais o profissional poderá auxiliar o cliente a
descobrir novas estratégias.
QUINTA ETAPA
Auto revelação e auto
confrontação
 Auto Confrontação
Consiste no processo de examinar e
reexaminar-se sob uma perceptiva ampla
que será fundamental para que haja um
crescimento.
SEXTA ETAPA
Uma intensa experiência de
trabalho
 Para o conselheiro
As atividades relacionadas ao escutar, a absorção de informação e
ao levantamento de hipóteses requerem uma energia intensa.
Estar em contato com conteúdos emocionais do outro, exige que o
profissional seja capaz de ser tocado pelo paciente, sem trazer
para si o sofrimento e desse modo, prejudicar o processo de
aconselhamento
SEXTA ETAPA
Uma intensa experiência de
trabalho
 Para o paciente
O processo para compreender o que é necessário, de
realizar as mudanças necessárias, envolve incertezas,
momentos de confusão e conflitos. Tudo isso é bastante
trabalhoso para o paciente, que necessita da presença
constante do profissional nesse processo
SÉTIMA ETAPA
Conduta Ética
A prática ética pode ser definida como a
atuação em que o profissional auxilia o
paciente, com atenção e interesse,
desde que tenha preparo para tal.
A POSTURA DO
PROFISSIONAL PARA UM
ACOLHIMENTO EFICAZ
Demonstre interesse pelo que está sendo dito;
Ouça;
 Evite julgamentos;
 Muitas vezes, usamos exemplos pessoais como
forma de exemplificar o que está sendo dito.
C u i d a d o para não interferir na tomada de
decisão do paciente! Somos apenas facilitadores!
A importância da relação do
profissional e paciente no
processo de
aconselhamento
Para refletirmos...
“O que as pessoas querem de nós? O que
queremos, quando somos nós que
ficamos imaturos, doentes? Essas
condições trazem consigo a dependência.
Segue-se que é necessário haver
confiabilidade... Somos chamados a ser
confiáveis de modo humano (e não
mecânico),
a
ter
confiabilidade
construída sobre nossa atitude geral.
(Donald Wood Winnicott, 1996)
Para refletirmos...
“ Dado
o
comportamento
profissional
apropriado, pode ser que o doente encontre
uma
solução
pessoal
para
problemas
complexos da vida emocional e das relações
interpessoais; o que fizemos não foi aplicar um
tratamento, mas facilitar o crescimento”
(Donald Wood Winnicott, 1996)
)
Referências Bibliográficas
• ALVES, RUBEM. O amor que acende a lua. Campinas: Papirus, 1999.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo
Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de
produção de saúde. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível
em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_praticas_produca
o_saude.pdf
• CARVALHO, R; CAMPOS, GWS. Modelos de atenção à saúde: a organização
de equipes de referência na rede básica da Secretaria Municipal de Saúde
de Betim, Minas Gerais. Cad Saúde Pública 2000; 16:507-15. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v16n2/2100.pdf
• WINNICOTT, D.W. A cura, in: DONALD WOOD WINNICOTT. Tudo começa em
casa. São Paulo: Martins Fontes, 2ª ed.1996.
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